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DOR AGUDA É associada com estabelecimento rápido e curta duração. Ela pode ser muito intensa, como na dor pós-cirúrgica, mas normalmente a relação de causa e efeito é evidente e os estímulos não são repetidos. A sensibilização central é induzida, mas como elemento protetor para proteger os locais de ferimento. À medida que os tecidos cicatrizam, a dor diminui, a sensibilização se resolve e o sofrimento tem curta duração. Transmitidas por fibras A alfa e gama. DOR CRÔNICA Períodos de dor que duram de 3 a 6 meses, ou o tempo que leva para o tecido conjuntivo cicatrizar, foram apresentados como fatores que distinguem a dor aguda da dor crônica. A dor crônica é uma dor persistente que se torna parte da rotina diária do paciente e é resistente ao tratamento médico devido às alterações neuroplásticas do SNC. Embora a dor crônica possa se apresentar com sintomas psicopatológicos como depressão, nem sempre isso ocorre. O que parece ser verdade nos pacientes com dor crônica é a sensibilização central persistente e o aumento da probabilidade de condições de comodidade. Transmitida por fibras A delta e C. CLASSIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES MUSCULARES - contração protetora; - dor muscular localizada; - dor muscular tardia; - dor miofascial; - mioespasmo; - miosite; CONTRAÇÃO PROTETORA Diagnóstico: - anamnese; - relação com possíveis eventos etiológicos; - em repouso não ocorrem os sintomas; - a presença de sintomas é decorrente de contração isométrica sustentada; Tratamento: - aconselhamento; - controlar etiologia; - analgésicos e relaxantes musculares; - calor superficial; - placa anterior; DOR MUSCULAR LOCALIZADA É proveniente de uma contração protetora prolongada que proporciona uma hiperatividade muscular e uma pressão intramuscular, causando isquemia*. * diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição. - má postura; - carregar peso sobre os ombros; - posição incorreta da cabeça; - hábitos posturais profissionais; Sobre função dos músculos mastigatórios --> dor muscular localizada. Característica: as atividades funcionais desencadeiam a dor, enquanto que o músculo em descanso é assintomático. Observação: se o paciente apresentar dor forte à palpação, devemos considerar o diagnóstico diferencial de dor miofascial. A presença das alterações periféricas intramusculares é um importante fator diferencial, provocando sintomas objetivos quando executamos alguma pressão (palpação) sobre as áreas afetadas, demonstrando manifestação dolorosa. Tratamento: - aconselhamento; - controle da etiologia; - analgésicos; - relaxantes musculares; - exercícios de coordenação e/ou relaxamento; - calor superficial; - placa de relaxamento; - placa de estabilização; - reabilitação oclusal (eventual); - psicoterapia; DOR MUSCULAR TARDIA Ocorre após o sobre-uso do músculo. Durante o exercício que irá causar as alterações fisiopatológicas, o indivíduo não sente nenhum tipo de incômodo, mas após algumas horas, o músculo torna-se extremamente dolorido (exemplo: bruxismo). O estresse pode ser um fator desencadeante. Pode acontecer até 48 horas após a atividade muscular, complicando o diagnóstico, pois o paciente não consegue relacionar a dor ao episódio de bruxismo ou não tem consciência dele; Relacionado a períodos de estresse. DOR MIOFASCIAL Decorrente de alterações periféricas musculares. Este efeito é caracterizado pela presença de pontos de gatilho que causam dor referida à distância do local de origem da dor. Pontos de Gatilho Miofascial: - ativados por sobrecarga aguda, fadiga muscular, trauma direto ou por resfriamento do músculo; - local de hiperirritabilidade; - ativo ou latente; Ativo: quando causa a dor. Latente: silencioso a respeito da dor, mas pode causar a restrição do movimento e fraqueza do músculo afetado. Dor Referida: - desencadeada ou aumentada em intensidade pela pressão digital sobre o ponto de gatilho; - quanto mais hipersensível o ponto de gatilho, mais intensa e constante será a dor referida e mais extensiva sua distribuição; - os distúrbios proprioceptivos causam tontura, zumbido e percepção distorcida do peso de objetos levantados pela mão; Diagnóstico: - essencialmente clínico; - tentativas forçadas de abertura bucal serão bastante doloridas; - a dor é aumentada sob contração sustentada por um período prolongado de tempo; - a força máxima contrátil do músculo é diminuída; - uma característica clínica importante é a resposta dos pontos de gatilho à terapia, com o desaparecimento imediato do ponto de sensibilidade, da dor referida e, da restrição do movimento. Tratamento: - aconselhamento; - controlar etiologia; - analgésico; - relaxante muscular; - exercício de coordenação e/ou relaxamento. Acupuntura (auriculoterapia); - calor superficial; - placa de relaxamento; - placa de estabilização; - reabilitação oclusal (eventual); - psicoterapia; Prognóstico: Se o paciente continuar a executar movimentos restritos, aumenta a chance de recorrência da dor. MIOESPASMO É uma alteração involuntária onde o músculo permanece contraído por alguns segundos, minutos ou dias. Esta contração é mediada por ação central (exemplo: quando o paciente fica de boca aberta por um longo período de tempo). Principais causas: - fadiga; - uso prolongado da musculatura; Sinais e sintomas: - dor pobremente localizada; - dor contínua; - dor tipicamente ao redor do ouvido; - dor no ângulo da mandíbula; - dor no fundo dos olhos; - dor na nuca; - dor na face ou área temporal uni ou bilateral; Tratamento: - aconselhamento; - acupuntura; - terapias alternativas; - controlar etiologia; MIOSITE É uma condição inflamatória que acomete os músculos, porém é um processo asséptico. Apresenta modificações tecidas periféricas e centrais: Periféricas: dor a palpação; Centrais: dor em repouso; Sinais: - frequentemente migratória (ora de um lado, ora do outro lado da face); - nem sempre é desencadeada pelo movimento mandibular; - presença de fibroses; - endurecimento muscular; Normalmente dor em pressão ou cansaço, embora existam outras manifestações como pontadas, latejamento, queimação e espasmos. Sintomas: - dor periférica a palpação; - dor em repouso e durante a função dos músculos; - dor é espontânea independente de estímulos; Tratamento: Fase inflamatória: - aconselhamento; - controlar etiologia; - antiinflamatório não-asteróide, exemplo: ibuprofeno. - calor superficial; - corticóides dependendo da intensidade da dor; Fase pós-inflamatória: - exercício de fortalecimento; - eventuais modalidades usadas para dor muscular;
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