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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL I (AULA 01) NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: Alfabeto com 26 letras (k, w e y); Trema caiu; PAROXÍTONAS - ditongos abertos "ei" e "oi" perderam o acento. Benefícios: Unificação da gramática nos países de língua portuguesa; Facilitação do intercâmbio entre os países de língua portuguesa; Facilidade na publicação de obras literária de língua portuguesa. ACENTUAÇÃO: Paroxítonas com hiato "ee" perderam o acento; Paroxítonas terminadas com hiato "oo" perderam o acento; Palavras homógrafas: para (verbo), para (preposição), pelo (substantivo) e pelo (verbo) não se acentuam. Acento Diferencial mantem-se nas: Pôde (pretérito perfeito) / pode (presente do indicativo); Pôr (verbo) / por (preposição) Vem (3a. P. Sing.) / vêm (3a p. pl.); - advir, provir – mesma regra Tem (3a. P. Sing.) / têm (3a p. pl.); obter, abster – mesma regra OBS: obtém (3a p. sing.) / obtêm (3p. Pl.) (AULA 02) HÍFEN Emprega-se: Prefixos ou pseudoprefixos antecedem palavras iniciadas com h; (anti-herói, ante-histórico) Prefixos ou pseudoprefixos antecedem palavras iniciadas com letra idêntica; (micro-ondas, auto-observação) Prefixos tônicos; (pré , pós e pró) Super/inter/hiper - emprega-se quando o segundo elemento começar por "h" ou "r". Não se emprega: Primeiro elemento termina com vogal e o segundo com "r" ou "s", duplica-se a consoante; (antessala, antessocial) Primeiro elemento termina com vogal e o segundo começa com letra diferente; (automedicar, radiotáxi) USO DO PORQUÊ POR QUE Para frases interrogativas diretas e indiretas. Utiliza-se para introduzir perguntas; Utiliza-se quando se subentende a palavra motivo; Utiliza-se quando equivale: pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais. OBS: junção da preposição "por" com o pronome relativo "que". POR QUÊ Para frases interrogativas. Utiliza-se no fim da frase, concluindo uma pergunta. PORQUE Trata-se de conjunção causal ou explicativa. Introduz as ideias de causa e explicação. Equivale a pois, já que, uma vez que. PORQUÊ Trata-se de um substantivo, portanto é antecedido por determinante. Usa-se o substantivo porquê como equivalente de motivo, razão. EMPREGO DOS PRONOMES "EU" E "MIM" EU Pronome reto pessoal. Sempre exerce a função de sujeito; Usado sempre que houver VERBO NO INFINITIVO. MIM Pronome pessoal oblíquo tônico. Nunca exerce a função de sujeito; Obrigatoriamente deve ser usado com preposição (a mim, entre mim, para mim, por mim). (AULA 03) PONTUAÇÃO - USO DA VÍRGULA Enumeração de 2 ou mais elementos. Ex: Ele comprou banana, maça e abacaxi. Para isolar o APOSTO. Ex: A biologia, ciência que estuda a vida, se desenvolveu muito. Para isolar o VOCATIVO. Ex: Sandra, gostaria de dançar? Para marcar supressão de um verbo. Ex: Eu fiz faculdade de direito; Ele, de economia. Para separar orações. Ex: Decidiu fazer um curso fora do país, pesquisou, fez uma prova, foi aprovado. Para isolar expressões exemplificativas, conformativas e conjunções. Ex: O governador, ou melhor, o excelentíssimo senhor governador, dará aumento para os policiais. Antes das conjunções adversativas (mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no entanto, etc). Ex: Você estudou, mas não foi bem. Para separar data, número, endereço e lugar. Ex: Belo Horizonte, 13 de novembro. Antes de "e" quando as orações apresentarem sujeitos diferentes. Ex: Fez-se o céu, e a terra, e o mar. Quando se tratar de uma RESTRIÇÃO, não se usa a vírgula. Ex: Os estudantes cansados não fizeram a prova. (há uma restrição, tendo em vista que somente os estudantes cansados não fizeram a prova) Quando se tratar de uma GENERALIZAÇÃO, usa-se a vírgula. Ex: Os estudantes, cansados, não fizeram a prova. (há uma generalizção com o uso da vírgula, pois todos os estudantes estão cansados) OBS: Ordem direta da frase: Sujeito + Verbo + Complemento Ex: Eu comprei dois livros ontem à noite. - ORDEM DIRETA Eu comprei, ontem à noite, dois livros. - ORDEM INDIRETA Ontem à noite, eu comprei dos livros. - ORDEM INDIRETA Não se separa o sujeito do verbo; (AULA 04) CONCORDÂNCIA VERBAL Regra Geral: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Particularidades: Sujeito composto ANTES do verbo: a concordância é no plural. Ex: Pai e filho conversaram normalmente. Sujeito composto DEPOIS do verbo: poderá concordar com o mais próximo ou ir para o plural. Ex: Pouco falou o presidente e o ministro/Pouco falaram o presidente e o ministro. Sujeito com EXPRESSÃO PARTITIVA: poderá concordar com a expressão partitiva ou com o substantivo mais próximo. Ex: A maior parte dos estudantes gritava/ A maior parte dos estudantes gritavam. O núcleo do sujeito é um coletivo: o verbo ficará no singular. Ex: O grupo decidiu ficar até o fim da aula. O sujeito é o pronome relativo "que": o verbo concordará com o antecedente. Ex: Hoje somos nós que cuidaremos do jantar. O sujeito é o pronome relativo "quem": o verbo ficará na 3ª p. singular ou concordará com o antecedente. Ex: Fui eu quem fez a comida/fui eu quem fiz a comida. Sujeito na voz passiva (Verbo + Ser): concorda com o sujeito. Ex: vende-se apartamento. Sujeito composto com elementos ligados por "ou": Ideia de exclusão - verbo no singular/ ideia de adição - verbo no plural. Ex: Pedro ou Paulo ganhará a corrida/ Fiquei esperando que um táxi ou um ônibus passassem. Sujeito composto com (tudo, nada, ninguém, cada um): verbo no singular. Ex: Relatórios, ofícios, memorandos, nada naquela empresa estava bem redigido. Sujeito constituído pelas expressões "um e outro" ou "nem um nem outro": poderá ficar no plural ou no singular. Ex: Uma e outra lei é aplicável (ou são aplicáveis). Quando o sujeito é uma expressão do tipo "um dos...que": poderá ficar no plural ou no singular. Ex: Esta é uma das alunas que mais se destacava (ou se destacavam). Sujeito introduzido com a expressão "mais de...": o verbo concordar com a expressão que vier em seguida. Ex: Mais de um aluno tirou nota boa. Em caso de fração: o verbo concorda com o numerador. Ex: Um terço compareceu. Em caso de porcentagem: Sem especificador concorda com a %/com especificador concordar com este. Ex: 2% votaram/ 20% da população votou. Pronome de tratamento: verbo na 3ª pessoa. Ex: V. Exª sabe que isso não é verdade. Verbo HAVER: com sentido de "existir" é impessoal - não varia (só usado na 3ª p. sing.). Ex: Haverá eleições/ deve haver muitos candidatos. Verbo FAZER: com sentido de "tempo decorrido" é impessoal - não varia (só usado na 3ª p. sing.). Ex: faz cinco anos/ vai fazer quatro anos. Verbo SER: Na indicação de tempo, concorda com o numeral/ verbo "ser + preço, valor, medida" no plural, fica na 3ª p. sing. Ex: São duas horas/ duzentos dólares é muito. (AULA 05) CONCORDÂNCIA NOMINAL Regra Geral: O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. Particularidades: Adjetivo DEPOIS de dois ou mais substantivos: poderá concordar com o mais próximo ou concordará com todos, ficando no plural e no masculino. Ex: Vi o jardim e a casa destelhada. / Vi o rosto, o peito e as mãos ensanguentados. Adjetivo ANTES de dois ou mais substantivos: concordará com o mais próximo. ANEXO, INCLUSO, APENSO: São adjetivos, portanto são variáveis. Obs: "em anexo" é invariável. MEIO: como adjetivo (modifica um substantivo) - variável = "metade" / como advérbio (modifica um adjetivo ou um verbo) - invariável= "um pouco". Ex: Comi meia maça / Ela é meio feia. OBS: Pertencem a mesma regra palavras como, BASTANTE, POUCO, MUITO, CARO, LONGE. 5) Adjetivo predicativo: sem determinante, exprime ideia genérica - invariável. / com determinante, a concordância é obrigatória - variável. Ex: É proibido entrada (sem determinante, invariável). / É proibida a entrada (com determinante "a", variável). (AULA 06) REGÊNCIA VERBAL Termo Regente= VERBO / Termo Regido= COMPLEMENTO DO VERBO. ESQUECER e LEMBRAR: sem pronome - sem preposição (lembrar alguma coisa) / com pronome– com preposição "DE" (lembrar-se DE alguma coisa). Ex: Esqueci os documentos. / Esqueci-me dos documentos. OBEDECER e DESOBEDECER: exigem sempre a preposição "a". Ex: Obedecia/desobedecia às (a + as) ordens. PREFERIR: usa-se com a preposição "a". Ex: Prefiro doces a salgados. Obs: é inadequado usar a locução "do que". SIMPATIZAR: regido da preposição "com". Ex: Eu simpatizei com vocês. AGRADECER, PERDOAR e PAGAR: quando se referir a "coisas" - sem preposição. / quando se referir a pessoas – com preposição "a". Ex: Perdoei o sol./perdoei a você. INFORMAR e AVISAR: avisar ou informar alguém - sem preposição. / avisar ou informar de alguma coisa – com preposição. ASPIRAR: aspirar algo = cheirar - sem preposição. / aspirar a algo = desejar - com preposição (não aceita o pronome lhe). Ex: Aspirei o perfume. / Aspirei a essa vaga. ASSISTIR: = prestar assistência - sem preposição. / = observar – com preposição (não aceita o pronome lhe). / = favorecer- com preposição "lhe". / = morar em. Ex: O médico assistiu o paciente. / As pessoas assistem ao jogo. / É um direito que lhe assiste. / Eu assisto em São Paulo. QUERER: = desejar – sem preposição. / = amar, gostar – com preposição. Ex: Eu quero um carro. / As mães querem a seus filhos. RESPONDER: = ser malcriado – sem preposição. / = dar resposta – com preposição. VISAR: = mirar, por visto – sem preposição. / = desejar – com preposição "a". Ex: Visou o peito do inimigo (mirou). / Visava a uma vaga na universidade. IMPLICAR: = acarretar – sem preposição. / = ter implicância - exige preposição "com" (implicar-se - é usado com preposição "em"). AGRADAR e DESAGRADAR: = satisfazer, ser agradável - com preposição "a". / = fazer carinho – sem preposição. CHEGAR (e os demais verbos de movimento): é verbo intransitivo, exige a preposição "a" ( e não "em"). Ex A comissão chegou hoje a São Paulo ( e não em São Paulo). IR: pede a preposição "a" ou "para" junto a expressão de lugar. Ex: Fui à cidade. / Fui para França. MORAR e RESIDIR: constroem-se com a preposição "em". Ex: Eles moram no campo. / Não conheço a casa em que ele mora. (AULA 07) REGÊNCIA NOMINAL Alguns substantivos, adjetivos e advérbios necessitam de complementação. Alguns Casos: ACESSÍVEL: exige a preposição "a". ACESSO: usa-se "a" ou "para". ACOSTUMADO: usa-se "a" ou "com". ADAPTADO: usa-se "a". AFÁVEL: usa-se "com" ou "para com". AFLITO: usa-se a "por" ou "com". AGRADÁVEL: usa-se "a" ou "de". ALUSÃO: usa-se "a". AMOR: "a" ou "por". ÂNSIA: "de" ou "por". APTO: "a" ou "para". CRASE A crase só ocorre quando se tem a preposição "a" + o artigo "a". Para que isso ocorra deve haver uma palavra que exija a preposição "a" + uma palavra feminina. Para ter crase tem que ter preposição. Só se usa crase com palavras femininas. REGRAS PARA SABER USAR: -Casos Obrigatórios: Substitua a palavra depois da qual aparece o "a(s)" por um termo masculino. Se o "a(s)" se transformar em "ao(s)", existe crase. Nome geográfico: substitua o "a(s)" por "para a". Se o certo for "para a", use a crase. Nomes geográficos: se vou a e volto da, crase há; se vou a e volto de, crase para quê? Se volto da - há crase; se volto de - não há crase. Locuções Adverbias Femininas: obrigatoriamente tem crase. Ex: às pressas, às vezes, à risca, à noite, à esquerda, à direita, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de. À MODA e À MANEIRA: toda vez que puder trocar a crase por estes termos, deve-se usar a crase mesmo que com palavras masculinas. EX: Poesia à Camões = Poesia à maneira de Camões. Pronomes " aquele, aquela e aquilo": substituir por " a este, a esta e a isto", se mantiver o sentido tem crase. Vendo à vista: crase obrigatória. A qual: substituir por palavra masculina, se virar "ao qual", tem crase. CASA e TERRA: se especificar casa ou terra, haverá crase. HORAS: sempre usa a crase. Ex: de 12 às 15. -Casos Facultativos: Antes de pronomes possessivos femininos (minha, sua, tua). Ex: Ele se refere "à" ou "a" minha mãe. Antes de nomes de mulheres. Ex: Eu me referi "à" ou "a" Joana. Obs: se especificar "Joana", terá crase obrigatoriamente. Depois da palavra "até". Ex: Todos os alunos foram até "à" ou "a" escola. -Casos em que NUNCA se usa a crase: Antes de palavras masculinas; Antes de verbo; Palavras repetidas. Ex: cara a cara; Expressões que indicam futuro ou distância. Ex: Sairá daqui a pouco. Dias da semana nunca se usa a crase. (horas sempre) Antes de pronomes de tratamento (a você, a vossa senhoria, a todos, etc). Obs: os únicos que admitem a crase são: dona, senhora e senhorita. Quando o substantivo feminino estiver no plural e o "a" antes dele estiver no singular não tem crase. (é apenas preposição). (AULA 08) FATORES DE TEXTUALIDADE Texto: produto da atividade comunicativa. Tipos de texto: verbal (usa a língua falada ou escrita), não verbal (usa código que não seja a palavra) e misto (língua falada + códigos). Texto Verbal: língua falada ou escrita dotada de unidade sociocomunicativa (contexto sociocultural), semântica (coerente) e formal (coeso). Textualidade: conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases. COERÊNCIA Responsável pelo sentido (aspectos lógicos + cognitivos). COESÃO Responsável pela unidade formal (mecanismos gramaticais e lexicais). INTENCIONALIDADE Empenho do produtor em construir um texto coerente e coeso, a fim de cumprir o seu objetivo. ACEITABILIDADE Expectativa do interlocutor de que o texto seja coerente, coeso, útil e relevante. SITUCIONALIDADE Adequação do texto ao contexto sociocomunicativo. INFORMATIVIDADE Diz respeito ao fato de as ocorrências de um texto serem esperadas ou não, conhecidas ou não no plano conceitual e formal. INTERTEXTUALIDADE Interdependência dos textos entre si, tendo em vista que um texto só faz sentido quando se tem o conhecimento de um outro texto. (AULAS 09 e 10) COESÃO E COERÊNCIA: ASPECTOS GERAIS Mecanismos de coesão textual: REFERENCIAL: é quando um termo ou expressão é substituído, referindo-se a um outro elemento do texto (catáfora, anáfora, elipse, reiteração). SEQUENCIAL: é responsável por criar as condições para a progressão textual. De maneira geral, as flexões de tempo e de modo dos verbos e as conjunções são os mecanismos responsáveis pela coesão sequencial nos textos. RECORRENCIAL: Essa coesão é feita através da repetição de algum elemento anterior. Reiteração de ideias. (paráfrase diz a mesma coisa com outras palavras). (AULAS 11 e 12) TIPOLOGIA TEXTUAL
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