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AVALIAÇÃO FUNCIONAL CERVICAL 2014 FIEO

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AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO SEGMENTO CERVICAL DA COLUNA VERTEBRAL
PROF. OSVALDO PELOZO JÚNIOR
INSPEÇÃO
Coloração da pele
Simetria dos músculos trapézios
Presença de cicatriz
Sulco nucal
Simetria da musculatura paravertebral
PALPAÇÃO 
músculo trapézio (parte descendente – parte transversa – parte ascendente) (SEN ou ORT);
protuberância occipital externa e linha nucal superior (SEN ou ORT);
processos mastóides (SEN ou ORT);
ângulos da mandíbula (SEN ou ORT);
sulco nucal (segmento cervical da coluna vertebral) (SEN, ORT ou DV);
processos transversos do atlas - C-I (palpados profundamente entre os processos mastóides e os ângulos da mandíbula) (DD, ORT ou SEN); 
processo espinhoso do áxis - CII (DD);
O processo espinhoso do áxis é palpável aproximadamente 5 cm inferiormente à protuberância occipital externa (no adulto), embora a palpação seja dificultada pela sobreposição do ligamento nucal (primeiro ponto ósseo que pode ser palpado inferiormente à protuberância occipital externa).
osso hióide (mesmo plano horizontal de C-III);
proeminência laríngea - cartilagem tireóidea (mesmo plano horizontal de C-IV – C-V);
arco da cartilagem cricóidea (mesmo plano horizontal de C-VI);
processo espinhoso de C-VII (vértebra proeminente) (SEN ou ORT);
processo espinhoso de T-I (proeminente entre C-VII e T-II) (SEN, ORT ou DV);
TESTES ESPECIAIS
AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO VERTEBROBASILAR
1. SINAL DE BARRÉ-LIÉOU
PROCEDIMENTO: Paciente sentado, solicitar a rotação bilateral da cabeça e do pescoço.
FUNDAMENTO: Rotação da cabeça e pescoço causa compressão da artéria vertebral contralateral à direção do movimento. O teste visa constatar desobstrução da artéria vertebral ipsilateral e eventual estenose contralateral com os seguintes sinais e sintomas (náusea, vertigem e nistagmo).
TESTE PARA DISTENSÃO MUSCULAR E ENTORSE
2. MANOBRA DE O’DONOGHUE
PROCEDIMENTO: Paciente sentado. Solicitar inclinação resistida e em seguida realizar o mesmo movimento passivamente.
FUNDAMENTO: Dor durante os movimentos ativos resistidos sugere distensão muscular. Dor durante a amplitude dos movimentos passivos indica entorse com lesão dos seguintes ligamentos (alares, transverso do atlas, supra-espinal, interespinal, amarelo, intertransversários, longitudinal posterior e longitudinal anterior).
FRATURAS CERVICIAS
3. TESTE DE PERCUSSÃO DA COLUNA
PROCEDIMENTO: Paciente sentado com flexão de cabeça e pescoço de pequena amplitude. Percutir os processos espinhosos cervicais e a musculatura paravertebral com o martelo neurológico.
FUNDAMENTO: Dor localizada pode indicar vértebra fraturada. Dor radicular pode indicar vértebra fraturada com comprometimento neurológico (pinçamento). Exames de imagem são indicados nesses casos.
Obs: O teste pode ser positivo, também, em comprometimento ligamentar e distensão muscular.
4. TESTE DE SOTO-HALL
PROCEDIMENTO: Paciente em decúbito dorsal, pressionar o osso esterno com uma das mãos e com a outra flexionar cabeça e pescoço.
FUNDAMENTO: Dor localizada pode indicar lesão ligamentar, óssea ou comprometimento nos segmentos cervicais da medula espinal. Esse teste isola o segmento cervical da coluna vertebral podendo indicar compressões radiculares em decorrência de comprometimento discal. Durante a flexão da cabeça e do pescoço o disco intervertebral é comprimido na porção anterior e projetado (estirado) na porção posterior. Isso pode resultar na compressão da medula espinal e raízes nervosas.
INSTABILIDADE CERVICAL
5. TESTE DE SHARP-PURSER
PROCEDIMENTO: Paciente sentado. Fisioterapeuta posicionado póstero-lateralmente em relação ao paciente. Uma das mãos na região frontal e com o polegar da outra mão estabilizar o processo espinhoso de CII (áxis). Solicitar a flexão da cabeça e do pescoço lentamente ao mesmo tempo em que se aplica uma pressão posterior com a palma da mão que está em contato com a região frontal. Deslizamento posterior da cabeça indica teste positivo.
FUNDAMENTO: Subluxação anterior do atlas em decorrência de trauma grave faz com que esta vértebra fique anterior ao áxis com lesão do ligamento alar ou transverso do atlas. Deslocamento posterior indica que a subluxação do atlas sobre o áxis foi reduzida. A subluxação pode ser causada por ruptura ou frouxidão do ligamento alar ou do transverso do atlas.
LESÕES QUE OCUPAM ESPAÇO
6. MANOBRA DE VALSALVA
PROCEDIMENTO: Paciente sentado, solicitar a realização de força como se estivesse defecando, mas concentrando maior parte do esforço na região cervical. Perguntar ao paciente se há aumento da intensidade da dor e, se possível, apontar o local exato.
FUNDAMENTO: O teste aumenta a pressão intrameníngea na coluna toda, mas o paciente deve ser capaz de localizar a dor no segmento cervical da coluna vertebral. Dor indica lesão que ocupa espaço (alteração discal, massa, osteófito) no canal vertebral ou no forame intervertebral.
7. TESTE DE DEGLUTIÇÃO
PROCEDIMENTO: Paciente sentado, solicitar deglutição (copo com água).
FUNDAMENTO: Dor durante a deglutição normalmente indica lesão, disfunção esofágica ou faríngea. Pela proximidade do esôfago com o ligamento longitudinal anterior do segmento cervical da coluna vertebral, lesões como um defeito discal, osteófito, massa ou espasmo muscular, podem comprimir ou irritar o esôfago e causar dor durante a deglutição.
COMPRESSÃO E IRRITAÇÃO NEUROLÓGICA CERVICAL
8. TESTE DE COMPRESSÃO FORAMIDAL
PROCEDIMENTO: Fisioterapeuta posicionado posteriormente. Paciente sentado e a cabeça na posição neutra aplicar forte pressão no sentido inferior na região superior da cabeça. Repetir o teste com a cabeça rodada para ambos os lados.
FUNDAMENTO: Quando se aplica pressão na cabeça no sentido inferior, ocorrem algumas ações biomecânicas:
a. estreitamento dos forames intervertebrais;
b. compressão das articulações dos processos articulares no segmento cervical da coluna vertebral;
c. compressão dos discos intervertebrais nesse segmento.
Dor localizada pode indicar invasão foramidal sem pressão da raiz nervosa ou capsulite nas articulações dos processos articulares. Dor radicular pode indicar pressão (pinçamento) sobre a raiz nervosa por redução do espaço no forame intervertebral ou por comprometimento discal.
9. TESTE DE COMPRESSÃO EM EXTENSÃO
PROCEDIMENTO: Fisioterapeuta posicionado posteriormente. Paciente sentado, solicitar a extensão da cabeça e do pescoço de aproximadamente 30º e em seguida aplicar pressão na cabeça no sentido inferior.
FUNDAMENTO: Realizando pressão na cabeça no sentido inferior com a cabeça e pescoço em extensão, o espaço do disco intervertebral cervical se reduz posteriormente e aumenta transversal e anteriormente, com aumento da carga sobre as articulações dos processos articulares. Se os sintomas do paciente diminuírem, existe a suspeita de comprometimento discal póstero-lateral em decorrência do deslocamento anterior e vertical do conteúdo discal afastando-se da raiz nervosa ou medula espinal. Tal procedimento também comprime as articulações dos processos articulares, que quanto inflamadas, podem causar dor localizada.
10. TESTE DE COMPRESSÃO EM FLEXÃO
PROCEDIMENTO: Fisioterapeuta posicionado posteriormente. Paciente sentado, solicitar a flexão da cabeça e do pescoço e em seguida aplicar pressão na cabeça no sentido inferior.
FUNDAMENTO: Quando o paciente realiza a flexão da cabeça e do pescoço com pressão no sentido inferior, o disco intervertebral sofre compressão anterior gerando uma saliência posterior no disco. Aumento dos sintomas cervicais e/ou radiculares pode indicar comprometimento discal. Tal procedimento pode indicar, também, lesões nas articulações dos processos articulares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CIPRIANO, J.J. Manual fotográfico de testes ortopédicos e neurológicos. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005.
HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica– coluna e extremidades. São Paulo: Atheneu, 2003.
MAGEE, D.J. Avaliação musculoesquelética. 4. ed. São Paulo: Manole, 2005.
KENDALL, F.P. Músculos: provas e funções. São Paulo: Manole, 1995.

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