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QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Atualizado até março de 2016 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL SENADO FEDERAL Mesa Biênio 2015 – 2016 Senador Renan Calheiros PRESIDENTE Senador Jorge Viana PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE Senador Romero Jucá SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE Senador Vicentinho Alves PRIMEIRO-SECRETÁRIO Senador Zeze Perrella SEGUNDO-SECRETÁRIO Senador Gladson Cameli TERCEIRO-SECRETÁRIO Senadora Ângela Portela QUARTA-SECRETÁRIA SUPLENTES DE SECRETÁRIO Senador Sérgio Petecão Senador João Alberto Souza Senador Elmano Férrer Senador Douglas Cintra Brasília – 2016 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105/2015 X Lei no 5.869/1973 Secretaria de Editoração e Publicações Coordenação de Edições Técnicas Quadro comparativo do código de processo civil. – Brasília : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016. 333 p. Conteúdo: Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 – Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. ISBN: 978-85-7018-729-1 1. Processo civil, legislação, análise comparativa. 2. Brasil. [Código de processo civil (2015)]. 3. Brasil. [Código de processo civil (1973)]. CDDir 341.46 Coordenação de Edições Técnicas Via N2, Secretaria de Editoração e Publicações, Bloco 2, 1o Pavimento CEP: 70165-900 – Brasília, DF E-mail: livros@senado.leg.br Alô Senado: 0800 61 2211 Edição do Senado Federal Diretora-Geral: Ilana Trombka Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga Produzida na Coordenação de Edições Técnicas Coordenadora: Denise Zaiden Santos Conteúdo original cedido pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ Revisão de provas: Thiago Adjuto Projeto gráfico e editoração eletrônica: Raphael Melleiro Ficha catalográfica: Bianca Rossi Capa: Paulo Malheiro Conteúdo atualizado até março de 2016. Sumário Quadro Comparativo do Código de Processo Civil Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Parte Geral Livro I – Das Normas Processuais Civis Título Único – Das Normas Fundamentais e da Aplicação das Normas Processuais 11 Capítulo I – Das Normas Fundamentais do Processo Civil 13 Capítulo II – Da Aplicação das Normas Processuais Livro II – Da Função Jurisdicional 13 Título I – Da Jurisdição e da Ação Título II – Dos Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional 14 Capítulo I – Dos Limites da Jurisdição Nacional Capítulo II – Da Cooperação Internacional 15 Seção I – Disposições Gerais 16 Seção II – Do Auxílio Direto 17 Seção III – Da Carta Rogatória 17 Seção IV – Disposições Comuns às Seções Anteriores Título III – Da Competência Interna Capítulo I – Da Competência 18 Seção I – Disposições Gerais 21 Seção II – Da Modificação da Competência 22 Seção III – Da Incompetência 23 Capítulo II – Da Cooperação Nacional Livro III – Dos Sujeitos do Processo Título I – Das Partes e dos Procuradores 24 Capítulo I – Da Capacidade Processual Capítulo II – Dos Deveres das Partes e de Seus Procuradores 26 Seção I – Dos Deveres 28 Seção II – Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual 28 Seção III – Das Despesas, dos Honorários Advocatícios e das Multas 34 Seção IV – Da Gratuidade da Justiça 37 Capítulo III – Dos Procuradores 38 Capítulo IV – Da Sucessão das Partes e dos Procuradores 39 Título II – Do Litisconsórcio Título III – Da Intervenção de Terceiros Capítulo I – Da Assistência 40 Seção I – Disposições Comuns 40 Seção II – Da Assistência Simples 41 Seção III – Da Assistência Litisconsorcial 42 Capítulo II – Da Denunciação da Lide 43 Capítulo III – Do Chamamento ao Processo 44 Capítulo IV – Do Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica 45 Capítulo V – Do Amicus Curiae Título IV – Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça 45 Capítulo I – Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade do Juiz 47 Capítulo II – Dos Impedimentos e da Suspeição 50 Capítulo III – Dos Auxiliares da Justiça 50 Seção I – Do Escrivão, do Chefe de Secretaria e do Oficial de Justiça 52 Seção II – Do Perito 53 Seção III – Do Depositário e do Administrador 53 Seção IV – Do Intérprete e do Tradutor 54 Seção V – Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais 57 Título V – Do Ministério Público 58 Título VI – Da Advocacia Pública 58 Título VII – Da Defensoria Pública Livro IV – Dos Atos Processuais Título I – Da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais Capítulo I – Da Forma dos Atos Processuais 59 Seção I – Dos Atos em Geral 60 Seção II – Da Prática Eletrônica de Atos Processuais 61 Seção III – Dos Atos das Partes 62 Seção IV – Dos Pronunciamentos do Juiz 63 Seção V – Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria Capítulo II – Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais 63 Seção I – Do Tempo 64 Seção II – Do Lugar Capítulo III – Dos Prazos 65 Seção I – Disposições Gerais 68 Seção II – Da Verificação dos Prazos e das Penalidades Título II – Da Comunicação dos Atos Processuais 69 Capítulo I – Disposições Gerais 70 Capítulo II – Da Citação 76 Capítulo III – Das Cartas 78 Capítulo IV – Das Intimações 80 Título III – Das Nulidades 81 Título IV – Da Distribuição e do Registro 81 Título V – Do Valor da Causa Livro V – Da Tutela Provisória 82 Título I – Disposições Gerais Título II – Da Tutela de Urgência 84 Capítulo I – Disposições Gerais 85 Capítulo II – Do Procedimento da Tutela Antecipada Requerida em Caráter Antecedente 86 Capítulo III – Do Procedimento da Tutela Cautelar Requerida em Caráter Antecedente 87 Título III – Da Tutela da Evidência Livro VI – Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo 93 Título I – Da Formação do Processo 93 Título II – Da Suspensão do Processo 95 Título III – Da Extinção do Processo Parte Especial Livro I – Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença Título I – Do Procedimento Comum 95 Capítulo I – Disposições Gerais Capítulo II – Da Petição Inicial 97 Seção I – Dos Requisitos da Petição Inicial 98 Seção II – Do Pedido 100 Seção III – Do Indeferimento da Petição Inicial 101 Capítulo III – Da Improcedência Liminar do Pedido 101 Capítulo IV – Da Conversão da Ação Individual em Ação Coletiva 103 Capítulo V – Da Audiência de Conciliação ou de Mediação 104 Capítulo VI – Da Contestação 106 Capítulo VII – Da Reconvenção 107 Capítulo VIII – Da Revelia 107 Capítulo IX – Das Providências Preliminares e do Saneamento 107 Seção I – Da Não Incidência dos Efeitos da Revelia 108 Seção II – Do Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor 108 Seção III – Das Alegações do Réu Capítulo X – Do Julgamento Conforme o Estado do Processo 108 Seção I – Da Extinção do Processo 108 Seção II – Do Julgamento Antecipado do Mérito 108 Seção III – Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito 109 Seção IV – Do Saneamento e da Organização do Processo 110 Capítulo XI – Da Audiência de Instrução e Julgamento Capítulo XII – Das Provas 113 Seção I – Disposições Gerais 115 Seção II – Da Produção Antecipada da Prova 116 Seção III – Da Ata Notarial 116 Seção IV – Do Depoimento Pessoal 117 Seção V – Da Confissão 118 Seção VI – Da Exibição de Documento ou Coisa Seção VII – Da Prova Documental 120 Subseção I – Da Força Probante dos Documentos 124 Subseção II – Da Arguição de Falsidade 124 Subseção III – Da Produção da Prova Documental 126 Seção VIII – Dos Documentos Eletrônicos Seção IX – Da Prova Testemunhal 126 Subseção I – Da Admissibilidade e do Valor da Prova Testemunhal 128 Subseção II – Da Produção da Prova Testemunhal 132 Seção X – Da Prova Pericial 136 Seção XI – Da Inspeção Judicial Capítulo XIII – Da Sentença e da Coisa Julgada 137 Seção I – Disposições Gerais 138 Seção II – Dos Elementos e dos Efeitos da Sentença141 Seção III – Da Remessa Necessária 142 Seção IV – Do Julgamento das Ações Relativas às Prestações de Fazer, de Não Fazer e de Entregar Coisa 143 Seção V – Da Coisa Julgada 144 Capítulo XIV – Da Liquidação de Sentença Título II – Do Cumprimento da Sentença 146 Capítulo I – Disposições Gerais 148 Capítulo II – Do Cumprimento Provisório da Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa 150 Capítulo III – Do Cumprimento Definitivo da Sentença que Reconhece a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa 154 Capítulo IV – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Prestar Alimentos 156 Capítulo V – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Pagar Quantia Certa pela Fazenda Pública Capítulo VI – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Fazer, de Não Fazer ou de Entregar Coisa 157 Seção I – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Fazer ou de Não Fazer 159 Seção II – Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de Entregar Coisa Título III – Dos Procedimentos Especiais 159 Capítulo I – Da Ação de Consignação em Pagamento 163 Capítulo II – Da Ação de Exigir Contas Capítulo III – Das Ações Possessórias 164 Seção I – Disposições Gerais 165 Seção II – Da Manutenção e da Reintegração de Posse 166 Seção III – Do Interdito Proibitório Capítulo IV – Da Ação de Divisão e da Demarcação de Terras Particulares 168 Seção I – Das Disposições Gerais 169 Seção II – Da Demarcação 171 Seção III – Da Divisão 175 Capítulo V – Da Ação de Dissolução Parcial de Sociedade Capítulo VI – Do Inventário e da Partilha 177 Seção I – Disposições Gerais 177 Seção II – Da Legitimidade para Requerer o Inventário 178 Seção III – Do Inventariante e das Primeiras Declarações 181 Seção IV – Das Citações e das Impugnações 182 Seção V – Da Avaliação e do Cálculo do Imposto 183 Seção VI – Das Colações 184 Seção VII – Do Pagamento das Dívidas 185 Seção VIII – Da Partilha 187 Seção IX – Do Arrolamento 188 Seção X – Disposições Comuns a Todas as Seções 190 Capítulo VII – Dos Embargos de Terceiro 191 Capítulo VIII – Da Oposição 192 Capítulo IX – Da Habilitação 193 Capítulo X – Das Ações de Família 194 Capítulo XI – Da Ação Monitória 196 Capítulo XII – Da Homologação do Penhor Legal 197 Capítulo XIII – Da Regulação de Avaria Grossa 198 Capítulo XIV – Da Restauração de Autos Capítulo XV – Dos Procedimentos de Jurisdição Voluntária 201 Seção I – Das Disposições Gerais 202 Seção II – Da Notificação e da Interpelação 203 Seção III – Da Alienação Judicial 204 Seção IV – Do Divórcio e da Separação Consensuais, da Extinção Consensual de União Estável e da Alteração do Regime de Bens do Matrimônio 206 Seção V – Dos Testamentos e Codicilos 209 Seção VI – Da Herança Jacente 211 Seção VII – Dos Bens dos Ausentes 213 Seção VIII – Das Coisas Vagas 213 Seção IX – Da Interdição 216 Seção X – Disposições Comuns à Tutela e à Curatela 217 Seção XI – Da Organização e da Fiscalização das Fundações 218 Seção XII – Da Ratificação dos Protestos Marítimos e dos Processos Testemunháveis Formados a Bordo Livro II – Do Processo de Execução Título I – Da Execução em Geral 223 Capítulo I – Disposições Gerais 224 Capítulo II – Das Partes 225 Capítulo III – Da Competência Capítulo IV – Dos Requisitos Necessários para Realizar Qualquer Execução 226 Seção I – Do Título Executivo 228 Seção II – Da Exigibilidade da Obrigação 228 Capítulo V – Da Responsabilidade Patrimonial Título II – Das Diversas Espécies de Execução 231 Capítulo I – Disposições Gerais Capítulo II – Da Execução para a Entrega de Coisa 234 Seção I – Da Entrega de Coisa Certa 235 Seção II – Da Entrega de Coisa Incerta Capítulo III – Da Execução das Obrigações de Fazer ou de Não Fazer 235 Seção I – Disposições Comuns 235 Seção II – Da Obrigação de Fazer 236 Seção III – Da Obrigação de Não Fazer Capítulo IV – Da Execução por Quantia Certa 237 Seção I – Disposições Gerais 237 Seção II – Da Citação do Devedor e do Arresto Seção III – Da Penhora, do Depósito e da Avaliação 238 Subseção I – Do Objeto da Penhora 241 Subseção II – Da Documentação da Penhora, de seu Registro e do Depósito 243 Subseção III – Do Lugar de Realização da Penhora 243 Subseção IV – Das Modificações da Penhora 245 Subseção V – Da Penhora de Dinheiro em Depósito ou em Aplicação Financeira 246 Subseção VI – Da Penhora de Créditos 248 Subseção VII – Da Penhora das Quotas ou das Ações de Sociedades Personificadas 248 Subseção VIII – Da Penhora de Empresa, de Outros Estabelecimentos e de Semoventes 249 Subseção IX – Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa 250 Subseção X – Da Penhora de Frutos e Rendimentos de Coisa Móvel ou Imóvel 251 Subseção XI – Da Avaliação Seção IV – Da Expropriação de Bens 252 Subseção I – Da Adjudicação 254 Subseção II – Da Alienação 263 Seção V – Da Satisfação do Crédito 264 Capítulo V – Da Execução contra a Fazenda Pública 264 Capítulo VI – Da Execução de Alimentos 265 Título III – Dos Embargos à Execução Título IV – Da Suspensão e da Extinção do Processo de Execução 274 Capítulo I – Da Suspensão do Processo de Execução 275 Capítulo II – Da Extinção do Processo de Execução Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação das Decisões Judiciais Título I – Da Ordem dos Processos e dos Processos de Competência Originária dos Tribunais 275 Capítulo I – Disposições Gerais 276 Capítulo II – Da Ordem dos Processos no Tribunal 282 Capítulo III – Do Incidente de Assunção de Competência 283 Capítulo IV – Do Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade 283 Capítulo V – Do Conflito de Competência 284 Capítulo VI – Da Homologação de Decisão Estrangeira e da Concessão do Exequatur à Carta Rogatória 286 Capítulo VII – Da Ação Rescisória 289 Capítulo VIII – Do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas 292 Capítulo IX – Da Reclamação Título II – Dos Recursos 294 Capítulo I – Disposições Gerais 297 Capítulo II – Da Apelação 300 Capítulo III – Do Agravo de Instrumento 303 Capítulo IV – Do Agravo Interno 304 Capítulo V – Dos Embargos de Declaração Capítulo VI – Dos Recursos para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça 306 Seção I – Do Recurso Ordinário Seção II – Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial 307 Subseção I – Disposições Gerais 311 Subseção II – Do Julgamento dos Recursos Extraordinário e Especial Repetitivos 316 Seção III – Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário 317 Seção IV – Dos Embargos de Divergência 318 Livro Complementar – Disposições Finais e Transitórias Quadro Comparativo do Código de Processo Civil Lei no 13.105/2015 X Lei no 5.869/1973 Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 PARTE GERAL LIVRO I – Das Normas Processuais Civis LIVRO I – Do Processo de Conhecimento TÍTULO ÚNICO – Das Normas Fundamentais e da Aplicação das Normas Processuais TÍTULO I – Da Jurisdição e da Ação CAPÍTULO I – Das Normas Fundamentais do Processo Civil Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplina- do e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais. Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. § 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. §2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores pú- blicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Art. 7o É assegurada às partes paridade de trata- mento em relação ao exercício de direitos e facul- dades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. 12 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionali- dade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I – à tutela provisória de urgência; II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; III – à decisão prevista no art. 701. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, prefe- rencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Alterado pela Lei no 13.256/2016.) § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2o Estão excluídos da regra do caput: I – as sentenças proferidas em audiência, homo- logatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II – o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III – o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; IV – as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; V – o julgamento de embargos de declaração; VI – o julgamento de agravo interno; VII – as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII – os processos criminais, nos órgãos jurisdi- cionais que tenham competência penal; IX – a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada. 13QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar- -se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais. § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que: I – tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de dili- gência ou de complementação da instrução; II – se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II. CAPÍTULO II – Da Aplicação das Normas Processuais Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. Art. 15. Na ausência de normas que regulem pro- cessos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. LIVRO II – Da Função Jurisdicional TÍTULO I – Da Jurisdição e da Ação CAPÍTULO I – Da Jurisdição Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. Art. 1o A jurisdição civil, contenciosa e volun- tária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. CAPÍTULO II – Da Ação Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 3o Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Art. 6o Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. Parágrafo único. Havendo substituição processu- al, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: Art. 4o O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; I – da existência ou da inexistência de relação jurídica; 14 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 II – da autenticidade ou da falsidade de docu- mento. II – da autenticidade ou falsidade de documento. Art. 20. É admissível a ação meramente decla- ratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. Art. 5o Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja existência ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes poderá requerer que o juiz a declare por sentença. TÍTULO II – Dos Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional CAPÍTULO I – Dos Limites da Jurisdição Nacional CAPÍTULO II – Da Competência Internacional Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasi- leira processar e julgar as ações em que: Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato pra- ticado no Brasil. III – a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurí- dica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda,à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I – de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasi- leira, com exclusão de qualquer outra: Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasi- leira, com exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao in- ventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; II – proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. III – em divórcio, separação judicial ou dissolu- ção de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 15QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 24. A ação proposta perante tribunal estran- geiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as dis- posições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Art. 90. A ação intentada perante tribunal estran- geiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas. Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. § 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo. § 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o. CAPÍTULO II – Da Cooperação Internacional SEÇÃO I – Disposições Gerais Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará: I – o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; II – a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; III – a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; IV – a existência de autoridade central para re- cepção e transmissão dos pedidos de cooperação; V – a espontaneidade na transmissão de informa- ções a autoridades estrangeiras. § 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. § 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira. § 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as nor- mas fundamentais que regem o Estado brasileiro. § 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: 16 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 I – citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; II – colheita de provas e obtenção de informações; III – homologação e cumprimento de decisão; IV – concessão de medida judicial de urgência; V – assistência jurídica internacional; VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudi- cial não proibida pela lei brasileira. SEÇÃO II – Do Auxílio Direto Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Art. 29. A solicitação de auxílio direto será en- caminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: I – obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos admi- nistrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; II – colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira; III – qualquer outra medida judicial ou extrajudi- cial não proibida pela lei brasileira. Art. 31. A autoridade central brasileira comu- nicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições especí- ficas constantes de tratado. Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não neces- sitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada. Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autori- dade central. Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. 17QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 SEÇÃO III – Da Carta Rogatória VETADO Art. 35. Dar-se-á por meio de carta rogatória o pedido de cooperação entre órgão jurisdicional brasileiro e órgão jurisdicional estrangeiro para prática de ato de citação, intimação, notificação judicial, colheita de provas, obtenção de infor- mações e cumprimento de decisão interlocutória, sempre que o ato estrangeiro constituir decisão a ser executada no Brasil. Razões do Veto “Consultados o Ministério Público Federal e o Supe- rior Tribunal de Justiça, entendeu-se que o disposi- tivo impõe que determinados atos sejam praticados exclusivamente por meio de carta rogatória, o que afetaria a celeridade e efetividade da cooperação jurídica internacional que, nesses casos, poderia ser processada pela via do auxílio direto.” Art. 36. O procedimento da carta rogatória pe- rante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. § 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pro- nunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. § 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. SEÇÃO IV – Disposições Comuns às Seções Anteriores Art. 37.O pedido de cooperação jurídica inter- nacional oriundo de autoridade brasileira compe- tente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à au- toridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido. Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifes- ta ofensa à ordem pública. Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960. 18 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 41. Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacio- nal, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização. Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasi- leiro do princípio da reciprocidade de tratamento. TÍTULO IV – Dos Órgãos Judiciários e dos Auxiliares da Justiça TÍTULO III – Da Competência Interna CAPÍTULO I – Da Competência CAPÍTULO I – Da Competência SEÇÃO I – Disposições Gerais Art. 42. As causas cíveis serão processadas e de- cididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. Art. 86. As causas cíveis serão processadas e de- cididas, ou simplesmente decididas, pelos órgãos jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem juízo arbitral. Art. 43. Determina-se a competência no momen- to do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Art. 87. Determina-se a competência no mo- mento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimi- rem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. CAPÍTULO III – Da Competência Interna SEÇÃO I – Da Competência em Razão do Valor e da Matéria Art. 91. Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código. Art. 92. Compete, porém, exclusivamente ao juiz de direito processar e julgar: I – o processo de insolvência; II – as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa. SEÇÃO II – Da Competência Funcional Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da República e de organi- zação judiciária. A competência funcional dos juí- zes de primeiro grau é disciplinada neste Código. Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determi- nada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constitui- ções dos Estados. 19QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empre- sas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: I – de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. § 1o Os autos não serão remetidos se houver pe- dido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação. § 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. § 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. SEÇÃO III – Da Competência Territorial Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será de- mandado no foro de qualquer deles. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será de- mandado no foro de qualquer deles. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encon- trado ou no foro de domicílio do autor. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor. § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou resi- dência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 3o Quando o réu não tiver domicílio nem resi- dência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. § 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. § 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. § 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem com- petência absoluta. 20 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a par- tilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Art. 96. O foro do domicílio do autor da heran- ça, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de dispo- sições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: Parágrafo único. É, porém, competente o foro: I – o foro de situação dos bens imóveis; I – da situação dosbens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; II – do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes. III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testa- mentárias. Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testa- mentárias. Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se pro- cessará no foro do domicílio de seu representante. Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Ter- ritório é competente: I – para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente; II – para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente. Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal. Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos remetidos ao juiz compe- tente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo. Excetuam-se: I – o processo de insolvência; II – os casos previstos em lei. Art. 53. É competente o foro: Art. 100. É competente o foro: I – para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: I – da residência da mulher, para a ação de separa- ção dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 21QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 II – de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; II – do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; III – do domicílio do devedor, para a ação de anu- lação de títulos extraviados ou destruídos; III – do lugar: IV – do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica; b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu; c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica; d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; IV – do lugar do ato ou fato para a ação: V – do lugar do ato ou fato: a) de reparação de dano; a) para a ação de reparação do dano; b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios. V – de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato. Art. 101. (Revogado pela Lei no 9.307/1996.) SEÇÃO II – Da Modificação da Competência SEÇÃO IV – Das Modificações da Competência Art. 54. A competência relativa poderá modifi- car-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. § 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. § 2o Aplica-se o disposto no caput: I – à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; II – às execuções fundadas no mesmo título executivo. § 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 22 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propos- tas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente. Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência terri- torial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judici- ária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel. Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal. Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação principal. Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declara- tória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente. Art. 110. Se o conhecimentoda lide depender necessariamente da verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no andamento do processo até que se pronuncie a justiça criminal. Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias, contados da intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, decidindo o juiz cível a questão prejudicial. Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes. Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. Art. 63. As partes podem modificar a compe- tência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressa- mente a determinado negócio jurídico. § 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e su- cessores das partes. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e su- cessores das partes. § 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. SEÇÃO III – Da Incompetência SEÇÃO V – Da Declaração de Incompetência Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de con- testação. Art. 112. Argui-se, por meio de exceção, a in- competência relativa. 23QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu. § 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. Art. 113. A incompetência absoluta deve ser de- clarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. § 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas. § 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompe- tência. § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhi- da, os autos serão remetidos ao juízo competente. § 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja profe- rida, se for o caso, pelo juízo competente. Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar. Art. 66. Há conflito de competência quando: Art. 115. Há conflito de competência: I – 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; I – quando dois ou mais juízes se declaram com- petentes; II – 2 (dois) ou mais juízes se consideram incom- petentes, atribuindo um ao outro a competência; II – quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes; III – entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvér- sia acerca da reunião ou separação de processos. III – quando entre dois ou mais juízes surge contro- vérsia acerca da reunião ou separação de processos. Parágrafo único. O juiz que não acolher a compe- tência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo. CAPÍTULO II – Da Cooperação Nacional Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recí- proca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores. Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para prática de qualquer ato processual. Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: I – auxílio direto; II – reunião ou apensamento de processos; III – prestação de informações; 24 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 IV – atos concertados entre os juízes cooperantes. § 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime previsto neste Código. § 2o Os atos concertados entre os juízes coo- perantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para: I – a prática de citação, intimação ou notificação de ato; II – a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos; III – a efetivação de tutela provisória; IV – a efetivação de medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; V – a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recuperação judicial; VI – a centralização de processos repetitivos; VII – a execução de decisão jurisdicional. § 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário. LIVRO III – Dos Sujeitos do Processo TÍTULO I – Das Partes e dos Procuradores TÍTULO II – Das Partes e dos Procuradores CAPÍTULO I – Da Capacidade Processual CAPÍTULO I – Da Capacidade Processual Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 7o Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. Art. 8o Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: Art. 9o O juiz dará curador especial: I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; I – ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. II – ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Parágrafo único. Nas comarcas onde houver repre- sentante judicial de incapazes ou de ausentes, a este competirá a função de curador especial. Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regi- me de separação absoluta de bens. Art. 10. O cônjuge somente necessitará do con- sentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários. § 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: § 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações: I – que verse sobre direito realimobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação abso- luta de bens; I – que versem sobre direitos reais imobiliários; II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; II – resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos praticados por eles; 25QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; III – fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja execução tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus bens reservados; IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. IV – que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóveis de um ou de ambos os cônjuges. § 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispen- sável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispen- sável nos casos de composse ou de ato por ambos praticados. § 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Art. 11. A autorização do marido e a outorga da mulher podem suprir-se judicialmente, quando um cônjuge a recuse ao outro sem justo motivo, ou lhe seja impossível dá-la. Parágrafo único. A falta de consentimento, quan- do necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo. Parágrafo único. A falta, não suprida pelo juiz, da autorização ou da outorga, quando necessária, invalida o processo. Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I – a União, pela Advocacia-Geral da União, dire- tamente ou mediante órgão vinculado; I – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores; II – o Estado e o Distrito Federal, por seus pro- curadores; III – o Município, por seu prefeito ou procurador; II – o Município, por seu Prefeito ou procurador; IV – a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V – a massa falida, pelo administrador judicial; III – a massa falida, pelo síndico; VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador; IV – a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII – o espólio, pelo inventariante; V – o espólio, pelo inventariante; VIII – a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; VI – as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando, por seus diretores; IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; VII – as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens; X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, re- presentante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; VIII – a pessoa jurídica estrangeira, pelo geren- te, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, parágrafo único); XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico. IX – o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico. § 1o Quando o inventariante for dativo, os suces- sores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. § 1o Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte. § 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. § 2o As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não poderão opor a irregu- laridade de sua constituição. § 3o O gerente de filial ou agência presume-se au- torizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. § 3o O gerente da filial ou agência presume-se au- torizado, pela pessoa jurídica estrangeira, a receber citação inicial para o processo de conhecimento, de execução, cautelar e especial. 26 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 § 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável para ser sanado o defeito. § 1o Descumprida a determinação, caso o proces- so esteja na instância originária: Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providência couber: I – o processo será extinto, se a providência couber ao autor; I – ao autor, o juiz decretará a nulidade do pro- cesso; II – o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; II – ao réu, reputar-se-á revel; III – o terceiro será considerado revel ou excluí- do do processo, dependendo do polo em que se encontre. III – ao terceiro, será excluído do processo. § 2o Descumprida a determinação em fase recur- sal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: (Ver Súmula STJ no 115.) I – não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II – determinará o desentranhamento das con- trarrazões, se a providência couber ao recorrido. CAPÍTULO II – Dos Deveres das Partes e de Seus Procuradores CAPÍTULO II – Dos Deveres das Partes e dos Seus Procuradores SEÇÃO I – Dos Deveres SEÇÃO I – Dos Deveres Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; II – proceder com lealdade e boa-fé; II – não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III – não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV – não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito. IV – cumprir com exatidão as decisões jurisdicio- nais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V – cumprir com exatidão os provimentos man- damentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizan- do essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 27QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSOCIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo cons- titui ato atentatório ao exercício da jurisdição, po- dendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado. § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valor da causa for irrisório ou ines- timável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do es- tado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o. § 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que par- ticipe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados. Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apre- sentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las. § 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertirá o advogado que não as use, sob pena de lhe ser cassada a palavra. § 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determi- nará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. 28 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 SEÇÃO II – Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual SEÇÃO II – Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I – deduzir pretensão ou defesa contra texto ex- presso de lei ou fato incontroverso; I – deduzir pretensão ou defesa contra texto ex- presso de lei ou fato incontroverso; II – alterar a verdade dos fatos; II – alterar a verdade dos fatos; III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal; III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo; IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI – provocar incidente manifestamente infun- dado; VI – provocar incidentes manifestamente infun- dados. VII – interpuser recurso com intuito manifesta- mente protelatório. VII – interpuser recurso com intuito manifesta- mente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requeri- mento, condenará o litigante de má-fé a pagar mul- ta não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. § 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidaria- mente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 1o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solida- riamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. § 2o O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento. SEÇÃO III – Das Despesas, dos Honorários Advocatícios e das Multas SEÇÃO III – Das Despesas e das Multas Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título. Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até a plena satisfação do direito declarado pela sentença. § 1o O pagamento de que trata este artigo será feito por ocasião de cada ato processual. § 1o Incumbe ao autor adiantar as despesas re- lativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica. § 2o Compete ao autor adiantar as despesas rela- tivas a atos, cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público. 29QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 § 2o A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou. (Ver art. 20, § 2o.) Art. 83. O autor, brasileiro ouestrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorá- rios de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. § 1o Não se exigirá a caução de que trata o caput: I – quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; II – na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; III – na reconvenção. § 2o Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter. Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remunera- ção do assistente técnico e a diária de testemunha. Art. 20. § 2o As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, como também a indenização de viagem, diária de testemunha e remuneração do assistente técnico. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (Ver Súmula STF no 472.) Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os ho- norários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. § 1o O juiz, ao decidir qualquer incidente ou re- curso, condenará nas despesas o vencido. § 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, pro- visório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. Art. 34. Aplicam-se à reconvenção, à oposição, à ação declaratória incidental e aos procedimentos de jurisdição voluntária, no que couber, as dispo- sições constantes desta seção. § 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: Art. 20. § 3o Os honorários serão fixados entre o míni- mo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: I – o grau de zelo do profissional; a) o grau de zelo do profissional; II – o lugar de prestação do serviço; b) o lugar de prestação do serviço; III – a natureza e a importância da causa; c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. § 3o Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os cri- térios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes percentuais: I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econô- mico obtido até 200 (duzentos) salários mínimos; 30 QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco- nômico obtido acima de 200 (duzentos) salários mínimos até 2.000 (dois mil) salários mínimos; III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco- nômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários mínimos até 20.000 (vinte mil) salários mínimos; IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito eco- nômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários mínimos até 100.000 (cem mil) salários mínimos; V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários mínimos. § 4o Em qualquer das hipóteses do § 3o: I – os percentuais previstos nos incisos I a V de- vem ser aplicados desde logo, quando for líquida a sentença; II – não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado; III – não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa; IV – será considerado o salário mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação. § 5o Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econô- mico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3o, a fixação do percentual de honorários deve obser- var a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente. § 6o Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de impro- cedência ou de sentença sem resolução de mérito. § 7o Não serão devidos honorários no cumpri- mento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada. § 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o. Art. 20. § 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver con- denação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação equitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas “a”, “b” e “c” do parágrafo anterior. 31QUADRO COMPARATIVO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 § 9o Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas. Art. 20. § 5o Nas ações de indenização por ato ilícito contra pessoa, o valor da condenação será a soma das prestações vencidas com o capital necessário a produzir a renda correspondente às prestações vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, também mensalmente, na forma do § 2o do refe- rido art. 602, inclusive em consignação na folha de pagamentos do devedor. § 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo. § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os ho- norários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabe- lecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento. § 12. Os honorários referidos no § 11 são cumu- láveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77. § 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados im- procedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para todos os efeitos legais. § 14. Os honorários constituem direito do advo- gado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial. (Ver Súmula STJ no 306.) § 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14. § 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão
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