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TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA Thiago Marques Bastos – Assinatura: Universidade Santa Úrsula – Faculdade de engenharia mecânica – Campus Botafogo thiagombastos86@hotmail.com Disciplina: Desenho de máquinas Data: 07/11/2017 INTRODUÇÃO A montagem de peças depende da relação entre a dimensão real e os erros geométricos reais dos elementos a serem montados, tais como os furos de montagem em dois flanges e os respectivos parafusos de fixação. A folga mínima de montagem ocorre quando cada um dos elementos está na dimensão de máximo material (isto é, maior parafuso menor furo) e quando seus erros geométricos (isto é, os erros de posição) estão no seu máximo. A folga de montagem cresce para o máximo quando as dimensões reais dos elementos de montagem estão mais afastadas das suas dimensões de máximo material (isto é, menor eixo e maior furo) e quando os erros geométricos (isto é, erros de posição) são zero. Assim tem-se que, se as dimensões reais de um elemento de montagem não atingirem a dimensão de máximo material, a tolerância geométrica indicada pode ser aumentada sem comprometer a montagem da outra parte. Isto é chamado "Princípio de Máximo Material" e é indicado em desenho pelo símbolo. As figuras nesta Norma são somente ilustrações para auxiliar o usuário no entendimento da condição de máximo material. Em alguns exemplos, as figuras mostram detalhes adicionais para ênfase; em outros exemplos, as figuras foram deixadas incompletas deliberadamente. Valores numéricos de dimensões e tolerâncias foram dadas somente como ilustração. Para simplificar, os exemplos são limitados a cilindros e planos. OBJETIVO Este trabalho define e descreve o princípio de máximo material e especifica sua aplicação. A utilização do princípio de máximo material facilita a fabricação sem prejuízo da intercambiabilidade onde há uma dependência mútua de dimensão e geometria. TOLERÂNCIA DIMENSIONAL É muito difícil executar peças com as medidas rigorosamente exatas porque todo processo de fabricação está sujeito a imprecisões. Sempre acontecem variações ou desvios das cotas indicadas no desenho. Entretanto, é necessário que peças semelhantes, tomadas ao acaso, sejam intercambiáveis, isto é, possam ser substituídas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes. A prática tem demonstrado que as medidas das peças podem variar, dentro de certos limites, para mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitáveis nas medidas das peças caracterizam o que chamamos de tolerância dimensional. Neste exemplo, a dimensão nominal do diâmetro do pino é 20 mm. Os afastamentos são: + 0,28 mm (vinte e oito centésimos de milímetro) e + 0,18 mm (dezoito centésimos de milímetro). O sinal + (mais) indica que os afastamentos são positivos, isto é, que as variações da dimensão nominal são para valores maiores. O afastamento de maior valor (0,28 mm, no exemplo) é chamado de afastamento superior; o de menor valor (0,18 mm) é chamado de afastamento inferior. Tanto um quanto outro indicam os limites máximo e mínimo da dimensão real da peça. Somando o afastamento superior à dimensão nominal obtemos a dimensão máxima, isto é, a maior medida aceitável da cota depois de executada a peça. Então, no exemplo dado, a dimensão máxima do diâmetro corresponde a: 20 mm + 0,28 mm = 20,28 mm. Somando o afastamento inferior à dimensão nominal obtemos a dimensão mínima, isto é, a menor medida que a cota pode ter depois de fabricada. No mesmo exemplo, a dimensão mínima é igual a 20 mm + 0,18 mm, ou seja, 20,18 mm. Assim, os valores: 20,28 mm e 20,18 mm correspondem aos limites máximos e mínimos da dimensão do diâmetro da peça. Depois de executado, o diâmetro da peça pode ter qualquer valor dentro desses dois limites. A dimensão encontrada, depois de executada a peça, é a dimensão efetiva ou real; ela deve estar dentro dos limites da dimensão máxima e da dimensão mínima. TIPO DE TOLERÂNCIA 4.1) Retilineidade em um paralelepípedo É a condição pela qual cada linha deve estar limitada dentro do valor de tolerância especificada. – Se o valor da tolerância (t) for precedido pelo símbolo ∅, o campo de tolerância será limitado por um cilindro “t”, conforme figura. 4.2) Planeza É a condição pela qual toda superfície deve estar limitada pela zona de tolerância “t”, compreendida entre dois planos paralelos, distantes de “t”. • Tolerância dimensional e planeza - Quando, no desenho do produto, não se especifica a tolerância de planeza, admite-se que ela possa variar, desde que não ultrapasse a tolerância dimensional. – As tolerâncias admissíveis de planeza mais aceitas são: – Torneamento: 0,01 a 0,03mm – Fresamento: 0,02 a 0,05mm – Retífica: 0,005 a 0,01mm 4.3) Circularidade Qualquer círculo deve estar dentro de uma faixa definida por dois círculos concêntricos, distantes no valor da tolerância especificada. – O campo de tolerância em qualquer seção transversal é limitado por dois círculos concêntricos e distantes 0,5mm. – Normalmente, não será necessário especificar tolerâncias de circularidade. Caso típico de cilindros dos motores de combustão interna - dimensional (H11), tolerância de circularidade tem de ser estreita, para evitar vazamentos. » Métodos de medição: entre centros - peças sem centros prisma em “V” e um relógio comparador • Valores de circularidade: – Torneamento: até 0,01mm – Mandrilamento: 0,01 a 0,015mm – Retificação: 0,005 a 0,015mm CIRCULARIDADE • Cilindricidade – É a condição pela qual a zona de tolerância especificada é a distância radial entre dois cilindros coaxiais. – A superfície considerada deve estar compreendida entre dois cilindros coaxiais, cujos raios diferem 0,2mm. – A circularidade é um caso particular de cilindricidade, quando se considera uma seção do cilindro perpendicular à sua geratriz. � PAGE \* MERGEFORMAT �1�
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