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* MORTE CELULAR Agentes lesivos – produzir lesões reversíveis (degenerações) mas tb. podem levar a morte celular. Lesões reversíveis ou não – depender da: Natureza do agente Intensidade Duração da agressão Nem sempre a morte celular é precedida de lesões degenerativas. * Morte celular no organismo vivo – necrose (sem morte somática). Necrose – funções vitais das células cessam (pára de produzir energia) – lisossomos perdem a capacidade de reter enzimas no seu interior – saem e começa a autólise. Enzimas – capazes de digerir praticamente todas as estruturas. * Aspectos Morfológicos Áreas de necrose tem aspecto diferente conforme a sua natureza. Principais alterações morfológicas observadas são: Alterações nucleares Intensa contração e condensação da cromatina - núcleo fica menor que o normal (picnose nuclear). * * * Após – digestão da cromatina e desaparecimento da afinidade tintorial dos núcleos – cariólise. Fragmentação do núcleo e dispersão do mesmo pelo citoplasma – cariorrexe. Alterações nucleares - abaixamento excessivo do pH da cél. e da ação de enzimas (desorribonucleases e proteases) – digerem a cromatina e fragmentam a membrana nuclear. * Alterações citoplasmáticas. São menos típicas na necrose. Toma aspecto granuloso formando massas amorfas de limites imprecisos. As membranas se rompem e o material citoplasmático se mistura – forma uma massa. * * Causas e Tipos Os agentes agressores produzem necrose por: Indução de anóxia Agressão à membrana plasmática Ação diretas sobre enzimas, inibindo os processos vitais da célula (agentes químicos e toxinas). * Tipos de Necrose: Isquêmica: Toda a arquitetura tecidual fica perdida (células apresentam alterações nucleares e citoplasma c/ aspecto de substância coagulada). Macroscopia – área é esbranquiçada e geralmente circundada por um halo avermelhado de hiperemia * * Necrose por liquefação: Zona necrosada tem consistência mole ou liquefeita Comum após anóxia no tecido nervoso, adrenais ou tecido pancreático. A liquefação é devido a liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas. * * Necrose caseosa: Principal característica é a transformação das céls. necróticas em uma massa homogênea, contendo alguns núcleos picnóticos e na periferia, núcleos fragmentados. As células perdem seus contornos e as estruturas. É comum na tuberculose. * * * Necrose do tecido adiposo: Forma de necrose que atinge os adipócitos. Ácidos graxos são liberados originando depósitos esbranquiçados. Comum nas pancreatites agudas – extravasamento de enzimas dos ácinos lesando o tecido adiposo peripancreático. Ocorre também nas mamas – traumatismos sobre o tecido adiposo. * * Evolução da Necrose Células mortas se comportam como corpo estranho, irritante no organismo vivo. Área morta – libera estímulos que irão atrair células fagocitárias para sua reabsorção. Isso permite a reparação posterior por regeneração ou cicatrização (reparação). * Reparação: Substituição do tecido necrosado por conjuntivo cicatricial. Área necrosada libera vários mediadores que se difundem para o tecido não lesado. Esse fenômeno inicia alterações vasculares e exsudação celular – leva a reabsorção do processo. * Entre esses estímulos, tem-se: Prostaglandinas – liberadas pelas células lesadas não mortas. Peptídeos – oriundos das células mortas (efeito quimiotático). Mastócitos - liberam histamina (quimiotática p/ NØ) Indução de resposta imune – antígenos liberados das céls mortas – levam a produção de anticorpos. Fibrinopeptídeos (digestão da fibrina) – liberados na periferia da lesão. * Uma vez chegados ao tecido morto – MØ fagocitam os restos celulares. Seguida – surgem fibroblastos e células endoteliais proliferadas a partir de capilares situados nos limites com o tecido não lesado. A medida que os fagócitos avançam – o espaço vai sendo ocupado por tecido conjuntivo vascularizado. Proliferação fibroblástica e endotelial – depende da liberação de fatores de crescimento. * Fator de crescimento derivado de plaquetas - PDGF. Fatores produzidos por MØ – FGF (fator de crescimento de fibroblastos) e fator de crescimento para endotélio ou fator angiogênico. Fatores produzidos por LØ: FGF PDGF Fator de crescimento para endotélio * Regeneração Células mortas são reabsorvidas e fatores de crescimento são liberados das células vizinhas – multiplicação das mesmas. Regeneração – ocorre se o tecido tem capacidade regenerativa. Zonas de necrose são pequenas – regeneração completa da lesão. * Encistamento: Ocorre quando o material necrótico não é absorvido (volume muito grande). Esse fato leva a proliferação conjuntiva e formação de cápsula que encista o tecido necrosado. * Eliminação: Zona de necrose atinge a parede de uma estrutura canicular que se comunica com o meio externo. Material necrosado é lançado nessa estrutura e daí eliminado. Comum na tuberculose – material é eliminado pelos brônquios. * Calcificação: Certos tipos de necrose levam à calcificação. Elevação dos níveis de cálcio nos tecidos mortos (necrose caseosa) – mecanismo pouco esclarecido. GANGRENA Forma de evolução da necrose resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. * Gangrena Seca Ocorre a desidratação do tecido necrosado quando em contato com o ar (mumificação). Ocorre preferencialmente nas extremidades dos dedos e ponta do focinho. Interrupção da circulação arterial com a drenagem linfática e venosa normais. A área afetada tem cor escura. * * Comum uma linha de demarcação com o tecido normal, representada por área de reação inflamatória no limite entre o tecido morto e o não lesado. Gangrena Úmida (pútrida) Decorre da invasão da região necrosada por M.O. anaeróbios produtores de enzimas. Enzimas – liquefação dos tecidos mortos e produzem gases de odor fétido (bolhas junto c/ mat. necrosado) * Normalmente se estabelece um problema de drenagem. É comum nas necroses de tubo digestivo e pulmões. A absorção de produtos tóxicos pode provocar reações sistêmicas fatais. Gangrena Gasosa Decorre da contaminação do tecido necrosado com germes do gênero Clostridium. * Essas bactérias produzem enzimas e grande quantidade de gás. Comum em feridas infectadas – fatal.
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