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Teóricos da Personalidade

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Freud (1856/1939)
O famosíssimo “Pai da Psicanálise” possui teorias controversas, porém a teoria mais importante de Freud é a subdivisão da personalidade em três sistemas: O id, o ego e o superego. O id é guiado pelo instinto e busca a satisfação das necessidades; o superego é o conjunto de valores morais e sociais que aprendemos, ou seja, o id é todo impulso, enquanto o superego é o que freia os impulsos e nos acusa se fazemos algo que consideramos errado, o que chamamos de consciência. O ego é o mediador entre o id e o superego. É o componente de nossa personalidade que toma as decisões.
Allport (1897/1967)
Allport acreditava que a personalidade é determinada biologicamente quando nascemos e moldada de acordo com as experiências do ambiente em que vivemos.
Adorno (1903/1969)
Adorno propôs que o preconceito é resultado do tipo de personalidade de um indivíduo. Ele elaborou um questionário que denominou de Escala F (de Fascismo). Segundo Adorno, traços de personalidade profundos predispõem alguns indivíduos a terem ideias totalitárias e altamente antidemocráticas, sendo, portanto, altamente preconceituosos. As evidências que deram suporte a sua tese são estudos de casos, testes psicométricos e entrevistas em clínicas com pessoas que possuíam pais muito rígidos.
De acordo com Adorno, pessoas com personalidades preconceituosas têm obsessão por status, respeitam e são submissos a figuras autoritárias e se preocupam com poder e firmeza. Entretanto, sua tese foi altamente contestada, pois nem sempre filhos de pais rígidos são preconceituosos e algumas pessoas preconceituosas não toleram autoritarismo, além do que, não se sabe porque determinadas pessoas têm preconceito com relação a certos grupos e não a outros.
Eysenck (1916/1997)
Através das respostas de questionários que entregou a 700 soldados com perturbações neuróticas, ele chegou à conclusão de que o comportamento poderia ser representado por duas dimensões de comportamento: introvertido-extrovertido e instável-estável. Ele denominou-as de traços de personalidade.
Introvertido / Extrovertido  
Os introvertidos são reservados, planejam as ações e controlam as emoções. Eles tendem a ser sérios, confiáveis e pessimistas.
Já os extrovertidos são sociáveis, gostam de excitação e desafios. Tendem a ser livres, otimistas e impulsivos.
Neurótico ou instável / Estável
Os neuróticos são ansiosos, preocupados e mudam constantemente de humor. São muito emotivos e têm dificuldade para se acalmar.
Os estáveis são calmos e despreocupados. Não reagem com intensidade aos problemas.
Posteriormente Eysenck adicionou uma terceira dimensão de comportamento, que seria a do Psicoticismo. Nesta estariam inseridas as pessoas que não possuem empatia (a capacidade de colocar-se no lugar dos outros). Elas seriam pessoas cruéis, solitárias, agressivas e problemáticas.
Cattell (1905/1998)
Cattell discordou de Eysenck afirmando que não era possível compreendera a personalidade observando apenas 3 dimensões de comportamento. Ele fez uma pesquisa de fontes diferentes, utilizando dados de vidas de pessoas, questionários e testes objetivos e chegou à conclusão de que haviam dezesseis traços de personalidade comuns a todas as pessoas. Segundo Cattell, todos temos traços de temperamento e traços dinâmicos.  Os traços dinâmicos são superficiais, são muito óbvios e facilmente identificados por outras pessoas, ao passo que os traços de temperamento são mais importantes, porém menos visíveis e ocultos em aspectos diferentes do comportamento.
Qual foi a teoria que mais chamou sua atenção? Não deixe de compartilhar suas ideias conosco nos comentários abaixo! Aproveite e conheça nossos testes voltados para avaliação da personalidade.
Teoria da personalidade junguiana
Para Carl Gustav Jung, a personalidade - ou psique, como ele a chamava - é formada por sistemas isolados que atuam de forma dinâmica uns sobre os outros.
O psiquiatra e psicoterapeuta era um estudioso assíduo, bebeu de várias fontes e por muito tempo foi um dos discípulos de Freud. Embora viesse a usar suas referências sobre consciente e subconsciente, Jung não concordava com a visão de Freud sobre os fatores de motivação da personalidade.
Na visão junguiana, existem quatros funções psicológicas básicas (sentir, pensar, perceber e intuir) e dois tipos de caráter (introvertido e extrovertido). Cada indivíduo desperta em si uma função básica e um tipo de caráter, originando assim a sua personalidade.
Ao todo, a teoria de Jung apresenta oito tipos de personalidade:
Reflexivo extrovertido
Personalidade de indivíduos mais racionais e objetivos, que geralmente apresentam cargos importantes. Os reflexivos extrovertidos são céticos, pouco sensíveis, narcisistas, prepotentes e manipuladores.
Reflexivo introvertido
Pessoas com essa personalidade são definidas pelo lado intelectual e um forte apego à filosofia. Embora sejam muito interessantes, possuem dificuldade de relacionamento e são bastante teimosas.
Sentimental extrovertido
Essa psique é facilmente encontrada em mulheres. Os sentimentais extrovertidos são empáticos e compreensivos, possuem facilidade de comunicação e relacionamento, forte poder de sedução e persuasão; no entanto, tendem a sofrer mais com rejeições.
Sentimental introvertido
Geralmente são pessoas solitárias, possuem dificuldade de relacionamento, gostam de silêncio, são melancólicas, pouco sociáveis e fazem o possível para não chamar a atenção, mas são sensíveis às necessidades alheias.
Perceptivo extrovertido
Essa personalidade possui um lado místico, forte percepção e identificação com objetos. Indivíduos perceptivos extrovertidos são muito bons com detalhes e costumam colocar o seu prazer como prioridade.
Perceptivo introvertido
A maior característica dessa personalidade é a ênfase sensorial. É caracterizada por valorizar cores, texturas e formas como uma maneira de exteriorizar suas emoções. Geralmente são indivíduos relacionados à arte e à música.
Intuitivo extrovertido
Pessoas aventureiras fazem parte dessa personalidade. São ativas, inquietas, determinadas e corajosas, mas em geral egoístas e não ligam muito para o bem-estar coletivo.
Intuitivo introvertido
Personalidade característica de indivíduos extremamente sensíveis, com alto senso intuitivo. É muito comum pessoas assim estarem ligadas à religião. Os intuitivos introvertidos também são idealizadores, muito criativos e sonham alto.
Tanto a teoria de Freud quanto a de Jung são questionáveis, incertas e limitadas, que se diferem por fatores associados ao embasamento de cada um. Por um lado temos o determinismo da teoria freudiana, por outro a ideia do exercício de livre arbítrio defendida pela teoria de Jung.
Contudo, ambos os estudos sobre teorias da personalidade são de extrema importância hoje ao campo da psicologia e psiquiatria, ainda que não sejam efetivas em seu propósito. Freud e Jung colaboraram significativamente com suas ideias para a evolução da psicanálise, e ainda orientam novos pesquisadores.
Biografia de Alfred Adler, o criador da psicologia individual.
Alfred Adler foi um médico vienense que teve grande impacto nas teorias da mente humana. Junto com Sigmund Freud e Carl Gustav Jung fecha o círculo dos “três grandes”, ou em outras palavras, dos fundadores do que se conhece hoje como “psicologia profunda”.
Adler nasceu em Viena (Áustria) no dia 7 de fevereiro de 1870. Foi o segundo de seis filhos. O seu pai era um comerciante judeu de cereais e sua mãe dona-de-casa. Passou sua infância nos subúrbios da capital austríaca. Tinha uma saúde muito frágil, pois padecia de raquitismo e além disso, uma vez, foi atropelado por um carro
“A experiência é uma das causas do sucesso ou do fracasso. Não sofremos o impacto de nossas experiências, chamadas traumas, mas as adaptamos a nossos propósitos”.
-Alfred Adler-
Um de seus irmãos morreu de difteria quando ele tinha 4 anos e ele não adoeceu, apesar de dormirem na mesma cama. Contudo, aos 5 anos de idade contraiu uma pneumonia terrível que o deixoumarcado para sempre. Foi então que tomou a decisão de ser médico. No mais, foi uma criança normal que se diferenciava por ser muito extrovertido e brincalhão. Não tinha muita inclinação para o estudo, mas por outro lado era muito competitivo.
Recebeu o seu diploma de médico na Universidade de Viena em 1895. Começou trabalhando como oftalmologista. Teve contato com pessoas que tinham deficiências visuais e aí começaram a se formar suas ideias sobre a mente humana. Um pouco depois trocou para a medicina geral e ali atendeu pessoas de circo, o que também impactou suas ideias de inferioridade e superioridade, que viria a desenvolver posteriormente. Depois exerceu como neurologista e logo como psiquiatra.
O encontro de Alfred Adler e Freud
Graças a sua prática médica, Alfred Adler começou a se interessar pelos fenômenos da mente humana. Sem ter ainda um objetivo claro, o jovem médico vienense começou a compilar material sobre as consequências físicas e psíquicas das deficiências ou limitações orgânicas. Em 1902 conheceu pessoalmente Sigmund Freud e se sentiu muito atraído por suas ideias.
O próprio Freud o convidou a fazer parte do seu círculo mais próximo. Alfred Adler começou a participar das famosas conversas na casa de Freud, ou a “Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras”, que mais tarde se chamaria “Associação Psicanalista de Viena”. Em 1904 expressa as primeiras discordâncias com a teoria freudiana, mas se mantém dentro da sociedade psicanalista.
Em 1910 começa a editar a “Revista de psicanálise”, junto com Freud e Stekel. Adler era o diretor da publicação. As tensões com a teoria de Freud crescem e em agosto de 1911 decide se afastar para sempre da psicanálise tradicional. Anuncia isto através de um editorial na revista que dirigia.
As desavenças de Adler com a teoria psicanalista clássica
Alfred Adler compartilhava muitos dos postulados de Sigmund Freud. De fato, nunca se desligou totalmente deles. Contudo, também tinha sérios escrúpulos em torno de certas ênfases e abordagens do pai da psicanálise. Basicamente mostrava divergência em dois grandes pontos:
Adler não acreditava que o aspecto sexual fosse o controlador essencial da conduta humana.
Também não acreditava no determinismo absoluto do inconsciente.
Diferentemente de Freud, Adler pensava que o impulso básico do ser humano era o desejo de poder e não o instinto sexual. Seu pensamento estava fortemente influenciado pela filosofia de Nietzsche. Estava convencido de que o desejo de poder nos seres humanos é tão ou inclusive mais importante do que o impulso sexual. Sustentava que sua frustração dava origem a um complexo de inferioridade, que com o tempo se transformava no caldo de cultivo de diferentes transtornos psicológicos.
Ao mesmo tempo, Alfred Adler rejeitava a ideia de que as primeiras experiências se fixam no inconsciente e se transformam em determinantes da vida psíquica. Ao contrário, dava enorme valor à capacidade do indivíduo para direcionar e dar sentido à sua própria vida no aqui e agora.
Adler definiu as bases de sua teoria a partir do que havia observado em seus pacientes. Muitos deles arrastavam um longo histórico de limitações físicas. Nesse sentido, descobriu que enquanto alguns transformavam essas experiências na motivação suficiente para desenvolver formas originais para compensá-las, outros ficavam presos a suas frustrações e não conseguiam avançar. A partir disso, Adler outorgou uma enorme importância à vontade humana para sair das dificuldades.
A psicologia individual de Alfred Adler
Adler fundou em 1911 a “Sociedade Psicanalista Livre”, que em 1912 passou a se chamar “Sociedade de Psicologia Individual”. O nome psicologia individual pode parecer contraditório já que Adler dá grande importância aos fatores sociais e ao entorno na formação e bem-estar das pessoas, mas ele pensava que mesmo que essa influência social fosse grande, esta tem um efeito diferente sobre cada pessoa. Um raciocínio parecido ao que fizemos anteriormente com a deficiência.
Um dos primeiros conceitos postulados por Alfred Adler foi o da “compensação”. Está baseado no modelo de “patologia constitucional” e afirma que o corpo, por si só, oferece uma compensação a qualquer insuficiência orgânica. Essa compensação, a princípio, acontece na mente e logo se transfere ao corpo. Como oftalmologista, ele mesmo notou que vários pacientes com importantes deficiências de visão se tornavam excelentes leitores.
A principal força em cada indivíduo é o desejo de poder, segundo Adler. Contudo, quando este estímulo se frustra aparece o que ele denomina de “complexo de inferioridade”. É uma sensação neurótica de deficiência ou incompetência, derivada das experiências e do entorno. Para compensar esta condição, surge também um “complexo de superioridade” de modo que o indivíduo desenvolve percepções e desejos desproporcionalmente elevados para a sua própria pessoa
Nesses casos, o processo de compensação faz com que apareçam duas opções. Uma, que o indivíduo compense o seu sentimento de inferioridade por meio do desenvolvimento de novas potencialidades. Outra, que o indivíduo fique preso no seu sentimento de inferioridade e desenvolva um complexo de superioridade insano que o leve ao cinismo, à frustração, à preguiça e, inclusive, ao crime.
O legado de Alfred Adler
As teorias de Alfred Adler tiveram grande impacto na sua época. Não apenas adquiriram grande popularidade na Europa, mas também nos Estados Unidos, onde foi um palestrante de sucesso e inclusive mestre em prestigiadas universidades. Tudo isso apesar de seus livros e ideias terem sido proibidos na sua terra natal e em vários lugares da Europa, durante o Nazismo.
A ênfase no desejo do indivíduo e na capacidade para modificar o seu destino tiveram grande impacto em correntes posteriores, como a psicologia humanista, a psicanálise social de Erich Fromm e a logoterapia de Viktor Frankl. De forma semelhante, muitos dos seus enunciados são usados de forma recorrente pela chamada psicologia de “autoajuda“.
As questões fundamentais da psicologia individual ficaram consagradas na obra “A personalidade neurótica”, publicada em 1912. Outras obras que coletam ao legado de Adler são “A prática e a teoria da psicologia individual” (1920); “Conhecimento sobre o homem” (1926); “Compreensão da natureza humana” (1928-1930); “A educação das crianças” (1929); “A ciência de viver” (1957); e “Superioridade e interesse social” (obra póstuma de 1965).
Kelly e o Constructo Pessoal
Alternativa de constructo – o mundo pode ser percebido de diversas formas, com diferentes alternativas, portanto não é preciso pensar que se está preso a um único arranjo.
Posição positiva em relação à Freud.
As pessoas são livres para escolher como querem ver o mundo e como desejam agir. As alternativas exercem influências diversas nos comportamentos das pessoas.
Homem-cientista – desenvolvemos hipóteses sobre nosso comportamento e depois testamos as teorias. Construindo-se sistemas antecipatórios que ajudam a compreender cada vez mais as consequências dos comportamentos.
A pessoa não-sadia é um mau cientista – não consegue adequar a antecipação com o comportamento.
Portanto, a chave para entender o comportamento é compreender que as pessoas querem adequar a consequência com a ação. A personalidade é o conjunto de constructos pessoais que as pessoas usam para gerar as predições. Como a pessoa constrói, compreende e interpreta o mundo. Portanto, o autoconceito é o mais importante para a sua teoria da personalidade, considerando-se os contructos de papel nuclear para a compreensão do comportamento. Sua teoria depende da compreensão de como as pessoas entendem e interpretam o seu mundo.
Para ele, as pessoas são ativas por definição, sem precisar explicar o porquê – essa é a sua critica às terorias da motivação. Elas agem devido às percepções que seguem às suas interpretações do mundo, e não por forças que agem sobre elas.
Rejeitava os rótulos.
Constructo pessoal – unidade fundamentalde sua teoria. Infere identidade a uma pessoa ao mesmo tempo que determina semelhanças entre as pessoas. São bipolares (como dois são iguais ao mesmo tempo que são diferentes de um terceiro). Possui um intervalo de conveniência (intervalo limitado de aplicação) e um foco de conveniência (classe de objetos para qual ele é mais relevante). Compreensão do mundo. Oferece um movimento, de forma que haja uma escolha dual entre percepções alternativas e ações alternativas, ou seja, tem natureza dicotômica (o mundo é interpretado com gradações) – constructos dicotômicos geram escalas supraordenadas dessas gradações.
A permeabilidade de um constructo o diferencia de outros constructos. Parecido com o conceito de generalização (como podem ser aplicados a outros constructos):
Preemptivo – nada mais sobre o objeto é importante.
Constelatório – desencadeia outros constructos, mas sem adicionar informações
Proposicionais – difere constructo nuclear (essenciais na definição de quem a pessoa é, e por isso são difíceis de mudarem) e periférico (menos importantes e mais fáceis de serem mudados).
Consciência cognitiva – seria o inconsciente de constructos que não estão accessíveis. Os constructos são representados e modificados por palavras, porém, existem aqueles anteriores à aquisição da linguagem. Ou, um dos pólos do constructo fica suprimido pelo fato da pessoa não conseguir tolerar qualquer significado proveniente dessa estrtutura.
Postulado fundamental – a pessoa una possui uma rede de significados com expectativas do que pode acontecer ao se comportar de determinada maneira. antecipação dos eventos.
Os 11 corolários de Kelly:
de construção – interpreta a reprodução de evento de forma que possa antecipá-lo. Como se fosse a interpretação de um reforço.
de individualidade – as pessoas diferem por suas interpretações a eventos e por seus sistemas de interpretação das antecipações dos eventos.
de organização – os constructos estão organizados de forma hierárquica e que define a sua personalidade. Flexível.
de dicotomia -numero finito de constructo dicotômico no sistema de interpretação de uma pessoa.
de escolha – quando se escolhe os valores que regem os constructos dicotômicos para que se faça uma escolha. A escolha se dá pela interpretação daquilo que pode melhorar a antecipação dos eventos. Comportamento seguro ou arriscado. Ampliar o intervalo de conveniência do constructo.
de intervalo – antecipação de um intervalo finito de possibilidades.
de experiência – é a constante análise da interpretação do sistema e a sua consequência real. Interpretação e reinterpretação. Os dados que validam as hipóteses e que também mudam a sua significação.
de modulação – a interpretação feita por um sistema é limitada pela permeabilidade entre os constructos.
de fragmentação – fluidez dos constructos. São flexíveis, ou seja, não se mantém fixos com o passar do tempo. A consistência está relacionada com o momento em que a pessoa vive. de comunalidade – interpretações iguais levam a comportamentos iguais (ou semelhantes), independente da semelhança do evento eliciador.
de sociabilidade – relações interpessoais, entre elas a terapêutica. As pessoas só se relacionam se conseguirem compreender os sistemas de interpretação uma da outra. Conflitos são explicados por essa falta de compreensão.
Erich Fromm e sua teoria sobre a psicanálise humanista
Para Erich Fromm, a principal tarefa do ser humano na vida é dar luz a si mesmo para poder se transformar naquilo que realmente é, em alguém mais nobre, mais forte e mais livre. Essas e outras reflexões demonstram essa perspectiva humanista, e ao mesmo tempo revolucionária, de uma figura de grande relevância na psicologia. Além disso, falamos sobre alguém que é considerado o filósofo do amor.
Quando nos referimos à teoria psicanalista, ainda há quem cometa o erro de enxergá-la como um todo, como uma mesma entidade rígida e específica, onde habitam conceitos, dinâmicas e abordagens muito claras, enunciados pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud. Nos esquecemos talvez de que dentro dessa corrente, há escolas e formas de pensamento que enriqueceram as bases da psicanálise, desviando-se das palavras e das ideias de Freud.
“Somente a pessoa que tem fé em si mesma é capaz de ter fé nos outros.”
-Erich Fromm-
Erich Fromm foi um desses “desviados”. Foi nos anos 40 que esse psicólogo social, de origem judaica-alemã, decidiu romper com a doutrina psicanalítica com a qual trabalhavam no “Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt” e renovar por completo a teoria e a prática, aproximando-se de uma abordagem muito mais cultural, humana. Por exemplo, ele reformulou a ideia do desenvolvimento da libido, substituindo por outra mais factível. Uma nova concepção na qual enunciava e articulava os processos de assimilação e socialização do indivíduo.
Do mesmo modo, poderíamos dizer sem erro que Fromm foi, acima de tudo, um pensador fascinante, um filósofo e um dos melhores representantes do humanismo no século XX. Os seus 3 livros mais importantes: “O medo à liberdade”, “A arte de amar” e “O coração do homem” nos trouxeram um universo de pensamentos, reflexões e teorias nas quais a psicologia anda de mãos dadas com a antropologia e a história, e onde, por sua vez, o legado de Sigmund Freud e Karen Horney continuavam muito presentes.
Erich Fromm e a crise sistêmica da sociedade ocidental
Para entender a teoria da psicanálise humanista de Erich Fromm é necessário conhecer essa pessoa, entender suas raízes, seu contexto e esse mundo à deriva que constituía sua realidade mais imediata. Dessa maneira, estaremos na posição de compreender o que serviu como guia e inspiração para suas teorias.
Quando alguém lê sua autobiografia, “Meu encontro com Marx e Freud” e se detém principalmente na sua infância e adolescência percebe imediatamente que essas não foram etapas felizes da vida de Erich. O pai de Fromm era um homem de negócios bastante agressivo, sua mãe sofria de depressão crônica e, além disso, ele foi educado em um ambiente extremamente rigoroso, sob os padrões judeu-ortodoxos. Ele conta que durante essa época viveu momentos que o marcaram.
“O nacionalismo é a nossa forma de incesto, é a nossa idolatria, é a nossa loucura. O patriotismo é sua seita.”
-Erich Fromm-
O primeiro foi o suicídio de uma jovem de 25 anos pela qual ele era apaixonado quando criança. Ela era pintora e bastante unida à única família que tinha: o pai. Este faleceu de forma repentina e poucos dias depois a jovem artista decidiu tirar a própria vida. Seu suicídio fez com que Fromm se perguntasse: Por quê? O que faz as pessoas chegarem a tais extremos?
O segundo fato que o marcou foi o início da Primeira Guerra Mundial. Chegou à sua vida, então, a sombra dos nacionalismos, a radicalização das massas, as mensagens carregadas de ódio e a eterna diferença entre “nós” e “eles”, entre minha identidade e a sua, sua religião e a minha, minha visão de mundo e a sua “não aceitável” visão de mundo.
O mundo se fragmentava e essas rachaduras não apenas abriam distâncias intransponíveis entre várias potências mundiais, mas também tinha início um período de crise sistêmica em toda a sociedade. Todas as teorias psicológicas, filosóficas e sociais enunciadas até o momento deveriam ser reformuladas em busca de respostas e explicações perante semelhante caos…
Uma visão para a compreensão e a esperança no ser humano
Ler a obra de Erich Fromm é quase imprescindível para entender esse período de crise de valores, de princípios e de políticas sociais que se iniciou nesse primeira metade do século XX, no qual as duas guerras mundiais comprometeram, por assim dizer, nossa fé na humanidade.
No entanto, ler Fromm é se reconciliar exatamente com a própria humanidade. Porque ele nos fala sobre esperança e, principalmente, nos fornece grandes recursos das ciências humanas e da própria psicanálise para iniciar uma transformação positiva e criadora…
Vamos ver agora os princípios básicosda sua teoria.
Do homem biológico-mecanicista ao homem biológico-social
Erich Fromm aceitava grande parte dos conceitos desenvolvidos por Sigmund Freud: o inconsciente, a repressão, os mecanismos de defesa, a transferência, o conceito dos sonhos como expressão do inconsciente e – naturalmente – a relevância da infância como raiz de muitos transtornos psicológicos.
Pois bem, uma coisa com a qual Fromm não conseguia concordar era com a visão do ser humano como um entidade biológico-mecanicista, como um ser que responde de forma exclusiva à vontade do “Id”, essa entidade que busca satisfazer os impulsos básicos da agressividade, da sobrevivência e da reprodução.
Erich Fromm falou sobre o homem biológico-social para exaltar a “psicologia do eu”, na qual as pessoas se limitam unicamente a reagir ou a se defender dos impulsos ou instintos. É necessário ampliar os limites e tomar consciência do social e de como, por vezes, as figuras mais significativas para uma criança podem provocar nelas processos adversos e traumáticos.
As relações interpessoais se situam agora com Fromm como eixos principais que substituem por completo a clássica teoria da evolução da libido, como conceito motivacional e mecanicista, na figura do ser humano.
O ser humano é livre
As teorias de Fromm não são influenciadas apenas por Freud e Karen Horner. Falar sobre Fromm também é falar sobre Marx. Devemos lembrar uma vez mais o contexto social da época, a crise de valores, os vazios de conteúdo ao dar respostas sobre o porquê do comportamento humano, o porquê das guerras, dos nacionalismos, dos ódios, da diferença de classes…
Assumir a perspectiva biológico-mecanicista herdada de Freud, como já sabemos, carecia de sentido e utilidade. Assim, os princípios defendidos por Marx se ajustaram muito melhor às premissas que Fromm buscava. Para Marx, as pessoas não eram apenas determinadas pela sociedade, elas o eram principalmente pelos seus sistemas econômicos.
Assim, em muitos dos textos de Fromm, podemos ainda hoje reconhecer a nós mesmos nas suas linhas e naquelas mensagens que deixam ninguém indiferente.
“Nossa economia de consumo e de mercado se baseia na ideia de que se pode comprar a felicidade. Mas, cuidado, porque se você não tiver dinheiro para pagar, então terá perdido todas as chances de ser feliz. Por isso, é necessário lembrar que apenas o que vem a partir dos nossos próprios esforços, do nosso interior, não apenas é o ‘mais barato’, mas também o que pode nos fazer mais felizes.”
Porém, algo interessante na teoria de Fromm é que apesar do fato de o ser humano ser influenciado pela sua cultura e pelos sistemas econômicos, há um fim pelo qual sempre devemos lutar e que podemos conquistar: a liberdade. Fromm, de fato, encorajava as pessoas a ir além dos determinismos de Freud e Marx para desenvolver algo que é inerente à própria natureza humana: nossa liberdade.
As pessoas, Fromm defende, são determinadas por alguns princípios biológicos, assim como o resto dos animais. Nascemos com um corpo, amadurecemos, envelhecemos e lutamos pela nossa sobrevivência. No entanto, para além desse limite, tudo é possível. Se conseguimos progredir desde as sociedades tradicionais da Idade Média até a sociedade atual, então não podemos nos render nesse processo em busca de mais liberdades, de mais direitos e de um maior bem-estar.
A liberdade é uma coisa complexa de se conseguir, mas para alcançá-la, é preciso cultivar a responsabilidade individual e o respeito social. De outro modo, em caso de não lutar nem escapar da própria liberdade, corremos o risco de que nas nossas sociedades apareça alguns desses cenários que, sem dúvidas, são nossos conhecidos:
O autoristarismo.
A destrutividade (na qual se inclui a agressão, a violência ou o suicídio).
A conformidade autômata, na qual a pessoa se torna um “camaleão social”, ou seja, assume a cor do ambiente, sem protestar.
Essas três ideias foram desenvolvidas em um livro insubstituível, o qual vale a pena ler de novo de tempos em tempos: “O medo à liberdade”.
Os fundamentos da psicanálise humanista
Algo que sem dúvidas chama a atenção na trajetória de Erich Fromm é que, diferentemente dos psicanalistas mais clássicos que conhecemos, ele não teve início no âmbito médico ou psiquiátrico. Ele de fato não era médico, sua base de trabalho era a sociologia, por isso às vezes não era muito bem aceito nem bem visto. Sua relação com Karen Horney foi de fato bastante complexa e foram muitos os psicólogos que sempre o enxergaram como um teórico de campo mais que como um psicólogo ortodoxo.
“O amor é a única resposta sensata e satisfatória ao problema da existência humana.”
-Erich Fromm-
No entanto, é aí que se encontra a verdadeira grandeza de Fromm: a sua visão mais ampla e integral do ser humano. Onde nem tudo corresponde a uma patologia orgânica, às forças da biologia, mas são a cultura, a família e, em essência, a própria sociedade que muitas vezes nos deixam cercados e bloqueados da própria expressão do ser.
Vamos ver a seguir os fundamentos básicos da sua teoria sobre a psicanálise humanista.
Chaves para compreender a abordagem psicológica de Erich Fromm
A seguir, deixaremos algumas das principais chaves para entender a psicologia de Fromm:
A característica humanista de Fromm traz uma nova abordagem ao conceito de doença. Nele, o psicanalista é obrigado a reformular não somente a definição de doença, mas também as ferramentas com as quais a enfrenta.
A finalidade do profissional não é outra senão facilitar o encontro da pessoa consigo mesma. Dizendo em uma linguagem mais atual: “favorecer o desenvolvimento pessoal para alcançar a felicidade”.
Uma coisa dessas só se consegue desenvolvendo a responsabilidade e o amor próprio.
Na hora de tratar um paciente, não é conveniente se focar exclusivamente no patológico, nos sintomas da doença ou nos seus condicionantes negativos. É necessário ver as qualidades e os aspectos positivos da pessoa para facilitar assim a técnica terapêutica.
O único objetivo da psicanálise não deve ser adicionar seu grãozinho de área para que a pessoa mude. Além disso, é preciso facilitar estratégias para que a pessoa se integre de novo na sociedade, mas sentindo-se mais forte, mais hábil e preparada para ser consciente de que também há aspectos “doentes” na interpretação da realidade que a sociedade (ou grande parte dela) não considera.
A psicanálise deve ser receptiva aos avanços da ciência, às mudanças da sociedade, deve entender a cultura que nos envolve, as condições econômicas e políticas que nos rodeiam para poder ajudar de uma forma muito melhor as pessoas. Ficar com uma visão reducionista seria um erro.
O profissional deve fazer uso de um vocabulário compreensível, transparente e claro. Além disso, deve procurar não projetar uma imagem de poder ou superioridade.
Para concluir, o legado que Fromm nos deixou representa um passo de gigante não apenas no campo da psicologia, mas também no da filosofia. Assim, embora para muitos suas teorias tenham pecado às vezes pelo “utopismo”, a verdade é que moldou um tipo de psicanálise mais real, na qual desenvolver o melhor de cada pessoa. Uma abordagem nada insignificante de um pensador que, como já dissemos, vale a pena lembrar e ler aprofundadamente. Que esse artigo seja um convite.
A Psicologia do Sentido – Viktor Frankl
Viktor Frankl (1905 -1997) foi um psiquiatra judeu e austríaco perseguido pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial e que passou cerca de 2 anos em um campo de concentração em Dachau, na Alemanha, e Auschwitz, na Polônia.
Em Busca de Sentido – Um Psicólogo no Campo de Concentração
Frankl, após a libertação em 1945, escreveu uma de suas mais famosas obras, “Em busca de Sentido –Um Psicólogo no Campo de Concentração”[1946] na qual ele retrata, através de uma análise psicológica, a situação dos prisioneiros no Campo de Concentração.
O interessante da obra é que ela sai do padrão história do holocausto. Para aqueles que se interessam pelosassuntos holocausto e Segunda Guerra Mundial, o livro revela-se uma surpresa, pois o autor explora questões psicológicas como: “O que os presos no Campo de Concentração mais sonham a respeito?”, “Quais as necessidades mais importantes para eles enquanto estão no Campo?”, “Como lidam com as circunstâncias extremas que tal ambiente impõem a eles e quais os efeitos psicológicos imediatos e tardios dessas circunstâncias?”entre tantas outras perguntas que muitas pessoas se fazem quando estudam a respeito do Holocausto Nazista.
Frankl não tinha interessa em colocar seu nome na capa da obra, pois não queria ganhar dinheiro com ela; queria apenas divulgar suas impressões e experiências no campo de concentração. Porém, por insistência de amigos, ele deixou colocar o seu nome. Não tinha ideia de que seria a obra que o tornaria mundialmente famoso.
Frankl não só publicou sua obra com suas experiências sobre a vida no campo de concentração, como também fundou uma escola de psicologia – a logoterapia, conhecida como a terceira escola vienense de psicoterapia ( a primeira foi a psicanálise com Freud, e a segunda foi a Psicologia Individual com Adler, discípulo de Freud).
A logoterapia
A abordagem de Frankl tem um viés existencial. Embora discorde de Sartre – um dos mais famosos existencialistas -, sua abordagem é também considerada existencialista. Os pilares da logoterapia são:
A liberdade do desejo
O desejo pelo significado
O significado da vida
Sobre o primeiro ponto (a liberdade do desejo) ,de acordo com a logoterapia, o ser humano não está completamente sujeito aos seus condicionamentos, mas possui a condição de decidir em face às questões interna (psicológicas) e externas (biológicas e sociais). Liberdade, segundo Frankl, é definida como o espaço da vida de alguém dentro dos limites das possibilidades dadas. Ou seja: mesmo que não se possa mudar as circunstâncias (como estar em um campo de concentração, por exemplo), ainda assim, somos capazes de decidir como reagiremos, como seguiremos em frente, diante dessas circunstâncias. Frankl quer saber: como podemos seguir em frente APESAR das condições que afetam atualmente nossas vidas?
Sobre o segundo ponto (o desejo pelo significado), Frankl diz que o ser humano não deseja apenas ser livre, ele deseja ser livre para algo – seus objetos ou propósitos, por exemplo. A busca pelo significado é vista como um desejo básico do ser humano. Quando a pessoa não consegue atingir o seu ‘desejo por significado’, suas vidas podem experimentar um abismo de falta de significado.
E, por fim, a respeito do último ponto (o significado da vida), a logoterapia se baseia no fato de que a realidade objetiva é algo possível de ser alcançado, e que os seres humanos são chamados para darem e perceberem o melhor de si mesmos no mundo, neste exato momento e em cada situação. Assim, a logoterapia não fala a respeito de um significado geral da vida, mas de que cada momento contém um significado em si mesmo, específico, e que cabe ao que vive aquele momento, descobrir qual o significado que esse momento tem, afim de poder ter uma vida sadia, feliz e realizada.
Viktor Frankl fala a respeito do indivíduo buscar significado em tudo que vive, em suas experiências, boas ou não.
Questionado uma vez muito tempo após sua libertação, a respeito do das limitações fisiológicas do ser humano, ele respondeu:
“É verdade. Como professor de neurofisiologia e psiquiatra, compreendo muito bem as limitações fisiológicas do ser humano. Porém, como sobrevivente de um campo de concentração, sei também de tudo que o ser humano pode realizar, apesar as circunstâncias extremas.”
Em uma das passagens de seu livro (Em Busca de Sentido), Viktor Frankl conta a respeito de um dia no campo de concentração em Dachal quando encontrou um rapaz que disse que iria se matar, pois não suportava mais aquela condição. Frankl perguntou se ele não tinha nada para poder continuar vivendo. Conforme dialogaram, o rapaz confidenciou que antes de ser capturado pela SS nazista e enviando ao campo de concentração, ele era professor de geografia, e que havia iniciado um projeto de escrever uma coletânea, e que gostaria muito de conclui-lo. E foi através desse objetivo que Frankl o incentivou a continuar vivo, a prosseguir.
Hoje, a logoterapia possui centros em todo o mundo e vem configurando-se como uma escola de psicoterapia respeitada no meio acadêmico e médico.
	
PERSPECTIVA
	
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
	
Psicanalítica
	Observação das influências inconscientes; importância dos impulsos sexuais mesmo em esferas não sexuais.
	
Neoanalítica
	Ênfase no self em sua luta para lidar com emoções e impulsos no mundo interior e exigências de outras pessoas no mundo exterior.
	
Biológica
	Enfoque nas tendências e nos limites impostos pela herança
	
Behaviorista
	Envolve uma análise mais científica das experiências de aprendizagem que modelam
	
Cognitivista
	Captura a natureza ativa do pensamento humano; emprega o conhecimento moderno
	Traço
	Utiliza técnicas eficientes na avaliação do indivíduo.
	
Humanista
	Enfatiza a luta pela autossatisfação e pela dignidade
	
Interacionista
	Reconhece que temos diferentes personalidades em diferentes circunstâncias
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O condicionamento clássico (ou condicionamento pavloviano ou condicionamento respondente) é um processo que descreve a génese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binómio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. O termo condicionamento clássico encontra-se historicamente vinculado à "psicologia da aprendizagem" ou ao "comportamentalismo" (Behaviorismo) de John B. Watson, Ivan Pavlov e Burrhus Frederic Skinner.
A experiência que elucidou a existência do condicionamento clássico envolveu a salivação condicionada dos cães do fisiólogo russo Ivan Pavlov. 
Num estudo sobre a acção de enzimas no estômago dos animais (que lhe dera um Prémio Nobel), interessou-se pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida. 
Pavlov queria elucidar como os reflexos condicionados eram adquiridos. 
Os cães  salivam naturalmente por comida; assim, Pavlov chamou à correlação entre o estímulo incondicionado (comida) e a resposta incondicionado (salivação) de reflexo incondicionado.
Por outro lado quando um estimulo não provoca qualquer tipo de resposta, denomina-se de estimulo neutro  (som da campainha).
A experiência de Pavlov consistiu em associar um estimulo não condicionado (comida) com a apresentação de um estimulo neutro (som de uma campainha).
Após a repetição desta associação de estímulos verificou  que o  cão aprendeu a salivar perante o estimulo que antes não provocava qualquer resposta (neutro) mesmo na ausência do estimulo incondicionado (comida).
Assim este comportamento  seria denominado de  resposta condicionada  (aprendida).
Som da campainha (E. neutro)-----> ausência de resposta;
Comida (E. incondicionado) -----> Salivação (R. incondicionada); (reflexo Incondicionado)
Som da Campainha (E. Neutro) +  Comida (E. Incondicionado)  ---->  Salivação (Resposta incondicionda);
...
...
...
Som  da campainha (E. Condicionado) -----> Salivação (Resposta Condicionada);

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