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Coração - Anatomia

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1 
Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
CORAÇA O 
É o órgão central da circulação. Está localizado no tórax, na porção média do mediastino inferior, dentro do saco 
pericárdio. Descansa sobre o m. diafragma (centro tendineo do diafragma), está entre os 2 pulmões, se continua pelos 
vasos da base do coração. 
É um órgão eminentemente muscular, como uma BOMBA MUSCULAR. Tem o formato de pirâmide de 3 lados, 
com: 
 APICE: inferior, interior e esquerdo; 
 BASE: superior, posterior e direita. 
As faces são as partes musculares que compõem os ventrículos, enquanto que a emergência dos grandes vasos 
que entram e saem do coração e os átrios são considerados estruturas das base do coração. 
A pirâmide propriamente dita VENTRICULAR, com seu ápice esquerdo e anterior. Possui 3 lados: 
1. FACE ANTERIOR: ESTERNOCOSTAL (está em contato com o esterno e com as costelas) 
2. FACE INFERIOR: DIAFRAGMATICA (descansa sobre o centro tendineo do diafragma) 
3. FACE LATERAL – esquerda; PULMONAR (está em contado com o pulmão esquerdo) 
Observando a face esternocostal nota-se um sulco que separa os 3 lados da pirâmide da base do coração. É o SULCO 
ATRIO-VENTRICULAR-CORONÁRIO: ele faz volta pelo coração e chega até a borda lateral esquerda da 
emergência a A. pulmonar (vaso mais anterior do tórax). 
Do sulco coronário anteriormente, um segundo sulco em disposição ao ápice do coração, é o SULCO 
INTERVENTRICULAR ANTERIOR. Ele corresponde na profundidade ao septo que separa o ventriculo direito do 
esquerdo. Na face anterior predomina a câmara ventricular direita. 
O ápice do coração corresponde ao APICE DO VENTRICULO ESQUERDO. 
Esses sulcos são preenchidos por gordura e no meio dela há as artérias coronárias e as veias cardíacas. 
Ainda na face anterior, observamos o ATRIO DIREITO e uma expansão anterior desse átrio que se projeta por diante 
da emergência da A. AORTA: a AURICULA DIREITA, de forma triangular. A aurícula esquerda tem a forma de 
dedo de luva e “abraça” os grandes vasos. 
Observando-se a BASE do coração (posterior, superior e direita) tem-se os 2 atrios e os vasos que entram e saem do 
coração. 
Há um sulco entre os átrios: SULCO INTERATRIAL. 
Há outro sulco que vai da veia cava superior até a veia cava inferior: é o SULCO TERMINAL, situado no atrio 
direito e corresponde, no seu interior, uma saliência: a CRISTA TERMINAL. Nesse ponto, se fundem as 2 porções 
embrionárias distintas do AD. 
Atrás do sulco são as porções do coração que se originam do primitivo seio venoso do embrião. 
Há, na base, a A. PULMONAR, que tem um tronco comum e se bifurca abaixo do arco da aorta dando origem aos 
ramos esquerdo e direito da a. pulmonar (um de cada lado). 
Há o ARCO AORTICO, as VEIAS CAVAS superior e inferior e as VEIAS PULMONARES. 
Na vista postero-inferior ou na face diafragmática, há um sulco que parte do sulco coronário e vai em direção ao 
ápice do coração: o SULCO INTERVENTRICULAR POSTERIOR, que faz a divisão posterior e medial do 
ventrículo direito com o esquerdo. 
 
2 
Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
Há uma continuidade entre o sulco interatrial e o sulco interventricular posterior com o sulco coronário dividindo-os. 
Esse cruzamento dos sulcos chama-se de CRUX CORDIS. É um ponto de reparo importante, para identificar o SEIO 
VENOSO CORONARIO, que se desemboca no AD exatamente no ponto da cruz cardíaca. 
Na FACE LATERAL (PULMONAR) ESQUERDA a cavidade que predomina é o ventrículo esquerdo. 
SINTOPIA: 
Atrás da parede posterior do coração esta a parede anterior do esôfago. Essa sintopia é importante pois em casos de 
lesão da válvula mitral, o atrio esquerdo se dilata e se projeta para trás, empurrando o esôfago e facilitando a visão da 
lesão. 
O coração, derivado de um vaso sanguineo, possui 3 camadas características: 
 Interna – revestida por endotélio, é o ENDOCARDIO; 
 Média – é o MIOCARDIO (músculo cardíaco) 
 Externa – serosa, é o PERICÁRDIO. 
As espessuras do miocárdio são variáveis de câmara para câmara. 
Os átrios possuem o miocárdio delgado, pois a sua capacidade de bomba é pequena. 
O ventrículo direito tem que bombear sangue para pequena circulação, sua capacidade de bomba é um pouco maior e 
o miocárdio também. 
O venticulo esquerdo possui miocárdio 3X mais desenvolvido que o VD, pois ele bombeia sangue através da A. aorta 
para todo o corpo, necessitando de maior musculatura. 
Qualquer lesão pode hiper ou hipotrofiar a musculatura dessas câmaras. 
O SEPTO INTERVENTRICULAR acompanha a mesma espessura da parede do VE, pois a dinâmica de contração 
dos ventrículos é diferente: 
O VE tem o formato de cone e quando se contrai, o faz simetricamente; 
O VD se acopla contra o septo interventicular e ele se contrai contra o septo interventricular. 
O septo interventricular é 90% muscular, porem, na porção mais alta junto do plano atrioventricular há uma parede 
delgada e membranosa. Isso é importante para o sistema de marcapasso. 
Os átrios são câmaras predominantemente posteriores e ventrículos são anteriores. 
 
ATRIO DIREITO (AD) 
Estende-se desde a veia cava superior até a veia cava inferior (trazem sangue venoso do corpo para o coração). É 
alongado. A parede do atrio atrás do sulco terminal é completamente lisa. A parede do atrio adiante do sulco terminal 
é toda trabeculada por saliências musculares, o chamado MUSCULO PECTINEO DOS ATRIOS. Ele se continua na 
aurícula direita, projetando-se adiante dos vãos arteriais (a. aorta) 
O SEPTO INTERATRIAL é a parede que separa o AD do AE. O centro do septo interatrial tem forma oval: a 
FOSSA OVAL. Na vida embrionária essa fossa oval comunicava os 2 atrios (forame de BOTAL ou fossa interatrial) 
no nascimento esse forame se fecha e fica uma membrana translucida. 
A borda Antero-superior da fossa oval é bem saliente pois passa um feixe muscular. Essa saliência é o LIMBO DA 
FOSSA OVAL. Os cirurgiões usam o limbo para fazer correções de spto interatrial. A persistência da comunicação 
entre os átrios é a lesão cardíaca mais freqüente entre todas as lesões congênitas. 
Junto da desembocadura da veia cava inferior e do seio coronário há 2 pregas de nedocardio: 
 Válvula da veia cava inferior 
 
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Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
 Válvula do seio coronário 
Os quais na realidade não são “válvulas”. A valvula da veia cava inferior na circulação fetal, conduzia o sangue 
que chegava da veia cava inferior diretamente para o forame de BOTAL. 
A parte anterior do AD é composta por um enorme orifício que comunica o AD com o VD: 
 FORAME ATRIO-VENTRICULAR DIREITO: é o maior de todos. Há um mecanismo valvular que 
obstrui esse forame durante os movimentos cardíacos. Possui 3 folhetos: VALVULA TRICUSPEDE. 
 
VENTRICULO DIREITO (VD) 
É a câmara mais acidentada. 
Há trabéculas musculares simples, que são saliências na parede da câmara. Existem saliências de 1º ordem – m. 
pectíneo – e de 2º ordem que são saliências que ligam um ponto do ventrículo a outro. E há outras saliencias bem 
mais desenvolvidadas, de formato cônico, onde no ápice do cone se prende o mecanismo de válvulas: os 
MUSCULOS PAPILARES. 
No VD existem 3 m. papilares: 
 Anterior (maior) 
 Posterior 
 Sptal 
O sangue vem do AD, de trás para adiante, passa peã válvula tricuspe na contração do AD e chega ao VD. No centro 
do VD o sangue vão para cima em direção a a. pulmonar. Forma-se um verdadeiro funil em direção a a. pulmonar. A 
porção mais anterior e superior chama-se de INFUNDIBULO DA ARTERIA PULMONAR. 
Entre o orifício da válvula pulmonar e o orifício átrio-ventricular existe uma saliência muscular que vai da parede 
anterior do VD até a parede posterior, em direção ao septo interventricular, chamada de CRSITA 
SUPRAVENTICULAR e TRABÉCULASEPTO-MARGINAL. Isso não existe no VE, onde há uma continuidade 
entre os orifícios. 
ATRIO ESQUERDO (AE) 
No AE desembocam as 4 veias pulmonares. Suas paredes são lisas com exceção da aurícula esquerda, que possui 
forma de dedo de luva e se projeta a frente em direção aos grandes vasos, e possui m. pectíneo, semelhante ao do AD. 
Possui septo interatrial com a fossa oval e é mais horizontalizado. 
O orifício átrio-ventricular esquerdo é um pouco menor que o direito e possui um sistema valvular de 2 folhetos: 
VALVULA BICUSPEDE OU MITRAL. 
VENTRICULO ESQUERDO (VE) 
Dentro do VE há menos números de saliências musculares que no VD com os m. papilares: 
 Anterior (é mais desenvolvido de todos) 
 Posterior 
Sua parede é bem mais espessa que o do VD. 
Junto da valva atrioventricular esquerda, sem nenhum feixe muscular no meio está o anel da VALVA DA AORTA. 
Isso significa que lesões na valva mitral quase sempre comprometem a artéria aorta e vice-versa. Não ocorre no VD 
(por causa da crista supraventricular). 
 
 A câmara mais ANTERIOR do coração é o VD. 
 
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Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
 A câmara mais POSTERIOR do coração é o AE. 
 A câmara mais DIREITA do coração é o AD. 
 A câmara mais ESQUERDA do coração é o VE. 
o VD – contato com o esterno 
o AE – contato com o esôfago 
o AD – contato com o pulmão direito 
o VE – contato com o pulmão esquerdo 
MECANISMO VALVULAR CARDIACO E ESQUELETO FIBROSO 
O coração está ancorado dentro do saco pericárdio pelos grandes vasos, e possui na sua estruturação um esqueleto 
fibroso. 
O esqueleto fibroso é composto por 4 anéis fibrosos que situam-se nos orifícios átrios-ventriculares e ventrículos-
arteriais que dão a forma para esses orifícios: 
o Anel pulmonar 
o Anel aórtico 
o Anel tricúspide 
o Anel mitral 
Esses aneis são unidos uns aos outros pelo trigono fibroso do coração. 
O anel pulmonar é contiguo com o anel aórtico e este une-se aos anéis mitral e tricúspide pelos trigonos fibrosos 
(direito e esquerdo). 
O trigono fibroso pode se calcificar por erros do sistema metabólico. 
Não existe nenhuma continuidade entra as fibras musculares dos átrios e as fibras musculares dos ventrículos. Os 
ANEIS FIBROSOS SERVEM DE INSERÇÃO PARA AS FIBRAS MUSCULARES. 
 - para trás fibras m. dos átrios 
 - para frente fibras m. dos ventrículos 
DIASTOLE e SISTOLE 
No momento da diástole o coração se enche de sangue e os ventrículos estão dilatados. As válvulas tricúspide e mitral 
estão abertas. 
Elas correspondem a folhetos valvulares que se prendem no anel da válvula correspondente e que possuem uma borda 
livre cheia de filetes tendinosos que irão se inserir no ápice dos músculos papilares dos ventrículos. 
Na válvula mitral há os folhetos Antero-septal e postero-lateral. 
O conjunto dos filetes tendinosos é chamado de CORDOÁLIA TENDINOSA. 
Na válvula tricúspide há os folhetos anterior, posterior e septal 
No momento da diástole as válvulas VA estão fechadas. Elas são constituídas por tecido muito elástico, dispostos em 
3 folhetos valvulares que se encontram no centro dos vasos. No momento em que há a contração dos ventrículos a 
pressão se projeta esses folhetos contra a parede dos vasos e o sangue flui através dela. Quando cessa a contração, os 
folhetos voltam ao normal, obstruindo a saída de um sangue e a volta do sangue aos ventrículos. 
No momento da sístole as valvas AV vão inflar, como se fossem um pára-quedas, por causa da força do sangue, e os 
folhetos irão um de encontro ao outro obstruindo o retorno de sangue do ventrículo para o átrio. 
O m. papilar prende os folhetos tendinosos, impedindo que eles retornem ao átrio. Alem disso, no momento em que o 
ventrículo se contrai, os m. papilares também se contraem dando sustenção do “pára-quedas”. 
O sangue, não podendo retornar, vai forçar as valvas VA e sair. 
 
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Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
A válvula pulmonar possui 3 folhetos (elásticos): anterior e posterior (direito e esquerdo) 
A válvula aórtica possui 3 folhetos (elásticos): posterior e anterior (direito e esquerdo) 
 
SISTEMA DE MARCAPASSO 
O coração tem seu sistema intrínseco que gera o impulso nervoso, conduz o impulso e faz o acoplamento desse 
impulso que é a contração cardíaca. 
Esse sistema responde a inervação do sistema nervoso autônomo (o coração bate + rápido ou devagar através do 
SNA) 
O coração possui células especializadas, que são células musculares diferenciadas, capazes de gerar um estimulo 
elétrico conduzi-lo com facilidade através do órgão. 
Essas células se agrupam em 2 nodulos e em feixes dessas células que se distribuem no coração. 
o NODULO SINUATRIAL: ou sinusal. Ele está localizado no AD junto da desembocadura da veia cava 
superior. Comanda o funcionamento do coração. 
o NODULO ATRIO-VENTRICULAR (AV): está localizada na porção mais baixa do septo interatrial. 
Os feixes que conectam esses nódulos são chamados de feixes internodais (em nº de 3) 
A célula miocárdica normal é capaz de gerar um impulso espontaneamente e conduzi-lo. As células diferenciadas do 
sistema marca-passo fazem isso numa velocidade muito maior. 
Do nódulo AV parte um feixe de fibras: FEIXE DE HIS. É o único feixe que comunica a musculatura do átrio com a 
do ventrículo, atravessando o trigono fibroso do coração e passando na porção membranosa do septo interventricular. 
Nesse momento, ele se bifurca dando um ramo para o VD e outro para o VE. 
Todas essas fibras estão no miocárdio, mas junto ao endocárdio, na porção mais superficial do miocárdio. 
Os ramos que vão aos ventrículos se distribuem por todo o interior dos mesmos em fibras que formam uma rede: 
REDE DE PURKINGE. O ramo esquerdo se divide em anterior e posterior que vão, respectivamente, aos m. 
papilares anterior e posterior. 
A estrutura que mais se recupera rapidamente após uma contração cardíaca é o nódulo sinusal. É ele que pode gerar 
um estimulo primeiramente comandando o funcionamento do coração. O estimulo gerado no nódulo sinusal se 
propaga aos 2 atrios, célula a célula (o estimulo é uma alteração do potencial elétrico das membranas celulares – 
despolarização), atingindo, pelos feixes internodais, rapidamente o nodulo AV. 
O nódulo AV possui a função de “segurar” o estimulo, para que o restante das células atrias seja atingido pelo 
estimulo inicial. Assim, haverá a contração muscular (pelo deslizamento das miofibrilas celulares) de todo o átrio. Os 
átrios direito e esquerdo se contraem simultaneamente. 
No momento em que os átrios se contraem, o nódulo AV, que estava segurando o estimulo, libera o mesmo. Ele se 
propaga rapidamente pelo feixe de His, pelos seus 2 ramos e, em seguida, pela REDE DE PURKINGE, fazendo com 
que os ventrículos se despolarizem e se contraiam. 
Existe certa sincronia entre os ventrículos. O VE se contrai um pouco antes que o VD. Nas crianças pode se 
identificar essa sincronia (desdobramento do segundo ruído do coração). Com o nascimento, o VD começa a se 
desenvolver, pois no seu período fetal ele não tinha funcionamento, então, leva-se alguns anos para completar o seu 
desenvolvimento explicando a sincronia mais acentuada nas crianças. 
Pode ocorrer uma obstrução na a. sinusal (nutri o nó sinusal) acarretando uma falha no nódulo sinusal. 
Imediatamente, na seqüência de hierarquia, o nó AV assume o ritmo cardíaco, sendo um estimulo que vai se propagar 
ao mesmo tempo para os átrios e os ventrículos, desorganizando a sequencia da contração. A freqüência do nó AV é 
menor que a freqüência do nó sinusal. 
 
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Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
Se o nó AV for obstruído, quem assume é: 
1. Feixe de His 
2. Ramos do feixe de His 
3. Qualquer célula do miocárdio ventricular 
Porem,a freqüência cardíaca será muito baixa não compatível com a vida (- de 30bpm) e será necessário o uso de um 
MARCA-PASSO ARTIFICIAL. 
São aparelhos que geram estímulos em intervalos regulares de tempo (a mesma quantidade de carga elétrica que seria 
descarregada pela estimulação própria do coração) 
A atividade elétrica de cada um dos componentes do sistema marca-passo pode ser registrada através de eletrodos 
colocados na superfície do corpo. O somatório dos valores de potenciais registrados por esses eletrodos é o que 
chamamos de ELETROCARDIOGRAMA – registro dos gráficos da atividade elétrica cíclica do coração 
(batimentos) dada pelos componentes do sistema de condução do coração. 
CIRCULAÇÃO CARDIACA 
A irrigação do coração é feito pelas ARTERIAS CORONARIAS: uma direita e uma esquerda, ambas ramos do 
primeiro segmento da a. aorta, logo na sua origem, nos SEIOS DE VALSALVA, que estão nos 2 folhetos anteriores 
direito e esquerdo da valva aórtica. Elas se distribuem na superfície do coração. 
A A. CORONARIA DIREITA se coloca imediatamente no SULCO CORONARIO do VD. Dá um ramo que vai para 
o nó sinusal, um para o nó AV e continua no sulco átrio-ventricular direito e se bifurca: um ramo desce pela parede 
medial do coração dando os ramos marginais o outro continua no sulco átrio-ventricular direito; indo para a parte 
posterior do coração. Quando chega na cruz cordis ela se angula e desce pelo sulco interventricular posterior com o 
nome de a. interventricular posterior. Ela se continua no sulco coronário e ainda da ramos para a parede inferior do 
VE. 
A A. CORONARIA ESQUERDA dá um tronco bem curto (+/- 1,5cm) e em seguida se bifurca: 
 A. CORONARIA CIRCUNFLEXA – segue o sulco coronário à esquerda e dá o ramo para o VE 
 A. INTERVENTRICULAR ANTERIOR – desce pelo sulco interventricular anterior. 
A a. interventicular anterior é a principal artéria que irriga o septo interventricular. A a. circunflexa irriga toda a 
parede lateral do VE e do AE. 
A obstrução dessas artérias por acumulo de gordura ou processo degenerativo é que leva aos quadros de 
ANGINA ou INFARTO DO MIOCARDIO (morte do músculo cardíaco por falta de irrigação) é a maior causa 
de morte da nossa civilização. 
 
DRENAGEM VENOSA 
É feita por 2 sistemas de veias 
1. VEIAS MINIMAS: são veias que, das paredes cardíacas, desembocam dentro das câmaras cardíacas. 
Elas existem em maior quantidade no AD, em menor quantidade no VD e praticamente NÃO existem 
no lado esquerdo. Fazem 50% da drenagem. 
2. VEIAS CARDIACAS (epicardias): estão na circulação epicárdica superficial do coração que drenam 
para o SEIO VENOSO CORONARIO (no AD, faz 50% da drenagem). São 3: parva, média e magna. 
A VEIA MAGNA está junto do sulco interventricular anterior, acompanhando a a. descendente anterior. 
Coleta o sangue do septo interventricular e quando chega no sulco coronário dirige-se para a esquerda e vai 
em direção a cruz cordis. Em um determinado momento, ela recebe a VEIA OBLIQUA DO AE e forma o 
chamado SEIO VENOSO CORONARIO. 
A veia obliqua do AE é a primitiva veia cava superior esquerda que atrofiou. 
 
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Michel Fernandes 
ATM 2015 – FAMED - UPF 
O seio venoso coronário desembocando no AD junto a desembocadura da veia cava inferior. Na cruz cordis 
ocorre a desembocadura da VEIA CARDIACA MÉDIA, que acompanha a a. interventricular posterior. 
Ocorre também a desembocadura da VEIA CARDIACA PARVA, que acompanha a a. coronária direita. 
PERICARDIO 
É o envoltório do coração. Composto por 2 porções: 
 Um folheto INTERNO que recobre imediatamente o coração. É seroso e dividido em 2 folheros: 
 O VISCERAL que está grudado ao coração. Se reflete na emergência dos grandes vasos e vai formar o 
outro folheto. 
 O PARIETAL que vai recobrir internamente uma lamina de paricarido fibrosa, muito grossa, que 
cobre todo o coração: o SACO PERICARDIO. 
Forma-se uma cavidade vertical entre os 2 folhetos serosos onde há uma lamina muito tênue de liquido 
seroso que permite o deslizamento dos folhetos. Pode ocorrer um processo inflamatório nesse local com 
coleção de até 2 ou 3 L de liquido dentro dessa cavidade – PERICARDIT, que pode ser viral (+comum) ou 
traumática. 
 Um folheto EXTERNO que é o pericárdio fibroso, formando o SACO PERICARDIO (espesso e 
resistente). Está firmemente aderido ao centro tendineo do m. diafragma e se continua com a 
bainha adventícia dos grandes vasos. Possui alguns ligamentos que se prendem no esterno na 
frente e à coluna vertebral torácica atrás. 
VASCULARIZAÇÃO 
 Art. e veias Pericárdico-frenica (ramo da a. torácica interna), 
 Seio transverso do pericárdio: entre o plano arterial e o plano venoso. 
 Seio obliquo: atrás das veias pulmonares.

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