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1 Endocrinologia: Diabetes Mellitus e Prescrição de Exercícios Elaine Hatanaka ehata@usp.br 2017 Educação Física - Fundamentos de Fisiologia Aplicados a Educação Física II 1 http://www.diabetes.org.br/imprensa/estatisticas/numerosnobrasil.php 2 http://www.diabetes.org.br/imprensa/estatisticas/numerosnobrasil.php http://www.diabetes.org.br/imprensa/estatisticas/numerosnobrasil.php 3 Hatanaka, E Definição: É um grupo de doenças metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia resultantes do defeito de secreção e ou ação de insulina Diabetes Mellitus Hiperglicemia = ↑ glicemia = ↑ glicose no sangue Hipoglicemia = ↓ glicemia = ↓ glicose no sangue Diabético 4 7 Anatomia do Pâncreas Localização do pâncreas www.geogetownuniversityhospital.org/bodyHatanaka, E baço pâncreas fígado esôfago duto biliar estômago intestino grosso intestino delgado duodeno vesícula biliar 5 9 Anatomia do Pâncreas duodeno ducto pancreático pâncreas ducto biliar células endócrinasCélulas exócrinas Células do ducto pancreático (hormônios) (enzimas) (bicarbonato) Estrutura do pâncreas Hatanaka, E www.geogetownuniversityhospital.org/body 6 pâncreas células alfa (20-30%) células beta 70-80% Função Endócrina do Pâncreas alfa Glucagon beta pró-insulina insulina peptídeo C delta somatostatina F Polipeptídeo pancreático células delta (2-8%) células F (1-2%) Hatanaka, E Diabetes Mellitus Formação e liberação da insulina Retículo endoplasmático Clivagem dos grânulos pré-pró-insulina pró-insulina insulina Hatanaka, E Complexo de Golgi 1 2 3 Peptídio C 7 Sinalização da Insulina Receptores de Insulina Glicose Intra - celular Extra- celular Inativo Ativo GLUT PI-3K MAPK TIETZ – Fundamentos de Química Clínica - 2008 Resistência à insulina Receptores de Insulina Glicose Intra celular Extra celular Inativo GLUT HIPERGLICEMIA Deficiência na fosforilação Diabetes mellitus Tipo 2 TIETZ – Fundamentos de Química Clínica - 2008 PI-3K MAPK 8 Insuficiência ou falta de insulina Receptores de Insulina Glicose Intra- celular Extra- celular Inativo HIPERGLICEMIA GLUT Diabetes mellitus Tipo 1 TIETZ – Fundamentos de Química Clínica - 2008 PI-3K MAPK 16 Monitoramento Contínuo 9 17 Tratamento do Diabetes Mellitus do Tipo 1 Extensão e duração dos vários tipos de insulina (horas) ação ultra-rápida regular NPH ultralenta glargina (http://www.ianblumer.com/insulin_choice.htm 18 10 19 Esquema operacional de uma bomba de insulina http://www.diabetes.org.br/ebook/component/k2/item/58-o-papel-das-bombas-de-insulina-na-estrategia-de-tratamento-do-diabetes-tipo-1-dm1 20 11 A - Conjunto bomba + monitor de glicose intersticial, B - Conjunto de infusão da bomba e C - É o sensor e D - O transmissor (Minilink) 21 22 12 Biodisponibilidade de nutrientes Glicose Frutose Galactose Maltose Glicose Sacarose Fibra Amido Amilopectina Amilose 23 A glicose ingerida não é absorvida pelas células, nem dá origem ao ATP se não houver insulina Verdadeiro ou falso? Músculos sem glicose não tem energia (ATP) , logo a insulina é importante para o armazenamento de glicose na forma de glicogênio (glicogênese) 13 Homeostasia da Glicose Gliconeogênese - mecanismo pelo qual se produz glicose, por meio precursores são não-glicídios: lactato, aminoácidos e glicerol. Glicogenólise é a quebra de glicogênio dando origem a glicose Glicogênese - corresponde ao processo de síntese de glicogênio Jejum, exercício intenso Após a alimentação ou ingestão de suplementos Jejum, exercício intenso 14 Controle da glicemia insulina adrenalina noradrenalina hormônio do crescimento glicocorticoídes glucagon T3 (triiodotirosina) T4 (tiroxina) Hatanaka, E Hormônio hipoglicemiante Hormônios hiperglicemiante Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue). A insulina promove o ingresso de glicose nas células. 15 Principais efeitos da insulina Rápido (segundos) − transporte glicose; aminoácidos; K+ em células sensíveis insulina Intermediário (min) − síntese proteíca; − enzimas glicolíticas ↓ degradação − glicogênio sintase ↓ fosforilase Tardio (horas) − mRNA p/ enzimas lipogênicas Hatanaka, E insulina glucagon Hatanaka, E Hormônio hipoglicemiante Hormônios hiperglicemiante Glucagon 16 Glucagon - aumenta a glicemia, contrapondo- se aos efeitos da insulina. Produz imediata produção e liberação de glicose pelo fígado. Regulação da concentração de glicose no sangue: ação da insulina e do glucagon Hatanaka, E 17 33 Diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus � Glicemia de jejum maior que 126 mg/dL (7,0 mmol/L) determinada em 3 ocasiões diferentes � Glicemia de jejum maior que 126 mg/dL confirmada com glicemia em outro horário do dia superior a 200 mg/dL Teste de Tolerância Oral a Glicose → Glicemia no limiar (jejum e/ou pós-prandial); → Glicosúria persistente; → Mulheres grávidas com história familiar de DM, obesidade e/ou que tiveram bebes grandes ou perda inesplicada do feto; 18 35 Teste de tolerância oral a glicose Glicemia < 140 mg/dL Normal 2 horas após a ingestão de 75 g de glicose: Glicemia 140 - 200 mg/dL Intolerante a glicose Glicemia > 200 mg/dL Diagnóstico de diabetes Desde que Glicemia de jejum maior que 126 mg/dL, determinada em 3 ocasiões diferentes Coleta em jejum (10 horas) 75 mg de glicose em 300 mL de água Coleta de sangue a cada 30 minutos (glicemia) Coleta de urina * 36 Interpretação do teste de tolerância à Glicose tolerante normal ↑secreção de insulina 700 19 Triagem de pacientes e monitoramento contínuo Classificação do Diabetes Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2 Diabetes gestacional - Incapacidade de produzir insulina; - Doença autoimune; - Manifesta-se na infância e na idade adulta jovem; - Doença caracterizada pela hiposecreção e/ou hipoprodução de insulina; - Geralmente relacionada a obesidade, intolerância a carboidratos; - A resistência à insulina torna-se mais comum com o envelhecimento; - Qualquer manifestação de intolerância a glicose que tenha se manifestado pela primeira vez na gravides 20 Classificação do Diabetes: continuação Outros tipos específicos Defeitos genéticos de função das células beta Cromossomo 20, HNF-4alfa (MODY1) Cromossomo 7 glucoquinase (MODY2) Cromossomo 12 HNF-1 alfa (MODY3) Defeito no DNA mitocondrial das células beta Hiperglicemia induzida por endocrinopatias: GH, cortisol, glucagon, epinefrina; Hiperglicemia induzida por drogas ou substâncias químicas: agonistas beta- adrenérgicos, glicocorticóides; Fatores que reduzem a resposta à insulina Pré-receptores anticorpos anti-insulina Inibidores dos receptores anticorpos p/ receptores de insulina Condição pró-inflamatória Influências pós-receptores Falta de resposta devido: obesidade, doença hepática, hiperglicemia sustentada Excesso hormonal: glucocorticoídes, GH, anticoncepcional, progesterona, catecolaminas, tiroxina Hatanaka, E 21 A DM tipo 1 apresenta-se com sintomas agudos e hiperglicemia marcante, a DM tipo 2 só é diagnosticada quando as complicações aparecem, isto é, pode permanecer não diagnosticada. Sintomas clínicos do diabetes - Hiperglicemia; - Poliúria; - Polidipsia; - Perda de peso; - Polifagia; - Visão nebulosa; -Susceptibilidade as certas infecções; - Criança: dificuldade no crescimento; Kaplan,L.A. & Pesce, 4ª ed. 2003, Mosby-Year Book 22 Complicação do diabetes: cetoacidose e coma Hatanaka, E Allan Gaw – Bioquímica Clínica, 2° ed. Granabara; 1998 Complicações do diabetes: hiperglicemia 23 Complicações crônicas do diabetes → Retinopatias; → Nefropatia; → Neuropatia Periférica; → Ulceração Das Extremidades; → Distúrbios Gastro-intestinais; → Distúrbios Do Trato Genito-urinário; → Infecções Recorrentes; Hiperglicemia Crônica Espessamento da membrana basal dos capilares sanguíneos Alterações leucocitárias Aumento de viscosidade do sangue Proliferação endotelial Obstrução Capilar 24 Obstrução de vasos Hipóxia persistente Angiogênese Proliferação endotelial Fatores de Crescimento 48 Hipóxia Neovascularização Tração Vitreorretiniana Deslocamen to de retina Hemorragia 25 49 50 Rim Normal Nefropatia -Funcionamento saudável; -Tamanho e superfícies apropriadas; -Proteínas baixas na urina; -Superfície granular; -Funcionamento diminuído; -Tamanho menor; -Proteínas na urina 26 51 Os sintomas da neuropatia irão depender e variar conforme o tipo de complicação e quais os nervos afetados. 52 Sensitivos: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio; Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular; Autonômicos: ocorrência de pele seca, traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência 27 53 Complicações crônicas do diabetes - Retinopatias; - Nefropatia; - Neuropatia Periférica; - Ulceração Das Extremidades; - Distúrbios Gastro-intestinais; - Distúrbios Do Trato Genito-urinário; 28 55 Complicações crônicas do diabetes - Retinopatias; - Nefropatia; - Neuropatia Periférica; - Ulceração Das Extremidades; - Distúrbios Gastro-intestinais; - Distúrbios Do Trato Genito-urinário; - Infecções Recorrentes; 29 O2- O2 H2O2 Disfunções na migração ↓ fagocitose ↓ liberação de enzimas lisossomais ↓ longevidade ↑ clearance ↑ basal ↓ estimulada Deficiência nas funções leucocitárias Diabetes 58 ....Complicações Crônicas.... Complicações agudas??? 30 59 Valores de glicose abaixo de 50 mg/dL Complicação aguda do diabetes: hipoglicemia normal Ação regulatória: catecolaminas e glucagon Distúrbios cognitivos Mudanças no eletro-cardiograma coma 70-126mg/dL ≥ 50 mg/dL ≥ 40 mg/dL ≥ 20 mg/dL ≤ 20 mg/dL Sintomas clínicos... Tratamento... Cuidados com diabéticos tipo 1: Testar a glicose no sangue 2 vezes antes do exercício: - 1 hora antes 100 a 200 mg/dl. - 30 minutos antes -abaixo de 100mg/dl, ou se está caindo: deve-se ingerir alimentos antes do exercício ; -Se estiver entre 100 e 150 mg/dl, teste durante o exercício. Para cada hora de exercício planejado, consumir de 10 a 15 gramas. de carboidrato: metade de um pão, uma maçã, ½ copo de refrigerante não diet, 7 damascos secos, ou 1 mão cheia de uvas passas. Glicose entre 151 e 200 é ótimo para um exercício seguro. 31 Exercício e Diabetes Durante o exercício: - ⇓ Insulina; - ⇑ Glucagon e Catecolaminas Gliconeogênese = mantém a glicose Normal 32 Diabético tipo 1 - Administração exógena de insulina; - Secreção de glucagon deficiente; - Hipoglicemia: Durante ou após exercício Excesso de insulina + Maior utilização muscular de glicose + Maior deslocamento de GLUT para a membrana � Hipoglicemia 33 DIABÉTICO TIPO 2 Prática regular de exercícios: - melhora no controle glicêmico; - maior sensibilidade à insulina; Esse efeito se inicia após uma sessão de exercícios e dura até 72 horas após; Não é freqüente HIPOGLICEMIA 34 Avaliação antes do exercício: - História e exame clínico detalhados - Avaliação do diabetes - Estado nutricional e metabólico; - Presença de complicações: nervo, rim, olho e coração Exercício e Diabetes 35 Atividade fisica programada – Avaliar custo – benefício • Retinopatia e esportes de contato; • Peso e acidentes vasculares; • Corrida e neuropatia; Prescrevendo a Atividade Física 36 37 - Redução de peso; - Aumento do fluxo de sangue nos membros inferiores; - Previne arteriosclerose; -Permiteuma maior ingestão de calorias; - Redução da pressão arterial; - Reduzir a quantidade de insulina diária; - Melhora a sensação de bem-estar (endorfinas); Vantagens da Pratica de Exercícios 38
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