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GEOMETRIA ANALÍTICA EQUAÇÕES DA RETA - Equação vetorial da reta. - Equações paramétricas da reta. - Equações simétricas da reta. - Equações reduzidas da reta ESTUDO DA RETA EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA Considerando um ponto 𝐴(𝑥1, 𝑦1, 𝑧1) e um vetor não nulo 𝑣 =(a, b, c). Só existe uma reta “r” que passa Por A e tem a direção de 𝑣 . Um ponto P(x, y, z )pertence a r Se, e somente se, o vetor 𝐴𝑃 for Paralelo a 𝑣. (figura 5.1). EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA 𝐴𝑃 = t 𝑣 com t real (1) 𝑃 − 𝐴 = t 𝑣 𝑃 = A + t 𝑣 (2) ou em coordenadas: 𝑃 = A + t 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥1, 𝑦1, 𝑧1 + 𝑡(𝑎, 𝑏, 𝑐) EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA As equações acima ou (1) ou (2) São consideradas equações vetoriais da reta “r”. - O vetor 𝒗 é chamado vetor diretor da reta r - E “t” é denominado parâmetro. EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA Exemplo 1: Qual a equação vetorial da reta r que passa pelo ponto A(1, -1, 4) e tem a direção do vetor 𝒗 = (𝟐, 𝟑, 𝟐) ? 𝑃 = A + t 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥1, 𝑦1, 𝑧1 + 𝑡(𝑎, 𝑏, 𝑐) 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 1,−1, 4 + 𝑡(2, 3, 2) ⇒ ⇒ equação vetorial Onde (x, y, z) representa um ponto qualquer da reta r. EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA OBS 1: 𝑃 = A + t .𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 1,−1, 4 + 𝑡(2, 3, 2) Para obtermos pontos de r, basta atribuir valores a t. Para t=1 temos: 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 1,−1, 4 + 1 2, 3, 2 = 𝑃1(3, 2, 6) Para t=2 temos: 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 1,−1, 4 + 2 2, 3, 2 = 𝑃2 5, 5, 8 Para t=3 temos: 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 1,−1, 4 + 3 2, 3, 2 = 𝑃3 7,8, 10 Para t=0 temos: 𝒙, 𝒚, 𝒛 = 1,−1, 4 + 0 2, 3, 2 = 𝐴(1,−1, 4) EQUAÇÃO VETORIAL DA RETA OBS 2: --Para cada real t corresponde um ponto P Є r. A reciproca é verdadeira, isto é, a cada ponto P Є r correspon- de um número real t . Por exemplo: O ponto (5, 5, 8) pertence à reta logo 5, 5, 8 = 1,−1, 4 + 𝑡(2, 3, 2) 5, 5, 8 − 1,−1, 4 = 𝑡(2, 3, 2) 4, 6, 4 = 𝑡(2, 3, 2) portanto t = 2 OBS 3: A equação 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 1,−1, 4 + 𝑡(2, 3, 2) não é a única equação vetorial de r. Existem infinitas equações, pois basta tomar outro ponto de r (em vez de A) ou outro vetor não nulo que seja múltiplo de 𝑣 . Por exemplo: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 1,−1, 4 + 𝑡(4, 6, 4) EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Da equação vetorial da reta abaixo: 𝑃 = A + t 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥1, 𝑦1, 𝑧1 + 𝑡(𝑎, 𝑏, 𝑐) Temos: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥1 + 𝑎𝑡, 𝑦1+𝑏𝑡, 𝑧1 + 𝑐𝑡 Pela condição de igualdade temos: 𝑥 = 𝑥1 + 𝑎 . 𝑡 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏 . 𝑡 𝑧 = 𝑧1 + 𝑐 . 𝑡 ⇒⇒ Equações paramétricas da reta r Exemplo 1: Quais as equações paramétricas da reta r que passa pelo ponto A(3, -4, 2) e é paralela ao vetor v = (2, 1, −3) ? 𝑥 = 𝑥1 + 𝑎𝑡 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏𝑡 𝑧 = 𝑧1 + 𝑐𝑡 ou 𝑥 = 3 + 2𝑡 𝑦 = −4 + 𝑡 𝑧 = 2 − 3𝑡 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo 2: Dado o ponto A(2, 3, -4) e o vetor v = (1,−2, 3), pede-se: a)Escrever as equações paramétricas da reta r que passa por A e tem a direção de v. 𝑥 = 𝑥1 + 𝑎𝑡 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏𝑡 𝑧 = 𝑧1 + 𝑐𝑡 ou 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = 3 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 b) Encontrar os dois pontos B e C de r de parâmetros t=1 e t=4, respectivamente: Para t=1 temos 𝑥 = 2 + (1) 𝑦 = 3 − 2(1) 𝑧 = −4 + 3(1) assim B(3, 1, -1) Є r. Para t=4 temos 𝑥 = 2 + (4) 𝑦 = 3 − 2(4) 𝑧 = −4 + 3(4) assim C(6,-5, 8) Є r. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo 2: Dado o ponto A(2, 3, -4) e o vetor v = (1,−2, 3), pede-se: c)Determinar o ponto de r cuja abscissa é 4. Para x = 4 temos: 4 = 2 + 𝑡 então t = 2. Assim: r: 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = 3 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 logo 𝑦 = 3 − 2 2 = −1 𝑧 = −4 + 3 2 = 2 Portanto o ponto cuja abscissa é 4 é: (4, -1, 2) d) Verificar se os pontos D(4, -1, 2) e E(5, -4, 3) pertencem a reta r. r: 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = 3 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 -- para o ponto D temos 4 = 2 + 𝑡 −1 = 3 − 2𝑡 2 = −4 + 3𝑡 assim t=2 em todas as equações portanto D Є r. -- para o ponto E temos 5 = 2 + 𝑡 −4 = 3 − 2𝑡 3 = −4 + 3𝑡 não achamos um mesmo valor de t, logo E não pertence a reta r. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo 2: Dado o ponto A(2, 3, -4) e o vetor v = (1,−2, 3), pede-se: e)Determinar para que valores de m e n o ponto F(m, 5, n) pertence a r Assim: r: 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = 3 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 logo 𝑚 = 2 + 𝑡 5 = 3 − 2𝑡 𝑛 = −4 + 3𝑡 Da equação 5 = 3 − 2𝑡 temos t = -1 portanto : --- 𝑚 = 2 + (-1) logo m=1 --- 𝑛 = −4 + 3(-1) logo n = -7 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo 2: Dado o ponto A(2, 3, -4) e o vetor v = (1,−2, 3), pede-se: f) Escrever outros dois tipos de equações paramétricas de r: -- para B(3, 1, -1) Є r item b) e o vetor diretor 2v = 2(1, -2, 3)=(2, -4, 6) temos r: 𝑥 = 3 + 2𝑡 𝑦 = 1 − 4𝑡 𝑧 = −1 + 6𝑡 -- para C(6, -5, 8) Є r item b) e o vetor diretor −v = -(1, -2, 3)=(-1, 2,-3) temos r: 𝑥 = 6 − 𝑡 𝑦 = −5 + 2𝑡 𝑧 = 8 − 3𝑡 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA Exemplo 2: Dado o ponto A(2, 3, -4) e o vetor v = (1,−2, 3), pede-se: g) Escrever equações paramétricas da reta s que passa por G(5, 2, -4) e é paralela a reta r. sabemos que r: 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = 3 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 , assim temos s: 𝑥 = 5 + 𝑡 𝑦 = 2 − 2𝑡 𝑧 = −4 + 3𝑡 h) Escrever equações paramétricas da reta t que passa por A e é paralela ao eixo dos y. --como a reta t é paralela ao eixo dos y um dos seus vetores diretores é 𝑗 = 0, 1, 0 . -- então temos: 𝑥 = 2 + 0. 𝑡 𝑦 = 3 + 1. 𝑡 𝑧 = −4 + 0. 𝑡 ou seja 𝑥 = 2 𝑦 = 3 + 𝑡 𝑧 = −4 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DA RETA RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS A reta definida por dois pontos A e B é a reta que passa por A (ou B) e tem a direção do vetor v = AB . EXEMPLO: Escrever equações paramétricas da reta r que passa por A(3, -1, -2) e B(1, 2, 4). SOLUÇÃO: Escolhendo o ponto A e o vetor v = AB = 𝐵 − 𝐴 = −2, 3, 6 temos r: 𝑥 = 3 − 2𝑡 𝑦 = −1 + 3𝑡 𝑧 = −2 + 6𝑡 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DE UM SEGMENTO DE RETA Consideremos a reta r do exemplo anterior e nela o segmento AB (origem em A e extremidade em B) figura 5.3 r: 𝑥 = 3 − 2𝑡 𝑦 = −1 + 3𝑡 𝑧 = −2 + 6𝑡 As equações paramétricas do segmento AB são as mesmas da reta r, porém, com 0 ≤ t ≤ 1, isto é, AB: 𝑥 = 3 − 2𝑡 𝑦 = −1 + 3𝑡 𝑧 = −2 + 6𝑡 com t Є [ 0, 1] Observemos que: -- para t=0, obtém-se o ponto A -- para t=1, obtém-se o ponto B -- para t entre 0 e 1, obtém-se os pontos entre A e B. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DE UM SEGMENTO DE RETA Se considerássemos o segmento BA, A(3, -1, -2)e B(1, 2, 4). a fim de manter o mesmo intervalo de variação de t, para ponto tomaríamos o B, e para vetor diretor: B𝐴 = 𝐴 − 𝐵 = 2,−3,−6 então: BA: 𝑥 = 1 + 2𝑡 𝑦 = 2 − 3𝑡 𝑧 = 4 − 6𝑡 com t Є [ 0, 1] Notemos que as equações vetoriais dos segmentos AB e BA com 0 ≤ t ≤ 1 , são: P = A + t.(B - A) e P = B + t.(A - B) Respectivamente, onde P(x, y, z) representa um ponto qualquer do segmento. EQUAÇÕES SIMÉTRICAS DA RETA Das equações paramétricas abaixo:r: 𝑥 = 𝑥1 + 𝑎𝑡 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏𝑡 𝑧 = 𝑧1 + 𝑐𝑡 --- 𝑥 = 𝑥1 + 𝑎𝑡 𝑦 = 𝑦1 + 𝑏𝑡 𝑧 = 𝑧1 + 𝑐𝑡 Supondo a, b, c ≠ 0, vem: 𝑡 = 𝑥−𝑥1 𝑎 𝑡 = 𝑦−𝑦1 𝑏 𝑡 = 𝑧−𝑧1 𝑐 Como para cada ponto valor do t é o mesmo, temos: 𝑥−𝑥1 𝑎 = 𝑦−𝑦1 𝑏 = 𝑧−𝑧1 𝑐 equações simétricas estas equações são as equações simétricas da reta que passa pelo ponto 𝐴(𝑥1, 𝑦1, 𝑧1) e tem a direção do vetor não nulo 𝑣 =(a, b, c). ⇒⇒ EQUAÇÕES SIMÉTRICAS DA RETA EXEMPLO: Escrever as equações simétricas da reta r que passa por A(3, 0, -5) e tem direção do vetor v = 2, 2, −1 𝑥−𝑥1 𝑎 = 𝑦−𝑦1 𝑏 = 𝑧−𝑧1 𝑐 isto é : 𝑥−3 2 = 𝑦 2 = 𝑧+5 −1 Se desejarmos obter outros pontos da reta, basta atribuir um valor qualquer a uma das variáveis. Por exemplo, para x = 5, temos: 5−3 2 = 1 = 𝑦 2 = 𝑧+5 −1 logo temos: y = 2 e z = -6. Assim o ponto (5, 2, -6) pertence a reta. EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA Seja a reta r definida pelo ponto A(2, -4, -3) e pelo vetor diretor v = 1, 2, −3 e expressa pelas equações simétricas abaixo: 𝑥−𝑥1 𝑎 = 𝑦−𝑦1 𝑏 = 𝑧−𝑧1 𝑐 isto é r: 𝑥−2 1 = 𝑦+4 2 = 𝑧+3 −3 A partir destas equações pode-se expressar duas variáveis em função da terceira. Isolando, principalmente, as variáveis y e z e expressando-as em função de x, obtendo assim: 𝑥−2 1 = 𝑦+4 2 𝑥−2 1 = 𝑧+3 −3 2(x - 2) = 1(y + 4) -3(x – 2) = 1(z +3) 2x – 4 = y + 4 -3x + 6 = z + 3 y = 2x – 8 z = -3x +3 EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA y = 2x – 8 z = -3x +3 Ou seja : y = 2x – 8 z = −3x +3 ⇒⇒ equações reduzidas Estas duas equações são as equações reduzidas da reta r, na variável x. OBS: a) E fácil perceber que todo ponto P Є r é do tipo P(x, 2x – 8, -3x + 3) onde x pode assumir um valor qualquer . Por exemplo se x = 3 tem-se P(3, -2, -6) Є r . EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA r: 𝑥−2 1 = 𝑦+4 2 = 𝑧+3 −3 OBS: b) Com procedimento idêntico ao anterior a partir da equação acima, pode-se obter as equações: x = 1/2 y + 4 z = −3/2 y − 9 ⇒⇒(equações reduzidas na variável y) x = −1/3 z + 1 y = −2/3 z − 6 ⇒⇒(equações reduzidas na variável z) EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA A partir das equações paramétricas abaixo: r: 𝑥 = 2 + 𝑡 𝑦 = −4 + 2𝑡 𝑧 = −3 − 3𝑡 OBS: c) Para obtermos as equações reduzidas basta isolar o parâmetro t conforme a necessidade da equação procurada, ou seja, para equações reduzidas em função da variável x temos: x − 2 = t y = 2x – 8 z = −3x +3 (equações reduzidas na variável x) EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA A partir das equações reduzidas abaixo: y = 2x – 8 z = −3x +3 OBS: d) Para obtermos um vetor diretor podemos determinar dois pontos A e B da reta e posteriormente encontrar o vetor diretor AB = 𝐵 − 𝐴. Exemplo: -Para x = 0, obtém-se o ponto A(0, -8, 3). -Para x = 1, obtém-se o ponto B(1, -6, 0). Logo, AB = 𝐵 − 𝐴 = (1, 2, −3) é um vetor diretor de r. EQUAÇÕES REDUZIDAS DA RETA A partir das equações simétricas abaixo: 𝑥 1 = 𝑦 + 8 2 = 𝑧 − 3 −3 OBS: e) Para obtermos um vetor diretor podemos determinar diretamente fazendo a leitura dos denominadores, isto é, o vetor diretor é (1, 2, -3). RETAS PARALELAS AOS PLANOS COORDENADOS Uma reta é paralela a um dos planos xoy, xoz ou yoz se seus vetores diretores forem paralelos ao correspondente plano. Neste caso, uma das componentes do vetor diretor é nula. A figura mostra r (r // xoy) que passa pelo ponto A(-1, 2, 4) e tem vetor diretor v = 2, 3, 0 . Um sistema de equações paramétricas de r é: r: 𝑥 = −1 + 2𝑡 𝑦 = 2 + 3𝑡 𝑧 = 4 RETAS PARALELAS AOS PLANOS COORDENADOS OBS: Como todos os pontos de r são do tipo (x, y, 4), isto é, são pontos de cota 4, todos eles distam 4 unidades do plano xoy e por isso r // xoy. Por outro lado, sendo A(𝑥1, 𝑦1, 4) e B(𝑥2, 𝑦2, 4) pontos distintos de r O vetor diretor: AB (𝑥2 − 𝑥1, 𝑦2 − 𝑦1, 0) sempre terá a terceira componente nula. Do mesmo modo fariamos para Uma reta paralela aos outros Dois planos. RETAS PARALELAS AOS PLANOS COORDENADOS OUTRO EXEMPLO: A figura mostra a reta r que passa pelo ponto A(1, 5, 3) E é paralela ao vetor 𝑣 = (−1, 0, 2) e portanto temos: r: 𝑥 = 1 − 𝑡 𝑦 = 5 𝑧 = 3 + 2𝑡 RETAS PARALELAS AOS EIXOS COORDENADOS Uma reta é paralela a um dos eixos Ox, Oy ou Oz se seus vetores diretores forem paralelos a 𝑖 = (1, 0, 0) a 𝑗 = (0, 1, 0) ou a 𝐾 = (0, 0, 1). Neste caso, duas das componentes do vetor são nulas. EXEMPLO: Seja a reta que passa por A(2, 3, 4) e tem a direção do vetor 𝑣 = (0, 0, 3). r: 𝑥 = 2 𝑦 = 3 𝑧 = 4 + 3𝑡 RETAS PARALELAS AOS EIXOS COORDENADOS OBS: Para o caso particular da reta ser paralela a um eixo coordenado, costuma-se fazer uma simplificação, expressando as equações só pelas constantes, isto é, para o caso anterior temos: EXEMPLO: Seja a reta que passa por A(2, 3, 4) e tem a direção do vetor 𝑣 = (0, 0, 3). r: 𝑥 = 2 𝑦 = 3 𝑧 = 4 + 3𝑡 r: 𝑥 = 2 𝑦 = 3 Entende-se que Z é uma variável livre assume valores reais Os pontos de r são do tipo (2, 3, z) RETAS PARALELAS AOS EIXOS COORDENADOS EXEMPLOS: As figuras abaixo mostram dois casos de retas paralelas aos eixos Oy e Ox respectivamente, cujas equações de forma simplificadas são: r: 𝑥 = 𝑥1 𝑧 = 𝑧1 r: 𝑦 = 𝑦1 𝑧 = 𝑧1 RETAS PARALELAS AOS EIXOS COORDENADOS OBS: Os eixos Ox, Oy e Oz são retas particulares. Todas passam pela origem O(0, 0, 0) e têm a direção de 𝑖 , 𝑗 e 𝑘, respectivamente. Logo suas equações são: Ox: 𝑦 = 0 𝑧 = 0 Oy: 𝑥 = 0 𝑧 = 0 Oz: 𝑥 = 0 𝑦 = 0 ÂNGULO DE DUAS RETAS Sejam as retas 𝑟1 e 𝑟2 com as direções 𝑣 1e 𝑣 2, respectivamente figura abaixo. Chama-se ângulo de duas retas 𝑟1 e 𝑟2 o menor ângulo de um vetor diretor de 𝑟1e de um vetor diretor de 𝑟2. Logo sendo θ este ângulo, tem-se: cos θ = |𝑣1 . 𝑣2| 𝑣1 . |𝑣2| , com 0 ≤ θ ≤ 𝜋 2 ÂNGULO DE DUAS RETAS EXEMPLO 1: Calcular o ângulo entre as retas 𝑟1 e 𝑟2 abaixo: e SOLUÇÃO: Os vetores que definem as direções das retas 𝑟1 e 𝑟2 são respectivamente 𝑣 1 = (1, 1, −2) e 𝑣 2 = (−2, 1, 1). Pela fórmula abaixo temos: cos θ = |𝑣1 . 𝑣2| 𝑣1 . |𝑣2| = | 1,1,2 . −2,1,1 | 12+12+(−2)2 . (−2)2+12+12 cos θ = |−2+1−2| 1+1+4 . 4+1+1 = |−3| 6 . 6 = 3 6 = 1 2 logo: θ = arc cos ( 1 2 ) = 𝜋 3 = 60° 𝑟1: 𝑥 = 3 + 𝑡 𝑦 = 𝑡 𝑧 = −1 − 2𝑡 𝑟2: 𝑥+2 −2 =𝑦−3 1 = 𝑧 1 RETAS ORTOGONAIS Sejam as retas 𝑟1, 𝑟2 e r com as direções de 𝑣 1, 𝑣 2 e 𝑣 3 respectivamente conforme a figura abaixo. Então: 𝑟1 ⊥ r ⟺ 𝑣 1. 𝑣 3 = 0 𝑟2 ⊥ r ⟺ 𝑣 2 . 𝑣 3 = 0 OBS: Duas retas ortogonais podem ser concorrentes ou não . Na figura acima, as retas 𝑟1 e 𝑟2 são ortogonais a r. Porém, 𝑟2 e r são concorrentes, logo: perpendiculares. RETAS ORTOGONAIS EXEMPLO: As retas dadas abaixo: 𝑟1: 𝑦 = −2𝑥 + 1 𝑧 = 4𝑥 𝑒 𝑟2 : 𝑥 = 3 − 2𝑡 𝑦 = 4 + 𝑡 𝑧 = 𝑡 São ortogonais pois: Para x=0 temos (0, 1, 0) Para x=1 temos (1, -1, 4) Então: 𝑣 1 = (1,−2, 4) e 𝑣 2 = (−2, 1, 1) Assim 𝑣 1 . 𝑣 2 = 1. −2 + −2 . 1 + 4 . 1 = 0 RETA ORTOGONAL A DUAS RETAS Sejam as retas 𝑟1 e 𝑟2 não paralelas, com as direções de 𝑣 1 e 𝑣 2, respectivamente. Toda reta r ao mesmo tempo ortogonal a 𝑟1 e 𝑟2 terá a direção de um vetor 𝑣 tal que: 𝑣 . 𝑣 1 = 0 𝑣 . 𝑣 2 = 0 Em vez de tomarmos um vetor 𝑣 ≠ 0 como uma solução do sistema acima poderíamos utilizar o produto vetorial, isto é: 𝑣 = 𝑣 1 𝑥 𝑣 2 Definindo um vetor diretor, a reta r estará determinada quando for conhecido um de seus pontos. RETA ORTOGONAL A DUAS RETAS EXEMPLO: Determinar as equações paramétricas da reta r que passa pelo ponto A(3, 4, -1) e é ortogonal às retas: 𝑟1: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 0, 0, 1 + 𝑡(2, 3,−4) e 𝑟2: 𝑥 = 5 𝑦 = 𝑡 𝑧 = 1 − 𝑡 SOLUÇÃO: As direções de 𝑟1 e 𝑟2 são definidas pelos vetores 𝑣 1 = (2, 3, −4) e 𝑣 2 = (0, 1,−1). Então a reta r tem a direção do vetor resultante do produto vetorial abaixo. 𝑣 1 𝑥 𝑣 2 = 𝑖 𝑗 𝑘 2 3 −4 0 1 −1 = 1, 2, 2 assim r: 𝑥 = 3 + 𝑡 𝑦 = 4 + 2𝑡 𝑧 = −1 + 2𝑡 INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS EXEMPLO 1: Verificar se as retas 𝑟1 𝑒 𝑟2 são concorrentes e, em caso afirmativo, determinar o ponto de intersecção. 𝑟1: 𝑥 = 3 + ℎ 𝑦 = 1 + 2ℎ 𝑧 = 2 − ℎ e 𝑟2: 𝑥 = 5 + 3𝑡 𝑦 = −3 − 2𝑡 𝑧 = 4 + 𝑡 SOLUÇÃO: Se as equações são concorrentes têm um ponto em comum, assim: 3 + ℎ = 5 + 3𝑡 1 + 2ℎ = −3 − 2𝑡 2 − ℎ = 4 + 𝑡 ou ℎ − 3𝑡 = 2 2ℎ + 2𝑡 = −4 −ℎ − 𝑡 = 2 Sistema cuja solução é h = -1 e t = -1, assim substituindo h = -1 nas equações de 𝑟1, obtém-se o ponto I(2, -1, 3) (ponto de intersecção de 𝑟1 𝑒 𝑟2). INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS EXEMPLO 2: Verificar se as retas 𝑟1 𝑒 𝑟2 são concorrentes e, em caso afirmativo, determinar o ponto de intersecção. 𝑟1: 𝑦 = 2𝑥 − 3 𝑧 = −𝑥 e 𝑟2: 𝑥 = −𝑡 𝑦 = 4 − 𝑡 𝑧 = 2 + 2𝑡 SOLUÇÃO: Substituindo x, y e z das equações de 𝑟2 nas equações de 𝑟1 , resulta no sistema : 4 − 𝑡 = −2𝑡 − 3 2 + 2𝑡 = 𝑡 Da primeira equação obtemos t = -7 e da segunda t = -2 Logo o sistema não tem solução . As retas 𝑟1 𝑒 𝑟2 não são concorrentes. INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS EXEMPLO 3: Verificar se as retas 𝑟1 𝑒 𝑟2 são concorrentes e, em caso afirmativo, determinar o ponto de intersecção. 𝑟1: 𝑦 = −3𝑥 + 2 𝑧 = 2𝑥 − 5 e 𝑟2: 𝑥+2 2 = 𝑦−1 −6 = 𝑧 4 SOLUÇÃO: Observando que 𝑣 1 = (1,−3, 2) e 𝑣 2 = (2,−6, 4) são vetores diretores de 𝑟1 𝑒 𝑟2 , respectivamente, e que 𝑣 2 = 2. 𝑣 1. Conclui-se que as retas são paralelas e não coincidentes (basta ver que o ponto A(0, 2, -5) ∈ 𝑟1 e ∉ 𝑟2. Logo as equações não possuem ponto de intersecção. INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS OBS: --Se duas retas, como no exemplo 1, se interceptam, elas são coplanares, isto é, estão situadas no mesmo plano --Também são coplanares as retas paralelas do exemplo 3. --Se duas retas não são coplanares elas são ditas reversas. ESTUDO DA RETA PROBLEMAS PROPOSTOS: ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ESTUDO DA RETA RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS: ESTUDO DA RETA EQUAÇÕES DO PLANO - Equação geral do plano. - Equação segmentária do plano. - Equação vetorial do plano. - Equações paramétricas do plano. ESTUDO DO PLANO EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Seja 𝐴 𝑥1, 𝑦1, 𝑧1 um ponto pertencente a um plano 𝜋 e 𝑛 = (a, b, c), 𝑛 ≠ 0, um vetor normal (ortogonal) ao plano (figura 6.1). Como 𝑛 ⊥ 𝜋, 𝑛 é ortogonal a todo vetor representado em 𝜋. Então um ponto P(x, y, z) pertence a 𝜋 se, e somente se, o vetor 𝐴𝑃 é ortogonal a 𝑛, isto é: EQUAÇÃO GERAL DO PLANO 𝑛 . 𝐴𝑃 = 0 ou 𝑛 . (P-A) = 0 ou (a, b, c).(x-𝑥1, y-𝑦1,z-𝑧1) = 0 ou a(x-𝑥1) + b(y-𝑦1) + c(z-𝑧1) = 0 ou ax + by + cz - a𝑥1- b𝑦1- c𝑧1 = 0 fazendo - a𝑥1- b𝑦1- c𝑧1 = 𝑑, obtemos: ax + by + cz + d = 0 ⇒⇒ Equação geral do plano 𝜋 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Seja 𝐴 𝑥1, 𝑦1, 𝑧1 , 𝑛 = (a, b, c) e P(x, y, z) temos: ax + by + cz + d = 0 ⇒⇒ Equação geral do plano 𝜋. OBS: a) Assim como 𝑛 = (a, b, c) é um vetor normal a 𝜋, qualquer vetor K𝑛, K≠ 0, é também vetor normal ao plano. b)É importante notar que os três coeficientes a, b, c da equação acima representam as componentes de um vetor normal ao plano. Exemplo: Se um plano 𝜋 é dado por 𝜋: 3x + 2y – z +1=0 Um de seus vetores normais é 𝑛 = (3, 2, −1) EQUAÇÃO GERAL DO PLANO OBS: c) Para obter pontos de um plano dado por uma equação geral, basta atribuir valores arbitrários a duas das variáveis e calcular o valor da outra na equação dada. Assim a partir da equação 𝜋: 3x + 2y – z +1=0 Fazendo x = 4 e y = -2, teremos: 3(4) + 2(-2) – z + 1 = 0 ⇒⇒ z = 9 portanto o ponto encontrado será (4, -2, 9) que é pertencente ao plano EQUAÇÃO GERAL DO PLANO EXEMPLO 1: Obter uma equação geral do plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, −1, 3 e tem 𝑛 = (3, 2,−4) como um vetor normal. Solução: Considerando ax + by + cz + d = 0 ⇒⇒ Equação geral do plano 𝜋. Temos: 3x + 2y – 4z + d = 0 Como o ponto 𝐴 2,−1, 3 pertence ao plano suas coordenadas devem verificar a equação, assim: 3(2) + 2(-1) – 4(3) + d = 0 logo d = 8 Então a equação geral do plano 𝜋: 3x + 2y – 4z + 8 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO EXEMPLO 2: Obter uma equação geral do plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, 1, 3 e é paralelo ao plano 𝜋1: 3x - 4y – 2z + 5 = 0. Solução: “Um vetor normal a um plano é normal também a qualquer plano paralelo a este”. Então, como 𝜋// 𝜋1 , o vetor 𝑛1 = (3,−4,−2) normal a 𝜋1 é também normal a 𝜋. Logo, uma equação de 𝜋 é da forma 3x - 4y – 2z + d = 0. Considerando que A ∈ 𝜋 , suas coordenadas devem verificar a equação: 3(2) – 4(1) – 2(3) + d = 0 assim d = 4 logo a equação é: 𝜋 : 3x - 4y – 2z + 4 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO EXEMPLO 3: A reta r: 𝑥 = 5 + 3𝑡 𝑦 = −4 + 2𝑡 𝑧 = 1 + 𝑡 é ortogonal ao plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, 1, −2 . Determinar uma equação geral do plano 𝜋 e representa-lo graficamente. Solução: Como r ⊥ 𝜋 , qualquer vetor diretor de r é um vetor normal ao plano. Sendo 𝑛 = (3, 2, 1) um destes vetores, uma equaçãode 𝜋 é da forma: 3x + 2y + z + d = 0 e como A ∈ 𝜋 , deve-se ter 3(2) + 2(1) + (-2) + d = 0 assim d = -6; portanto uma equação de 𝜋 é 3x + 2y + z - 6 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO Para representarmos graficamente o plano em questão obteremos 3 de seus pontos. Se na equação encontrada 𝜋: 3x + 2y + z - 6 = 0 fizermos: y = 0 e z = 0 encontramos x = 2 x = 0 e z = 0 encontramos y = 3 x = 0 e y = 0 encontramos z = 6 Obtemos assim os pontos 𝐴1 2, 0, 0 𝐴2 0, 3, 0 𝐴3 0, 0, 6 Pontos estes em que o plano intercepta os eixos coordenados.- 6 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO OBS: Se um plano 𝜋 intercepta os eixos coordenados nos pontos 𝐴 𝑝, 0, 0 𝐵 0, 𝑞, 0 𝐶 0, 0, 𝑟 com p . q . r ≠ 0 , então 𝜋 admite A equação do tipo: x p + y q + z r = 1 ⇒⇒ equação Segmentaria do plano 𝜋 EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DO PLANO EXEMPLO: Se na equação encontrada anteriormente 𝜋: 3x + 2y + z - 6 = 0 considerarmos 𝐴1 2, 0, 0 , 𝐴2 0, 3, 0 e 𝐴3 0, 0, 6 pontos em que o plano intercepta os eixos coordenados. A equação segmentária do plano é: x p + y q + z r = 1 ⇒⇒ x 2 + y 3 + z 6 = 1 Que é equivalente à equação 3x + 2y + z - 6 = 0 ao eliminar- mos os denominadores e ordenarmos os termos. Reciprocamente, se partirmos da equação 3x + 2y + z - 6 = 0 isolarmos o termo independente e dividirmos toda a equação por tal valor obteremos a forma segmentária. EQUAÇÃO VETORIAL DO PLANO Seja 𝐴 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 , um ponto pertencente a um plano 𝜋 e 𝑢 = (𝑎1, 𝑏1, 𝑐1) e 𝑣 = (𝑎2, 𝑏2, 𝑐2) dois vetores paralelos a 𝜋, porém, 𝑢 e 𝑣 não-paralelos. Para todo ponto P do plano, os vetores 𝐴𝑃, 𝑢 e 𝑣 são coplana- res. Um ponto P(x, y, z) pertence a 𝜋 se, e somente se, existem números reais h e t tais que: 𝐴𝑃 = h𝑢 + t 𝑣 ou P – A = h𝑢 + t 𝑣 ou P = A + h𝑢 + t 𝑣 ou, em coordenadas: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 + h 𝑎1, 𝑏1, 𝑐1 + 𝑡 𝑎2, 𝑏2, 𝑐2 , h, t ∈ ℛ EQUAÇÃO VETORIAL DO PLANO P = A + h 𝑢 + t 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 + h 𝑎1, 𝑏1, 𝑐1 + 𝑡 𝑎2, 𝑏2, 𝑐2 , h, t ∈ ℛ Equação vetorial do plano 𝜋. Os vetores 𝑢 e 𝑣 são vetores diretores de 𝜋. EXEMPLO: Seja o plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, 2, −1 e é paralelo aos vetores 𝑢 = (2,−3, 1) e 𝑣 = (−1, 5, −3). Obter a equação vetorial do plano 𝜋. Solução: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 2, 2,−1 + h 2,−3, 1 + 𝑡 −1, 5,−3 EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DO PLANO A partir da equação vetorial abaixo: P = A + h 𝑢 + t 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 + h 𝑎1, 𝑏1, 𝑐1 + 𝑡 𝑎2, 𝑏2, 𝑐2 , h, t ∈ ℛ Efetuando as operações no segundo membro temos: 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥0 + h𝑎1 + 𝑡𝑎2, 𝑦0+h𝑏1 + 𝑡𝑏2, 𝑧0+ℎ𝑐1 + 𝑡𝑐2 Que pela condição de igualdade obteremos: 𝑥 = 𝑥0 + h𝑎1 + 𝑡𝑎2 𝑦 = 𝑦0+h𝑏1 + 𝑡𝑏2 𝑧 = 𝑧0+ℎ𝑐1 + 𝑡𝑐2 ⇒⇒Equações paramétricas do plano EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS DO PLANO 𝑥 = 𝑥0 + h𝑎1 + 𝑡𝑎2 𝑦 = 𝑦0+h𝑏1 + 𝑡𝑏2 𝑧 = 𝑧0+ℎ𝑐1 + 𝑡𝑐2 ⇒⇒Equações paramétricas do plano EXEMPLO: Seja o plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, 2, −1 e é paralelo aos vetores 𝑢 = (2,−3, 1) e 𝑣 = (−1, 5, −3). Obter as equações paramétricas do plano 𝜋. Solução: 𝑥 = 2 + 2h − 𝑡 𝑦 = 2 − 3h + 5𝑡 𝑧 = −1 + ℎ − 3𝑡 ⇒⇒Equações paramétricas do plano 𝜋 OBS: Se quisermos achar pontos do plano, basta atribuir valores reais para h e t. Por exemplo para h=0 e t=1, temos: x = 1, y = 7 e z = 4. Assim encontramos o ponto B(1, 7, 4) do plano 𝜋. EQUAÇÃO GERAL DO PLANO EXEMPLO: Seja o plano 𝜋 que passa pelo ponto 𝐴 2, 2, −1 e é paralelo aos vetores 𝑢 = (2,−3, 1) e 𝑣 = (−1, 5, −3). Obter a equação geral do plano 𝜋. Solução: --Como o vetor 𝑢𝑥𝑣 = 𝑖 𝑗 𝑘 2 −3 1 −1 5 −3 = 4, 5, 7 é simultaneamente ortogonal a 𝑢 e 𝑣 , ele é um vetor normal ao plano 𝜋. Então uma equação geral de 𝜋 é da forma: 4x + 5y + 7z +d = 0, como A ∈ 𝜋 t tem-se: 4(2) + 5(2) + 7(-1) +d = 0, assim d = -11 logo a equação geral é igual a: 4x + 5y + 7z -11 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO OBS: Existe outra maneira de se obter uma equação geral de 𝜋 : como P(x, y, z) representa um ponto qualquer do plano, os vetores 𝐴𝑃, 𝑢 e 𝑣 são coplanares e portanto, o produto misto deles é nulo, isto é: 𝐴 2, 2,−1 , 𝑢 = (2,−3, 1) , 𝑣 = (−1, 5, −3) (𝐴𝑃, 𝑢 , 𝑣 ) = 0 (𝐴𝑃, 𝑢 , 𝑣 ) = 𝑥 − 2 𝑦 − 2 𝑧 + 1 2 −3 1 −1 5 −3 = 0 Que é equivalente a equação 4x + 5y + 7z -11 = 0 EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO 1: Dado o plano 𝜋 determinado pelos pontos 𝐴 1,−1,2 , B 2,1,−3 e C −1,−2,6 , obter um sistema de equações paramétricas e uma equação geral de 𝜋. Solução: a) Equações paramétricas: Com os pontos dados obtemos 𝑢 = 𝐴𝐵 = 1, 2,−5 e 𝑣 = 𝐴𝐶 = (−2,−1, 4) que são os vetores diretores de 𝜋. Assim utilizando o ponto A, temos: 𝑥 = 1 + h − 2𝑡 𝑦 = −1 + 2h − 𝑡 𝑧 = 2 − 5ℎ + 4𝑡 ⇒⇒Equações paramétricas do plano 𝜋 EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO 1: Dado o plano 𝜋 determinado pelos pontos 𝐴 1,−1,2 , B 2,1,−3 e C −1,−2,6 , obter um sistema de equações paramétricas e uma equação geral de 𝜋. Solução: b) Equação geral: Com os vetores diretores definidos no exemplo anterior 𝑢 = 𝐴𝐵 = 1, 2,−5 e 𝑣 = 𝐴𝐶 = −2,−1, 4 . (𝐴𝑃, 𝑢 , 𝑣 ) = 𝑥 − 1 𝑦 + 1 𝑧 − 2 1 2 −5 −2 −1 4 = 0 Obtemos 3x + 6y + 3z - 3 = 0 ou x + 2y + z - 1 = 0 EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO 2: Dado o plano 𝜋 de equação 2x - y - z + 4 = 0, determinar um sistema de equações paramétricas de 𝜋 . Solução: Basta tomarmos três pontos A, B, e C do plano não alinhados e procedermos como no exemplo anterior. Fazendo: x = y = 0, temos z = 4 --------- A(0, 0, 4) x = 1 e y = 0, temos z = 6 --- B(1, 0, 6) x = 0 e y = 1, temos z = 3 --- C(0, 1, 3) Como 𝐴𝐵 = 1, 0, 2 e 𝐴𝐶 = 0, 1, −1 são vetores diretores do plano, temos as equações: 𝑥 = 0 + 1. h + 0. 𝑡 𝑦 = 0 + 0. h + 1. 𝑡 𝑧 = 4 + 2. ℎ − 1. 𝑡 𝑜𝑢 𝑥 = h 𝑦 = 𝑡 𝑧 = 4 + 2ℎ − 𝑡 EQUAÇOES DO PLANO OBS: a) Como é possível encontrar infinitos ternos A, B e C de pontos não alinhados em 𝜋, existem infinitos sistemas de equações paramétricas que representam o mesmo plano. b) É importante observar que os vetores diretores sejam não paralelos, Se ocorrer 𝐴𝐵//𝐴𝐶, basta trocar um dos pontos de modo a garantir que 𝐴𝐵 e 𝐴𝐶 sejam não- paralelos. c) Outra maneira de encontrar equações paramétricas a partir da equação geral , é substituindo duas das variáveis pelos parâmetros h e t e, posteriormente, isolar a terceira variável em função destes. EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO: Dada a equação geral 2x - y - z + 4 = 0, fazemos: y = h e z = t assim teremos 2x - h - t + 4 = 0. Isolando x resulta, x = h/2 + t/2 -2 então : 𝑥 = h/2 + t/2 −2 𝑦 = ℎ 𝑧 = 𝑡 São equações paramétricas do plano. De modo análogo obteríamos outros sistemas: 𝑥 = h 𝑦 = 𝑡 𝑧 = 2h − t+ 4 𝑒 𝑥 = h 𝑦 = 2h − t +4 𝑧 = 𝑡 EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO 3: Determinar uma equação geral do plano 𝜋 que contenha as retas: 𝑟1 = 𝑦 = 𝑥 + 1 𝑧 = −3𝑥 − 2 e 𝑟2 = 𝑥 = 2𝑡 𝑦 = 2𝑡 + 3 𝑧 = −6𝑡 +1 Solução: As direções de 𝑟1 e 𝑟2 são 𝑣 1 = 1, 1,−3 e 𝑣 2 = 2, 2,−6 como 𝑣 2 = 2. 𝑣 1, as retas 𝑟1 e 𝑟2 são paralelas e os vetores 𝑣 2 𝑒 𝑣 1 não são vetores diretores do plano. Tendo em vista os pontos 𝐴1 0, 1,−2 ∈ 𝑟1 e 𝐴2 0, 3,1 ∈ 𝑟2 também pertencem a 𝜋, o vetor 𝐴1𝐴2 = 0, 2, 3 está representado neste plano . Então 𝑣 1 e 𝐴1𝐴2 ( ou 𝑣 2 e 𝐴1𝐴2) são vetores diretores de 𝜋. EQUAÇOES DO PLANO EXEMPLO 3: Assim a partir do ponto 𝐴1 0, 1, −2 e dos vetores 𝑣 1 = 1, 1,−3 e 𝐴1𝐴2 = 0, 2, 3 um dos seus vetores normais será: 𝑛 = 𝑣 1𝑥 𝐴1𝐴2 = 𝑖 𝑗 𝑘 1 1 −3 0 2 3 = 9,−3, 2 Portanto, uma equação geral de 𝜋 será: 9x - 3y + 2z + d = 0 e como 𝐴1 ∈ 𝜋, tem-se d = 7 Assim: 𝜋: 9x - 3y + 2z + 7 = 0 EQUAÇÃO VETORIAL DE UM PARALELOGRAMO Dados os pontos A, B e C não colineares, os vetores 𝐴𝐵 e 𝐴𝐶 determinam um paralelogramo cuja equação vetorial é: 𝐴𝑃 = h.(𝐴𝐵)+ t .(𝐴𝐶) P – A = h.(𝐴𝐵)+ t .(𝐴𝐶) P = A + h.(𝐴𝐵)+ t .(𝐴𝐶) Ou P = A + h.(B - A)+ t .(C – A) com h e t ∈ 0,1 onde P Representa um ponto qualquer deste paralelogramo. Observemos que : Para h = t = 0, obtém-se o ponto A (P = A) Para h = 1 e t = 0, obtém-se o ponto B(P = B) Para h = 0 e t = 1, obtém-se o ponto C(P = C) Para t = ½ e h ∈ 0,1 , obtém-se o segmento MN onde M e N são os pontos médios de AC e BD e assim por diante. EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES No caso de um ou mais coeficientes da equação geral do plano ax + by + cz + d = 0 serem nulos, o plano ocupará uma posição particular em relação aos eixos ou planos coordenados. Faremos uma análise a partir de um caso particular: 𝜋: 3x + 4y + 2z - 12 = 0 onde a = 3, b = 4, c = 2 e d = -12 O plano que esta equação representa, intercepta os eixos coordenados em (4, 0, 0), (0, 3, 0) e (0, 0, 6) 𝑥 4 + 𝑦 3 + 𝑧 6 = 1 equação segmentaria EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES 𝜋: 3x + 4y + 2z - 12 = 0 equação geral do plano 𝑥 4 + 𝑦 3 + 𝑧 6 = 1 equação segmentaria do plano a) Se tivéssemos d = 0 a equação Acima seria 3x + 4y + 2z = 0 que Representaria um plano paralelo ao da figura, pois passa pela origem (0, 0, 0). EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES b) Se tivéssemos a = 0, a equação 𝜋: 3x + 4y + 2z - 12 = 0 seria 4y + 2z - 12 = 0 que representaria um plano paralelo ao eixo dos x, interceptando os outros dois eixos ainda em (0, 3, 0) e (0, 0, 6). Observemos ainda que nenhum ponto do tipo (x, 0, 0) satisfaz a equação. Assim o plano não tem ponto em Comum com este eixo e, portanto, Só pode ser paralelo a ele. Desta análise se conclui que o plano e paralelo ao eixo cuja variável é ausente na equação. EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES Se tivéssemos além de a = 0 ainda d = 0, a equação 𝜋: 3x + 4y + 2z - 12 = 0 seria 4y + 2z = 0 que representaria um plano que passaria pela origem, portanto contém o eixo x. Comentários idênticos faríamos para Os casos b = 0 e c = 0, com equações 3x + 2z - 12 = 0 ----- 3x + 4y - 12 = 0 EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES c) Se tivéssemos a = b = 0, a equação 𝜋: 3x + 4y + 2z - 12 = 0 seria 2z - 12 = 0 ou simplesmente z = 6. Observemos que todos os pontos do tipo (x, y, 6) verificam a equação z = 6. Sendo assim trata-se de um plano paralelo a XOY e que intercepta o eixo OZ perpendicularmente em (0, 0, 6) . Assim concluímos que toda a equação do tipo z = k representa um plano paralelo ao plano XOY e intercepta o eixo OZ em (0, 0, k). EQUAÇÃO GERAL DO PLANO CASOS PARTICULARES Raciocínio análogo, leva-nos a concluir que: Y = k representa um plano Y = k paralelo a XOZ X = k representa um plano paralelo a YOZ X = k ÂNGULO DE DOIS PLANOS Sejam os planos 𝜋1 e 𝜋2 com vetores normais 𝑛1 e 𝑛2 , respectivamente. Chama-se ângulo de Dois planos 𝜋1 e 𝜋2 o Menor ângulo que um Vetor normal a 𝜋1 forma Com um vetor normal a 𝜋2. Sendo 𝜃 este ângulo, tem-se: cos θ = |𝑛1 . 𝑛2| 𝑛1 . |𝑛2| , com 0 ≤ θ ≤ 𝜋 2 Como cos θ≥ 0 quando 0 ≤ θ ≤ 𝜋 2 , o numerador deve ser positivo, por isso o produto escalar está em módulo ÂNGULO DE DOIS PLANOS EXEMPLO: Determinar o ângulo entre os planos 𝜋1: 2x + y – z + 3 = 0 e 𝜋2: x + y – 4 = 0. Solução: Sendo 𝑛1 = (2, 1,−1) e 𝑛2 = 1, 1, 0 vetores normais a 𝜋1 e 𝜋2, assim temos: cos θ = |(2,1,−1). 1,1,0 | 2²+1²+(−1)² 1²+1² = |2+1+0| 6 2 = 3 12 = 3 2 3 = 3 2 logo θ = arc cos ( 3 2 ) = 𝜋 6 = 30° PLANOS PERPENDICULARES Consideremos dois planos 𝜋1e 𝜋2, e sejam 𝑛1 e 𝑛2 vetores normais a 𝜋1e 𝜋2, respectivamente. Pela figura conclui-se imediatamente: 𝜋1 ⊥ 𝜋2 ⟺ 𝑛1 ⊥ 𝑛2 ⟺ 𝑛1 . 𝑛2 = 0 EXEMPLO 1: Verificar se 𝜋1e 𝜋2 são planos perpendiculares. 𝜋1: 3x + y –4z + 2 = 0 e 𝜋2: 2x + 6y + 3z = 0 Solução: sendo 𝑛1 = (3, 1,−4) e 𝑛2 = 2, 6, 3 vetores normais a 𝜋1e 𝜋2, respectivamente, e como: 𝑛1 . 𝑛2 = 3(2) +1(6) – 4(3) = 0 logo 𝜋1e 𝜋2 são perpendiculares PLANOS PERPENDICULARES EXEMPLO 2: Verificar se 𝜋1e 𝜋2 são planos perpendiculares. 𝜋1: x + y – 4 = 0 e 𝜋2: 𝑥 = 2 − h + 2t 𝑦 = h + t 𝑧 = 𝑡 Solução: O vetor 𝑛1 = (1, 1, 0) é um vetor normal a 𝜋1. Teremos que encontrar um vetor 𝑛2 normal a 𝜋2 . Como 𝑢 = (−1,1, 0) e 𝑣 = (2, 1,1) são vetores diretores de 𝜋2, podemos considerar 𝑛2 = 𝑢 𝑥 𝑣 = 𝑖 𝑗 𝑘 −1 1 0 2 1 1 = 1, 1, −3 tendo em vista que: 𝑛1 . 𝑛2 = (1, 1, 0) . 1, 1, −3 = 1(1) +1(1) + 0(-3) = 2 ≠ 0 Então os planos 𝜋1e 𝜋2 não são perpendiculares. PARALELISMO E PERPENDICULARIDADE ENTRE RETA E PLANO Sejam uma reta r com a direção do vetor 𝑣 e um plano 𝜋, sendo 𝑛 um vetor normal a 𝜋 . Pelas figuras conclui-se imediatamente: I) r // 𝜋 ⟺ 𝑣 ⊥ 𝑛 ⟺ 𝑣 . 𝑛 = 0 (figura a) II) r ⊥ 𝜋 ⟺ 𝑣 // 𝑛 ⟺ 𝑣 = 𝛼 𝑛 (figura b) PARALELISMO E PERPENDICULARIDADE ENTRE RETA E PLANO EXEMPLO: A reta r: 𝑥 = 1 + 2𝑡 𝑦 = −3𝑡 𝑧 = 𝑡 é paralela ao plano 𝜋: 5x + 2y - 4z – 1=0 Pois o vetor diretor 𝑣 = (2,−3, 1) de r é ortogonal ao vetor normal 𝑛 = (5, 2,−4) de 𝜋 , isto é, 𝑣 . 𝑛 = (2,−3, 1) . 5, 2, −4 = 2(5) – 3(2) + 1(4) = 0 Esta mesma reta, por sua vez, é perpendicular ao plano 𝜋1: 4x - 6y + 2z – 5 = 0, pois o vetor diretor 𝑣 = (2,−3, 1) de r é paralelo ao vetor normal 𝑛1 = (4,−6, 2) de 𝜋1, isto é, 𝑣 = 1 2 . 𝑛1 ou de modo equivalente 2 4 = −3 −6 = 1 2 RETA CONTIDA EM PLANO Uma reta r está contida em um plano 𝜋 (figura) se: a) Dois pontos A e B de r forem também de 𝜋. b) 𝑣 . 𝑛 = 0 , onde 𝑣 é um vetor diretor de r e 𝑛 um vetor normal a 𝜋 , e A ∈ 𝜋, sendo A ∈ r. EXEMPLO: Determinar os valores de m e n para que a reta r: 𝑥 = 3 + 𝑡 𝑦 = −1 − 𝑡 𝑧 = −2 − 𝑡 Esteja contida no plano 𝜋: 2x + my + nz – 5=0 . Solução: Utilizando o critério exposto anteriormente, sejam A(3, -1,-2) e B(4, -2, -3) os pontos de r. Como r ⊂ 𝜋, as coordenadas de A e B devem satisfazer a equação de 𝜋 , isto é: 2 3 +𝑚 −1 + 𝑛 −2 − 5 = 0 2 4 +𝑚 −2 + 𝑛−3 − 5 = 0 ou −𝑚 − 2𝑛 + 1 = 0 −2𝑚 − 3𝑛 + 3 = 0 Onde m = 3 e n = -1 RETA CONTIDA EM PLANO Sejam os planos não-paralelos 𝜋1: 5x - y + z – 5 = 0 e 𝜋2: x + y + 2z – 7 = 0 A interseção de dois planos não-paralelos é uma reta r cujas equações se deseja determinar. Para tanto, dentre os vários procedimentos, apresentamos dois: 1)Como r está contida nos dois planos, as coordenadas de qualquer ponto (x, y, z) ∈ r devem satisfazer simultaneamente as equações dos dois planos. Logo, os pontos de r constituem a solução do sistema r: 5𝑥 − 𝑦 + 𝑧 − 5 = 0 𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 7 = 0 O sistema tem infinitas soluções, e em termos de x , sua solução é r: 𝑦 = 3𝑥 − 1 𝑧 = −2𝑥 + 4 são equações reduzidas de r INTERSEÇÃO DE DOIS PLANOS Sejam os planos não-paralelos 𝜋1: 5x - y + z – 5 = 0 e 𝜋2: x + y + 2z – 7 = 0 2)Outra forma de determinar a equação de r é determinar um de seus pontos e um vetor diretor. Para determinar o ponto A ∈ r que tem abscissa zero. Então x = 0 nas equações do sistema r: 5𝑥 − 𝑦 + 𝑧 − 5 = 0 𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 − 7 = 0 Assim resulta o sistema r: −𝑦 + 𝑧 − 5 = 0 𝑦 + 2𝑧 − 7 = 0 INTERSEÇÃO DE DOIS PLANOS Assim resulta o sistema r: −𝑦 + 𝑧 − 5 = 0 𝑦 + 2𝑧 − 7 = 0 Cuja solução é y = -1 e z = 4. Logo, A(0, -1, 4). Como um vetor diretor 𝑣 de r é simultaneamente ortogonal a 𝑛1 = (5,−1, 1) e 𝑛2 = 1, 1, 2 , normais aos planos 𝜋1 e 𝜋2, respectivamente (ver figura acima).O vetor 𝑣 pode ser dado por: 𝑣 = 𝑛1 𝑥 𝑛1 = 𝑖 𝑗 𝑘 5 −1 1 1 1 2 = −3,−9, 6 ou também -1/3(-3, -9, 6) = (1, 3, -2). Escrevendo as equações paramétricas de r , temos: r: 𝑥 = 𝑡 𝑦 = −1 + 3𝑡 𝑧 = 4 − 2𝑡 INTERSEÇÃO DE DOIS PLANOS EXEMPLO 1: Determinar o ponto de interseção da reta r com o plano 𝜋, onde: r: 𝑥 = −1 + 2𝑡 𝑦 = 5 + 3𝑡 𝑧 = 3 − 𝑡 e 𝜋: 2x - y + 3z – 4=0 Solução: Qualquer ponto de r é da forma (x, y, z)= (-1+2t, 5+3t, 3-t). Se um deles é comum ao plano 𝜋, suas coordenadas verificam a equação de 𝜋: 2(-1+2t) - (5+3t) + 3(3-t) – 4 = 0 e dai resulta t = -1 Substituindo este valor nas equações de r obtém-se X = -1+2(-1)=-3 y=5+3(-1)=2 z=3-(-1)=4 logo a interseção de r e 𝜋 é o ponto (-3, 2, 4) INTERSEÇÃO DE RETA COM PLANO EXEMPLO 2: Determinar a interseção da reta r: 𝑥 − 2𝑦 − 2𝑧 + 2 = 0 2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 0 Com o plano 𝜋: 2x - y + 3z – 4=0 Solução: Se existir um ponto I(x, y, z) ∈ r que também pertence a 𝜋, suas coordenadas devem verificar as equações dos três planos dados. Logo, I será a solução do sistema. 𝑥 − 2𝑦 − 2𝑧 + 2 = 0 2𝑥 + 𝑦 − 𝑧 = 0 𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 − 2 = 0 Resolvendo o sistema obtém-se x=2, y=-1, z=3. Logo I(2, -1,3) é a interseção de r e 𝜋 , ou seja, é a interseção dos três planos . INTERSEÇÃO DE RETA COM PLANO PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS PROBLEMAS PROPOSTOS RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS RESPOSTAS DOS PROBLEMAS PROPOSTOS
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