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VIROSES ENTÉRICAS Amora Gomes, Cinthia Nunes, Luciana Baptista, Marianna Ramos Prof. Danillo Augusto BIOMEDICINA VIROLOGIA INTRODUÇÃO Gastroenterites infantis agudas expressiva causa de morbi- mortalidade em escala universal 744 milhões a 1 bilhão de episódios diarreicos entre crianças menores de 5 anos na América Latina, África e Ásia 3 milhões de óbitos mínimo de 9.000 mortes ao dia Fo nt e: B er n C, M ar tin es J , d e Zo ys a I, G la ss R I. Th e m ag ni tu de o f t he g lo ba l p ro bl em o f d ia rr ho ea l di se as e: a te n- ye ar u pd at e. B ul l W H O 1 99 2; 7 0: 7 05 -1 4 DIARREIA INFANTIL Segunda maior causa de morte em crianças menores de 5 anos no mundo (OMS) Medidas de prevenção Tratamento das viroses entéricas Principais agentes etiológicos Introdução IMPORTÂNCIA Ação do patógeno no organismo Reações do organismo ao patógeno Agentes defensores Introdução ROTAVÍRUS GLOBALMENTE (POR ANO) 114 milhões de episódios de gastroenterite 24 milhões de consultas 2,4 milhões de hospitalizações em menores de 5 anos 611 mil mortes infantis (80% nos países pobres) 5% da mortalidade infantil mundial Segunda causa de morte mundial nos menores de 5 anos Rotavírus Fo nt e: ht tp :// bv s. in sp .m x/ rs p/ _fi le s/ Fi le / 2 00 9/ Ju lio % 20 Ag os to /2 -m or ta lid ad .p df EPIDEMIOLOGIA Considerado mundialmente o mais importante agente etiológico viral de diarreia grave na infância DataSUS (2006) 2.236 óbitos por doenças diarreicas em menores de 5 anos, sendo 1.291 na região Nordeste (Bahia 271 casos) 2006 aproximadamente 108 óbitos por infecção de rotavírus somente na Bahia SAÚDE PÚBLICA Rotavírus HISTÓRICO 1973 – Bishop e colaboradores (Austrália) 1973 – Flewett e colaboradores (Inglaterra) Reovirus-like, orbivirus-like, duovirus, vírus da gastroenterite infantil ou “novo” vírus Rotavirus (do latim rota, roda) Rotavírus CARACTERÍSTICAS Família Reoviridae Morfologia esférica Capsídeo com simetria icosaédrica Cerca de 100nm de diâmetro Não possui envelope RNA envolto por três camadas proteicas concêntricas Rotavírus Fo nt e: h tt ps :// w w w. cd c. go v/ do tw /r ot av iru s/ in de x. ht m l Micrografia eletrônica de transmissão de Rotavírus GENOMA 11 segmentos de RNA de fita dupla completamente pareados No nucleocapsídeo Contém todas as enzimas necessárias à síntese de seu RNA Proteínas não estruturais essenciais à replicação, patogênese e determinação da especificidade da espécie Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS VP1 apresenta atividade de RNA polimerase-RNA dependente VP2 ligação a RNA necessária para a atividade da VP1 VP3 atividade de metiltransferase e guanililtransferase VP1VP3 Ancorado no lado interno da camada de VP2 no vértice do icosaedro associada a cada segmento do RNA genômico VP4 espícula viral responsável pela adsorção a receptores celulares e penetração da partícula Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS VP5* ancorada na camada de VP6, potencializa a infecciosidade após a clivagem proteolítica e apresenta atividade lipofílica VP6 antígeno determinante de espécie forma o capsídeo intermediário é a proteína mais abundante do vírion VP7 restringe a dissociação da VP4 e limita o acesso da tripsina a VP4 induz a produção de anticorpos neutralizantes VP8* receptor para adsorção da partícula à célula Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS NSP (sintetizadas nas células infectadas) ciclo de biossíntese viral ou interagem com as proteínas do hospedeiro Patogênese Resposta imunológica à infecção NSP1 controle da resposta antiviral inata do hospedeiro NSP2 formação do viroplasma e na replicação e encapsidação do genoma em interação com a NP5 e com as VPs 1 e 2 Rotavírus PROTEÍNAS VIRAIS NSP3 facilita a trandução dos RNAm virais e impede sua degradação por nucleases celulares NSP4 morfogênese viral. Sintetizada no RE como uma proteína transmembrana glicosilada. NSP5 proteína fosforilada é uma proteíno-cinase e ligante de RNA. NSP6 taxa elevada de recirculação sendo completamente degradada 2h após sua síntese Rotavírus GRUPOS 7 diferentes grupos designados de A a H A, B, C e H infectam o homem A dois subgrupos com, pelo menos, 14 sorotipos diferentes: maior importância epidemiológica B China – grandes focos de gastroenterite em crianças e adultos C distribuição mundial mas com baixa prevalência Rotavírus PATOGENICIDADE Ingestão do vírus Adesão à células do epitélio intestinal DIARREIA Rotavírus VP4 VP5VP8 Má absorção Proteína viral NSP4 Dissacaridases Receptores contendo Ácido Siálico Integrinas ENTRADA NA CÉLULA Rotavírus ROTAVIROSE Agravo de grandes repercussões Pode ocorrer em qualquer idade Predomina na faixa etária de 6 a 24 meses Transmissão fecal-oral Excreção de até 1 trilhão de partículas/mL de fezes Carga viral necessária para infectar o homem: 10 partículas Rotavírus ROTAVIROSE Outras formas de transmissão: Brinquedos Superfícies de ambientes como pré-escolas e escolas Água Alimentos Objetos Secreções respiratórias Diarreia nosocominal condições propícias Eficientes mecanismos de exposição universal que ignoram diferenças culturais, regionais e nacionais Rotavírus QUADRO CLÍNICO Duração 4 a 5 dias Tratamento apenas de suporte hidratação Via oral Via endovenosa Internação Não é recomendado o uso de antimicrobianos ou antidiarreicos Rotavírus QUADRO CLÍNICO Diarreia (fezes aquosas, isotônicas, raramente com muco, sangue ou leucócitos em número elevado) Rotavírus Cãibras Mal-estar Desidratação Acidose Vômito Febre Náusea Anorexia DIAGNÓSTICO Detecção de partículas ou antígenos virais Microscópio eletrônico pioneiro Técnica imunoenzimática (ELISA) Eletroforese de ácido nucleico em gel de poliacrilamida PCR precedida de transcrição reversa Rotavírus CONTROLE DA ROTAVIROSE Fatores: Ocorrência da infecção Sem distinções entre países desenvolvidos e em desenvolvimento Capacidade parcial e incipiente da higiene ambiental no controle da doença Inexistência de um tratamento antiviral efetivo Maior mortalidade por diarreia decorrente de rotavírus ocorrer em comunidades pobres Enfermidade de alto impacto familiar, social e econômico OMS vacinação como uma das intervenções de saúde pública capaz de gerar impacto na prevenção da rotavirose Rotavírus VORH Vacina Oral de Rotavírus Humano 2006 inclusão no calendário básico de vacinação América Latina vacinação efetiva será capaz de abater a mortalidade por rotavirose em 60% ou mais Eficácia: 70% de proteção para todas as diarreias por rotavírus 86 a 98% de proteção para as formas graves 80a 95% de proteção para hospitalização por diarreia por rotavírus Rotavírus VORH Monovalente sorotipo G1P[8] Rede pública Pentavalente sorotipos G1P[5], G2P[5], G3P[5], G4P[5] e G6P[8] Composta de vírus isolados de seres humanos e atenuados, que permitem a manutenção de sua capacidade imunogênica, porém, não patogênica SUS duas doses (2 e 4 meses de idade) Ministério da Saúde indicador de cobertura vacinal para a VORH em 90% Rotavírus ADENOVÍRUS CLASSIFICAÇÃO Família Adenoviridae 5 gêneros: Aviadenovirus, Mastadenovirus, Atadenovirus, Siadenovirus e Ichtadenovirus; Mastadenovirus: 57 sorotipos Fo nt e: V iro lo gi a H um an a, T er ce ira e di çã o, N or m a Su el y de O le ira S an to s, E di to ra G ua na ba ra Adenovírus ADENOVÍRUS CARACTERÍSTICAS: Partículas virais icosaédricas; Dupla fita de DNA; Vírus nu; Adenovírus ADENOVÍRUS COMPOSIÇÃO DO CAPSÍDEO: 3 proteínas principais 4 proteínas minoritárias 5 proteínas adicionais Adenovírus ADENOVÍRUS FUNÇÃO DAS PROTEÍNAS DO CAPSÍDEO: IIIa, VIII e XI estabilidade entre os trímeros de hexons; Proteínas do core -> ligação e condensação DNA; TP: iniciadora de replicação; p23: cliva proteínas; Adenovírus EPIDEMIOLOGIA Poucos estudos Baixas taxas de incidência 4 a 6% 1 a 12% em todo o mundo Adenovírus PATOGÊNESE Transmissão feita através do contato direto ou indireto; A proteína estrutural penton é diretamente citotóxica; Inibição de interferons, do fator de necrose de tumor e de linfócitos T citotóxicos. Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Ocorre no núcleo celular; Divide-se em fase inicial (imediata e inicial) e fase tardia; Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Os eventos iniciais compreendem as etapas: - Adsorção - Penetração - Transcrição - Tradução dos genes iniciais Produtos dos genes iniciais Regulam a expressão dos genes virais e a replicação do DNA; Induzem a progressão do ciclo celular ; Bloqueiam a apoptose; Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL FASE TARDIA: - Expressão de um novo grupo de genes virais tardios ; - Montagem da progênie viral; Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Receptores CAR (Coxsackievirus B and adenovirus receptor) e CD46; Base do penton se liga a integrinas da superfície celular; Internalização da partícula por endocitose; RNA polimerase II celular transcreve os RNAm iniciais; Produtos dos genes E1A induzem a célula a entrar na fase S; Proteínas codificadas em E2 -> replicação do DNA viral ; As proteínas de E1B e E3 -> resposta do hospedeiro à infecção; A região E4 codifica proteínas envolvidas na transcrição e no transporte dos RNAm virais e na replicação do DNA; Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Genes tardios; VA-RNA; TRÊS EVENTOS: - Indução da fase S na célula hospedeira; - Sistema de proteção contra defesas antivirais; - Sintetizar produtos virais para replicação viral; Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Replicação viral - Proteína terminal (TP) - DNA-binding protein (DBP) - DNA-pol (DNA polimerase-DNA dependente) Adenovírus BIOSSÍNTESE VIRAL Montagem - Acontece no núcleo; - Citoplasma: Capsômeros de hexons e pentos; - Proteína L4-100K Liberação Adenovírus Adenovírus - Podem incluir: Os sintomas de uma constipação, faringite, amigdalite ou otite média; - Em crianças /adultos imunocomprometidos: Infecção disseminada, pneumonia grave, meningite e encefalite. - Com menor frequência: Conjuntivite hemorrágica, bronquiolite, cistite (infecção urinária) e gastroenterite, dependendo do serotipo envolvido. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Adenovírus MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Infecção Entérica - Sorotipos 40, 41, 50 e 51 EHAdV - Associação de sorotipos - Período de incubação - Sintomas Adenovírus DIAGONÓSTICO LABORATORIAL Isolamento viral em linhagens celulares; Imunofluorescência (IF); Ensaio imunoenzimático (EIA); Teste de neutralização (TN); PCR real time; Adenovírus PREVENÇÃO Evitar troca de fluidos; Boa condições sanitárias e higiene pessoal; Não existe vacina; TRATAMENTO Reidratação para reposição de eletrólitos perdidos; Adenovírus ASTROVÍRUS HUMANO (HAstV) IMPORTÂNCIA Segunda maior causa de gastroenterite aguda em crianças. Appleton e Higgins detectaram pela 1ª vez em 1975. Madeley e Cosgrove, em 1975, denominaram a partícula “Astrovírus”. Fo nt e: h tt ps :// hu m an sa nd vi ru se s. w or dp re ss .c om /2 01 5/ 03 /2 4/ as tr ov iri da e/ Astrovírus Fo nt e: h tt p: //w w w .s ci en ce ph ot o. co m Astrovírus CLASSIFICAÇÃO Ordem: Não atribuída. Família: Astroviridae. Gênero: Mamastrovirus. Espécies em Humanos: Sorotipos HAstV-1 a 8. AstV MLB 1 e MLB2. AstV HMO A,B e C; AstV VA1 e VA2. (S an to s et a l., 20 15 ) ht tp s: //t al k. ic tv on lin e. or g/ ta xo no m y/ Astrovírus CLASSIFICAÇÃO (A da pt ad o de O h & Sc hr ei er , 2 00 1) Astrovírus ESTRUTURA Fo nt e: h tt ps :// pt .w ik ip ed ia .o rg /w ik i/G as tr oe nt er ite Astrovírus ESTRUTURA Características Gerais: Estáveis em pH 3,0. Permanecem infecciosos após 5 min. a 60°C. Permanecem estáveis a -70°C a -85°C. Podem ser destruídas por ciclos de congelamento e descongelamento. (S an to s et a l., 2 00 2) Astrovírus ESTRUTURA Tipo de Genoma (S an to s et a l., 20 15 ) Astrovírus ESTRUTURA Proteínas e suas funções ht tp :// jv i.a sm .o rg /c on te nt /8 1/ 19 /1 06 49 /F 10 .e xp an si on .h tm l Astrovírus ESTRUTURA Proteínas e suas funções (F on te : S an to s et a l., 2 01 5) Fo nt e: h tt p: //v ira lz on e. ex pa sy .o rg /2 81 ?o ut lin e= al l_ by _s pe ci es Astrovírus PATOGENIA Transmissão fecal-oral via água, alimentos, contato pessoa-a-pessoa ou objetos contaminados. Fo nt e: h tt p: //s lid ep la ye r.c om .b r/ sl id e/ 10 72 14 84 Astrovírus PATOGENIA Replicação viral ocorre nas células epiteliais das vilosidades do intestino delgado. O mesmo tipo celular pode ser permissivo ou não aos diferentes subtipos de HAstV. Infecção por HAstV: encurtamento das pontas das microvilosidades e alterações na função do epitélio intestinal apenas células do intestino delgado são afetadas. Via de excreção:fezes. (Sa nt os e t a l., 20 15 ) Astrovírus MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Incubação do HAstV: 1 a 4 dias. Sintomas: 2 a 3 dias após a infecção. 2% das pessoas excretam vírus nas fezes sem apresentar sintomas. Sintomas de gastroenterite. ht tp s: //p t.s lid es ha re .n et /r as di ia ni ith ac ol lie / Astrovírus MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Doenças extraintestinais: HAstV no sistema nervoso central de uma criança que morreu por encefalite. AstV MLB2 no plasma de uma criança febril. Fo nt e: h tt p: //w w w .s pe ct ro sc op yn ow .c om /d et ai ls /e zi ne /s ep sp ec 25 95 2e zi ne /A st ro vi ru s Astrovírus EPIDEMIOLOGIA HAstV no mundo: prevalência em crianças, está associado 4 a 10% dos casos de diarreia. No Brasil, 1ª descrição de HAstV foi em 1985, infecções mistas com rotavírus. Em 2001, surto de gastroenterite associado ao HAstV-1, creche do RJ. (S an to s et a l., 20 15 ) Astrovírus DIAGNÓSTICO Microscopia Eletrônica (ME) Direta. Técnica de Imunoeletromicroscopia. Utilização da linhagem celular CaCo-2, isolamento primário do vírus. Identificação do vírus: Imunoensaio enzimático: EIA. Detecção do ácido nucleico: RT-PCR. (S an to s et a l., 20 15 ) Astrovírus TRATAMENTO Isolamento do paciente. Prática dos procedimentos básicos de higiene. Remoção da fonte de infecção. Quadro de desidratação: reposição de fluidos e eletrólitos perdidos. (S an to s et a l., 20 15 ) Astrovírus PROFILAXIA ht tp s: //c on se jo nu tr ic io n. w or dp re ss .c om /2 01 2/ 08 /2 6/ se gu rid ad -e n- la -m an ip ul ac io n- de -lo s- al im en to s/ ht tp :// es co la ki ds .u ol .c om .b r/ ag ua -p ot av el .h tm • • Não existe vacina. Medidas higiênico sanitárias. Astrovírus NOROVÍRUS (NoV) INTRODUÇÃO Em 1972, foi descoberta uma partícula viral de 27 nm em filtrado infeccioso de amostras fecais humanas em um surto de gastroenterite na cidade de Norwalk, Ohio. Gastroenterite – adultos e crianças (esporádica) A importância desses agentes está relacionada com as condições de higiene e saneamento básico da população . Norovírus ESTRUTURA Medindo entre 27 e 40nm de diâmetro Não envelopado Capsídeo de simetria icosaédrica: VP1 Genoma viral: RNA fita simples de polaridade positiva(+) mRNA Norovírus ht tp :// m ed ia d. pu bl ic br oa dc as tin g. ne t/ p/ kc ur /fi le s/ st yl es /x _l ar ge /p ub lic /2 01 60 2/ no ro vi ru s. jp g Norovírus CLASSIFICAÇÃO 1990 – Classificação determinada Família: Caliciviridae Gênero: Norovírus “Norwalk-like vírus” 2005 – Novo sistema de classificação ht tp ://f oo ta ge .fr am ep oo l.c om /s ho tim g/ qf /1 19 53 21 96 -g as tro en te rit is- no rw alk -v iru s- fo od - po iso nin g- sin gle -s tra nd ed -rn a. jpg Norovírus CLASSIFICAÇÃO GENOGRUPO GENÓTIPO *GI 08 *GII 17 GIII 02 *GIV 01 GV 01 * São encontrados em humanos Norovírus Norovírus Vi ro lo gi a H um an a 3 ªE d. PD F Infectam céls. que tem o gene alpha-1, 2-fucosyltransferase (FUT2) funcional e são chamados secretor-positivos; aqueles com o gene FUT2 não funcional são os secretor-negativos; estes últimos são resistentes à amostra GII.4, mas podem ser infectados com outras amostras. Os norovírus reconhecem antígenos de grupos sanguíneos que são expressos na superfície das células das mucosas. Norovírus PATOGENIA (TRANSMISSÃO) Gastroenterite aguda não bacteriana Norovírus PATOGENIA (REPLICAÇÃO) Os vírions são estáveis em ácido O vírus é replicado no citoplasma dos enterócitos O RNA de polaridade positiva(+) atua como mRNA. Os norovírus são altamente infecciosos Baixa dose de infectividades Alto nível de excreção viral Excreção prolongada após recuperação clínica Norovírus Período de incubação: 24 - 48 horas Sinais podem durar 12 a 60 horas. MANIFESTAÇÕES CLINICAS ht tp s: //t 3. ft cd n. ne t/ jp g/ 01 /5 1/ 65 /9 4/ 24 0_ F_ 15 16 59 41 1_ RN 0R Aj fo us 37 S3 W fjO sC YJ 77 Bj LS Tt 4k .jp g Norovírus EPIDEMIOLOGIA MUNDIAL “O norovírus responsável por 685 milhões de casos por ano, dentre os quais 200 milhões ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade. Isso leva a uma estimativa de 50.000 mortes de crianças por ano, e quase todas ocorrem em países em desenvolvimento.” CDC Norovírus Os norovírus do genogrupo II, genotipo 4 (GII.4), são atualmente respónsáveis por 70–80% dos surtos de infecções por norovírus no mundo. Norovírus EPIDEMIOLOGIA BAHIA O vírus apareceu em 55% de 846 amostras de fezes analisadas. Os dados do Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde apontam: 20% Rotavírus 12% Astrovírus 4% Adenovírus Cerca de 13 mil moradores com Norovírus 01/08/2006 Norovírus EPIDEMIOLOGIA BAHIA Os distritos do Cabula/Beiru, Itapuã e Liberdade são os responsáveis pelo maior número de caso da doença provocada pelos Rotavírus e Norovírus. Secretaria Municipal de Saúde (SMS) 17.500 casos virose com diarréia 04/08/2017 Norovírus PREVENÇÃO Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de ter contato com o paciente ou com os objetos usados por ele; Limpar todas as superfícies com hipoclorito a 2% 8 horas a 7 dias Preparo dos alimentos luvas plásticas Funcionários doentes não devem preparar alimentos por um período mínimo de 3 dias após a doença, para evitar os surtos de gastroenterites Norovírus TRATAMENTO Não há um tratamento com antiviral consolidado Hidratação fluido oral com líquidos isotônicos. Hospitalização desidratação grave; Analgésicos e Antitérmicos dor de cabeça, mialgia e náusea; Norovírus DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Microscopia Eletrônica (ME) O método imunoenzimático (ELISA) A técnica molecular de RT-PCR Norovírus REFERÊCIAS SANTOS, Norma Suely de Oliveira et al. Introdução à Virologia Humana. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2002. SANTOS, Norma Suely de Oliveira et al. Virologia Humana. 3 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2015. OLIVEIRA, Consuelo Silva de et al. Rotavírus: aspectos clínicos e prevenção. Jornal de Pediatria – Vol. 75, Supl. 1, 1999. SALVADOR, Pétala Tuani Candido de Oliveira et al. A rotavirose e a vacina oral de rotavírus humano. Ciência & Saúde Coletiva 16(2)567-574, 2011. Relatório de vigilância para Norovírus. Disponível em: https://www.cdc.gov/norovirus/reporting/index.html Norovírus. Disponível em: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1883245salvador- registra-17500-casos-de-virose-com-diarreia OBRIGADO!
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