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Origens da teoria do conhecimento-Aula 1: Por que as coisas existem?

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Origens da teoria do conhecimento
Aula 1: Por que as coisas existem?
A existência da realidade
Teoria do conhecimento (ou epistemologia) é o ramo da filosofia que estuda a capacidade humana de conhecer a realidade.
Muitos pensadores, a começar pelos pré-socráticos, dedicaram-se à reflexão filosófica tendo como fio condutor a realidade, construindo a filosofia como cosmologia. Heráclito, por exemplo, afirmava ser impossível conhecer a realidade concreta, pois existe uma diferença entre o que percebemos e o que entendemos. Parmênides criou a teoria do ser, segundo a qual toda mudança é ilusória, pois a essência do ser é sempre a mesma. Já Demócrito, a partir do atomismo, dizia que a realidade era constituída por átomos.
Na opinião dos sofistas, tudo não passava de uma questão retórica, da linguagem, que pode modificar a percepção da realidade por meio do discurso, enquanto o pensamento socrático demonstrava que a realidade era mais complexa: só se conhece a verdade afastando-se das ilusões perpetuadas pelos sentidos, como expressa a alegoria da caverna.
 Origens da teoria do conhecimento
No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua democracia. Nesse mesmo período, os teatros estavam lotados, afinal, as tragédias chamavam cada vez mais a atenção. Outro aspecto importante da civilização grega da época eram os discursos proferidos na ágora. Para obter a aprovação da maioria, esses pronunciamentos deveriam conter argumentos sólidos e persuasivos. Nesse caso, alguns cidadãos procuravam aperfeiçoar sua habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória. Esses filósofos vinham de diferentes cidades e ensinavam sua arte em troca de pagamento.
O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates (470-399 a.C.) era o mais sábio dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a concepção socrática de filosofia, pois sua verdade não era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele que estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa cidade [Atenas] repleta de artistas, oradores, políticos, artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante tempo, buscando o significado das palavras da pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da autoconsciência.”
Parmênides (c. 515-440 a.C.) deixou seus pensamentos registrados no poema Sobre a natureza, do qual restaram apenas fragmentos cultivados pelos filósofos do mundo antigo. Uma das passagens célebres preservadas é a seguinte:
“Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser, e nada não é; isto eu te mando considerar. Pois primeiro desta via de inquérito eu te afasto, mas depois daquela outra, em que mortais que nada sabem erram, duplas cabeças, pois o imediato em seus peitos dirige errante pensamento [...]”
As formas de conhecimento
Nós nos conhecemos de algum lugar?
Ao estudarmos a trajetória da filosofia, podemos acompanhar os resultados de uma constante busca pelo conhecimento, na acepção mais ampla do termo. Na Antiguidade podemos perceber diversos movimentos que se dedicam a explicar fenômenos e pensar o ser pela busca do saber: o filosofar.
Agora, vamos avançar a fim de compreender o conhecimento como problema, por meio das ideias de Sócrates, Platão e Aristóteles, de suas perspectivas, métodos e ferramentas acerca do saber filosófico.
Os procedimentos adotados pelos filósofos, como o debate, a reflexão, a intuição, a crença e o raciocínio, serão elementos fundamentais para essa nova etapa evolutiva do pensamento.
Platão e Aristóteles são pilares da filosofia do conhecimento
 Teoria do conhecimento em Platão e Aristóteles
PLATÂO:“Logo, desde o nascimento, tanto os homens como os animais têm o poder de captar as impressões que atingem a alma por intermédio do corpo. Porém, relacioná-las com a essência e considerar a sua utilidade, é o que só com tempo, trabalho e estudo conseguem os raros a quem é dada semelhante faculdade. Naquelas impressões, por conseguinte, não é que reside o conhecimento, mas no raciocínio a seu respeito; é o único caminho, ao que parece, para atingir a essência e a verdade; de outra forma é impossível.”
A filosofia de Aristóteles representou uma nova interpretação sobre o problema do ser. Nesse sentido, Aristóteles define a ciência como:Conhecimento verdadeiro,isto é ,conhecimento pelas causas capaz de compreender a natureza do devir e superar os enganos da opnião
Em busca do conhecimento: Bacon e Descartes
E se o conhecimento estiver errado?
Essa aula se propõe a discutir a nova etapa da incessante investigação sobre o conhecimento. Vamos adentrar no período em que o realismo metafísico grego passa a ser criticado por filósofos da Idade Moderna, sobretudo Bacon e Descartes.
Francis Bacon estava convencido de que era possível, pela ciência, vencer os efeitos do erro
Esses filósofos se dedicavam a compreender os limites assertivos do pensamento, propondo uma análise de todo “conhecimento” até então produzido. Bacon acreditava que, para se chegar ao conhecimento verdadeiro, era preciso libertar-se dos “ídolos”, engodos que levam a falsas noções, ao passo que Descartes estabelecia o “método” como uma ferramenta primordial para se chegar à verdade.
Não foi à toa que a famosa frase de Descartes ecoou por toda a ciência.

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