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AULA 5 Espirometria

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V Etapa - Pneumo
Espirometria
É a “medida do respirar”, é feita durante inspirações lentas e expirações forçadas. É importante para diagnosticas os distúrbios ventilatórios.
Ela mede o volume do ar inspirado e expirado e seus fluxos respiratórios. Capacidade pulmonar total (CPT)é a quantidade de ar nos pulmões após inspiração máxima, a quantidade de ar que fica nos pulmões após expiração forçada é o volume residual (VR) e nenhum dos dois podem ser medidos na espirometria. O volume expirado em manobra forçada, de CPT até VR é a capacidade vital forçada (CVF).
Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória e é a medida de função pulmonar mais útil. Em uma curva fluxo-volume, mostra que o fluxo máximo é logo após o início da expiração e(próximo a CPT) e diminui a medida que se aproxima do VR.
 
O fluxo no início representa a parte esforço-dependente da curva e pordem ser aumentados por esforço do paciente, principalmente os primeiros 30%, depois disso o fluxo é máximo sem muito esforço (esforço-independente). CVF é o teste mais importante para a função pulmonar, porque em um indivíduo existe um limite de fluxo máximo independente do volume pulmonar. O fluxo máximo é muito sensível na maioria das doenças.
Um esforço sub-máximo é melhor avaliado na curva fluxo-volume do que na curva volume-tempo, enquanto este detecta melhor um fluxo constante e próximo ou igual a zero. Portanto a curva fluxo-volume avalia o início do exame, enquanto a curva volume-tempo avalia seu final. 
Mesmo após 50% (FEF50%)o fluxo seja esforço-independente, ele depende do volume pulmonar e tamanho das vias aéreas e por isso sua faixa normal é maior. O fluxo médio é aproximado por medidas na curva volume-tempo e é derivado de FEF25-75%.
VEF1 é mais esforço-independente e PFE é mais dependente, o que o torna bom indicador da colaboração do paciente.
Capacidade vital forçada (CVF) é feito expirando-se rápida e intensamente a partir de CPT e esse volume é lido no gráfico volume-tempo. Volume expiratório forçado (VEFt) é feito utilizando um intervalo de tempo do exame a partir de CVF, a detecção do início do teste é feita pela técnica de retroextrpolação (retoma-se o trecho mais vertical e passa-se uma reta sobre ele, no ponto de intersecção com as abscissas traça-se uma reta vertical que ao tocar o gráfico determina o volume extrapolado – este volume não deve ceder 5% da CVF ou 150ml – o maior) e deve ser sempre corrigido para BTPS.
É importante calcular VEFt/CVF = VEF% e não necessariamente são retirados da mesma manobra e quando CV for maior que CVF ela pode ser usada. FEF25-75% é medido a partir de CVF e para calculá-lo utiliza-se os pontos de 25 e 75% da CVF e traça-se uma linha entre os pontos, pode ser lido como a distância vertical entre os pontos e é calculado dividido pelo tempo requerido entre os dois pontos, ele é dependente de CVF, quando esta muda por BD ou por doença, o FEF25-75% também muda pela variação de volume.
A curva fluxo-volume é uma análise do fluxo durante a manobra de CVF, é geralmente registrado em L/s e o volume em L (BTPS).
Deve-se instruir o paciente que infecções respiratórias nas últimas 3 semanas podem alterar a função pulmonar ou causar hiperresponsividade brônquica dando a função de perda funcional acelerada; broncodilatadores de ação curta devem ser suspensos no mínimo 4 horas antes e de ação prolongada, 12 horas antes do teste se o objetivo for verificar obstrução reversível; não é necessário fazer jejum; não se deve ingerir café e chá nas últimas 6 horas (efeito BD); não utilizar cigarro pelo menos 2 horas antes (aumenta a resistência); álcool não deve ser ingerido nas últimas 4 horas, refeições volumosas devem ser evitadas 1 hora antes e o paciente deve repousar 5-10 minutos antes do teste.
Antes do teste faz-se as seguintes perguntas: você tosse ou pigarreia pela manhã? Você habitualmente elimina catarro? Seu peito chia com frequência? O chiado melhora com algum remédio? Você sente falta de ar? Já teve alguma doença pulmonar? Tem ou teve asma?Toma algum remédio para asma?Já fez alguma cirurgia do tórax? Já precisou respirar por aparelho? Avaliar outras doenças (cardíacas, sistêmicas, HIV), Já trabalhou em ambiente com poeira por um ano ou mais? Avaliar história com tabagismo, radiografias.
Obtém-se dados antropométricos como: estatura (maior influência na função pulmonar), envergadura, peso, BTPS (medidas de volume de gás expirado – com temperatura e pressão adequadas e saturado de vapor).
Fatores que afetam a função pulmonar são: sexo (corresponde a 30% da variação da função pulmonar), estatura, idade (valores máximos de CVF estão entre 20 e 25 anos e então começa a declinar após os 45-55 anos), raça (10-15% menores em negros), peso, altitude, técnica, estado de saúde, poluição ocupacional e ambiental, estado socioeconômico.
CVF é geralmente igual a CV ou ter uma diferença de no máximo 0,2L CVF maior significa falta de colaboração e é menor em distúrbios obstrutivos se a expiração forçada causar colapso das vias, também pode ser menor se houver tampões de muco e estreitamento bronquiolar, tumores. Indivíduos normais geralmente expiram CVF em 6 segundos, mas com obstrução pode chegar a 20 segundos ou mais. CV reduzida é comum em doenças restritivas e há uma redução proporcional de VEF1, é causada por aumento do colágeno, acúmulo de líquido intrapulmonar, tumores, derrames pleurais e doenças que afetam a mobilidade da parede, obesidade, gravidez (movimentação do diafragma).
Se houver dispneia e achados normais, verifica-se obesidade, doença neuromuscular, doença cardíaca. Obstrução é caracterizada por redução do fluxo e/ou aumento da resistência das vias. VEFt avalia principalmente distúrbios obstrutivos e pode estar secundariamente diminuído quando há diminuição de CVF.
Alterações de FEF 25-75% demonstram alteração histológica das vias aéreas periféricas. Mede o fluxo das vias de pequeno e médio calibre e diminuem com a idade, seu valor inferior é em torno de 60-65%, ele tem valor preditivo para óbito em DPOC.
PFE é um parâmetro esforço-dependente que reflete o calibre das vias proximais, avalia a colaboração do paciente.
Curva de fluxo-volume avalia reduções do fluxo ou volume, em indivíduos normais a linha para volume é reta ou pouco côncava, em indivíduos com obstrução leve o fluxo é diminuído em pequenos volumes e com evolução da obstrução a concavidade aumente.
Anormalidades funcionais surgem quando as vias alcançam valores menores que 8mm e VEF1 se altera quando o calibre é menor que 5mm. Comparação entre fluxo inspiratório e expiratório ajuda a localizar a obstrução, obstrução reduz em 50% ospadrões inspiratórios e expiratórios igualmente da CVF, quando a obstrução varia com a fase da inspiração também têm padrões característicos, em obstrução extratorárica o fluxo expiratório é normal e o inspiratório é reduzido, na intratorácida variável PFE é reduzido e fluxo expiratório é diminuído até que o local da obstrução muda para as vias mais periféricas.
Má colaboração pode simular obstrução alta. Em distúrbios restritivos a curva tem um aspecto íngreme (“dedo de luva”).
Oscilação de fluxo é uma sequência de acelerações e desacelerações de fluxo criando um padrão de dente de serra em qualquer parte da curva, é preciso haver pelo menos três oscilações. 
Em doenças neuromusculares, a fraqueza muscular resulta em fluxo retardado, no final da manobra a força é insuficiente para deformar a caixa torácica e o fluxo cai abruptamente a zero.
Adultos expiram 80% de CVF em 1 segundo, até 45 anos, 75% e idosos, 70% devido a mudanças elásticas no pulmão.
Distúrbio ventilatório restritivo (DR) = causa diminuição dos volumes pulmonares, pode ser causado por asbestose, silicose. Caracterizada por diminuição da CVF sem diminuição do fluxo. 
Distúrbio Ventilatório Inespecífico (DVI) = ocorre em casos tidos como restritivos, mas que não tem diminuição de CPT na espirometria,pode ser causado por obesidade, que é um fator confundidor. Seu laudo é feito se não houver dados para doença restritiva, suspeita clínica de asma ou DPOC, CV > 50%, CVF pós-BD reduzida, FEF25-75%/CVF < 105% do previsto, difusão normal (difusão diminuída trata-se de lesão intersticial).
Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) = pode estar nas pequenas ou grandes vias aéreas. Classificado na presença de VEF1/CVF e VEF1 reduzidos, redução em VEF1/CVF em sintomáticos, mesmo com VEF1 normal. FEF25-75% só é considerado após o diagnóstico e a gravidade da obstrução forem determinadas, elevação de TFEF25-75 em indivíduos sintomáticos indicam obstrução.
Distúrbio ventilatório misto ou combinado (DVC) e obstrutivo com CV(F) reduzida = DVO com redução de CVF com impossibilidade de se medir CPT. Os valores entre CVF e VEF1 tem diferença de mais de 25% pós-BD ele é caracterizado como DVO com CVF reduzida ou hiperinsuflação associada, se a diferença for menos ou igual a 12 pode-se caracterizar como distúrbio misto se houver critérios de aceitação (término da cursa espiratória e achados radiológicos para doença restritiva), se a diferença estiver entre 25 e 12 com VEF1/CVF ou FEF25-75/CVF reduzidos ou não forem preenchidos condições para caracterizar doença mista o laudo é de DVO com CVF reduzida. Com a medida de CPT o distúrbio é misto quando estiver abaixo do nível esperado para obstrução. DVC se deve a uma doença única (sarcoidose, TB, PCM, granuloma eosinofílico) ou a várias associadas (sequelas pleurais com asma/DPOC).
Para classificar a gravidade de um distúrbio ventilatório avalia-se o grau de dispneia, capacidade de exercício e prognóstico. 
VEF1 detecta resposta inicial ao BD e CVF, em toda a curva expiratória. BDs devem ser suspensos por no mínimo 4 horas para se realizar o teste corretamente, durante o exame oferece-se 4 jatos de 100 mcg de fenoterol ou salbutamol e mede-se a resposta após 15-20 minutos. Pode ser expressa em porcentagem em relação ao basal,, por diferença absoluta entre VEF1 pré e pós BD. A resposta ao BD se dá se houver um aumento de 0,2L em pacientes com obstrução do fluxo. Pode ser também expresso pela variação de VEF1 em relação ao previsto e é mais bem reprodutível, a resposta deve ser igual ou maior que 12%. VEF1 é o principal parâmetro para avaliar BD, mas tem baixa relação com o exercício e dispneia.
DVR Moderado: redução da CPT com VEF1/CVF ou FEF25-75/CVF normais ou elevados.
DVR Moderado com fluxos supranormais: VEF1/CVF acima de 110% ou FEF25-75/CVF acima de 150% associa-se a mau prognóstico por indicar aumento da retração elástica e bronquiectasia que reduz a resistência das vias.
No relatório final deve constar se o exame foi feito de forma reprodutível, os valores de referência utilizados.
Espirometria pode ser feita para diagnostico, controle da doença ou avaliação de incapacidade. Identificação de doença ou envolvimento pulmonar, classifica a doença, detecção da doença precoce.
É importante para detecção e controle da Asma, DPOC, doenças intersticiais difusas crônicas, investigação de dispneia. Monitora efeitos causados por exposição no trabalho.
Luara Goss Rodrigues - 821795

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