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O embrião congelado é nascituro

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O embrião congelado é nascituro?
 A proteção jurídica do nascituro está prevista no Artigo segundo do Código Civil. O nascituro é um feto que já foi concebido, porem, ainda não nasceu. Até o este momento o nascituro ainda tem personalidade civil, no entanto ele já tem direitos. 
O Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
 A Biotecnologia trouxe a fertilização in vitro, onde embriões são fecundados em laboratório e mantidos em condições ideais para sua sobrevivências e posteriormente a mulher recebe um esses embriões que podem se desenvolver ou não.
 Os outros embriões, os menos viáveis, são mantidos congelados em laboratórios por determinado tempo à espera dos seus genitores para novas tentativas inseminação artificial. 
 O assunto é controvertido e ainda hoje prosperam debates acerca da utilização destes embriões em pesquisas cientificas. A grande duvida que gera discursões é: quando a vida começa, a partir de quando este novo ser tem direitos e se o embriões congelados excedentários, em laboratório é considerado nascituro?
	 A Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.510 – ADIN, questionou no Supremo Tribunal Federal – STF, o artigo 5º da Lei de Biossegurança, que regulamenta as pesquisas de células tronco a partir de embriões congelados excedentários no país. 
Para os defensores da ação garantem que os embriões são seres vivos e por isso não poderiam se utilizados em pesquisas. Asseguram ainda tais procedimentos violaria o direito a vida e a dignidade da pessoa humana previstos na Constituição Federal de 1988. 
 Já para os cientistas, a vida começa no momento da fecundação do óvulo pelo espermatozoide. O embrião é o organismo em seu mais cedo estagio de desenvolvimento, começa com a concepção e vai até o segundo mês no útero.[1: http://blog.comshalom.org/vidasemduvida/o-que-a-ciencia-diz-sobre-o-inicio-da-vida-humana/]
 Como bem manifestou em seu voto, a Ministra Ellen Gracie: Não há, por certo, uma definição constitucional do momento inicial da vida humana.
Na ADI 3510, 
 É constitucional a proposição de que toda gestação humana principia com um embrião igualmente humano, claro, mas nem todo embrião humano desencadeia uma gestação igualmente humana, em se tratando de experimento "in vitro". Situação em que deixam de coincidir concepção e nascituro, pelo menos enquanto o ovócito (óvulo já fecundado) não for introduzido no colo do útero feminino. O modo de irromper em laboratório e permanecer confinado "in vitro" é, para o embrião, insuscetível de progressão reprodutiva.[2: ADI 3510, PG 4.]
 Observa-se, que, no entendimento do relator não há concepção e nem nascituro enquanto o óvulo fecundado não estiver implantado em útero materno e que a permanência do embrião em ambienta extracorpóreo, torna a vida incapaz de se desenvolver. 
O Conceito de embrião para Lei 11.105/05, artigo 5º, é o óvulo fecundado artificialmente em ambiente extrauterino e mantido crioconservado em laboratório. 
O Ministro Eros Grau, em seu voto destacou que: Não há vida humana no óvulo fecundado fora de um útero que o artigo 5° da Lei n. 1.105/05 chama de embrião. A vida estancou nesses óvulos. Houve a fecundação, mas o processo de desenvolvimento vital não é desencadeado.[3: ADI 3510, P 323]

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