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Peças Juridicas

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GUIA DE PEÇAS JURÍDICAS
Para advogados iniciantes
Tempo estimado de leitura: 40min.
 
Os itens do índice são todos clicáveis. Ao clicar no assunto de interesse, 
você será redirecionado para o início do capítulo correspondente.
Quando o texto estiver assim, significa que ele é um link que levará 
para uma página externa. Pode clicar sem medo!
Está vendo esses botões aqui embaixo? São para compartilhar o eBook 
nas principais mídias sociais! Se você gostou do conteúdo, não deixe 
de clicar e compartilhar ;)
Dicas para leitura deste ebook
A Aurum Software é uma empresa 
brasileira líder no desenvolvimento 
de software jurídico. Há 20 anos no 
mercado, possui unidades em São 
Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. 
Com o objetivo de ser o braço 
direito do advogado e grande 
aliado dos escritórios de advoca-
cia, a Aurum entrega o que há de 
melhor em soluções tecnológicas e 
informativas para facilitar a rotina, 
melhorar a gestão, simplificar os 
processos de trabalho e otimizar o 
tempo dos profissionais do direito.
Quem somos
Introdução
Capítulo 1
Petição Inicial
O ponto inicial é a definição da estratégia
Esqueça os modelos prontos de petições
Ajude na celeridade processual
Como narrar a história do meu cliente?
Deixe de lado a famosa estrutura: Dos Fatos, Do Direito e Do Pedido
O fechamento da sua petição inicial deve ser bem pensado
Capítulo 2
Contestação
Persuadir e convencer: essa é a chave de uma boa contestação
Utilize argumentos fortes
Plante a dúvida já na narrativa dos fatos
Contestação: peça única de defesa do Réu
Por fim, as questões de mérito
Índice
Capítulo 3
Réplica à contestação
Destaque as questões que não merecem ser provadas
Otimize o tempo
 
Capítulo 4
Embargos de declaração
Alteração legislativa
Atenção ao limite da lide e aos fatos debatidos
 
Capítulo 5
Agravo de Instrumento
Nova sistemática de preclusão
Evolução legislativa quanto à formação do instrumento
A necessidade de observância do princípio da dialeticidade
Pedido de efeito suspensivo ou de antecipação do mérito recursal
 
Capítulo 6
Recurso de apelação
Atenção aos limites da demanda
A teoria dos capítulos de sentença
Recurso parcial ou total?
 
Conclusão
6
Uma das atividades rotineiras na vida do advogado é redigir peças jurídicas. Com 
o tempo, esse tipo de tarefa se torna automático, mas para quem está come-
çando, sentir dificuldade na redação dos primeiros documentos é normal.
Afinal, é uma grande responsabilidade, não é mesmo? Uma peça de qualidade 
pode interferir diretamente no andamento de casos e processos – assim como 
uma não muito boa pode atrapalhar bastante o resultado do seu trabalho.
É nesse cenário que muitos advogados iniciantes saem em busca de modelos 
prontos. Mas a verdade é que nós não acreditamos que essa seja a melhor 
saída. Afinal, cada caso tem suas particularidades. Melhor do que se basear 
em modelos prontos e genéricos é fazer os seus próprios documentos e, a 
partir do seu jeito de trabalhar e do seu nicho de atuação, criar os seus pró-
prios modelos. ;)
Pensando nisso, reunimos seis peças jurídicas que você com certeza vai ter 
que lidar no seu dia a dia: petição inicial, contestação, réplica à contestação, 
embargos de declaração, agravo de instrumento e recurso de apelação.
O objetivo deste ebook é ser um guia para orientar você na produção desses 
Introdução
7
materiais a partir das dicas pensadas, escritas e vividas pelo advogado Fernan-
do Cascaes, para que você entenda o motivo de cada item e não precise se 
basear em modelos prontos. Dessa forma, suas peças serão ainda mais asser-
tivas e com maiores chances de sucesso! 
Quem vai dar todas essas dicas especiais para redigir as melhores peças jurídi-
cas é o nosso parceiro Fernando Cascaes. Ele é especialista em Direito Socie-
tário e Empresarial, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa 
Catarina (UFSC) e advogado inscrito na OAB de Santa Catarina.
Escolha um lugar confortável, puxa o bloquinho de notas (o tradicional de 
papel ou o virtual) e vem aprender com nosso Guia de peças jurídicas para 
advogados iniciantes. 
Então, procure uma posição confortável 
e tenha uma ótima leitura.
Capítulo 1
Petição Inicial
9
A iniciativa de começar um processo é da parte e acontece por meio do protocolo 
da petição inicial. Esse documento é uma peça fundamental e obrigatória na vida 
de qualquer advogado! Afinal, sem ele não existe processo, certo? Por isso, vale a 
pena dedicar tempo, atenção e estudo na redação desta peça. E é sobre isso que 
falaremos neste primeiro capítulo. Então, vamos às dicas!
O PONTO INICIAL É 
A DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA
O jogo processual inicia muito antes da petição inicial. Ele começa já na elabora-
ção das estratégias.
Para montar as estratégias é preciso que os fatos que deram origem ao lití-
gio estejam bem especificados e nenhum detalhe pode ser esquecido. Aliás, dê 
valor aos detalhes. Por vezes, os pequenos fatos é que desencadeiam consequ-
ências maiores. Ser minucioso e determinado para obter com afinco informa-
ções precisas sobre o assunto é a chave para um bom começo de processo. Para 
isso, faça o número de reuniões suficientes e solicite todos os documentos que 
entender pertinentes.
Com os fatos bem definidos e detalhados é chegada a hora de estudar o caso. 
Saber o direito material, ler doutrinas relacionadas ao tema objeto da lide e 
ver os entendimentos dos Tribunais sobre o assunto são passos básicos. Uma 
boa dose de conhecimento sobre o assunto que, aplicado ao problema, facilita 
extraordinariamente o trabalho.
10
Ter domínio dos pontos fortes e fracos do direito de seu cliente é fundamen-
tal para poder traçar a estratégia processual mais adequada para o êxito da 
demanda, sobretudo para auxiliar na dedução de alguns argumentos e passos 
da parte adversária.
Depois de definida a estratégia, basta redigir a petição inicial. 
ESQUEÇA OS MODELOS 
PRONTOS DE PETIÇÕES
Modelos prontos de petição fazem com que o seu cérebro fique atrofiado, uma 
vez que não é necessário raciocinar. A utilização de modelo pronto faz com que 
o seu trabalho e o de uma mala direta sejam praticamente iguais se comparados 
seus efeitos práticos. Ora, se você não consegue se diferenciar de uma mala direta, 
quem dirá de seu concorrente. Costumo mandar um documento em branco quando 
me pedem um modelo de petição.
Além dos motivos das linhas anteriores, é preciso ter em mente que um caso será 
diferente de outro. Os modelos prontos nem sempre se encaixam perfeitamente 
no caso de seu cliente. Por mais semelhantes entre si que possam parecer, sempre 
existirá entre eles um detalhe ou um fato diferente.
Por isso, usar modelo pronto exige um zelo superior ao de começar uma petição de uma 
página em branco, porque pode ocasionar erros banais se não tiver a devida atenção.
Portanto, a utilização de modelos prontos faz com que você se torne obsoleto, 
11
não competitivo mercadologicamente e dá chances ao cometimento de erros. 
Nada obstante, a estrutura de uma petição é simples e possui quatro elementos 
fundamentais: o endereçamento, a qualificação das partes, os argumentos e a 
conclusão.
Conhecer os quatro elementos comuns a todas as petições e observar os regra-
mentos específicos da petição inicial, contestação, apelação, dentre outras peças, 
faz com que você nunca mais precise de um modelo pronto.
Sendo assim, esqueça os modelos prontos!
AJUDE NA CELERIDADE PROCESSUAL
Um bom advogado evita que haja determinação de emenda ou complemen-
tação de sua inicial. Endereçar a petição ao juízo competente,qualificar as par-
tes de forma correta, valorar a causa, juntar a procuração e cumprir os demais 
requisitos definidos pelo Código de Processo Civil é tarefa básica e não deve ser 
exceção.
Atente-se à questão do endereço eletrônico das partes e da manifestação de 
desinteresse na autocomposição, caso existente, pois são algumas das novas 
exigências impostas pelo Código de Processo Civil.
Ainda que a determinação da emenda ou complementação da inicial não leve 
ao fim prematuro do processo, certamente retardará o seu andamento. Ima-
gine, caro leitor, o quão difícil e constrangedor é explicar ao seu cliente que o 
12
processo não andou por um equívoco seu na elaboração da petição inicial. Por 
isso, atenção redobrada para os requisitos da petição inicial. 
COMO NARRAR A HISTÓRIA 
DO MEU CLIENTE?
É duro admitir: advogados não sabem escrever. Não estou falando de gramática. O 
que pretendo dizer é que advogados não possuem o dom da escrita que detinha, 
por exemplo, Machado de Assis ou Sir Arthur Conan Doyle.
O advogado deve ser inteligível e prender a atenção do juiz. De nada serve o direito 
de seu cliente ser excelente, se você não consegue expressá-lo de forma correta e 
agradável. Uma narrativa confusa, frases mal elaboradas e a ausência de encade-
amento de ideias, tornam difícil a compreensão do direito e, principalmente, dos 
fatos pelo juízo.
Nesse ponto, sempre dou três dicas que entendo essenciais para quem trabalha 
comigo. Primeira: muita leitura. Esqueça de livros técnicos e parta para a literatura. 
Além de um ótimo entretenimento, melhora o vocabulário e ajuda a aprimorar a 
narrativa dos fatos. Faça um teste, aposto que as suas petições passarão a ser mais 
deleitáveis.
A outra dica é inspirada em uma das famosas frases de Thomas Jefferson: “O mais 
valioso de todos os talentos é aquele de nunca usar duas palavras quando uma 
basta”. Seja objetivo. Por que escrever trinta laudas se tudo poderá ser dito em 
13
apenas dez? Repetir o dito com palavras diferentes não é didático, mas sim enfa-
donho. Entre uma petição de dez laudas e outra com trinta, o magistrado certa-
mente preferirá a menor. Então, escreva o necessário para a compreensão do caso 
e para a subsunção dos fatos a norma, nada mais, nada menos.
Por fim, olvide o latinismo. Se o latim é uma língua morta, para que ressuscitá-la em 
cada petição? Nosso direito privado já possui enorme influência do direito romano, 
o que basta. Vamos respeitar o Código de Processo Civil que diz ser obrigatório o 
uso da língua portuguesa em todos os atos e termos do processo e deixar os mor-
tos em paz. 
DEIXE DE LADO A FAMOSA ESTRUTURA: 
DOS FATOS, DO DIREITO E DO PEDIDO
Os fatos e argumentos jurídicos estão intimamente ligados. Como argumentar 
somente na Lei sem fazer a subsunção dos fatos a norma e vice-versa? Impossível, 
é a resposta mais prudente. Por esse motivo, costumo direcionar a narrativa para 
as consequências jurídicas de determinado fato que está sendo descrito. É um tra-
balho difícil e que exige muita prática para tornar-se espontâneo. No entanto, traz 
um resultado sensacional.
Algo que auxilia muito para o aperfeiçoamento dessa técnica é a divisão em tópi-
cos. Cada questão a ser debatida equivalerá a um tópico. Para isso, inspire-se em 
matérias jornalísticas. Jornais têm que vender notícias, igual você tem que “ven-
der” o direito de seu cliente. Os títulos dos tópicos de sua petição serão o primeiro 
14
passo para prender a atenção do juiz ao caso de seu cliente.
Depois, cada tópico deverá ser uma história com começo, meio e fim, idêntico a 
uma matéria jornalística ou a um capítulo de um livro. São pequenas histórias que 
ao final chegam à conclusão da procedência dos pedidos de seu cliente.
Já os argumentos de autoridade devem ser utilizados com cautela na petição ini-
cial. Em uma lide em que se discute acidente de trânsito, via de regra, não é neces-
sário trazer jurisprudência e doutrina sobre responsabilidade civil, pois é um caso 
de baixa complexidade. Deixe os argumentos pautados em doutrina e jurispru-
dência para as questões mais complexas e controvertidas do seu caso. Assim, a sua 
petição ficará mais limpa e agradável.
Porém, se existe um precedente vinculante ao caso do seu cliente e esta é a pre-
missa para o pedido, você deverá demonstrar que os fatores determinantes do 
julgado se encaixam perfeitamente ao caso. Sua petição deverá ficar mais simples 
e direta, pautada apenas no precedente. Da mesma forma, para fugir da regra da 
aplicação do precedente vinculante, você deverá demonstrar que o caso de seu 
cliente difere do julgado.
Enfim, você deve convencer e persuadir o juiz a respeito do direito de seu cliente, 
demonstrando claramente a ligação entre os fatos e o direito, independente da 
estrutura adotada. 
15
O FECHAMENTO DA SUA PETIÇÃO INICIAL 
DEVE SER BEM PENSADO
A parte dos pedidos é uma das que mais exige a sua dedicação, já que o juiz não pode-
rá decidir diferente do que foi a ele requerido, sob pena de nulidade da sentença.
Na formulação dos pedidos é importante ter bem clara a divisão quinaria das ações 
(declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental e executiva latu sensu). 
Utilize a carga predominante da ação para formular o seu pedido, lembrando sem-
pre que pode haver cominação de ações em uma mesma petição.
Outro ponto fundamental no momento do pedido é a ponderação dos riscos de 
sucumbência. Não formule pedidos que sabidamente serão julgados improceden-
tes. O Código de Processo Civil trouxe regras bem definidas para a condenação 
em honorários. Contudo, todo bônus vem com ônus. E o ônus desta conquista da 
advocacia é o aumento da responsabilidade na formulação dos pedidos, visto as 
eventuais consequências patrimoniais para o cliente.
A elaboração da petição inicial exige dedicação, atenção e tempo, principalmente 
em casos difíceis e complexos. É a partir dela que irá se desenrolar o processo. A 
decisão sobre o direito de seu cliente será realizado pelo juiz, porém, a busca 
pelo melhor resultado começa na formulação da estratégia e de uma boa peti-
ção inicial.
Capítulo 2
Contestação
17
Não existe direito bom ou direito ruim, causa ganha ou perdida. O que existe, 
em verdade, é direito bem ou mal argumentado. Advogar é ter uma única causa: 
a do seu cliente. 
Para mim, é na contestação que o advogado mostra o seu talento, pois con-
testar é a arte de desconstruir e construir argumentos. É desqualificar fatos 
jurídicos e torná-los controvertidos.
PERSUADIR E CONVENCER: 
ESSA É A CHAVE DE UMA BOA CONTESTAÇÃO
Na contestação, você, enquanto advogado, deve persuadir e convencer o Magis-
trado de que a demanda contrária ao seu cliente não deve prosperar. Ele, Juiz, 
é o foco e o alvo de toda a argumentação. E digo: você não deve se valer ape-
nas de argumentos jurídicos, porque muitas das vezes é preferível adotar um 
argumento que pareça mais equitativo, mais oportuno, mais útil, mais razoável 
e adaptado à situação. Porém, para deixar a peça mais atrativa ao leitor, não 
demore em tudo que é notório ou em fatos que são objetos de experiência 
comum.
Iniciar o debate com os argumentos mais relevantes e mais fortes é fundamen-
tal para que o Juiz assinta com a tese de seu cliente. A qualidade dos argumen-
tos está não apenas na dificuldade em refutá-los, mas principalmente em 
seus próprios atributos. Persuadir, desde o início da argumentação, o Juiz a 
concordar com a tese de seu cliente pode ser a chave para o sucesso da contes-
18
tação. Por isso, sempre comece com os argumentos mais fortes e deixe os mais 
fracos por último.
UTILIZE ARGUMENTOS FORTESPara saber quais são os argumentos mais fortes, é importante ter conhecimento 
pleno da demanda proposta, desde os fatos até o teor dos documentos. Eu gos-
to muito de riscar e rabiscar as petições e documentos que estou contestando, 
de aderir notas de papel (post-its) neles, tudo no objetivo de rascunhar ideias 
de argumentos, pontos fortes e fracos. Assim, as impressões não se apagam 
no tempo e fica muito mais fácil encadear ideias em um segundo momento. É 
essencial encontrar a melhor metodologia para manter as ideias e os argumen-
tos vivos na memória.
Após ter domínio sobre a demanda a ser contestada, procure buscar fatos e 
documentos com seu cliente. Somente com as duas versões dos fatos é que 
você poderá traçar a melhor estratégia e os argumentos mais convincentes.
Importante: não influencie o cliente. Durante a reunião para discussão do caso, 
deixe-o falar primeiro sobre os fatos e depois faça os questionamentos neces-
sários para a elaboração da peça. Busque sempre uma versão isenta de paixões 
para melhor conhecer os pontos fortes e fracos do direito de seu cliente. Ele 
não deve tentar convencê-lo sobre a improcedência da demanda proposta. 
Esse papel cabe a você frente ao Poder Judiciário. Portanto, jamais influencie 
ou direcione seu cliente a respeito de fatos colocados na inicial.
19
O próximo passo é ler novamente a petição inicial para poder elaborar o roteiro 
de sua contestação, pontuar preliminares a serem arguidas e fatos importantes 
a serem objetados. Depois de tudo isso, não tenha pressa em terminar a peça, 
utilize todo o prazo, leia e releia para verificar se não deixou nenhum argumen-
to para trás.
PLANTE A DÚVIDA JÁ 
NA NARRATIVA DOS FATOS
Na efetiva elaboração da peça, não esqueça que o Juiz possui inúmeros casos 
para julgar. Dessa maneira, facilite a vida do Togado e ajude seu cliente narran-
do os fatos de maneira com que o julgador não tenha que voltar até a petição 
inicial para entender o que está em debate. A narrativa da demanda inicial tam-
bém pode ser utilizada para influenciar o Magistrado nas premissas dos argu-
mentos da contestação, pois toda argumentação é indício de dúvida. Plante 
dúvidas a respeito do direito do autor no meio da narrativa da petição inicial, 
isso alicerçará os seus fundamentos de contestação.
CONTESTAÇÃO: 
PEÇA ÚNICA DE DEFESA DO RÉU
Depois da narrativa dos fatos, é chegada a hora das preliminares. Mas não perca 
tempo nelas. A extinção do processo sem julgamento de mérito empobrece o 
direito e dificulta a sua evolução. Aliás, hoje vigora em nosso sistema processual 
cível a primazia do julgamento de mérito. Então, sempre que possível, o Magis-
20
trado irá ultrapassar as preliminares para julgar o mérito. É um progresso do 
nosso direito que deve ser homenageado pelos advogados, evitando a morte 
prematura do processo por questões meramente processuais. Por isso, foque 
nas questões de mérito.
Todavia, as preliminares não são as vilãs do processo civil. O novo Código de 
Processo Civil (CPC) concentrou todas as manifestações do requerido na contes-
tação, passando esta a ser a peça única de defesa. Assim, outra grande mudan-
ça do nosso direito processual é a inclusão da exceção de incompetência e de 
impugnações ao valor da causa e a concessão do benefício de gratuidade de 
justiça exatamente nas preliminares. As matérias que outrora eram ventiladas 
em incidentes apartados, agora devem ser arguidas em preliminares.
POR FIM, 
AS QUESTÕES DE MÉRITO
Não deixe fatos incontroversos! Essa é a regra que deve ser lembrada na obje-
ção das questões de mérito. Deixar fato incontroverso é abdicar da produção 
de prova em favor de seu cliente, o que é inaceitável.
Caso haja algum fato que não possa ser controvertido, desqualifique-o em rela-
ção ao direito pugnado. Traga argumentos que impeçam a aplicação de deter-
minada regra de direito. Semeie a dúvida.
Lembre-se: para fazer uma boa contestação é necessário conhecer profunda-
21
mente o direito material, as posições doutrinárias e jurisprudenciais. Portanto, 
dedique-se ao conhecimento do direito material debatido para melhor argu-
mentar e contrapor os fatos da petição inicial.
Saber argumentar, desconstruir premissas falsas e falaciosas não é apenas ques-
tão de filosofia, é o papel do advogado que atua com contencioso. É o caminho 
para o sucesso da defesa de seu cliente e para uma boa contestação.
Capítulo 3
Réplica
à Contestação
23
Como já comentei nos capítulos anteriores, o conhecimento dos pontos fortes e 
fracos do direito de seu cliente é essencial para traçar as estratégias processuais 
adequadas e antecipar possíveis argumentos da parte adversária. Se esse passo 
foi seguido, elaborar a réplica à contestação será muito mais simples.
A réplica à contestação é o momento para o advogado reforçar os argumentos 
com doutrina e jurisprudência e destacar os pontos que não dependem de pro-
va. Também é o espaço para preparar a fase instrutória do processo, ao deixar 
bem claro sobre quais questões deverão recair as provas.
DESTAQUE AS QUESTÕES QUE 
NÃO MERECEM SER PROVADAS
No processo civil, os fatos notórios, os confessos, os incontroversos e também 
aqueles em cujo favor milita a presunção legal de existência ou de veracidade, 
não dependem de prova. A réplica serve para preparar a instrução processual.
Assim, a réplica à contestação é o momento processual ideal para que o autor 
da demanda deixe evidente ao Magistrado a existência de fatos que não neces-
sitam de dilação probatória. Isso, além de acelerar o processo, também evita 
discussão sobre algumas questões.
Por essa razão, caro leitor, eu gosto de elencar na réplica os fatos incontrover-
sos e confessos. Destacar tais pontos e suas consequências jurídicas auxilia no 
julgamento procedente dos pedidos de seu cliente, pois orienta o Juiz a esse 
raciocínio e evita a produção de provas desnecessárias. 
24
OTIMIZE O TEMPO
Ter uma boa biblioteca é motivo de orgulho para qualquer advogado, pois a 
busca do conhecimento do direito material começa sempre pela leitura de 
diversos autores do assunto pesquisado. Alerto que a leitura deve ser pautada 
sempre em doutrinas de excelência. A observação é necessária, pois, cada dia 
mais, o Google passa a ser a grande fonte de informação de muitos. Portanto, 
caro leitor, se você deseja destacar-se de seus concorrentes, é necessário ser 
criterioso na escolha dos conteúdos para os estudos. Prefira um bom livro às 
buscas rápidas na internet.
Da mesma forma, o conhecimento dos julgados favoráveis e contrários ao direi-
to de seu cliente facilita o mapeamento dos pontos fortes e fracos do direito de 
seu cliente.
Por tudo isso, costumo ter uma pasta no computador para cada pesquisa rea-
lizada para a elaboração de uma petição inicial. Lá estão as passagens de dou-
trinas que entendo serem úteis em algum momento processual, bem como os 
julgados que servem para o mesmo fim. Além de otimizar o tempo da elabora-
ção da réplica à contestação, essas informações ainda podem ser usadas para 
atacar os argumentos utilizados pelo réu e fortalecer aqueles favoráveis ao seu 
cliente.
25
Capítulo 4
Embargos
de declaração
26
O recurso de Embargos de Declaração é cabível contra todo pronunciamento judi-
cial, como uma decisão interlocutória, sentença e acórdão. Ele possui sua funda-
mentação vinculada ao esclarecimento de obscuridade, eliminação de contradi-
ção, supressão de omissão, ou correção de erro material. 
Importante dizer isso para deixar claro que os Embargos de Declaração não servem 
para reforma da decisão atacada, mas apenas para sanar vícios intrínsecos a ela.ALTERAÇÃO LEGISLATIVA
Toda e qualquer decisão judicial deve ser motivada, sob pena de nulidade. Por 
isso, existem três vícios intrínsecos das decisões judiciais: a ausência de funda-
mentação; a deficiência de fundamentação; e a ausência de correlação entre 
fundamentação e o dispositivo. Perceba que todas as três hipóteses podem ser 
reduzidas em um único defeito: a ausência de fundamentação.
O Código de Processo Civil de 2015 – o novo CPC – inovou ao dizer quando a 
decisão judicial é considerada não fundamentada. Essa é uma alteração muito 
positiva. A referida mudança legislativa força os Magistrados a irem além do 
piloto automático e das fórmulas prontas. Dessa forma, eles são obrigados a 
saírem do conforto de invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer 
outra decisão e precisam explicar a relação da norma e dos conceitos jurídicos 
indeterminados, para levá-los a realmente decidirem o caso concreto. Afinal, no 
direito, nem sempre há uma única resposta para todos os casos.
27
Portanto, o papel principal do advogado nos Embargos de Declaração é des-
tacar os defeitos da fundamentação da decisão judicial em razão dos fatos e 
das provas constantes dos autos.
ATENÇÃO AO LIMITE DA LIDE 
E AOS FATOS DEBATIDOS
Para elaboração dos Embargos de Declaração é necessário ter atenção aos fatos 
que qualificam ou desqualificam o direito pugnado, principalmente nos casos 
em que se pretende sustentar a omissão no pronunciamento judicial.
Por isso, relembro o capítulo sobre petição inicial, no qual ressaltei a importân-
cia da narrativa dos fatos e da correta delimitação dos pedidos. Para o advo-
gado da parte autora, será a chance de ter um bom recurso de Embargos de 
Declaração contra uma sentença. Com uma petição inicial bem delimitada, o 
advogado poderá argumentar com maior facilidade sobre os vícios da funda-
mentação da decisão atacada, uma vez que já demonstrou claramente a ligação 
entre os fatos e o direito de seu cliente.
Para o advogado do réu não é muito diferente. Quando falei sobre contestação, 
sugeri que o advogado semeasse a dúvida acerca do direito da parte autora. E 
como fazer isso? Simples: basta não deixar fatos incontroversos, ou, na impos-
sibilidade de controverter determinado fato, é fundamental desqualificá-lo em 
relação ao direito perseguido pelo autor da ação. Lembre-se que o Juiz deverá 
sempre demonstrar a relação da norma ou de súmula, jurisprudência ou prece-
28
dente ao caso concreto. Por essa razão, o trabalho na contestação de desquali-
ficar os fatos em relação a determinada norma ou precedente é essencial para 
se obter sucesso no recurso de Embargos de Declaração.
Tudo isso, porque a decisão será considerada omissa quando o Magistrado não 
enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, 
infirmar a conclusão adotada na decisão. Se não houve o enfrentamento prévio 
da matéria, dificilmente se obterá êxito no recurso de Embargos de Declaração 
com fundamento na omissão.
Veja que o sucesso da fase recursal depende muito de como o processo foi 
conduzido até então. Como mencionado em linhas anteriores, os Embargos de 
Declaração servem unicamente para sanar vícios da decisão e não para reformar 
os seus fundamentos jurídicos. Contudo, há situações em que o acolhimento 
do recurso poderá implicar modificação da decisão recorrida, o que acontece, 
principalmente, nos casos de omissões.
Portanto, analisar se a decisão atacada possui efetivamente algum dos vícios que 
possibilitam a oposição de Embargos de Declaração e, se existentes, demonstrá-
-los de maneira clara e objetiva é imprescindível para o sucesso de seu recurso.
29
Capítulo 5
Agravo
de Instrumento
30
O Agravo de Instrumento é cabível contra as decisões interlocutórias que 
comportam urgência e que estão elencadas em lei. Ah, e com o novo CPC ela 
sofreu alterações que merecem uma atenção extra, ok?
NOVA SISTEMÁTICA 
DE PRECLUSÃO
O Código de Processo Civil de 2015 rompe a tradição do processo civil nacional 
e altera a sistemática de preclusão. Hoje, com exceção hipóteses de cabimento 
de Agravo de Instrumento, as questões resolvidas na fase de conhecimento não 
são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação 
ou em contrarrazões. Ou seja, houve a extinção do nosso velho conhecido Agra-
vo Retido. Mas hoje, o assunto é outro. Por isso, vou me limitar a essa simples 
menção sobre a nova sistemática da preclusão apresentada pelo novo CPC.
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA QUANTO 
À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO
De volta ao assunto do Agravo de Instrumento, ressalto que o primeiro passo 
para um recurso bem sucedido é formar corretamente seu instrumento. A lei 
estabelece quais são as peças obrigatórias que devem ser juntadas ao recurso 
interposto e faculta à parte apresentar outras que considere úteis ao julgamen-
to da causa.
Antigamente, o esquecimento de traslado de peças obrigatórias significava a 
31
morte do recurso. Porém, hoje, em razão da prioridade do julgamento de méri-
to, o relator do recurso deve conceder ao recorrente um prazo para sanar o 
vício ou complementar a documentação exigível. A mudança é positiva, uma vez 
que o Código deixa de cultuar a forma pela forma e privilegia o julgamento do 
direito material.
Contudo, volto a repetir o que disse no capítulo sobre petição inicial: um bom 
advogado age para evitar a determinação de retificação de sua peça, pois, ain-
da que o ato não importe no fim prematuro do recurso, retarda o andamento 
regular dele. Em se tratando de Agravo de Instrumento, onde as discussões 
são essencialmente urgentes, a atenção e dedicação para a formação perfei-
ta do recurso se torna ainda mais fundamental para garantir o direito de seu 
cliente. Por isso, boa parte da atenção deve estar voltada à correta formação do 
instrumento do recurso.
É importante frisar que nem sempre o direito de seu cliente vai estar fundamen-
tado nas peças elencadas pela lei como obrigatórias. Em consequência disso, a 
análise detida de todos os documentos e peças do processo faz com que você 
perceba qual deverá ser elevado ao grau de facultativo. Essa verificação pode 
ser a chave para o sucesso do recurso, afinal, ao contrário do que acontece com 
as peças obrigatórias, o relator não tem o dever de oportunizar a juntada pos-
terior de peças facultativas ao recorrente, principalmente porque incumbe à 
parte o ônus de comprovar os fatos constitutivos de seu direito.
32
A NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA 
DO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE
A crítica à decisão impugnada é característica dos recursos. Por isso, todo recur-
so deve, obrigatoriamente, atacar os fundamentos da decisão hostilizada. Esse 
é o princípio da dialeticidade. Assim, para quem deseja elaborar um bom recur-
so de Agravo de Instrumento, é importante evitar a mera reprodução ou remis-
são a determinada petição constante do processo.
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO OU 
DE ANTECIPAÇÃO DO MÉRITO RECURSAL
No início deste capítulo mencionei que o Agravo de Instrumento é o recurso 
cabível contra as decisões interlocutórias que tratam de questões urgentes, cuja 
eficácia imediata pode implicar em dano grave, de difícil ou impossível repara-
ção. Dessa maneira, é importante verificar se a questão debatida no recurso 
comporta pedido de efeito suspensivo ou de antecipação de tutela recursal. 
Isso vai assegurar ou satisfazer o direito de seu cliente, motivo fundamental do 
requerimento.
Portanto, os pedidos recursais não se limitam somente ao de reforma ou nuli-
dade da decisão impugnada, pois aqueles relativos à suspensão da eficácia da 
decisão ou de antecipação dos efeitos da tutela recursal também têm espaçono recurso.
33
Capítulo 6
Recurso
de Apelação
34
O recurso de apelação é cabível, via de regra, contra a sentença. A exceção que 
merece maior atenção é referente à sentença parcial de mérito (julgamento 
antecipado parcial do mérito). Nesses casos, a sentença será impugnada mediante 
recurso de agravo de instrumento.
Assim como no agravo de instrumento, o recurso de apelação deve atacar 
objetivamente os fundamentos da decisão recorrida, sujeito ao princípio da 
dialeticidade. Abordarei a seguir alguns aspectos que entendo serem importantes 
para um bom recurso de apelação.
ATENÇÃO AOS 
LIMITES DA DEMANDA
Já disse, em outra oportunidade, que o Juiz não pode julgar de forma diversa 
daquela requerida pelo autor da ação na petição inicial, nem mesmo conhecer 
de questões que não estejam ditas nos autos. Isso quer dizer que o Magistrado 
está limitado aos pedidos da parte autora, razão pela qual a formulação dos 
requerimentos é tão importante e demanda tempo e dedicação do advogado.
A primeira etapa da elaboração do recurso de apelação é contrapor os pedidos 
iniciais com a sentença. Somente depois disso é possível verificar os pontos a 
serem atacados pela via recursal e se houve a correta distribuição dos ônus pro-
cessuais (custas e honorários).
35
A TEORIA DOS 
CAPÍTULOS DE SENTENÇA
A sentença pode conter mais de uma decisão, a depender da quantidade de 
pedidos cumulados na inicial. Assim, cada solução adotada para determinado 
pedido será um capítulo de sentença e poderá ser atacado pela via recursal. 
Fatiar a sentença, delimitando os seus capítulos de acordo com cada pedido, 
facilita a elaboração do recurso, pois permite enxergar com mais clareza os pon-
tos a serem rebatidos.
Como dito acima, de acordo com o princípio da dialeticidade, é característica 
dos recursos combater os fundamentos da decisão atacada. Dessa forma, a divi-
são dos capítulos de sentença torna-se ainda mais essencial para a elaboração 
do recurso de apelação.
RECURSO PARCIAL OU TOTAL?
O recurso de apelação pode ser total ou parcial. Ou seja, ele poderá tratar sobre 
todos os pontos da sentença ou apenas de alguns. Em razão do efeito devoluti-
vo da apelação e do princípio da congruência, o Tribunal apreciará somente as 
questões ventiladas pelo recurso.
A escolha de combater parcial ou totalmente a sentença possui inúmeras variá-
veis, tais como: interesse recursal, legitimidade, vontade da parte, ou, conveni-
ência de interposição do recurso. A análise deverá ser realizada caso a caso, pois 
36
não existe uma regra geral.
No entanto, duas questões devem ser pensadas no momento da interposição 
do recurso: a preclusão e os custos processuais.
Falei no artigo sobre Agravo de Instrumento que o Código de Processo Civil 2015 
(o novo CPC) mudou a sistemática da preclusão, quando determina que as ques-
tões resolvidas na fase de conhecimento não são cobertas pelo impedimento. 
A mencionada alteração da regra não se aplica para o recurso de Apelação, no 
qual os capítulos de sentença devem ser combatidos, sob pena de transitarem 
em julgado. Em outras palavras, não sendo devolvida determinada questão ao 
Tribunal, a parte não poderá mais discutir a justiça da sentença referente a tal 
ponto. Então, é de grande responsabilidade a decisão de não combater deter-
minado capítulo de sentença, pois a sua consequência jurídica é o trânsito em 
julgado da matéria.
A verificação dos riscos e sucumbência, para o autor da demanda, já deve ter 
sido realizada no momento da proposição da ação, conforme mencionado no 
artigo sobre petição inicial. Para o réu que teve sentença proferida contra si, 
sob a ótica do custo processual, é na apelação o momento de constatar a perti-
nência de impugnar determinado ponto da sentença. Recorrer de questões já 
consolidadas nos Tribunais Pátrios pode aumentar os ônus de sucumbência. Ao 
julgar o recurso, o tribunal deve aumentar os honorários fixados anteriormen-
te, levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal. Assim, é 
37
importante ponderar os custos do processo para decidir sobre a interposição 
do recurso de apelação.
Busco registrar as razões da não interposição, total ou parcial, do recurso junto 
ao cliente, informando-o, de forma clara e explícita, quanto aos eventuais riscos 
e consequências resultantes dessa escolha. Apenas com o “de acordo” do clien-
te, e para evitar questionamentos futuros sobre o ato, é que não interponho o 
recurso de apelação.
Portanto, para elaborar um bom recurso de apelação é importante ter conhe-
cimento da teoria dos capítulos de sentença. Com essa teoria em mente, e 
tendo o domínio dos fatos do processo, ficará mais simples decidir as estraté-
gias sobre o recurso de apelação, principalmente, sobre quais pontos recorrer 
e como fazê-lo.
38
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