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Direito Civil p2

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Direito Civil – P2
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO
*Introduzidos facultativamente pela vontade das partes, não necessários à sua existência.
CONDIÇÃO 
Conceito 
Subordina o começo ou o fim dos respectivos efeitos do negócio à verificação, ou não verificação, de um evento futuro e incerto. Deve vir da vontade das partes, ou pelo menos de uma delas. 
“Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. ” ART.121 Código Civil Brasileiro 
* Condição legal: malgrado tenha a mesma característica, é estabelecida por lei. 
*A morte não é condição, pois é certa. A morte é termo. 
Elementos para a validade da condição 
Voluntariedade: as partes devem querer e determinar o evento
Futuridade: condiciona algo futuro;
Incerteza: dúvida se irá ou não ocorrer;
Possibilidade: a condição deve ser possível de realização.
Impossibilidade de condição
“Art. 123 – invalidam o negócio (nulidade absoluta) que lhes são subordinados:
I – Condições física ou juridicamente impossíveis invalidam o negócio jurídico, quando tiverem efeitos suspensivos.
II – Condições contrárias à lei (ilícitas) ou de fazer coisa ilícita, bem como.... Geram sua nulidade.
III – condições incompreensíveis ou contraditórias. ”	
Não comportam condição:
Casamento, reconhecimento de filho, a adoção, emancipação (atos puros);
Atos jurídicos que inadmitem incerteza
Atos jurídicos em senso estrito
Atos jurídicos de família
Atos jurídicos de direito personalíssimo
Classificações 
Quanto à licitude:
Lícitas: não contrário a lei, a ordem pública ou aos bons costumes;
Ilícitas: contrária à lei, à ordem pública e aos bons costumes;
“São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes” ART. 122
Quanto à possibilidade: 
Possíveis: São passíveis de serem cumpridas.
Impossíveis: Não são passíveis de serem cumpridas.
 	Fisicamente impossível: Humanamente impossíveis;
Juridicamente impossível: existe proibição expressa no ordenamento jurídico, ou ferem a moral e os bons costumes;
Quanto a fonte: 
Causais: são aquelas que dependem do fortuito, do acaso, fato alheio à vontade das partes;
Potestativas: decorrem da vontade ou poder de uma das partes;
Puramente Potestativas: dependem exclusivamente do puro arbítrio de uma das partes. ÍLICITAS 
Simplesmente Potestativas: dependem não só da manifestação de vontade de uma das partes, mas também de algum acontecimento ou circunstância exterior que escapa ao seu controle; LÍCITAS 
Mistas: dependem simultaneamente da vontade das partes e de um terceiro;
Quanto ao modo de ação:
Suspensiva: é aquela que impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto; ESPERA 
Pendente: ainda não aconteceu a condição;
Implementada: quando se realizou a condição;
Frustrada: quando não se realiza a condição não podendo realizar-se-á mais. 
*Pendente condição suspensiva, se realizada a moral disposições, não terão valor (ART 126). Se no contrato for realizada novas condições no curso, elas não terão valor. 
Resolutiva: é aquela que extingue, resolve o direito, ocorrido a condição. FICA ESPERTO 
*Pode ser expressa ou tácita
*Prestações periódicas: ocorrendo, não tem eficácia quando aos atos já praticados (ART 128), o que passou não pode ser mexido. Se ocorrer a condição resolutiva em prestações periódicas, não serão devolvidas. Salvo se previamente combinado. 
“ART. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento. (É a boa-fé objetiva). ”
“ART. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. (Boa-fé objetiva) ”
TERMO
Conceito 
Evento futuro e certo que subordina o início ou o fim da eficácia jurídica do negócio a esse evento futuro e certo. 
Classificação do termo
Termo inicial (“dies a quo”): dia do começo do negócio jurídico;
“ART 131: O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. ”
O negociante já tem o direito, mas ainda não pode exercê-lo (até o advento do termo inicial).
Termo final (“dies ad quem”): dia do fim do negócio jurídico; 
“ART 135: ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva”
Sendo assim, o termo inicial é similar à condição suspensiva; enquanto o termo final é similar à condição resolutiva.
*Condição suspensiva x termo: a condição suspensiva, além de suspender o exercício do direito, suspende também a aquisição. O termo não suspende a aquisição do direito, mas somente protela o seu exercício.
Tipos de termo 
Termo Convencional: é a cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio a evento futuro e certo;
Termo de Direito: é o que decorre da Lei (prazo de prescrição ou de decadência);
Termo de Graça: é a dilação de prazo concedida ao devedor;
Termo Incerto: é o termo certo e inevitável, porém incerto quanto à data de sua realização (morte);
Termo Certo: quando se reporta a determinada data do calendário ou a determinado lapso;
Termo essencial: é quando o efeito pretendido deva ocorrer em momento bem preciso, sob pena de verificado depois, não ter valor.
Termo não essencial: se for realizado fora do momento determinado ele continuará surtindo efeitos.
Prazo 
É o intervalo do termo inicial e do termo final;
Contagem do prazo
Dias: conta-se por inteiro; exclui o dia do começo mas inclui o dia do final. Se este cair em feriado ou final de semana, prorroga-se até o seguinte dia útil;
Sábados, domingos e feriados: começa a contar do dia útil posterior.
Prazo de hora: contado de hora em hora
Prazo de meses e anos: não desconta nada, prazo fechado.
*Meado: em qualquer mês, corresponde ao dia 15
*Negócios sem prazo: presume-se cobrança imediata;
*A morte é um termo incerto, porque é evento futuro e certo, mas não se sabe a data que irá ocorrer. 
“Art. 132 – contagem do prazo – exclui o dia do começo, inclui o do vencimento (caindo em feriado, prorroga-se até o seguinte dia útil). Meado – 15º dia, em qualquer mês. ”
5. Não se aceita termo
Renúncia de herança
A adoção
A emancipação 
O casamento 
O reconhecimento do filho
ENCARGO 
Conceito 
Clausula que impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário (para que, a fim de que, com a obrigação de). O negócio gratuito vem acompanhado de um ônus, um encargo (presente de grego). Não cumprido o encargo, cabe revogação do negócio jurídico. 
“ART 136: o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva”
Pode-se não aceitar um encargo, com isso abre-se mão do negócio jurídico; 
Se não cumprir a obrigação na data prevista pode se ter revogação judicial a doação.
Se tiver como condição suspensiva, a doção vem depois de realizada a condição.
ART 137: Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. 
Se não cumprido o encargo, pode se ter revogação judicial a doação. 
O encargo é coercitivo, obriga alguém a cumprir uma condição.
O encargo deve ser licito e possível
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Introdução 
Ato nulo: não tem validade, quando falta algum dos elementos essências do negócio jurídico. Irrelevante juridicamente, nasce morto por questão pública. 
Ato anulável: requisitos essenciais estão preenchidos, mas tem defeitos que levam a anulação do ato jurídico (erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude). Ato jurídico nasceu, masalguém foi prejudicado então deve ser anulado, para isso alguém tem que reclamar. 
*É de 4 anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico.
2. Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Vícios do Consentimento: são aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre, podendo ser eles: Erro; Dolo; Coação; Lesão e; Estado de Perigo.
Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
ERRO OU IGNORÂNCIA
Conceito
O erro é um engano fático, uma falsa noção da realidade. Deve acontecer por conta própria.
Erro escusável: erro justificável, desculpável, exatamente ao contrário de erro grosseiro ou inescusável. 
Erro real: para invalidar o negócio, deve ser real, isto é, efetivo causador de prejuízo concreto para o interessado. 
*Quando alguém é induzido ao erro, temos dolo.
*Autoengano, “ eu me enganei”, consiste na falsa representação da realidade. 
Espécies de erro
Erro acidental: mesmo com o conhecimento da verdade, o agente realiza o negócio jurídico não defere a anulação do negócio jurídico, permite apenas a indenização. 
Erro substancial: é aquele que incide sobre a causa do negócio que se prática, sem o qual este não teria se realizado. A lei perdoa quem se engana de maneira honesta e pode-se ANULAR o negócio jurídico. 
Qualidade essencial (error in substantia): suposição de que o objeto possui determinada qualidade material que, posteriormente, verifica inexistir;
Natureza do negócio (error in negotio): celebrar um tipo de contrato quando na verdade celebra outro diferente;
Objeto principal (error in corpore): manifestação da vontade recai sobre a identidade do objeto, pois o mesmo é diverso daquele que o agente tinha em mente. 
Quanto a pessoa (error in negotio): refere-se ao engano quanto a identidade ou qualidade da pessoa.
 Erro do direito: é o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica aplicável à situação concreta. Em geral não é anulável, mas se agindo de boa-fé pode-se anular. 
Falso motivo 
O que motivou a realizar o negócio jurídico era falso, o motivo deve ser por meio de manifestação expressa, ou seja, estar escrito como motivo do negócio jurídico, assim admite-se anulação. Quando tacitamente não se admite anulação. 
Transmissão errônea da vontade 
Caso a mensagem seja passada por um terceiro ou por de meio de comunicação e a transmissão da vontade, nesses casos, não se faz com fidelidade a pretendida por quem emitiu a mensagem original, estabelecendo uma divergência entre o querido e o que foi transmitido erroneamente, caracteriza-se o vício que propicia a ANULAÇÃO do negócio jurídico.
* Se houver culpa do emitente prevalece o Negócio Jurídico.
*Não pode haver dolo, somente o acaso. 
Erro na indicação da pessoa ou coisa
Caso o erro seja reparável ou sanável não acarretará em anulação do negócio.
“ART 142: não viciara o negócio jurídico quando, pelas circunstancias, se puder identificar a pessoa ou coisa cogitada. ”
Interesse negativo
O perdedor da ação indeniza os outros pelos gastos que teve na ação.
*Se a outra parte propor desfazer o negócio, não será necessária ação anulatória. 
Vício redibitório X Erro
Vício redibitório é garantia legal prevista para os contratos comutativos em geral. Se o agente compra coisa que vem defeituosa, pode rejeitá-la, redibindo o contrato, ou exigir abatimento no preço. Nesse caso não existe erro, pois o agente recebe exatamente o que pretendia comprar. O vício redibitório não toca o psiquismo do agente. Já o erro é subjetivo, pois reside na manifestação da vontade.
DOLO
Conceito 
Induzir alguém à prática de um negócio jurídico que o prejudica. Enganar alguém.
Requisitos 
A conduta dolosa deve apresentar os seguintes requisitos: 
Intenção de enganar o outro contratante; 
Induzir o outro contratante em erro em virtude do dolo; 
Causar prejuízo ao outro contratante; 
Angariar benefício para o seu autor ou terceiro; 
Que o dolo tenha sido a causa determinante da realidade do negócio
Espécies 
Dolo principal: o agente engana quanto a substancia da coisa (leva burro por cavalo, compra algo falsificado) é aquele determinante do negócio jurídico celebrado, isto é, a vítima do engano não teria concluído o negócio ou o celebraria em condições essencialmente diferentes, se não houvesse incidido o dolo do outro contratante. Gera a anulação do negócio.
Dolo acidental: é aquele em que as maquinações empreendidas não têm o poder de alterar o consentimento da vítima, que de qualquer maneira teria celebrado o negócio, apenas de maneira diversa, não gera a anulação do negócio, mas apenas a satisfação em perdas e danos.
“Dolus bônus”: é o dolo tolerável, destituído de gravidade suficiente para viciar a manifestação da vontade. É comum no comercio em geral, onde é considerado normal, e até esperado, o fato de os comerciantes exagerarem as qualidades das mercadorias que estão vendendo. Não torna anulável.
“Dolus malus”: é revestido de gravidade, exercido com o propósito de ludibriar e de prejudicar. Acarreta a anulabilidade do negócio jurídico ou a obrigação de satisfazer perdas e danos, conforme a intensidade da gravidade.
Dolo de terceiro 
Se a parte a quem aproveita teve conhecimento: ANULAÇÃO. Quando o beneficiário sabe que terceiro está enganando a outra parte para que ela celebre o ato jurídico, tornando-se cúmplice do ato. 
Se a parte a quem aproveita não teve conhecimento: PERDAS E DANOS CONTRA O TERCEIRO. A parte que aproveita do negócio jurídico não sabia do dolo, não há anulação.
Dolo por omissão 
Nos negócios jurídicos bilaterais, o silencio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando que sem ela o negócio jurídico não se teria celebrado, silêncio enganador.
Dolo recíproco ou bilateral 
As duas partes do negócio jurídico mentem. Pune as duas partes
Dolo do representante legal 
Pode ter origem numa representante legal ou convencional. Assim, o representante é aquela pessoa (outorgante) que possui capacidade negocial e, portanto, age em nome do representando. Se o representante for legal, ou seja, importo pela lei, a sua declaração só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. Se, porém, a o representante dor convencional, ou seja, escolhido pelo representado, haverá responsabilidade solidária, em decorrência da culpa in elegendo.
COAÇÃO 
Conceito
Ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio.
Requisitos 
Deve ser a causa determinante do ato: só celebrou o contrato porque teve coação. Ligação direta da coação e realização do negócio jurídico deve ser direta. 
Deve ser grave: a coação há de ser de tal intensidade que efetivamente incuta na vítima um fundado temor de dano a bem que considera relevante. Esse dano pode ser moral ou patrimonial. 
*Critério concreto, analisar caso por caso algumas pessoas são mais suscetíveis de se sentir aterrorizadas do que outras (conta o sexo, idade, condição, saúde, temperamento do paciente etc) 
*Temor reverencial: a pessoa obedece quem está acima dela, como patrão, vó e vô, pais, ou seja, a quem se deve obediência de respeito, como os superiores hierárquicos. NÃO ANULA
Deve ser injusta: ilícita, contraria ao direito, abusiva. Conduta jurídica constitui exercício anormal ou abusivo do direito. 
Deve ser dano atual ou iminente: a ameaça deve ainda estar tendo efeitos.
Deve constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima: pode ser também de pessoas que não são da família ou contra o próprio coator.
Espécies 
Coação absoluta ou física: a vantagem pretendida pelo coator é obtida mediante emprego de força física. ATO NULO, não tem manifestação da vontade (primeiro requisito de existência do negócio jurídico); 
Coação relativa ou moral: pressãopsicológica, há uma certa margem de escolha para praticar o ato exigido pelo coator ou correr o risco de sofrer as consequências da ameaça por ele feita e por isso o ato é ANULAVEL. 
Coação exercida por terceiro 
Não foi o beneficiário que coagiu, foi um terceiro. 
Se a parte a quem aproveita conhecia a coação: ANULAÇÃO: 
Se a parte a quem aproveita não tinha conhecimento da coação: PERDAS E DANOS contra o terceiro, mantém o negócio jurídico.
Teoria da convalidação 
Se você não realizou um negócio jurídico coagido, se esse negócio jurídico se tornou beneficiário ao coagido, pode se afastar a anulação, ou seja, o negócio jurídico se mantém e se torna válido.
 DO ESTADO DE PERIGO
Conceito 
Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Leva a anulação do negócio jurídico. 
*Estado de perigo x coação: no perigo, aproveita-se de um perigo preexistente, é oportunista. Na coação, o autor causou o perigo pelo que queria tirar vantagem. 
Elementos para o estado de perigo 
Perigo de dano grave e atual: se revela quando o agente, membro de sua família ou pessoa de sua ligação, necessita de salvar-se de grave dano, que pode ser atual ou iminente.
Obrigação excessivamente onerosa: as condições hão de ter sido impostas pelo declarante e de forma abusiva, visando tirar proveito da situação do declarante. 
Perigo deve ter sido a causa do negócio: se não houvesse o perigo o não teria sido realizado.
Que a parte contrária tenha ciência da situação de perigo: e dela se aproveita.
LESÃO (dolo de aproveitamento) 
Conceito 
É vício do negócio jurídico que se caracteriza pela obtenção de um lucro exagerado por se valer uma das partes da inexperiência ou necessidade econômica da outra. É anulável. 
Elementos da lesão 
Objetiva: lucro desproporcional, existência de acentuado desnível entre as prestações devidas pelos contratantes segundo os valores no tempo que foi celebrado o negócio jurídico. É a manifesta desproporção ente as prestações. 
Subjetiva: inexperiência ou sua premente necessidade econômica.
FRAUDE CONTRA CREDORES 
Conceito 
É a prática de qualquer negócio jurídico maliciosamente pelo devedor insolvente ou na iminência de o ser, suscetível de diminuir ou onerar seu patrimônio, reduzindo ou eliminando a garantia que este representa para pagamento de suas dívidas. Só irá ocorrer a anulação quando provado a má-fé do terceiro, ou seja, quando ele celebrou o negócio jurídico sem verificar se a outra parte era devedora ou se o bem poderia ser penhorado (responsabilidade quanto ao comprador) ou ainda se o terceiro teve a ciência da situação de insolvência do alienante.
*Princípio da responsabilidade patrimonial: a última cobrança da dívida é a penhora dos bens. Todo devedor tem em seu patrimônio uma garantia para pagar a dívida.
Elementos
Objetivos ou “eventus damini”: é o prejuízo que causa aos credores. O devedor é insolvente, ou seja, que seu passivo supere o seu ativo de modo que qualquer disposição patrimonial que venha fazer ponha em risco os créditos de seus credores.
Subjetivos ou “concilum fraudis”: é exigido que o adquirente esteja de má-fé ou que tenha ciência da intenção do devedor de prejudicar seus credores.
Ação pauliana
É a ação pela qual os credores ANULAM os atos fraudulentos de seu devedor. O autor da ação é o credor e os réus são o devedor e o adquirente de má fé. Ação desconstitui o negócio jurídico.
*Como se desobriga o terceiro adquirente de má-fé: pagando a dívida do devedor.
Regulamentação 
Transmissão onerosa ou gratuita: compra, venda ou doação de bens. Anuláveis desde que o benfeitor, ao praticá-los, já esteja ou fique em estado de insolvência. Não é necessário qualquer elemento subjetivo
Remissão (perdão) da dívida: ocorre quando o devedor que em outro caso é credor, perdoa a dívida de terceiro para que não seja tirado seus bens. Anuláveis desde que o benfeitor, ao praticá-los, já esteja ou fique em estado de insolvência. Não é necessário qualquer elemento subjetivo
Pagamento antecipado da dívida: os credores com dívidas vencidas têm preferência em relação as dívidas mais recentes. 
Garantia suplementar a um só credor: é quando um credor recebe mais que os outros. É essa desigualdade que a lei quer evitar, presumindo fraudulento o procedimento do devedor.
Renuncia à herança: caso seja um devedor, ou se torne um, não se pode renunciar herança, para frustrar o credor. 
*Não se inclui entre os atos negociais passiveis de anulação os indispensáveis ao custeio do lar e à manutenção das atividades empresariais, conforme prevê o art. 164, do CC.
*Perdoa-se a venda de bens perecíveis. 
Terceiro de boa fé
Comprador de devedor que tira todas as certidões para verificar se a outra parte é ou não devedora e que o bem pode ser penhorado, porem todas deram negativas. Neste caso o negócio jurídico não é anulável.
Insolvência notória: o credor que não tomou as medidas necessárias e possíveis. Não cabe anulação. 
Fraude de credores x fraude à execução
A fraude contra credores ocorre quando o devedor é inadimplente. Na fraude à execução o devedor já foi executado judicialmente, nesse caso acarreta a nulidade absoluta onde a má fé é presumida.
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
NULIDADE
Conceito 
O ato jurídico nasce sem validade, nasce morto. Afeta os interesses públicos. 
Causas
Agente absolutamente incapaz
For ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto 
Quando não revestido de forma prescrita em lei 
O motivo determinante de ambas as partes, for ilícito;
*Quando a fraude foi comum a ambas as partes. Ocorre quando houver uma simulação absoluta, como por exemplo, divorcio simulado. 
Quando for preterida (deixada de lado) solenidade essencial 
Quando tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
Quando a lei taxativamente o declarar nulo ou proibir-lhe a pratica;
Simulação 
Simulação é uma declaração falsa, enganosa da vontade, visando aparentar negócio jurídico diverso do efetivamente desejado. É produto da vontade de ambas as partes, em comum acordo com o objetivo de enganar terceiros ou fraudar a lei. Acarreta na NULIDADE. 
3.1 Características da simulação: 
Negócio jurídico bilateral e unilateral: acordo entre duas partes para lesar terceiro ou fraudar a lei. 
Declaração deliberadamente desconforme com a intenção: as partes maliciosamente, disfarçam seu pensamento, apresentando sob aparência irreal ou fictícia.
É realizada com o intuito de enganar terceiros ou fraudar a lei. 
3.2 Espécies de simulação:
Simulação absoluta: as partes na realidade não realizam nenhum negócio, apenas fingem. Diz absoluta porque a declaração da vontade se destina a não produzir resultado, ou seja, deveria ela produzir um resultado, mas o agente não pretende resultado nenhum.
Simulação relativa: conjunto de dois ou mais atos que são isolados vistos como válidos, porém, quando agrupados percebe-se a simulação. Composto de 2 ou mais negócios jurídicos: um deles é simulado o outro dissimulado (oculto).
ANULIDADE
Conceito 
A parte que se sente prejudicada deve facultativamente promover a anulação do ato. Interesse privado. Anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoas relativamente incapazes sem assistência ou eivados de algum vicio do consentimento ou vicio social (defeitos do negócio jurídico). Efeito EX NUNC (produz efeitos até ser anulado em ação)
Causas
Incapacidade relativa do agente 
*Quando não apresenta assistência 
Por vicio resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores (defeitos do negócio jurídico);

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