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Ao longo da história, podem ser encontrados registros de instrumentos e métodos engenhosos para medir com acurácia os tamanhos dos objetos, desde os átomos até os planetas, métodos para medir as temperaturas das estrelas, as massas dos elétrons, as velocidades da luz e do som, a idade dos fósseis, a pressão atmosférica, o comprimento de onda das cores, as chances de duas pessoas serem parentes e as chances de um bilhete de loteria ser premiado, temos registros de descrições de métodos para medir muitas coisas, mas não se pode afirmar que haja algum que seja apropriado para medir a inteligência Século V chineses aplicando exames com a finalidade de dividir a população em três castas, de acordo com a capacidade intelectual, para distribuir as funções e as responsabilidades segundo as habilidades de cada um. Esses testes consistiam basicamente em avaliar a capacidade mnemônica, a capacidade para interpretar os textos clássicos e a habilidade para escrever poemas. Na melhor acepção da palavra “inteligência”, Esses provavelmente foram os primeiros testes cognitivos de que se tem registro. Pitágoras, no século V a.C., testava os aspirantes a se tornarem seus pupilos, mas eram testes de conhecimentos geométricos e dificilmente poderiam ser considerados testes de inteligência. Os testes chineses do século V d.C. provavelmente foram os primeiros testes de inteligência, no sentido mais estrito do léxico. Galton, a partir de 1884, projetou os primeiros testes destinados a medir a inteligência, no entanto seus resultados não chegaram a ser satisfatórios. Ele acreditava que a inteligência poderia ser o resultado de um conjunto de características simples, como diâmetro da cabeça, velocidade dos reflexos, acuidade visual etc. A correlação entre QI e tamanho da cabeça, por exemplo, é cerca de 0,4, enquanto a correlação entre QI e velocidade dos reflexos para tarefas elementares é cerca de 0,3, portanto ambas muito baixas para que possam corroborar sua hipótese. Os primeiros testes de inteligência propriamente ditos, que deram origem aos modernos testes de QI, foram desenvolvidos por Alfred Binet, no início do século XX, e começaram a ser utilizados em 1904. Binet pretendia criar um instrumento que possibilitasse o diagnóstico objetivo de deficiências mentais, além de medir a gravidade da deficiência. Ele formulou vários questionários, que foram aplicados em grupos de crianças de diversas faixas etárias, e com isso nasceu o conceito de “idade mental” • Conceito: • Inteligência é o conjunto de aptidões em função das quais os indivíduos aprendem mais rapidamente novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e aproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados por meio de aprendizados anteriores. Jean Piaget - a inteligência é uma qualidade que se expressa pela maneira como o indivíduo se adapta ao meio, implicando tal adaptação processos de assimilação e acomodação. Charles Edward Spearman - a inteligência como a capacidade de fazer deduções a partir de relações e correlações. David Wechsler – inteligência como a capacidade global do indivíduo para atuar de acordo com as finalidades previstas, para pensar racionalmente e atuar de maneira eficaz em relação a seu ambiente. Os primeiros testes de inteligência propriamente ditos, que deram origem aos modernos testes de QI, foram desenvolvidos por Alfred Binet, no início do século XX, e começaram a ser utilizados em 1904. em 1906, na universidade de Stanford, Lewis Madison Terman publicou uma versão aprimorada dos testes de Binet, que prontamente foi reconhecida como a melhor bateria de testes de inteligência da época, e, em 1916, por sugestão de William Stern (em 1912), foi introduzido o conceito de “quociente de inteligência”, representando a idade mental multiplicada por 100 e dividida pela idade cronológica. Foi assim que nasceu o termo “QI”. • O QI: Frequentemente usado para denominar inteligência. • Um QI é uma expressão do nível de habilidade de um indivíduo em um determinado momento do tempo. • É tanto um reflexo da realização educacional anterior como um preditor do desempenho educacional subsequente. Até a revisão de 1960 o QI era calculado dividindo-se a idade mental da criança pela sua idade cronológica, multiplicado por 100. IM = 10 IC = 9 anos QI = 10/9 x 100. Pela comparação entre idade mental (medida pelo teste) e idade cronológica (ou biológica), era possível saber se uma criança tinha desenvolvimento atrasado ou acelerado, e era possível ainda saber o quão avançada ou atrasada ela estava em comparação às outras crianças de mesma idade. Binet e seu colega nesse trabalho, Theodor Simon, compreenderam claramente as limitações do método que usavam, e não ousaram ir além desse ponto • Este resultado só indicava se uma criança era “crescida” ou “pequena” para a sua idade. Explicando algo sobre seu índice de crescimento mental em relação ao momento em que foi testada. Mas, infelizmente a expressão QI tornou-se popular e com indesejados sentidos. . • O QI não é o índice supremo de capacidade intelectual como se supõe. O QI não é um método apropriado para descrever a inteligência adulta. O que o QI realmente nos diz é a quantos desvios-padrões, acima ou abaixo da média a pessoa está • Os testes de inteligência, assim como qualquer outro tipo de teste, não devem ser usados para rotular as pessoas, e sim para compreendê-las. • • Outra questão é que a inteligência não é uma habilidade única, unitária, mas um composto de várias funções. • • Na, verdade há muitas coisas que os testes de inteligência não medem: • não alcançam os talentos especiais para a arte, a musica, a mecânica ou as relações humanas. • Não nos dizem com que êxito os indivíduos se adaptarão ou não a novas situações. Outra concepção errônea que pode induzir a conclusões erradas sobre os indivíduos é a suposição de que a inteligência seja sinônimo de capacidade geral de aprendizagem. O que encontramos nas pessoas são facilidades especiais para aprenderem determinadas coisas. • EX: Um menino aprende rapidamente a lançar a bola na cesta de basquete e outro demora mais, mas é hábil em usar ferramentas de carpintaria. • • O que os testes medem é a capacidade de lidar com símbolos. Quanto mais inteligente a pessoa mais complexos os símbolos podem ser. Com todos os seus defeitos, os testes de inteligência são um instrumento importante na sociedade. Usa-se para tomar decisões sobre o lugar que os indivíduos devem ocupar na escola e no trabalho, Formular orientações educacionais e sociais. Mas, como todo instrumento, requer um manejo hábil e conhecimento do que se obterá com seu resultado. A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner (1994) é resultado da sua insatisfação com a idéia de QI e com visões unitárias de inteligência que focalizam, sobretudo as habilidades importantes para o sucesso escolar. Ele distingue 7 tipos de inteligências e postula que essas capacidades intelectuais são relativamente independentes, Têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios.Para Gardner: "Uma inteligência é a capacidade de resolver problemas ou criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais". Ele sugere que as habilidades humanas não são organizadas verticalmente e sim horizontalmente, e que, ao invés de haver uma faculdade mental geral, como a memória, talvez existam formas independentes de percepção, memória e aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas. · Inteligência lingüística – Os componentes são uma sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras, além de uma especial percepção das diferentes funções da linguagem. É a habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir idéias. Inteligência musical - perceber e organizar padrões musicais, utilizando a voz como meio de expressão. · Inteligência corporal-cinestésica - controle do próprio corpo de maneiras hábeis para propósitos expressivos e na manipulação de objetos com destreza. Inteligência lógico-matemática - analisar problemas com lógica e ter habilidade de raciocínio. É a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. Inteligência espacial - capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa. Inteligência interpessoal - entender e responder adequadamente a humores, temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas. Habilidade para perceber intenções e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a partir dessa percepção. · Inteligência intrapessoal - habilidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e idéias, para discriminá-los e lançar mão deles na solução de problemas pessoais e a habilidade para usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Habilidade para reconhecer o significado das emoções e suas inter-relações, Raciocinar e resolver problemas baseados nelas. Está envolvida na capacidade de perceber emoções, assimilá-las com base nos sentimentos, avaliá-las e gerenciá-las. Goleman e Gardner abordam o conceito de inteligência emocional pautado em cinco habilidades básicas e interdependentes: Autoconsciência = capacidade para perceber, observar, distinguir e nomear seus próprios sentimentos. Automotivação = capacidade de elaborar metas para si mesmo, persistindo e entusiasmando-se com os objetivos pessoais. Autocontrole = capacidade de administrar sentimentos e desenvolver habilidades pessoais para atingir metas. Empatia = habilidade em perceber os sentimentos dos outros. Sociabilidade = capacidade de iniciar, aprofundar e manter relações sociais.
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