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GOVERNANÇA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (CCT0186/1536861) 9001�Introdução à Governança Corporativa��
Objetivos
1- Aprender o que é governança corporativa;
2- Conhecer a teoria do agente-principal;
3- Saber por que a governança corporativa está sendo cada vez mais utilizada nas empresas;
4- Conhecer a Lei Sabarnes-Oxley (SOX) e seus impactos na área de TI;
5-Identificar os mecanismos da boa governança corporativa;
6- Relacionar a governança de TI com a governança corporativa. .
Princípios e conceitos da Governança Corporativa
A expressão governança corporativa ganhou maior notoriedade nos últimos trinta anos como consequência do aumento da frequência dos abusos praticados por alguns dirigentes de empresas, que acabaram provocando a reação de grandes acionistas, fazendo com que esses passassem a exigir mais informação e visibilidade das organizações.  
 A governança corporativa vem se fazendo cada vez mais presente, principalmente a partir da década de 1990 quando os investidores mudaram seus comportamentos, passando a cobrar dos CEOs (Chief Executive Officer - cargo mais alto na empresa) um maior acerto nas previsões orçamentárias. Cabe a observação de que sob a visão dos investidores, o CEO tanto era incompetente na gestão da empresa quando apresentava um lucro menor do que o previsto, como também, quando ocorria o inverso porque se sentiam enganados, uma vez que poderiam ter investido mais na empresa.  
Fenômenos globais como o crescimento e maior ativismo dos investidores institucionais, a onda de privatização nos países europeus e nos países em desenvolvimento, a onda de aquisições hostis nos Estados Unidos nos anos 1980, a desregulamentação e integração global dos mercados de capitais, a série de escândalos corporativos nos Estados Unidos e na Europa no período de 2001 a 2003 e a crise financeira global de setembro de 2008 contribuíram para que o tema governança se tornasse cada vez mais presente como um dos principais focos de discussão nas reuniões executivas da alta gestão.  
Assim, percebeu-se que com sistemas informatizados de governança corporativa de qualidade e conselheiros qualificados, as empresas podiam evitar fracassos decorrentes de:
- Abusos de poder – do acionista controlador sobre minoritários, da diretoria sobre o acionista e dos administradores sobre terceiros;
- Erros estratégicos – resultado de muito poder concentrado no executivo principal;
- Fraudes – uso de informação privilegiada em benefício próprio, atuação em conflitos de interesses.
A adoção de boas práticas de governança corporativa pode acarretar diversos benefícios às organizações, incluindo aspectos qualitativos como melhores decisões e controle na alta gestão, e quantitativos como a redução do custo de capital decorrente da maior confiança dos investidores. No entanto, más práticas de governança (ex: 2001-2003: Enron, Worldcom e Tyco), podem levar à destruição de valor tanto para os investidores quanto aos demais envolvidos.
Atualmente, estudos nacionais e internacionais mostram que a governança corporativa é amplamente reconhecida como um fator essencial para que as empresas possam aumentar sua visibilidade, fortalecendo a confiança dos acionistas através de uma imagem de controle, transparência e previsibilidade.
A teoria mais aceita para discutir a temática da governança corporativa é a do agente-principal. Segundo essa teoria, existe uma explicação para os problemas de desalinhamento de interesses que ocorrem nas empresas e quais mecanismos podem ser empregados para mitigar seus custos.
A teoria é fundamentada no agente-principal e na compreensão entre agente (tomadores de decisão) e principal (pessoas que confiam as decisões para terceiros). Segundo a teoria, não se pode afirmar que o agente sempre agirá no melhor interesse do principal. Isto implicará num problema entre ambos, conhecido como problema do agente-principal ou problema de agência.
Várias definições colaboram na elaboração do conceito de governança corporativa. Por exemplo, para Silveira (2010), é “o conjunto de mecanismos que visa a fazer com que as decisões corporativas sejam sempre tomadas com a finalidade de maximizar a perspectiva de geração de valor de longo prazo para o negócio”. Já Lodi (2000: 24) citado por Albertin & Albertin (2010), define como “o sistema que assegura aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva. A relação entre propriedade e gestão se dá através do conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal, instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A boa governança assegura aos sócios: equidade, transparência, responsabilidade pelos resultados (accountability) e obediência às leis do país (compliance)”.  
As raízes da governança corporativa se encontram nos EUA e no Reino Unido, onde os mercados de capitais atingiram grande pulverização do controle acionário das empresas.
A imagem mostra os principais ativos de uma organização, através dos quais as empresas concretizam suas estratégias e geram valor ao negócio. Existe a necessidade de criação de mecanismos para governar e administrar a utilização de cada um desses ativos, tanto de forma independente como em conjunto.
A ideia central da figura é fazer perceber que a governança corporativa está sendo representada pelo guarda-chuva maior que protege e controla os ativos representados pelos guarda-chuvas menores.
O guarda-chuva 1 representa os ativos humanos e sob ele estão as pessoas, suas competências, planos de carreira, treinamentos, relatórios, mentoring, etc.
O guarda-chuva 2 representa os ativos financeiros e sob ele estão o dinheiro, investimentos, fluxo de caixa, contas a receber, contas a pagar, etc.
O guarda-chuva 3 representa os ativos físicos e sob ele estão os prédios, fábricas, equipamentos, manutenção, segurança, etc.
O guarda-chuva 4 representa os ativos da propriedade intelectual e sob ele está a propriedade intelectual, incluindo know-how de produtos, serviços e processos devidamente patenteados, registrados ou embutidos nas pessoas e nos sistemas da empresa.
O guarda-chuva 5 representa ativos de relacionamento e sob ele estão o relacionamento dentro da empresa, bem como, relacionamentos, marca e reputação junto a clientes, fornecedores, unidades de negócio, órgãos reguladores, concorrentes, revendas autorizadas, etc.
O guarda-chuva 6 representa a tecnologia da informação e sob ele estão os dados, informações e conhecimentos sobre clientes, desempenho de processos, sistemas de informação, etc.
Responsabilidade da Governança Corporativa
A governança, com os seis guarda-chuvas que representam os principais ativos, é feita através de mecanismos organizacionais como estruturas, processos, comitês, procedimentos e auditorias.
Para aferir a conformidade existem auditorias externas e independentes que são contratadas pelas empresas, principalmente por aquelas que têm que atender aos instrumentos regulatórios instituídos, tais como: ANATEL, ANEEL, SUSEP, Banco Central do Brasil, Basiléia II e Sarbanes-Oxley Act (SOX).
Tais regulamentações têm forte impacto na área de TI e, dependendo da organização, podem fazer parte do modelo de governança de TI, devendo ser contemplado pelo alinhamento estratégico do negócio.
A Lei Sarbanes-Oxley (SOX) e seus impactos na área de TI
Vamos pegar como exemplo a Lei Sarbanes-Oxley (SOX), sancionada pelo presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush em julho de 2002, que afeta a divulgação financeira de empresas que têm ações negociadas em bolsas dos Estados Unidos da América.   
Esta lei engloba tanto as empresas norte-americanas com ações em bolsas de valores norte-americanas, como as empresas estrangeiras com ações (American Depositary Receipt - ADR), negociados em bolsas norte-americanas.  
O CEO e o CFO estão sujeitos a sanções pecuniárias de US$ 1.000.000 a US$ 5.000.000 e/ou 10 a 20 anos de reclusão, caso não atendam aos requisitos da Securitiesand Exchange Commission (SEC).
Verifica-se na lei que as seções 302 e 404 são de especial importância para a área de TI.
A seção 302 especifica, dentre outros itens, que:
O CEO e CFO devem revisar os relatórios financeiros;
O CEO e CFO declaram ter conhecimento dos resultados e atestam que os relatórios financeiros não contêm declaração falsa ou omissão dos;
O CEO e CFO são responsáveis por manter e estabelecer controles e procedimentos sobre a emissão de relatórios financeiros e controles internos sobre eles;
As deficiências dos sistemas de controle interno que possam afetar a habilidade da empresa em registrar, processar, sumarizar, e comunicar informações financeiras devem ser comunicadas.
Qualquer fraude que envolva a gerência ou outros funcionários que tenham um papel significante nos registros do controle interno sobre relatório financeiro deve ser comunicada.
A seção 404 especifica que:
A administração tem a responsabilidade de estabelecer e manter uma estrutura adequada de controles e procedimentos para emissão de relatórios financeiros.
A administração deve avaliar a efetividade do sistema de controle interno para emissão de relatórios financeiros.
A administração deve realizar uma auditoria independente, para atestar e divulgar a avaliação feita pela administração sobre os controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros.
Para que se possa atender os requisitos das seções 302 e 404 da SOX, a área de TI deve ficar atenta aos seguintes pontos:
A informação deve ter conteúdo apropriado.
A informação deve estar disponível de acordo com a necessidade
A informação deve estar atualizada ou representar a última atualização.
Os dados e informações devem estar corretos.
A informação é acessível aos usuários interessados, desde que autorizados.
Deve existir um sistema de controle interno sobre relatórios financeiros para garantir a veracidade dos itens anteriores.
Como as informações financeiras e de resultados vêm de processos de negócio que geram fatos contábeis e financeiros para a empresa, praticamente todos os sistemas transacionais devem ser considerados quando se trata de SOX.
Como já foi visto, existem algumas exigências legais e regulatórias que devem ser cumpridas para se obter uma boa governança corporativa. A ideia é criar um conjunto de mecanismos internos e externos eficientes, para assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
Como exemplo de mecanismos internos, cita-se: conselho de administração, sistema de remuneração, concentração acionária e atuação de investidores institucionais. E, para os mecanismos externos: proteção legal aos investidores, possibilidade de aquisição hostil e grau de competição no mercado, fiscalização dos agentes do mercado e estrutura de capital.
Dada a relevância do conselho de administração no processo de governança corporativa, segue a imagem como exemplo do modelo de governança do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), segundo Lodi (2000, p.25) citado por Albertin & Albertin (2010, p. 37).
A empresa que utiliza as boas práticas de governança corporativa tem como referências a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Para tanto, o conselho de administração deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa, elegendo e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o desempenho da gestão e escolhendo a auditoria independente. 
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desenvolveu uma lista de princípios de Governança Corporativa para promover periodicamente, em diversos países, mesas de discussão e avaliação dessas práticas. 
Como apoio para melhoria dos relatórios financeiros também existe o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), uma organização voluntária do setor privado que se dedica a orientar operações de negócios mais eficazes, eficientes e éticas.    
Para suportar tudo o que foi apresentado é fácil perceber o quanto a tecnologia da informação se tornou importante para a organização nas últimas décadas. TI passou a ser um elemento crítico como fonte de risco para a continuidade do negócio e teve que se reestruturar com um complemento de requisitos, criando seu modelo de governança alinhado ao negócio, podendo assim atender aos novos desafios de mercado e à legislação regulatória como, por exemplo, a lei SOX.  
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
OUTRAS REFERÊNCIAS 
COSO:
http://www.coso.org
IBGC:
http://www.ibgc.org.br
Basileia II:
http://www.bis.org/publ/bcbsca.htm 
http://www.bacen.gov.br/?BASILEIA2
SOX:
http://www.sec.gov/about/laws.shtml 
http://www.sec.gov/about/laws/soa2002.pdf (texto original)
SINTAXE
Aprendeu o que é governança corporativa.
Conheceu a teoria do agente-principal.
Soube por que a governança corporativa está sendo cada vez mais utilizada nas empresas.
Conheceu a Lei Sabarnes-Oxley (SOX) e seus impactos na área de TI.
Aprendeu a identificar os mecanismos da boa governança corporativa.
Aprendeu a relacionar a governança de TI com a governança corporativa.
 
�
Avaliação de Desempenho
CCT0186_EX_A1_201101010037	 » de 50 min.
________________________________________
Aluno: MARCIO VASCONCELOS	Matrícula: 201101010037
Disciplina: CCT0186 - GOVER.TECNOL.INFORM. 	Período Acad.: 2014.2 - EAD (G) / EX
________________________________________
Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
1. A Governança Corporativa tem como um dos seus pilares a constituição e o funcionamento de um Conselho de Administração. Uma das melhores práticas de Governança Corporativa, vinculada ao Conselho de Administração, é a:
(a) elaboração de um Manual de Procedimentos Internos.
(b) aplicação de um sistema de árvore funcional.
(c) criação de um sistema de avaliação de desempenho justo e transparente.
(d) criação de um comitê de auditoria.
(e) separação das funções de presidente do Conselho e executivo chefe.
2. Governança, em administração, significa coordenar, avaliar e planejar. Aplicando à TI, governança decide o que deve ser colocado em ordem para a organização lucrar com a sinergia com TI. Os especialistas indicam que ela deva ocorrer em que nível da corporação?
(a) Não existem níveis diferenciados
(b) Em todos os níveis
(c) Nível mais alto
(d) Nível mais baixo
(e) Nível intermediário
3.São ativos pertencentes a governança corporativa:
(a) Gestão, Operação, Comercialização, Pessoal, Administração e Terceirização
(b) Gestão, Terceiros, Marketing, Relacionamento, Operação e Vendas
(c) Terceirização, Contratualização, Área Jurídica, Área Financeira, RH e ativos
(d) TI, financeiro, RH, Propriedade Intelectual, físicos e relacionamentos
(e) Métrica, desempenho, responsabilidade, ativos, pessoal e organização
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