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Anemia no idoso

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24/10/2017
Geriatria
Longevidade com a redução da fecundidade e mortalidade. Assim é importante compreender as consequências da longevidade, por exemplo, patologias crônicas e degenerativas. A atual população idosa acarreta “transtornos” para a economia, visto que esses não pertencem ao mercado de trabalho, além do problema previdenciário. 
O envelhecimento celular traz consigo o declínio da funcionalidade dos órgãos, seja pelo acumulo de radicais livres, ou pela redução da cascata enzimática ou ainda pelo declínio do metabolismo celular. Além disso, há o declínio do desenvolvimento físico e mental por causa da redução do fornecimento energético. Ao associar com a anemia – oligocitemia – e um baixo fluxo sanguíneo, o comprometimento do sistema nervoso do músculo esquelético é ainda maior; acarretando na qualidade de vida dos idosos e o aumento da fragilidade.
Anemia não é uma doença inerente ao idoso, é uma patologia frequente, 10 – 15% dos idosos de 60 a 65 anos apresenta o quadro anêmico. O porcentual para a faixa etária de mais de 80 anos sobe para 35%. NÃO É NORMAL
Para a anemia microcítica e hipocromica é necessário solicitar exames de dosagem de ferro, ferritina, transferrina, e outros, para então, fechar diagnostico de, por exemplo, anemia ferropriva. Enquanto a principal suspeita para as macrociticas é a anêmica megaloblástica, também carêncial, desnutrição calórica por carência de Vit B12 e ácido fólico, e nessa situação deve solicitar exames como, dosagem da B12, dosagem do acido fólico. Assim, é preciso fechar o diagnóstico, para descobrir se é por motivo carencial, inespecífico, hemolítica, multifatorial... para descobrir as causas, indiferente da anemia, e assim, fazer o tratamento para aumentar a qualidade de vida.
Idosos tem a sensibilidade ao frio aumentada pela redução do fluxo sanguíneo na pele, que é ainda mais comprometida em situações de oligocitemia.
Comprometimento das múltiplas funcionalidades orgânicas, faz com que a sintomatologia do quadro anêmico seja proporcionalmente maior. Tontura, palidez, mal estar, inapetência torna-se ainda maior. 
Menor capacidade de adaptação, tanto cardíaca quanto respiratória. A taquicardia é uma sintomatologia inerente da anemia, por ser um sistema compensatório, pois a baixa concentração de hemoglobina e uma baixa concentração de hemácias faz com que o coração acelere para compensar os tecidos periféricos que não estão recebendo a nutrição adequada. Porém o paciente idoso está com uma progressiva disfuncionalidade, por exemplo, do miocárdio, as fibras cardíacas não respondem mais como respondiam quando o paciente era jovem. Assim, a taquicardia causa uma clínica ruim: dor, tontura, vertigem. ANEMIA É PATOLOGIA.
Segundo a OMS é considerado anemia quando tem-se um redução na concentração de hemoglobina entre 13g/dl (feminino) e 15g/dl (masculino). Entretanto, para se tratar de idoso o Conselho Nacional de Medicina e Sociedade Brasileira de Hematologia diz que é considerado um padrão de anemia quando há uma redução de hemoglobina inferior a 12 no gênero feminino e 13 no masculino para pacientes com idade superior a 60 anos. 
Excesso de membrana das hemácias contribui para garantir um acumulo maior de hemoglobina e auxiliar na flexibilidade do eritrócito, pois esse tem que passar por capilares de pequeno diâmetro. Quando chega ao limite de Hayflick, as hemácias já estão envelhecidas, não consigo mais uma divisão celular e uma reposição hematológicas dos eritrócitos. Assim, a flexibilidade da membrana (do eritrócito) é comprometida, não conseguindo mais se dobrar para conseguir irrigar um tecido a frente de uma capilar muito fino, daí compromete a nutrição e oxigenação em tecidos periféricos. Acumulando produtos tóxicos (dióxido de carbono, monóxido de carbono) que deveriam ser carregados pela hemácias para ocorrer as trocas gasosas (oxigenação). Começa a surgir um PROCESSO INFLAMATÓRIO
Inflamação é uma sintomatologia inerente da terceira idade. Dosagem de citocina (PCE) é 100x mais elevada em idosos. 
Nas síndromes anêmicas ocorre fadiga, palidez cutânea mucosa, tontura, anorexia, cansaço, fraqueza, taquicardia e inapetência. A justificativa dessas está na baixa concentração de hemoglobina (baixa oxigenação dos tecidos periféricos). A perda de apetite é comum na anemia carencial ou anemia proteico calórico. 
Para falar de anemia é necessário compreender os termos: HEMOGLOBINA (proteína quaternária com 2 cadeias alfas e 2 do tipo beta), HEMÁCIA e HEMATÓCRITO (confere a porcentagem de eritrócito que ocupa o volume total de sangue). Os índices hematimétricos são essenciais para caracterizar anemia conforme a sua morfologia. 
Nos rins existe uma glicoproteínas que é secretada quando os rins detectam uma hipóxia, eritropoietina. Se o paciente está com insuficiência renal ou com uma falência renal, ele para de secretar a eritropoietina (essa é responsável por estimular a hematopoese). Caso eu não tenho eritropoietina conforme a minha demanda, tenho um quadro de anemia instalado. 
Chega um momento em que a eliminação de hemácias está maior que a produção, daí tem-se a oligocitemia instalada. Assim, quando o fluxo sanguíneo comprometido passa pela filtração glomerular, os rins ou as células justaglomerulares detectam a hipóxia, pela pouca quantidade de hemácias, por fim, há a secreção de eritropoietina.
Eritropoietina vai até a medula óssea, se liga aos seus receptores, desencadeiam uma cascata de reação e estimula a hematopoese, assim, a medula óssea começa a liberar as hemácias, aumentando a concentração de eritroblastos, de reticulócitos, pois e medula está trabalhando exagerado sem ter tempo de maturação celular. 
Existe a eritropoietina exógena – medicamento. 
Conforme as hemácias vão ficando velhas, essas serão fagocitadas pelo baço. Quando as hemácias passarem pela circulação esplênica, será detectadas pelos macrófagos para fagocitar a hemácia. No idoso, a medula óssea tem uma perda de sensibilidade, então a produção de hemácias fica comprometida. 
Quando o idoso está com o quadro de anemia instalada, a primeira investigação deve ser o comprometimento renal.
1/3 das anemias é por doenças crônicas, sendo estas associadas a problemas renais. 
Síndrome Mielodisplásica (que é um grupo de distúrbios causados ​​quando algo interrompe a produção de células sanguíneas). Tal síndrome é a pancitopenia (é a redução de todos os elementos do sangue ao mesmo tempo: hemácias, leucócitos e plaquetas – hipocelularidade da medula óssea). Alterações endócrinas associadas com baixa concentração de testosterona e estrogênio.
33% das anemias são do tipo carencial, destas 70% é do tipo ferropriva (hemácias menores e hipocoradas – aumento do diâmetro do halo central). Essa é causada pela deficiência nutricional ou perda sanguínea (que pode acontecer pelos transtornos gastrointestinais – hemorrarias nesse lugar por causa das ulcerações estomacais causadas pelo uso indiscriminado de anti-inflamatório não esteroidal). As células gástricas secretam ácido clorídrico e o fator intrínseco (essencial para a absorção da Vit B12). Pesquisa isso através da pesquisa de sangue oculto e não endoscopia (por ser um processo invasivo). 
Neoplasias na região gástrica também acomete idosos, por causa da reativação da telomerase que continua dividindo as células velhas e suas mutações que podem desencadear situações cancerígenas. 
Quando o estoque de ferro acaba, eu tenho uma redução de ferritina, transferrina livre aumenta, capacidade total de ligação da transferrina aumenta, saturação da transferrina diminui. 
Anemia perniciosa – macrocítica – o organismo desenvolve auto anticorpos, esses começam a atacar as células gástricas que não produzem o fator intrínseco. Esse não sendo secretado não adiante o consumo de Vit B12 (acarreta falha na duplicação do DNA, assim tem-se uma oligocitemia instalada)
Anemia por doença crônica, existe uma alteração nos marcadores inflamatórios (citocina e PCE, inteleucina 1, inteleucina 6 e TNF). A interleucina 6 inibe a secreçãode eritropoietina e também se liga aos receptores de eritropoietina da medula óssea, não deixando essa fazer o papel de estimular a hematopoese. Oligocitemia sendo uma consequência do aumento da concentração da interleucina 6. Além disso, essa interleucina vai nos hepatócitos e estimulam a secreção de epcidina. Essa, por sua vez, migra para os enterócitos e assim inibe a absorção de ferro. Além de inibir a hematopoese por diminuir a sensibilidade dos receptores da medula óssea frente a eritropoietina.
Doença crônica está associada com a inflamação, porém não pode esquecer da insuficiência renal. 
O ferro acumulado em grande concentração é tóxico.
Existe uma reação linear entre anemia e função renal, se eu tenho uma disfunção renal, eu tenho um quadro de anemia. Caso eu tenha uma falência renal eu tenho uma anemia acentuada. 
Anemia é hipoproliferativa por causa da baixa concentração de eritropoietina, por não ter o estimulo para a produção de célula.

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