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Glicocorticóides

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
CURSO: FARMÁCIA
DOCENTE: PROFª DR. MARIANA BOTURA
DISCENTES: SARA LIMA, TALITA NASCIMENTO E THAISE LOPES
GLICOCORTICÓIDES
Feira de Santana- BA
2017
Glicocorticóides
	Os glicocorticóides são hormônios esteróides, sintetizados no córtex da glândula adrenal, que afetam o metabolismo dos carboidratos e reduzem a resposta inflamatória (GOODMAN & GILMAN, 2003). 
Glicocorticóides
	São sintetizados a partir do colesterol e produzidos na zona fasciculada da suprarenal sob controle do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). A síntese de mineralocorticóides ocorre na zona glomerulosa por estímulo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), hipovolemia e hipercalemia. (ROMANHOLI et al, 2007, p. 1281).
Glicocorticóides
GC Endógenos:
 - Glicorticóides ( ex: cortisol) e Mineralocorticóides
GC Exógenos – Fármacos:
- Hidrocortisona, Acetato de cortisona;
- Prednisona, Prednisolona, Metilprednisolona;
- Triancinolona;
- Dexametasona;
- Betametasona (inalatório).
Revisão terapêutica
Principal glicocorticóide endógeno: cortisol;
Necessário para a manutenção da vida;
Síntese e secreção estritamente reguladas;
Regulação do metabolismo intermediário
Alguns aspectos da função do SNC
Resposta ao estresse
Imunidade
Mecanismo de Ação
Mecanismo de Ação
Farmacocinética
Absorção rápida e fácil pelo TGI
Absorção lenta pela pele;
Metabolismo hepático;
Excreção renal;
Redução da dupla ligação na posição 4-5
Redução do grupo cetona na posição 3
Hidroxilação na posição 6
O emprego dos glicocorticóides na terapêutica deve-se principalmente ao fato destes apresentarem poderosos efeitos antinflamatórios e imunossupressores. Eles inibem manifestações tanto iniciais quanto tardias da inflamação, isto é, não apenas a vermelhidão, o calor, a dor e o edema iniciais, mas também os estágios posteriores de cicatrização e reparo de feridas e reações proliferativas observadas na inflamação crônica (BAVARESCO, 2005).
Indicações
Indicações
Insuficiência adrenocortical (terapia de reposição) 
Doenças inflamatórias
 Asma 
Rinite alérgica 
Dermatite atópica 
Artrite reumatoide
Doença inflamatória intestinal 
Transplantes de órgãos 
Aceleração da maturação pulmonar
Interações medicamentosas
Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental;
Podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro.
Interações medicamentosas
Reações adversas
Ao lado de esperados benefícios, há risco de potenciais efeitos adversos, nos quais o mesmo mecanismo de ação dos glicocorticoides é responsável pela cura e, também, pelos efeitos colaterais que surgem por uso indevido. Esses efeitos são observados em uma variedade de tecidos orgânicos, na dependência de doses empregadas e, sobretudo, de duração do tratamento (ANTONOW, 2007).
Reações adversas
Oftálmicas: aumento da pressão intraocular, glaucoma, infecções bacterianas e fúngicas.
Sistema nervoso central: distúrbios do comportamento e psíquicos (insônia, nervosismo, euforia).
Hematológicas: neutrofilia, linfopenia, eosinopenia e monocitopenia; púrpuras.
Gastrintestinais: úlcera pépticas, pancreatite, hepatomegalia, aumento do apetite. 
Reações adversas
Músculo–esquelético: miopatia, osteoporose, fraturas, necrose asséptica do osso.
Cardiovasculares: hipertensão (mais comum), infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral. 
 Alterações na distribuição da gordura e pele: aspecto “cushingóide”, acne, atrofia de pele (uso de corticóides tópicos).
Suscetibilidade a infecções
Metabólicas: retenção de sódio e edema, alcalose hipocalêmica, hipocalcemia, hiperlipidemia.
Reações adversas
Síndrome de Cushing
Sinal típico da toxicidade pelos corticoides;
Doença que ocorre devido à elevada quantidade de cortisol no sangue.
 
Tratamento dos efeitos tóxicos
O uso terapêutico de corticosteroides resulta em duas categorias de efeitos tóxicos: os que resultam da interrupção da terapia com esteroides e aqueles que decorrem do uso contínuo em doses suprafisiológicas;
Lavagem gástrica;
Manter o adequado consumo de líquidos e monitorar os eletrólitos no soro e urina, e utilizar algumas medidas para tratar o desequilíbrio eletrolítico.
Tratamento dos efeitos tóxicos
Considerações Finais
	Portanto, apesar das diferentes discussões ainda existentes em relação a indicações, tempo de uso, dose e tipo de glicocorticoide a ser empregado, não há dúvida de que são fármacos de extrema importância na prática clínica e que o conhecimento de sua farmacologia clínica, de suas indicações e de seus efeitos indesejáveis pode nortear seu uso racional correto.
Referências
ANTONOW, D. R. et al. Glicocorticoides: uma meta-análise. Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 8, n. 1, 2007.
ANTI , Sônia Maria Alvarenga; GIORGI , Rina Dalva Neubarth; CHAHADE, Wiliam Habib. Antiinflamatórios hormonais: glicocorticóides. Einstein, São Paulo, supl. 1 2008. Disponível em: < http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/923-Einstein%20Suplemento%20v6n1%20pS159-165.pdf. Acesso em: 26 de nov. 2017. 
BAVARESCO, L. et al. Glicocorticoides: usos clássicos e emprego no tratamento do câncer. Infarma, Brasilia, v. 17, n. 7/9, 2005.
GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica.10.ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2003. 
 
RANG & DALE, et al. Farmacologia. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 
ROMANHOLI, J. P. C. D, SALGADO, L. R. Síndrome de Cushing Exógena e Retirada de Glicocorticóides. Arq Bras Endocrinol Metab. v.51, n.8, 2007. p.1280-1292.
KATZUNG BG. Farmacologia Básica e Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
ZANINI AC, OGAS. Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas. São Paulo: Atheneu, 2002.

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