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Raiva humana introdução Doença viral aguda, progressiva e mortal, de notificação compulsória, individual e imediata aos serviços de vigilância sanitária municipal, estadual e federal; No mundo são estimados 55.000 óbitos humanos por ano, transmitidos por cães, sendo 56% na Ásia e 44% na África; a maioria deles ocorre em áreas rurais; No Brasil, o principal animal que transmite a raiva ao homem é o cão; O morcego hematófago (vampiro) é um importante transmissor da raiva, pois pode infectar bovinos, eqüinos e morcegos de outras espécies (todos estes animais podem transmitir a raiva para o homem). 2 conceito Antropozoonose viral que se caracteriza por uma encefalite aguda progressiva, aguda e letal transmitida somente por mamíferos; Apesar de conhecida desde a Antiguidade, a Raiva continua sendo um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, especialmente a transmitida por cães e gatos, em áreas urbanas, mantendo a cadeia de transmissão animal doméstico/homem. 12/11/2017 Footer Text 3 AGENTE ETIOLÓGICO Vírus rábico, da ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus; Possui aspecto de um projétil e seu genoma é constituído por RNA. Vírus neurotrópico e sua ação, no sistema nervoso central, causa um quadro clínico característico de encefalite aguda, decorrente da sua multiplicação entre os neurônios. 12/11/2017 Footer Text 4 Vírus da raiva. MODO DE TRANSMISSÃO Se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo; Multiplica-se no ponto de inoculação permanecendo durante algum tempo no local da lesão; Alcançada a inervação periférica, caminha em direção ao sistema nervoso central chegando ao cérebro; Se dissemina por vários órgãos e glândulas salivares onde se replica; É eliminado pela saliva das pessoas e animais infectados. 12/11/2017 Footer Text 5 RESERVATÓRIOS O vírus rábico pode infectar todos os mamíferos; Seus ciclos de transmissão são: Ciclo aéreo: envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos; Ciclo rural: representado pelos animais de produção; Ciclo urbano: relacionado aos cães e gatos; Ciclo silvestre terrestre: engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas, guaxinim, macacos entre outros animais selvagens. 12/11/2017 Footer Text 6 RESERVATÓRIOS 12/11/2017 Footer Text 7 Período de incubação Extremamente variável, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão; Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no indivíduo adulto. O período de incubação está diretamente relacionado à: Localização, extensão, quantidade e profundidade dos ferimentos causados pelas mordeduras ou arranhaduras; Lambedura ou contato com a saliva de animais infectados; Distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos; Concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral. 12/11/2017 Footer Text 8 Período de transmissibilidade Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos; A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas; Há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade em animais silvestres, e pode variar de acordo com a espécie. Todos os mamíferos são suscetíveis à infecção pelo vírus da raiva. 12/11/2017 Footer Text 9 Manifestações clínicas Em todos os animais: dificuldade para engolir; salivação abundante; mudança de comportamento; mudança de hábitos alimentares; paralisia das patas traseiras. 12/11/2017 Footer Text 10 Manifestações clínicas No ser humano: Sinais e sintomas iniciais duram, em média, 2 a 4 dias e são inespecíficos: febre moderada, mal estar, tonturas, nauseas, anorexia, cefaléia, dor de garganta, irritabilidade, inquietude, sensação de angústia; Pode ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximo ao local da mordedura e alterações de comportamento; Conforme a infecção progride, surge manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescente, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou convulsões; Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente tenta ingerir líquido, apresentando sialorréia intensa; Os espasmos evoluem para paralisia, levando o paciente a apresentar alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. 12/11/2017 Footer Text 11 diagnóstico Diagnóstico clínico: sinais e sintomas característicos da raiva, precedidos de mordedura Exames laboratoriais: A Organização Mundial de Saúde recomenda o método de imunoflorescência direta (IFD), que proporciona resultados mais rápidos e específicos e permite identificar os antígenos do vírus da raiva no organismo. 12/11/2017 Footer Text 12 TRATAMENTO Profilaxia pré-infecção: tratamento preventivo utilizando vacina antirrábica e acompanhamento da resposta imunológica. Profilaxia pós-infecção: inclui a aplicação da vacina antirrábica (produzida a partir do plasma de doadores previamente imunizados) ou do soro antirrábico (composto por imunoglobulinas específicas obtidas do plasma de equinos vacinados contra a raiva). Quando esses recursos não são introduzidos a tempo, o quadro torna-se irreversível e evolui para coma e morte em alguns dias; Na fase final da doença, toda a atenção deve concentrar-se nos cuidados paliativos a fim de aliviar o sofrimento do paciente terminal. 12/11/2017 Footer Text 13 tratamento 12/11/2017 Footer Text 14 Vacina antirrábica Soro antirrábico Protocolo de Milwakee PROTOCOLO DE RECIFE De autoria do médico americano, Dr. Rodney Willoughby; Consiste em manter a paciente em coma induzido para proteger o cérebro, enquanto recebe doses maciças de antivirais. Protocolo de Recife: consiste do protocolo de Milwakee adaptado, utilizado por um brasileiro de Pernambuco mordido por um morcego. Após o caso, o Ministério da Saúde passou a recomendar o procedimento para pacientes com suspeita clínica de raiva humana. 12/11/2017 Footer Text 15 Vacina antirrábica Vacinas de cultivo celular – Potentes e seguras, apresentadas sobre forma liofilizada, acompanhadas de diluente. 12/11/2017 Footer Text 16 Vacina antirrábica Preparo, dias e número de doses para aplicação da vacina pela via intradérmica: 12/11/2017 Footer Text 17 Soro antirrábico É uma solução concentrada e purificada de anticorpos, preparada em equinos imunizados contra o vírus da raiva; A dose indicada é de 40UI/kg de peso do paciente. Deve infiltrar-se nas lesões a maior quantidade possível da dose do soro; A quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via IM, na região glútea; Deve-se iniciar IMEDIATAMENTE a vacinação e administrar o restante do soro recomendado antes da aplicação da 3ª dose da vacina. Após esse prazo, o soro não é mais recomendado. 12/11/2017 Footer Text 18 Tipos de acidente 12/11/2017 Footer Text 19 conduta As condutas de profilaxia devem ser instituídas segundo a espécie do animal envolvido e a gravidade do acidente/exposição; Deve-se sempre lavar o local da ferida com água e sabão. 12/11/2017 Footer Text 20 CONDUTAS 12/11/2017 Footer Text 21 referências Ministério de Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. 8ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 12/11/2017 Footer Text 22
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