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Bastonetes Gram negativos de Importância E. coli e Salmonella

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Bastonetes Gram-negativos de 
Importância Clínica
 > 25 gêneros (ex. Escherichia, Salmonella, Shigella, Klebsiella, Yersinia)
 110 espécies (25 espécies de importância clínica).
 Distribuição: água, solo, microbiota intestinal humana e animal
 Insetos, frutas, vegetais, grãos, plantas, árvores
 Microbiota e, “acidentalmente”, causam doença (ex. E. coli).
Família Enterobacteriaceae ou Enterobactérias
Características Gerais
Tempo de geração: 20’
Bastonetes Gram-negativos
Pleomórficos
Não formador de esporos
Móveis (flagelos peritríquios)
Anaeróbios facultativos
 Responsável por inúmeras infecções;
 Causa doenças supurativas: otites, piodermatites;
 Causa infecções do trato urinário (principalmente em mulheres);
 Causam transtornos gastrintestinais – diarreias.
Características Gerais:
Escherichia coli
 Gênero Escherichia consiste em cinco espécies;
 E. coli é a mais importante;
 Causam doenças como:
- Sepse
- UTI
- Meningite
- Gastrenterite
Patogenia e Imunidade
 Ampla variedade de virulência;
 Cepas de E. coli possuem fatores de virulência especializados:
- Adesinas
- Exotoxinas
Epidemiologia
 Encontradas no trato gastrointestinal;
 Maioria das infecções são endógenas;
 Cepas que causam gastrenterite e meningite → adquiridas
exogenamente.
Síndromes Clínicas
 Septicemia;
 ITU;
 Meningite neonatal;
 Gastrenterite.
Escherichia coli - Diversidade patogênica
 Pode ser encontrada causando infecções intestinais, urinárias, sepse, meningites em
neonatos, pneumonias em imunodeprimidos hospitalizados, etc...
PATOTIPOS ENTEROPATOGÊNICOS: 
EPEC (E. coli enteropatogênica clássica)
EIEC (E. coli enteroinvasora)
ETEC (E. coli enterotoxigênica)
EHEC / STEC (E. coli enterohemorrágica)
EAEC (E. coli enteroagregativa)
DAEC (E. coli de aderência difusa)
PATOTIPOS EXTRA-INTESTINAIS de E. coli: 
UPEC (E. coli uropatogênica)
MNEC (E. coli associada a meningite/sepse)
E. coli diarreiogênicas
Gastrenterite causada por E. coli
Microrganismo Local de Ação Doença Patogenia
E. coli enterotoxigência
(ETEC)
Intestino delgado Diarréia do viajante; diarréia do 
lactente em países 
subdesenvolvidos; diarréia 
aquosa, vômitos, cólicas, 
náuseas, febre baixa
Enterotoxinas termolábeis
e/ou termoestáveis, que 
estimulam a 
hipersecreção de líquidos 
e eletrólitos
E. coli enteropatogênica
(EPEC)
Intestino delgado Diarréia do lactente nos países 
subdesenvolvidos; febre, 
náuseas, vômitos, fezes não-
sanguinolentas
Lesão A/E com destruição 
da estrutura normal das 
microvilosidades, 
resultando em má 
absorção e diarreia
E. coli enteroinvasiva
(EIEC)
Intestino grosso Doença dos países 
subdesenvolvidos; febre, cólicas, 
diarréia aquosa; pode progredir 
para disenteria com fezes 
sanguinolentas de pequeno 
volume
Os plasmídios medeiam a 
invasão e a destruição 
das células epiteliais que 
revestem o cólon
Gastrenterite causada por E. coli
Microrganismo Local de Ação Doença Patogenia
E. coli entero-hemorrágica 
(EHEC)
Intestino grosso Colite hemorrágica (HC) com 
graves cólicas abdominais, diarréia 
aquosa inicial, seguida por diarréia 
sanguinolenta, com pouca ou 
nenhuma febre; pode progredir 
para síndrome hemolítica urêmica
(SHU)
Mediada pelas toxinas 
Shiga (Stx-1, Stx-2), com 
paralisação da síntese de 
proteínas; lesões A/E com 
destruição das 
microvilosidades intestinais 
resultando em decréscimo 
da absorção
E. coli enteroagregativa
(EAEC)
Intestino delgado Diarréia do lactente nos países 
subdesenvolvidos; diarréia aquosa 
persistente com vômitos, 
desidratação e febre baixa
Plasmídios medeiam a 
aderência agregativa dos 
bacilos (“tijolos 
empilhados”) com 
encurtamento das 
microvilosidades, infiltração 
mononuclear e hemorragia; 
diminuição da absorção de 
líquidos
Salmonella sp.
Gênero Salmonella
Ampla distribuição na natureza:
Habitat primário: trato Intestinal de 
animais domésticos, silvestres, 
répteis, aves e homem.
Características Gerais
 Responsável por infecções de origem alimentar (zoonoses)
 Alimentos associados:  ovos, frango e carnes mal passadas
 Causa infecções localizadas ou sistêmicas no homem e nos animais
 Principais síndromes clínicas são gastroenterite e febres entéricas
Gênero Salmonella
Características Gerais
Patogênese da Gastroenterite: 
Acesso ao organismo por via oral  resistência à barreira
ácida do estômago  (1) adesão (fímbrias) e (2) invasão da
mucosa intestinal  (3) multiplicação intracelular  (4) reação
inflamatória e destruição da mucosa = diarréia  (5) alguns
casos: disseminação sistêmica
Gênero Salmonella
Salmonella Typhi
Febre entérica - FEBRE TIFÓIDE
 Infecção sistêmica que se inicia na mucosa intestinal (células M)
 Associada a ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes
 Baixa taxa de mortalidade (< 1%) 
- Mais comum em lactentes e indivíduos idosos 
- Pode evoluir para choque séptico
 Gravidade e período de incubação: 
Depende da quantidade de microrganismos ingeridos
 Diarréia auto-limitada: 
eliminação da bactéria por 4- 5 semanas após o término da diarréia
Gastroenterite com múltiplas ulcerações íleo 
Fonte: www.thieme.de/endoscopy
Lesões ovais circunscritas são observadas em cólon. 
Fonte: www.thieme.de/endoscopy 
Gênero Salmonella
Epidemiologia
Em geral a transmissão se dá pelo consumo de alimentos contaminados
Ovos – contaminação por rachadura ou a partir de oviduto infectado
- Longo período de estocagem em temperatura ótima.
Contato com animais infectados ou portadores
Gênero Salmonella
Epidemiologia
A transmissão pessoa – pessoa também pode 
ocorrer, principalmente em ambiente hospitalar e 
em casos de higiene precária.
Mary Mallon – “Maria Tifóide” (1869-1938)
 Irlandesa imigrante nos EUA, portadora assintomática de S. typhi
 Trabalhava como cozinheira
 Contaminou dezenas de pessoas
 Ficou 3 anos isolada em um hospital de Nova Iorque
 Liberada e proibida de manipular alimentos
 Voltou a cozinhar e ficou confinada em um hospital até a morte
Gênero Salmonella
Tratamento e controle
•Em geral a doença é autolimitada e a administração de antibióticos não é 
recomendada, exceto em graves
•Deve ser feito tratamento de suporte, principalmente hidratação.
•Existem várias vacinas contra febre tifóide licenciadas, mas de eficácia 
variada. Muito recomendada em áreas endêmicas em várias doses.
•Alimentos de origem animal devem ser preparados de forma adequada e 
armazenados sob refrigeração
•Higiene e cuidado na lida com animais portadores
Obrigado

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