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Sumário • Introdução • História como surgiu • Aplicações • Como é realizado • Vantagens e desvantagens • Tipos de prototipagem rápida • PR líquidos • Estereolitografia • Peachy Printer • Impressão à Jato de Tinta (IJP) – PolyJet - Objet • Impressão a jato de tinta (IJP) – InVision - 3D Systems • Curiosidades • Conclusão Ao decorrer dos anos é notório a intensificação da concorrência, aliada à crescente complexidade dos produtos fabricados e o avanço da tecnologia tem exigido das empresas alterações substanciais no processo de desenvolvimento de produtos (PDP) visando melhor gestão no desenvolvimento. Estas alterações envolvem tanto aspectos de gestão do processo de desenvolvimento, como também o emprego de novas tecnologias, analise, simulação e otimização dos componentes fabricados. Dentre todas as atividades envolvidas no PDP, a utilização de protótipo físico é essencial para melhorar a comunicação entre os envolvidos no processo, reduzir a possibilidade de falhas e melhorar a qualidade do produto. Prototipagem Rápida Os principais processos de fabricação mecânicos possuem princípios normalmente derivados da fusão e posteriormente moldagem do material (ex. vários tipos de fundição de metais em moldes permanentes ou não, moldagem por injeção de plásticos, etc) da remoção de material, até se chegar à forma desejada (torneamento, fresamento, furação, retífica, eletro erosão, usinagem química, eletroquímica, etc.) da conformação, que são aqueles que geram a geometria final da peça a partir da deformação plástica do material inicial (ex. forjamento, conformação e estampagem de chapas, extrusão, laminação, metalurgia do pó, entre outros) e da adição de material ( soldagem, brasagem, colagem, entre outros – que podem promover a junção de partes mais simples para compor uma peça mais complexa Computer No final da década de 80, um novo processo foi desenvolvido baseado também na adição de material, mas com a diferença de esta ser em camadas planas. Um grande diferencial deste em relação aos demais processos de adição é a facilidade de sua automatização, dispensando moldes e ferramentas, minimizando consideravelmente a intervenção do operador durante o processo. Isto foi alcançado, pois o mesmo utiliza as informações geométricas da peça a ser fabricada diretamente do sistema CAD (Computer Aided Design) Aided Design Devido ao fato de a concepção deste processo de fabricação ter sido aplicada inicialmente na produção rápida de peças visando uma primeira materialização de ideia (protótipos), sem muitas exigências em termos de resistência e precisão, o mesmo foi denominado de . Apesar de vários autores terem sugeridos outros nomes, talvez tecnicamente mais apropriados, tais como: Manufatura por Camadas (layer manufacturing) Fabricação de Forma Livre (Solid Freeform Fabrication) Manufatura de Bancada (Desktop Manufacturing) Manufatura Acrescendo Material (Material Incress Manufacturing) No entanto mesmo depois dos processos terem sido aprimorados a ponto de alguns poderem ser utilizados para a fabricação de peças para uso em produtos finais a denominação prototipagem rápida ainda persiste. Devido a importância e a potencialidade, que derivam da grande economia em tempo de fabricação e capacidade para fabricar geometrias complexas, o aparecimento da RP pode ser considerado um marco em termos de tecnologias de manufatura. O conceito de construção de objetos físicos através de camadas não é uma ideia nova, sim, remonta a aplicação bastante antigas, como a construção de pirâmides egípcias, com a sobreposição de blocos. partir de duas grandes áreas técnicas: a topografia e a fotoescultura. Ana área da topografia, a primeira grande aplicação do método de construção atraves de camadas deve-se a Blanther, que, por volta de 1890, desenvolveu um método para a construção de moldes para mapas de relevo topográfico. Diversos refinamentos do método proposto por Blanther foram desenvolvidos nos anos seguintes com outros materiais como papel cartão por Perera em 1940, e placas transparentes por Zang (1964) e Gaskin (1973), Blanther desenvolveu um método para a construção de moldes para mapas de relevo topográfico 1890 1940 1964 1973 Perera variação com papel cartão Zang variação com placas transparentes Gaskin Em 1972 Matsubara, da Mitsubishi Motors, propôs um método de construção a partir de uma resina fotopolimerizável. DiMatteo em 1974 verificou que a mesma técnica poderia ter grandes utilidade na fabricação de superfícies de geometria complexa, difíceis de serem obtidas pelos métodos tradicionais de fabricação. Em 1979, o professor Takeo Nakagawa da universidade de Tóquio utilizou-se das técnicas de construção por adição de camadas para fabricar moldes por injeção, utilizando técnicas de laminação para a produção de ferramentas de estampagem. Matsubara, construção a partir de resina fotopolimerizável 1972 1974 1979 DiMatteo, aplica a técnica para construção de geometria complexa Takeo Nakagawa, utiliza a técnica para fabricar moldes por injeção. especificamente em 1935, Morioka desenvolveu no Japão um processo combinando técnicas de fotoescultura e topografia. O processo de Morioka consistia basicamente no uso de uma luz estruturada (luz negra), para criar linhas de contorno do objeto a ser reproduzido Em 1951, Munz [apud beaman] propôs um sistema precursor da técnica atual de estereolitografia. A técnica de Munz consistia de um sistema com exposição seletiva de seções transversais do objeto a ser desenvolvido, sobre uma emulsão foto transparente. Ao termino da produção de uma camada, um pistão era acionado abaixando a plataforma e adicionando-se a quantidade apropriada de emulsão e do agente fixador para o início da produção da próxima camada e assim sucessivamente Fotoescultura é uma técnica desenvolvida no século XIX, com intuito de criar réplicas exatas de objetos, incluindo-se formas humanas. Uma das realizações de sucesso desta tecnologia foi desenvolvida por Frenchman François Willème. 1860... 1935 1951 Morioka, desenvolveu técnica de fotoescutra e topografia, com luz estruturadas. Munz, propõem sistema de posteriormente seria a estereolitografia. Em 1968, Swainson propôs um processo para a fabricação direta de modelos de plástico pela polimerização seletiva de um polímero fotossensível com a intersecção de dois feixes de laser. O processo de formação do objeto ocorre devido a reação fotoquímicas ou pela degradação do polímero pela isercção dos feixes de laser. Um processo utilizando pós de diversos materiais com a propriedade de serem fundidos da exposição a feixes de laser ou plasma, foi proposto por Ciraud em 1972. 1868 1972 1982 Swainson propôs um processo para a fabricação direta de modelos de plástico pela polimerização seletiva de um polímero fotossensível. Ciraud, utilizando pó de materiais para fundir com exposição a feixes de laser. Herbert, propõe sistema de polimerização de resina através da cura de raios UV. Na área de fotopolimerização, em 1982, Herbert, da empresa 3M propôs um sistema, no qual um feixe de laser ultravioleta (UV) polimerizava uma camada através de um sistema de prisma em uma plotter X-Y. No processo proposto por Hebert, um computador era utilizado para comandar os movimento do feixe de laser no plano X-Y. Após o termino da polimerização da camada, esta era abaixada aproximadamente em 1mm e nova quantidade de líquido fotopolimerizável era adicionada para a construção da próxima camada. Todos os trabalhos de pesquisas, técnicas e processos desenvolvidos tanto nos conceitos da fotoescultura quanto na topografia, ou mesmo no desenvolvimento de produtos, acabaram por dar origem às atuaistécnicas de prototipagem rápidas. Todavia, estas técnicas passaram a ser empregadas comercialmente somente após o aparecimento do primeiro equipamento de RP, o SLA-1 (StereoLithography apparatus), pela empresa americana 3D Systems, em 1987. É coerente dizer que as raízes da prototipagem rápida são derivadas em grande parte de duas áreas, são elas: A Topografia e a Fotoescultura. Em 1951, surgiu a máquina que pode ser considerada a precursora da atual técnica de Estereolitografia. Em 1982, a empresa 3M foi inovador em propor um sistema no qual o feixe de laser UV polimerizava uma camadas de produtos fotopolimerizável através de um sistema de prismas em uma plotter X-Y. Em 1987 a empresa americana 3d Systems revolucionou o mercado com o equipamento que permitia a prototipagem rápida através da Estereolitografia. A prototipagem rápida mostra-se útil nos mais diversos campos de aplicação, desde setores diretamente ligados à fabricação de peças mecânicas para automóveis, aviação, setores aeroespacial e militar e até mesmo maquinário pesado como também áreas não diretamente correlatas como design (desde peças decorativas até embalagens de produtos), medicina dentre outros A aplicação da prototipagem rápida apresenta aproximadamente a divisão (em percentual) do gráfico apresentado ao lado.32% 18%11% 9% 9% 8% 5% 8% Aplicação da prototipagem Motor Vehicles Consumer products Business machines Medical Academic Aerospace Government/Military Others 40 20 5 40 40 15 20 20 80 DE 1996 EM DIANTE DE 1991-1996 DE 1988-1991 Manufatura e Ferramental Engenharia, Análise e Planejamento Projeto Existem diversas técnicas de criação de modelos a partir da prototipagem rápida. Em geral cria-se um modelo 3D no CAD ou importa-se para o CAD um modelo previamente scanneado de uma peça já existente, a qual se deseja recriar com programa adequado e a partir daí escolhe-se uma técnica de prototipagem rápida para se reproduzir fisicamente a peça. 1. Criar ou importar um modelo em 3D no computador utilizando o CAD 2. Converter o modelo feito no CAD para o formato STL (mais usado) ou outro qualquer 3. Fatiar o modelo de extensão STL em camadas de fina espessura 4. Construção do modelo a partir do empilhamento dessas camadas 5. Acabamento do modelo (seja este a cura do protótipo, ou posteriores tratamentos da superfície do material) Ao se comparar a prototipagem rápida à técnicas de fabricação, encontra-se as seguintes vantagens e desvantagens: 1. Não é necessário ferramental especial para fixação da peça em plataformas de construção, uma vez que os suportes são criados pela própria tecnologia. 2. A prototipagem rápida não apresenta tantas dificuldades na construção de peças de geometria de alto grau de complexidade, quando comparada com outros processos. 3. Não há a necessidade de troca do ferramental de trabalho (como no caso de troca de pastilhas na usinagem ao final de sua vida útil) 4. Em geral não é necessário mais de um equipamento para construção da peça (somente no caso de necessidade de cura ao final do processo se necessitará outro equipamento. 5. Por se tratar de construções em planos, essa técnica não demanda cálculos de trajetória complexa no espaço. 6. Redução do tempo de construção de peças de geometrias complexas quando comparado aos outros métodos. 1. Não existem regras e normalizações claras à nível internacional, principalmente quanto ao arquivo numérico. O tipo mais usado atualmente é o STL, porém muito se discute para uma possível mudança ao formato AMF. 2. A preparação do pó é decisiva. O tempo de secagem é de extrema importância pois a humidade pode por em risco a qualidade da peça. Logo, de nada adianta investir no maquinário sem o devido treinamento dos trabalhadores. 3. São necessárias etapas de acabamento ao final de fabricação de cada peça, dentre elas , processos para aliviar tensões residuais devido à fusão da matéria. 4. Limitações na quantidade de protótipos fabricados por motivos econômicos. 5. O medo correlacionado à perda de dados confidenciais, uma vez que não se tem um sistema altamente eficiente correlacionado aos arquivos eletrônicos deste tipo. Existem diversos sistemas de prototipagem rápida disponíveis no mercado, que basicamente, se baseiam-se no mesmo princípio de adição de camadas planas. Estas tecnologias são agrupadas pelo estado ou forma inicial da matéria-prima utilizada na fabricação. Esta classificação é flexível pois algumas técnicas são capazes de utilizar suas matérias primas em diferentes estados (caso da IJP). Esses processos, portanto, são baseados em três tipos distintos de matéria prima: Líquido, Sólido e Pó. RP baseada no estado inicial da matéria prima Baseado em Líquidos Baseados em sólidos Baseados em pó Estereolitografia - SL (StereoLithography) Modelagem por Fusão e Deposição -FDM (Fused Deposition Modeling) Sintetização Seletiva a Laser - SLS (Selective Laser Sintering) Impressão a Jato de Tinta - IJP (Ink jet printing) - Polyjet Manufatura Lminar de Objetos - LOM (laminated Objetct Manufacturing) Sintetização a Laser (Laser Sintering) - EOSINT IJP - InVision Tencologia com Lâminas de Papel - PLT (Paper Lamination Technology) Impressão Tridimensional - 3DP ( 3 Dimensional Printing) IJP - ThermoJet Fabricação da Forma Final a Laser - LENS (Laser Engineered Net Shaping) IJP - Benchtop 3DP - ProMetal Baseados em Líquido: A matéria prima utilizada na fabricação da peça encontrasse no estado líquido antes do processamento. Nesta categoria encontra-se tecnologias envolvendo a polimerização de resina líquida por laser UV, jateamento de resina líquida ( similar a um processo de impressão à jato de tinta) seguida de cura pela exposição à luz UV dentre outros. Estereolitografia (SL) – 3D Systems Patenteado em 1986, a estereolitografia é considerada a técnica que iniciou a revolução da prototipagem rápida, possibilitando a disponibilização comercial desta técnica. Matéria-prima: resina fotocurável A cura é obtida por meio de exposição desta resina em geral a um laser de comprimento de onda na faixa ultravioleta. Após preenchimento do recipiente com a resina fotocurável inicia-se a construção da peça. O laser reproduz a geometria em 2D obtida pelo fatiamento da peça em CAD. Ao se expor ao feixe de laser a resina se polimeriza, solidificando-se portanto e gerando uma camada. A plataforma abaixa e o processo anterior é repetido para a camada de cima. Esta rotina é continuada até o final da fabricação da peça. Caso as peças tenham partes desconectadas um suporte do mesmo material da peça é criado para que não ocorra flutuação ou afundamento da parte solta. A peça em estado “verde” necessita limpeza 16 com solvente, seguida de remoção cuidadosa do suporte, sendo posteriormente levada à um forno UV para sua cura completa. Pode ser necessário subsequente acabamento superficial manual . https://www.youtube.com/watch?v=E eiWtxi-mSw Quais as vantagens? É difundida mundialmente Boa Precisão Qualidade superficial alta, se comparada com outros métodos Quais as desvantagens? Necessidade de suporte para construção de regiões não conectadas Em geral necessita de pós cura em forno UV A matéria prima (resinas poliméricas), em geral, são danosas ao operador da máquina A ciência básica da stereolitografia está lá: lasers e resina. Entretanto, no lugar da mecânica complicada que move a cabeça do laser e controla a altura da plataforma, ele desenvolveu uma técnica completamente nova. O percurso que o laser precisa fazer para completar o objeto é calculado pelo computador, através de um software especial. Este percurso é então transformado em um sinal analógico, queé enviado à impressora pela placa de som, através da saída de fone de ouvido do computador. Com este sinal, a Peachy move dois espelhos, que refletem o laser na posição desejada. Para subir a resina, em vez da plataforma mecânica, ele simplesmente injeta água no reservatório da máquina. A resina, menos densa, se eleva à medida que o tanque enche.O computador faz então o cálculo e as correções necessárias. Como não possui partes mecânicas, a construção da máquina custa muito menos e ainda consegue ser mais compacta e com fiável. http://blog.fazedores.com/estereolitografia- outra-forma-de-imprimir-em-3d/ Matéria prima: resinas e materiais tipo gel, ambos fotocuráveis. Como funciona? Tem como principio básico a deposição de pequenas gotas de resina em uma bandeja seguida da cura por luz UV, lançada logo após a deposição da resina . O processo de construção é feito em camadas, porém neste caso o suporte pode ser removido facilmente e o operador não fica exposto à resina uma vez que ela vem em cartuchos segundo o fabricante. https://www.youtube.com/watch?v=D4 Yq3glEyec 1:09 até 5:05 • Possui boa precisão • Boa qualidade superficial. • Não necessitando pós-cura (A resina é totalmente curada durante a deposição) • Não utiliza laser, economizando-se assim energia. • Apresenta também fácil remoção do suporte (manual ou por jateamento de água). Também necessita de suportes para partes não conectadas. Obs.: A impressão à jato de tinta também pode ser considerada uma técnica baseada em sólido, bastando para isso que a matéria prima seja derretida antes de sua utilização Impressão a jato de tinta (IJP) – InVision - 3D Systems Principio muito similar ao relatado anteriormente Matéria prima: resina epóxi com 30% de cera, sendo o suporte confeccionado com um material de características semelhante à cera. Como funciona? Para retirada do suporte é necessária uma etapa de pós processamento em forno sendo este tempo proporcional à quantidade de suporte a ser removida. Vantagens e Desvantagens: Apresenta as mesmas vantagens e desvantagens da IJP da Polyjet salvo que esta precisa de pós processamento para retirada de suportes Base de Cura Sólida (SGC, Solid Ground Curing) – Z Corporation Este processo é de grande similaridade com o método SL, uma vez que ambos utilizam luz UV para fazer a cura de resinas fotocuráveis. A diferença entre esse e o processo anterior, é que o SGC cura uma camada inteira de uma vez. O processo tem início quando a resina foto- sensível é aspergida sobre a plataforma de construção. Em seguida a maquina gera uma foto-mascara correspondente a camada a ser construída, sendo essa impressa sobre uma placa de vidro em processo similar ao das máquinas de fotocópias. Esta máscara é então exposta à radiação UV, a qual passa através de porções transparentes da mascara, endurecendo portanto seletivamente a camada de construção atual. Ocorrida a cura da resina, seu excesso é succionado por vácuo e em seguida, cera é borrifada em seu lugar, servindo de suporte para construção da próxima camada ou de partes desconexas da peça. A superfície é planificada por meio de fresamento e em seguida é dado início à construção da nova camada. Após finalização da peça a cera é removida por meio de imersão num banho de solvente. Essas máquinas são de grande porte, construindo também protótipos de grande porte. • Referências • Volpato, N., et al, 2007, Prototipagem Rápida – Tecnologias e Aplicações. 1 ed. São Paulo, Edgard Blucher. • ‘‘An Introduction to Rapid Prototyping’’. Disponível em: http://www.efunda.com/processes/rapid_prototyping/intro.cfm .Acesso em : 06/09/2016 • LESKO, Jim. Design industrial: materiais e processos defabricação. São Paulo: E. Blucher,2004.
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