Buscar

Endocardiose de Mitral - resumo

Prévia do material em texto

ENDOCARDIOSE DE MITRAL/TRICÚSPIDE
Faz degeneração, fibrose pequenos nódulos nos folhetos vão se tornando maiores, deixando os folhetos irregulares e esbranquiçados a válvula não fecha direito sangue volta causando insuficiência e refluxo.
Cordoalhas (cordas tendíneas) podem se romper Edema pulmonar agudo;
Aumento da pressão hidrostática na cavidade pulmonar pode evoluir para edema pulmonar agudo, quando não evolui se torna insuficiência cardíaca esquerda;
Aumento da pressão hidrostática das cavas aumento de líquido abdominal ascite, problemas nos membros, insuficiência cardíaca direita.
Incidência:
Comum em cães de pequeno porte;
Raro em gatos;
Mais frequente em machos e idosos (com exceção do Cavalier, onde ocorre de forma mais severa e em animais mais jovens);
60% dos casos só Mitral, 30% dos casos Mitral + Tricúspide, 1% dos casos só Tricúspide.
Sinais:
Tosse por compressão mecânica;
Dispneia;
Cianose;
Síncope;
Ascite;
Cansaço;
Perda de peso e massa muscular;
Posição ortopneica;
Edema pulmonar;
Aumento de frequência cardíaca e respiratória.
Na auscultação:
SOPRO em foco mitral (sempre);
Crepitação na auscultação pulmonar.
Exames complementares:
Radiografia de tórax (pulmão (vasos do pulmão) e caixa torácica, cavidade pleural);
Eletrocardiograma (para ver arritmia);
Ecocardiograma – US do coração (não pode ser feito na emergência – espessamento/prolapso da válvula, refluxo, regurgitação mitral e relação do átrio sobre a aorta paciente vem a óbito).
CLASSIFICAÇÃO ACVIM
Classe A:
São os cães de raças com maior predisposição para o desenvolvimento da doença, porém ainda sem a doença.
Exemplos: Poodle, Dachshund, Yorkshire, Maltês, Cavalier King Charles Spaniel, Pinscher.
Classe B1:
São os cães que já tem a lesão valvar mitral, porém são assintomáticos. Apesar da degeneração valvar, os cães incluídos nesta classe não apresentam dilatação das câmaras cardíacas.
Classe B2:
São os cães que apresentam dilatação cardíaca em consequência da insuficiência da valva mitral. Esses cães ainda não tem sinais de edema pulmonar (dificuldade respiratória), mas já podem apresentar tosse em razão do aumento do átrio esquerdo, que acaba comprimindo brônquio e deslocando a traqueia.
Classe C:
São os cães que estão em edema pulmonar, apresentando bastante dificuldade respiratória (agudo) ou que já tiveram esse quadro anteriormente e agora estão compensados graças ao uso de medicamentos (crônico). Estes pacientes geralmente devem receber vários medicamentos para permanecerem estáveis, incluindo vasodilatadores, diuréticos e medicamento que aumentam a força do músculo cardíaco.
Classe D:
São os cães que, apesar do uso de todos os medicamentos indicados para a classe anterior, ainda apresentam recidivas de edema pulmonar. Estes cães podem também apresentar retenção de líquido no tórax (efusão pleural), ou no abdome (ascite, também conhecida popularmente como “barriga d’água).
TRATAMENTO
B1:Os inibidores da ECA retardam a atividade da enzima conversora de angiotensina, para relaxar os vasos sanguíneos e abri-los, reduzindo a pressão arterial, o que torna mais fácil ao coração bombear o sangue.
Assintomáticos;
Não trata.
B2:
Tosse pelo aumento do lado esquerdo;
Sem ICC;
Inibidores da ECA;
Benazepril/Enalapril 0,25/0,50 mg/kg, VO, a cada 12-24h.
C1:
ICC esquerda + edema pulmonar agudo;
Tratamento emergencial Raio-X + Furosemida IV (zalix) 4/6 mg/kg – a cada 1 ou 2h até estabilizar + monitorar frequência respiratória;
Inotrópico positivo Pimobendan 0,25/0,50 mg/kg VO, BID/TID ou Dobutamina 2-13 mcg/kg/min;
Oxigenoterapia sedação: Torbugesic (leve) – Butorfanol – repouso: Furosemida;
Ascite punção de líquido serosanguinolento – abdominocentese.
C2:
ICC paciente compensado (não tem dispneia);
Furosemida VO (diurético) – a quantidade depende do exame;
Espironolactona diurético leve – antagoniza aldosterona (fibrose dos miócitos) – inibidor da ECA (benazepril);
Dieta com pouco sódio;
Inotrópico mais potente, com mais resultados, porém $$$ - Pimobendan 0,25-0,3 mg/kg, VO, BID em jejum.
Prognósticos: 
Sem ICC: BOM;
Com ICC: RESERVADO, pois a icc torna-se uma doença progressiva.
	
	Louise Helene Bacher

Continue navegando