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LITERATURA 03 TEXTO POÉTICO POESIA E METRAGEM

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LITERATURA 03 TEXTO POÉTICO - POESIA E METRAGEM 
A FUNÇÃO POE´TICA DA LINGUAGEM 
ocê já percebeu que cada situação exige um determinado tipo de linguagem? Podemos dizer que cada mensagem contém uma intenção, assim como cada ambiente social exige um tipo de fala. Assim, o vocabulário que escolhemos ao nos comunicar tem uma função específica: de emocionar, de transmitir a realidade, de persuadir ou simplesmente de estabelecer um contato maior com o receptor.
Estamos falando das funções de linguagem, as quais são: referencial ou denotativa, emotiva ou expressiva, conativa ou apelativa, fática, metalinguística e poética.
Nesse momento, vamos nos ater a essa última função.
Função poética
A linguagem exerce função poética quando valoriza o texto na sua elaboração, ou seja, quando o autor faz uso de combinação de palavras, figuras de linguagem (metáfora, antítese, hipérbole, aliteração, etc.), exploração dos sentidos e sentimentos, expressão do chamado eu-lírico, dentre outros.
Assim, é mais comum em textos literários, especialmente nos poemas que enfatizam com mais frequência a subjetividade. No entanto, podemos encontrar esse tipo de função nos anúncios publicitários e na prosa, bem como aliada aos demais tipos de função, como a emotiva.
É muito comum a utilização de palavras no seu sentido conotativo (figurado) ao invés do denotativo (do dicionário).
Veja exemplos da função poética em:
Anúncio publicitário:
“Chegou o milagre azul para lavar!
Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo!
Onde Omo cai, a sujeira sai!” (propaganda Omo, 1957)
Poema:
“...Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda...”
(Fernando Pessoa, Poema em linha reta)
Função emotiva:
“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.”
(Vinícius de Morais. Soneto da fidelidade)
ESTILOS LITERÁRIOS - O BARROCO 
O Barroco começa a partir do ano de 1600 e todas as manifestações entre essa data e 1700 estão inseridas em um contexto assimétrico e rebuscado das obras barrocas. Segundo alguns autores, a palavra “barroco” deriva da palavra “verruca” do latim, que significa elevação de terreno em superfície lisa. Toda pedra preciosa que não tinha forma arredondada era chamada de barrueca. Logo após, toda e qualquer coisa que possuía forma bizarra, que fugia do normal, era chamada de baroque. O poeta italiano Giosuè Carducci foi quem, em 1860, adjetivou o estilo da época dos Seiscentos, referindo-se às manifestações artísticas ocorridas a partir do ano de 1600, como sendo barroco. Então, apesar de não possuir características unânimes em todas as obras, o barroco passou a ser a denominação dos artistas e escritores da referida época.
O Barroco ou Seiscentismo teve início em Portugal com a unificação da Península Ibérica, fato que acarreta ao período intensa influência espanhola, e também faz surgir outra denominação para o período, Escola Espanhola. No Brasil, o Barroco teve início em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, o qual introduz em definitivo o modelo da poesia camoniana na literatura brasileira. 
Portugal estava em decadência nos últimos vinte e cinco anos do século XVI, o comércio tornava Lisboa a capital da pimenta, no entanto, a agricultura estava abandonada e as colônias portuguesas, inclusive o Brasil, não deram riquezas imediatas. Pouco tempo depois, com o desaparecimento de D. Sebastião, Filipe II da Espanha consolidou a unificação da Península Ibérica, o que possibilitou e favoreceu o avanço da Companhia de Jesus em nome da Contrarreforma, o que ocasionou a permanência de uma cultura praticamente medieval na península, enquanto o restante da Europa vivia as descobertas científicas de Galileu, Kepler e Newton, por exemplo.
É durante este quadro cultural europeu que o estilo Barroco surgiu, em meio à crise dos valores renascentistas, ocasionada pelas lutas religiosas e dificuldades econômicas. O contexto assimétrico e rebuscado do barroco, citado anteriormente, é reflexo do conflito do homem entre as coisas terrenas e as coisas celestiais, o homem e Deus, antropocentrismo (homem no centro) e o teocentrismo (Deus no centro), pecado e o perdão, enfim, constantes dicotomias.
No Barroco podemos classificar dois estilos literários: O Cultismo e o Conceptismo.
 • Cultismo – caracterizado pela linguagem culta, rebuscada, ligado à forma, jogo de palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gôngora, e por isso, chamado também de Gongorismo.
 • Conceptismo – caracterizado pelo jogo de ideias, ligado ao conteúdo, raciocínio lógico, com influência do espanhol Quevedo, e por isso, chamado também de Quevedismo.
No Barroco brasileiro destacam-se os autores: Padre Antônio Vieira com suas obras de profecias, cartas e sermões e Gregório de Matos Guerra, essencialmente poético.
ARQUITETURA - OBRA BARROCA DA ÉPOCA 
O BARROCO NO BRASIL 
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HomeLiteraturaBarrocoO Barroco no Brasil
O Barroco no Brasil
O movimento brasileiro, influenciado pelo barroco português, apresentou suas próprias características, pois diferente da realidade portuguesa de luxo e pompa da aristocracia, o Brasil vivia uma realidade de violência, em que se perseguiam os índios e escravizavam os negros.
No Brasil, o barroco ganhou impulso entre 1720 e 1750, momento em que várias academias literárias foram fundadas por todo o país.
A obra Prosopopeia, de Bento Teixeira, marca o início do barroco no Brasil.
O centro de riqueza da época era Minas Gerais, e foi lá que a produção artística, ligada à igreja, concentrou-se. O arquiteto, entalhador e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi o grande representante dessa tendência nas artes plásticas, o estilo rococó predominava em suas esculturas de materiais típicos nacionais, como a madeira e pedra-sabão.
Os escritores que mais se destacaram foram:
Na poesia:
- Gregório de Matos
- Bento Teixeira
- Botelho de Oliveira
- Frei Itaparica
Na prosa:
- Pe. Antônio Vieira
- Sebastião da Rocha Pita
- Nuno Marques Pereira.
ARCADISMO 
BOCAGE - REPRESENTANTE ÁRCABE PORTUGUÊS
Arcadismo
O Arcadismo, também denominado Neoclassicismo, representou um importante estilo de época, manifestado no cenário artístico mundial
Falar sobre os movimentos artísticos é, sobretudo, enfatizar acerca de questões relacionadas ao contexto histórico-social que demarcou a história da humanidade. As manifestações artísticas, todas elas inerentes às chamadas escolas literárias, foram fruto de uma leitura de mundo, segundo a concepção dos artistas que por meio delas se fizeram percebidos. Partindo de tal princípio, enfatizaremos o movimento árcade, revelado pelo estilo de época denominado Arcadismo.
Situamo-nos, portanto, no século XVIII, época profundamente demarcada por grandes transformações sociais. Uma delas, a Revolução Industrial, trouxe consigo o êxodo rural e, consequentemente, o crescimento urbano. Emergia, assim, a mão de obra assalariada, tendo como consequência o progresso tecnológico e científico, colocado a serviço da produção de bens. A aristocracia foi perdendo seu poder de força e, consequentemente, entrava em declínio o absolutismo monárquico, passando a ceder lugar à burguesia.
Somada a tais transformações, entrava em cena uma nova corrente filosófica – o Iluminismo, calcado no pressuposto de que a razão era fator determinante para a obtenção do conhecimento. Dessa forma, originando-se na Inglaterra,no final do século XVII, obteve forte expansão na França, noséculo XVIII, tendo como principais precursores os filósofos René Descartes e Espinosa, figuras reveladoras de um ideário voltado única e exclusivamente à razão e à ciência (por acreditarem que todos os fatos deveriam ser isentos de toda e qualquer intervenção divina). Acreditavam também na bondade do ser humano e na igualdade entre todos, defendendo veementemente a ideia de que quem corrompe o ser humano é a própria sociedade, levando-o a conduzir atos não condizentes com a sua posição enquanto tal. Vale dizer que essa afirmação está relacionada ao pensamento de Rousseau e Voltaire – importantes filósofos que exerceram poder de influência. 
Partindo de tal premissa, cabe afirmar que o Iluminismo tinha por finalidade formar uma sociedade mais igualitária e esclarecida, razão pela qual o século XVIII ficou conhecido como o Século das Luzes. Tendo em vista essa série de influências um tanto quanto decisivas para o movimento em referência, principalmente no tocante à racionalidade, podemos dizer que o Arcadismo também é conhecido como Neoclassicismo, concebido como uma retomada aos valores clássicos, baseados, principalmente, nas ideias aristotélicas.
Essa retomada esteve intimamente relacionada a alguns aspectos voltados para os postulados classicistas (como afirmado anteriormente), sobretudo manifestados por alguns clichês, denominados máximas latinas. Assim, destacamos: 
* Inutilia truncat (cortar o inútil) – Essa tomada de posição retratava uma verdadeira repulsa aos excessos preconizados pela arte barroca. Dessa forma, os representantes árcades optavam pela simplicidade, pela ordem direta da linguagem e pela clareza. 
* Carpe diem (aproveitar o dia) – Em face das instabilidades oriundas do mundo material, partindo do pressuposto relacionado à fugacidade da vida, o ideal era aproveitar os prazeres proporcionados por esta, antes que passassem.
* Fugere urbem (fugir da cidade) – Tendo em vista as ideias preconizadas por Rousseau, somadas ao crescimento desordenado das cidades, desencadeou-se o bucolismo – manifestado por uma evocação nostálgica do campo e da natureza. Dessa forma, o anunciador (emissor) integra-se à vida campesina, abnegando-se dos valores citadinos.
* Locus amoenus (lugar ameno) – Segundo a visão dos representantes árcades, a natureza era vista como um lugar ameno, aprazível, que lhes proporcionava equilíbrio e paz interior.
* Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro) – Partindo do pressuposto de que a simplicidade se revelava como elemento preponderante, o luxo e a ostentação eram vistos como algo inconcebível. Nesse sentido, os representantes árcades pregavam o ideal de uma vida simples, permeada pelo equilíbrio, isto é, sem miséria nem riqueza, contando apenas com o essencial, que pudesse lhe proporcionar tempo para a virtude e a arte.
Inspirados na região da Arcádia Grega – uma região mitológica habitada por deuses e pastores, onde se vivia de acordo com as regras do amor e o prazer – os representantes fundaram as chamadas academias literárias, as arcádias, cujos membros se reuniam com frequência, imbuídos no propósito de discutir assuntos relacionados às artes como um todo. Para tanto, adotavam nomes de poetas gregos ou latinos, denominados pastores.
Cabe ainda ressaltar que além dos pressupostos acima ressaltados, outras características demarcaram a arte neoclássica – notadamente expressas por:
* Racionalismo – Em virtude de a arte ser concebida como a imitação do real, toda criação que dela se originasse deveria ser filtrada tão somente pela razão. Nesse sentido, o artista deveria recorrer a emoções genéricas, e não àquelas oriundas de paixões criativas – fruto da inspiração pura e simples do enunciador.
* Exaltação da natureza – Mostrando-se totalmente opostos à realidade permeada nos grandes centros urbanos, os representantes árcades iam ao encontro da natureza, uma vez que essa lhes proporcionava subsídios suficientes para a purificação da alma.
* Imitação dos antigos – A arte greco-romana, considerada modelo de perfeição, equilíbrio, beleza e simplicidade, exerceu forte influência aos moldes neoclassicistas no que se refere à temática, às regras de composição e ao predomínio de figuras mitológicas.
* Preocupação como o homem natural – Consoante às ideias do filósofo Rousseau, o homem primitivo, uma vez mantendo estreita relação com a natureza, ainda não fora corrompido pelos padrões sociais, pressuposto esse preconizado pela teoria do “O bom Selvagem”, autoria do próprio Rousseau.

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