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AULA 05: CLASSIFICAÇÕES Faz-se uma primeira diferenciação considerando as Constituições dos países de continentais e dos países insulares (ou seja, considera-se a Constituição inglesa entre as demais). Critérios de classificação (se interrelacionam!): Quanto à forma: -Escritas (seguem a tradição ocidental estabelecida após Rev. Francesa, na qual há um procedimento solene e a publicação da Constituição); -não-Escritas (necessariamente, a inglesa); Quanto ao conteúdo geral: -Formais: todas as Constituições modernas o que é de natureza constitucional está expresso no documento; Ex: a Constituição brasileira de 1824 determinava o que -materialmente- era de natureza constitucional. -Materiais: (Constituição inglesa) tudo que versa sobre o Poder no ordenamento jurídico (nas normais legais, nas normas jurisprudenciais e nas normas costumeiras); a Constituição não-escrita se vê nas disposições sobre o poder. Quanto ao modo de elaboração: -Dogmáticas/sistemáticas: textual; -Históricas/costumeiras: (Constituição inglesa): é elaborada ao longo da história pelos costumes. Ex: em necessitar escolher o Primeiro Ministro inglês, apesar do sistema bicameral composto pela Câmera dos Lordes e pela Câmera dos Comuns, Chamberlain precisa seguir o costume inglês e indicar algum membro da Câmera dos Comuns para substitui-lo como Primeiro Ministro. (episódio acontecido durante a II Guerra) Quanto à estabilidade: -Rígidas: para que ocorram reformas constitucionais, é necessário um processo rigoroso e complexo, a exemplo da necessidade de serem votados em parcelado os Projetos de Emenda. -Flexíveis: (inglesa) não se prevê regras para reformas. Na prática, observa-se que as denominadas ‘’Constituições Flexíveis’’ são mais estáveis, já que mudam com menor frequência e sofrem um processo longo para assimilar uma mudança, pois são construídas pelos costumes e pela jurisprudência. As ‘’Constituições Rígidas’’ mudam muito por permitir processos de emendas. *Em média, a Constituição Federal vigente no Brasil sofre uma emenda a cada três meses. *Reforma constitucional não pode ser comparada a uma Revolução. A reforma é uma previsão de mudança prevista dentro da ordem jurídica, enquanto que a revolução destitui a ordem jurídica vigente para criar outra ordem. Quanto ao conteúdo específico: (é possível inúmeras classificações) Critérios classificativos para as Constituições escritas: (todas as modernas, menos a inglesa!) Quanto à origem: -Promulgadas: criadas a partir de Assembleia Constituinte; -Outorgadas: criadas por uma autoridade e imposta ao povo. Ex: Constituição de 1937, durante o Governo Vargas. Formalmente, a Constituição de 1824 é outorgada, mas sofre participação popular por ser examinada por Câmeras municipais que pedem a D. Pedro, junto a assinaturas do povo, que o texto seja outorgado urgentemente. *-Cesarista: o povo é chamado a opinar através de plebiscito sobre uma Constituição elaborada pelo Governo. Quanto à extensão: -Sintéticas: reduzem-se a um pequeno número de artigos; -Analíticas: (todas as Constituições brasileiras) têm grande números de artigos. No Brasil, país de negligência às leis, observa-se que o estatuto de norma constitucional dá maior autoridade e efetividade à norma, justificando a extensão das Const. Brasileiras. -Democráticas; -Autocráticas. -Monárquicas; -Republicanas. -Presidencialistas; -Parlamentaristas. -Unitárias; -Federativas. -Liberais; -Socialistas.
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