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CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE OS TESTES. Os testes psicológicos são usados basicamente para cinco finalidades: Classificação (psicotécnico) Promoção do autodesenvolvimento Intervenção psicoterápica (psicodiagnóstico) e psicopedagógica Avaliação de programas Pesquisa científica Administração dos testes psicológicos - Os testes são instrumentos técnicos e seu manejo geralmente necessita de pessoal treinado e conhecedor do instrumento; - Os testes psicológicos são de uso exclusivo dos psicólogos; - São instrumentos sofisticados; - Exige regras para sua aplicação, chamada de “padronização” da aplicação que implica: 1 - Procedimentos de aplicação; 2 - Controle dos vieses do aplicador; 3 - Direito dos testandos; 4 - Normas de divulgação dos resultados. O direito dos testandos: No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada uma atividade pericial. Isto quer dizer que o psicólogo responde até criminalmente por sua conduta nesta área dos testes. Os comitês de ética em Psicologia vêm elaborando normas que devem ser seguidas na aplicação de testes, que se resumem nos seguintes pontos: · Deve ser obtido o consentimento dos testandos ou de seus representantes legais antes da realização da testagem. Com exceção da testagem por determinação legal; da testagem como parte de atividades escolares regulares e a testagem de seleção; 4 - Normas de divulgação dos resultados: Quem tem direito aos resultados dos testes? Também tem direito aos resultados o solicitante da testagem, como o dono da empresa (seleção) ou o juiz (perícia). Mas, o direito destes não é sobre todos os resultados, eles apenas tem direito as informações estritamente necessárias à resposta da solicitação. O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem, em geral, seguir as normas do sigilo entre profissional e paciente. Assim, os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso; as identidades devem ser codificadas. Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, os testandos têm direito a explicações em linguagem que eles compreendam; Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, quando os escores são utilizados para tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o direito de conhecer seu escore e a sua interpretação. Critérios para uma boa escolha dos testes psicológicos Selecionando os testes 1. O que se pretende avaliar? 2. Que testes avaliam tais atributos ou características? 3. Sua disponibilidade no mercado? Selecionando os testes Considerar: Idade, sexo, nível de escolaridade, nível sócio- econômico, origem (rural ou urbana), profissão, condições físicas gerais, deficiências físicas especiais (determinar alternativas), nacionalidade, necessidade de equipamentos especiais para sua aplicação (slides, projetor, mesa especial) Selecionando os testes Considerar as características psicométricas do instrumento a ser utilizado (sensibilidade, validade, precisão). existência de normas específicas ou gerais na população brasileira. Selecionando os testes O psicólogo deve utilizar-se do material original da Editora, que é responsável pela qualidade e homogeneidade das várias edições. Material copiado por qualquer processo existente não só introduz variáveis incontroláveis, como invalida o instrumento. Selecionando os testes Familiaridade do psicólogo com o teste a ser usado. Alguns instrumentos que medem características um pouco mais simples e que são avaliadas, basicamente, apenas quantitativamente (dependem, portanto, de um simples crivo de correção) podem ser apreendidos pela leitura cuidadosa dos MANUAIS. É indispensável, portanto, que o psicólogo escolha instrumentos que domine. Somente assim terá condições de defender a cientificidade de seu trabalho e subsidiar, em caso de contestação judicial, a validade do mesmo. É importante que esteja atualizado com a literatura existente sobre o instrumento Selecionando os testes. Os Usuários de Testes Devem: Primeiro, definir o propósito da testagem e a população a ser testada. Depois, selecionar um teste para esse propósito e essa população, baseados num cuidadoso exame das informações disponíveis. Investigar fontes de informação potencialmente úteis, além dos resultados de teste, e corroborar as informações fornecidas pelos testes. Ler os materiais fornecidos pelos criadores de testes e evitar usar testes sobre os quais existem apenas informações confusas ou incompletas. Ficar a par de como e quando o teste foi desenvolvido e experimentado. Ler avaliações independentes de um teste e de possíveis medidas alternativas. Procurar as evidências necessárias para confirmar as afirmações dos criadores do teste. Examinar um conjunto de amostra, testes divulgados ou amostras de questões, orientações, folhas de resposta, manuais e os relatórios de resultados antes de selecionar um teste. Determinar se o conteúdo do teste e o(s) grupo(s) de controle e grupo(s) de comparação são adequados para os testandos. Selecionar e utilizar apenas aqueles testes para os quais estejam disponíveis as habilidades para aplicar e interpretar corretamente os resultados.
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