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Aula 04 A

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1. Antecedentes
Estrutura dupla de instituições atlânticas e da Europa Ocidental;
Cooperação européia começou por ser apenas o prolongamento de alianças militares constituídas durante a guerra. 
Cooperação européia era aplicada à economia com a criação da Organização Européia de Cooperação Econômica (1948, futura OCDE). 
Pouco tempo depois, surgia a Europa política com a criação do Conselho da Europa.
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2. A integração
Robert Schuman (ministro dos Negócios Estrangeiros francês) e Jean Monnet: criação de uma autoridade comum sob a qual se colocava a produção de carvão e de aço de países outrora inimigos.
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3. Bases constitutivas
Tratado de Paris (1951): Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca). Objetivo: organizar a livre circulação do carvão e do aço, bem como o livre acesso às fontes de produção. Seis Estados: França, Alemanha, Itália e países do Benelux.
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Tratados de Roma (1957): Comunidade Econômica Européia (CEE) e Comunidade Européia de Energia Atômica (Euratom);
Tratado de Bruxelas (1965): Funde os Executivos das três comunidades numa só "Comissão das Comunidades Européias" e instaura um Conselho único que substitui os Conselhos das três comunidades.
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4. Observações
Oferecimento da França à Alemanha Ocidental de pôr em comum produções de carvão e aço juntava solução técnica a objetivos políticos mais amplos;
Problema alemão é central para construção de ordem que limita a soberania;
CEE orienta-se basicamente para aspecto econômico-comercial, em que havia consenso;
Sonia: Segunda tentativa de “federalismo parcial” (pós-Tratado de Paris): Comunidade Européia de Defesa (1952). Projeto não é aprovado pela Assembléia Nacional Francesa.
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5. Desenvolvimento
Aprofundamento: desenvolvimento da integração vertical (natureza mais intensa da integração)
Alargamento: desenvolvimento da integração horizontal (disseminação geográfica crescente da EU pela adesão de novos membros).
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6. Aprofundamento
Tratados: Maior conjunto de revisões dos Tratados Fundadores;
Processos: Comissão propõe, Parlamento aconselha, Conselho decide, e a corte de Justiça interpreta quando a lei é feita. Porém, houve adições e emendas. 
Políticas: Políticas mais centrais são as relacionadas ao Mercado Comum. EU desenvolveu várias políticas com implicações diretas para a operação do mercado
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6.1. Ato Único Europeu (1986)
Seria difícil concluir mercado interno com base nos tratados existentes devido às disposições institucionais, que requeriam a unanimidade em nível do Conselho para se proceder à harmonização das legislações. 
Ato propõe reformas destinadas a facilitar essa harmonização. Objetivos: 
Realização do mercado único até 1º. de janeiro de 1993; 
Recurso à votação por maioria qualificada num maior número de casos;
Reforço do papel do Parlamento Europeu;
Alargamento das competências comunitárias (domínios econômico e monetário, ambiente e investigação); 
Oficialização da existência do Conselho Europeu;
Consagração da prática da cooperação em matéria de política externa.
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6.2. Tratado de Maastricht (1992)
Estrutura em pilares: 
Comunidades já existentes, e o seu funcionamento assenta nas instituições, de acordo com o chamado método comunitário, ou seja, pelo exercício comum das soberanias nacionais; 
Política Externa e de Segurança Comum (PESC); 
Cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos (JAI).
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6.3. Tratado de Amsterdã (1997)
Alargamento das competências da União;
Ênfase num nível de emprego elevado e na coordenação das políticas de emprego;
Método comunitário passou a ser aplicável a importantes domínios até então abrangidos pelo terceiro pilar (asilo, imigração, cooperação aduaneira);
“Cooperação reforçada” (grupo de países avança com uma ação em que os restantes não quisessem tomar parte);
Reforça poderes do Parlamento pela extensão do procedimento de co-decisão e dos seus poderes de controle;
Abertura de negociações para proceder às reformas institucionais necessárias ao alargamento (composição da Comissão e do Parlamento e votação no Conselho).
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6.4. Tratado de Nice (2001)
Essencialmente diz respeito ao que ficou por decidir com o Tratado de Amsterdã, em especial os problemas institucionais ligados ao alargamento que não foram solucionados em 1997. Trata-se da composição da Comissão, da ponderação dos votos no Conselho e do alargamento dos casos de votação por maioria qualificada;
Facilita recurso às cooperações reforçadas e torna mais eficaz o sistema jurisdicional;
Carta dos Direitos Fundamentais da União Européia, elaborada pela Convenção, foi proclamada durante a Cimeira Européia de Nice pelos Presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão. 
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6.5. Tratado Constitucional (2004)
Atribuição de personalidade jurídica à União;
Definição clara das competências entre UE e Estados membros;
Possibilidade de um Estado-Membro se retirar da União;
Incorporação da Carta dos Direitos Fundamentais;
Simplificação dos instrumentos de ação da União;
Criação do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros europeu;
Institucionalização formal do Conselho Europeu, que será presidido por um presidente eleito por um período de dois anos e meio;
Definição de um novo sistema de maioria qualificada para a votação no Conselho;
Diversas alterações das políticas vigentes;
Supressão da estrutura em pilares;
Extensão do âmbito da votação por maioria qualificada no Conselho e do processo legislativo ordinário (co-decisão).
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Tratado Constitucional é assinado em outubro de 2004 e deveria entrar em vigor em novembro de 2006, após a respectiva ratificação por todos os Estados-Membros;
Rachman: 2005: referendo francês sobre Tratado Constitucional, em que foi rejeitado. Holanda rejeita constituição com margem maior.
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6.6. Tratado de Lisboa (2007)
Tratado de Lisboa altera, sem os substituir, os tratados da União Europeia e da Comunidade Europeia atualmente em vigor.  Principais pontos:
 
Papel reforçado para o Parlamento Europeu; 
Uma maior participação dos parlamentos nacionais; 
Maior clarificação da  relação entre os Estados-Membros e a EU;
Saída da União;
A partir de 2014, o cálculo da maioria qualificada basear-se-á numa dupla maioria de Estados-Membros e de população, representando assim a dupla legitimidade da União.;
Presidente do Conselho Europeu e Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. 
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6.7. Tratados de 2012
Tratado que cria o Mecanismo Europeu de Estabilidade (fevereiro de 2012);
Tratado sobre a Estabilidade, a Coordenação e a Governança (março de 2012).
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7. Alargamento
1ª. rodada (1973): amplia as bases fundadoras ao garantir a adesão de um grande Estado (UK) com o potencial de romper a liderança virtualmente estabelecida por França e Alemanha (UK, Dinamarca e Irlanda)
2ª. rodada (1981, 1986): direção ao sul para Estados menos prósperos (Grécia em 1981 e Portugal e Espanha em 1986)
3ª. rodada (1995): Estados que aderem são pequenos, prósperos e de bom funcionamento. Foi o mais fácil de se negociar e administrar com três Estados da EFTA (Áustria, Finlândia e Suécia)
4ª. rodada (2004, 2007, 2013): número maior de Estados e transforma processo de integração da Europa Ocidental para um processo efetivamente em escopo europeu. Transformações político-econômicas na Europa Central e Oriental permitem a adesão de tais países (Chipre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia em 2004 e Bulgária e Romênia em 2007 e Croácia em 2013).
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Negociações com Turquia;
Aplicações de Macedônia, Montenegro e Islândia;
Aplicações de outros Estados balcânicos ainda pendentes (Albânia, Kosovo e Bósnia);
Debate: aprofundadores (França) X alargadores (UK)
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8.
Principais instituições
Comissão Europeia
Conselho da União Europeia (Conselho de Ministros)
Conselho Europeu
Parlamento Europeu

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