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Resumo da aula de DTP (12/08) Livro: Melanie Klein – Estilo e Pensamento. -Funcionamento psíquico primitivo. -Freud atendeu adultos e deduziu sobre crianças. -Melanie Klein é a mãe da Psicanálise de crianças. -Criou a técnica do brincar, onde a criança expõe fantasias e angústias. -Utiliza linguagem anatômica/visceral para explicar o psíquico, para dar concretude a algo subjetivo. -Criança possui ego muito primitivo. -Foi salva pela Psicanálise, após uma vida difícil (de lutos). Teve 3 filhos e dificuldades de ser mãe. A teoria foi elaborada através da dificuldade, como uma saída. -O ser humano é submetido a forças (bebê com fome). -Ansiedade desde o nascimento. Se não superar as dificuldades iniciais, não fortalece o ego. -Inicialmente, o bebê projeta agressividade (distorce o objeto externo) e reintrojeta o objeto distorcido (desenvolvimento psíquico). -Externo influencia, mas o predominante é a realidade interna. -Existe a questão inata: uns lidam melhor com a frustração, outros não. -Bebê: capacidade de experimentar gratidão, inveja, avidez. -Melanie Klein se considerava “filha” de Freud por não discordar dos conceitos (apenas antecipou alguns). -Psicótico não tem contato com a realidade, vive na fantasia. -Inicialmente o bebê tem um funcionamento psicótico e depois tem a chance de ser neurótico. -Neurótico: vê o bom e o mau no mesmo objeto. -Psicótico: vê o bom e o mau cindidos (separados). -Gratificado: internaliza o objeto bom. -Frustrado: internaliza o objeto mau. Resumo da aula de DTP (19/08) Livro: Inveja e gratidão –Melanie Klein. -Melanie Klein atendia crianças pequenas. -Seu primeiro paciente foi uma criança com dificuldade intelectual. Melanie orientou a mãe, mas percebeu que não era suficiente. -O bebê possui ansiedades desde o nascimento. O ego arcaico tenta lidar com elas. -O brincar na criança funciona como o método de associação livre no adulto (comunicação inconsciente). -Num grau extremo de ansiedade, o desenvolvimento é paralisado ou impedido. Melanie focava na redução da ansiedade. -Existe uma ansiedade Ativa um mecanismo de defesa Impede o desenvolvimento. -No início, o tratamento era feito na casa da criança, utilizando seus próprios brinquedos. -A criança tem menos recursos para explicar seus sentimentos. -A criança tem menos repressões, então tudo é mais explícito (está mais no consciente). -A criança entende o efeito terapêutico. -Projeções resultadas das pulsões de vida/morte causam a introjeção do objeto bom ou ruim. -Melanie percebeu que precisava de um setting, pois o bom e o mau eram misturados, o que poderia complicar o processo terapêutico. -Começa a atender a criança separada dos pais. -É essencial ter brinquedos pequenos, simples, que não induzam ou impeçam a criatividade. Quanto menos estruturado o brinquedo, melhor. -Existe a caixa que todos os pacientes usam e a caixa individual de cada criança, que só é conhecida por ela mesma e pelo analista. Isso envolve uma relação de confiança, onde o analista também promete não divulgar as brincadeiras realizadas. -Posição esquizo-paranóide: projeta e introjeta e tem uma ansiedade persecutória (de perseguição). É cindido (desde praticamente o nascimento - 6 meses). Não existe uma diferença clara entre fantasia e realidade. Está sempre presente, mas depende do grau para demonstrar se afetou o desenvolvimento intelectual. A gratidão não existe, pois não existe o outro. -Posição depressiva: sente culpa e tem a noção de que a mãe boa é a mãe ruim. Mais realidade e menos fantasia. Sempre busca modos para reparar algo que foi destruído. -Oscilamos entre as posições esquizo-paranóide e depressiva por toda a vida. -A criança vai vivenciar na medida em que aparecem as experiências. -O psicólogo não passa moral ou julga. Apenas comunicamos o sentimento. -A criança vê a relação sexual como algo agressivo. -Formação reativa: representação do extremo oposto do que sente (Freud). Resumo da aula de TP (02/09) -Melanie Klein descobriu (ordem cronológica) primeiro a posição depressiva. -As posições esquizo-paranóide e depressiva oscilam durante toda a vida, não são fases. Devem ser elaboradas para um bom desenvolvimento, mas se misturam e perduram durante a vida. Para o bebê, não é patológico. Acontece através das experiências (projeção e introjeção) para a formação do eu interno. -As experiências de frustração ou gratificação influenciam nas posições. -Posição esquizo-paranóide: ainda vive mais na fantasia e tem a visão parcial (seio bom ou seio mau). Se o bebê tem as necessidades satisfeitas, gera um sentimento de gratidão: projeta e introjeta algo bom. O bom e o mau precisam ficar separados para o mau não destruir o bom. Acredita inconscientemente que, se projetou o mau, pode ser atacado por ele (retaliação): ansiedade persecutória. Ativa as defesas a partir do conflito. -Posição depressiva: tem maior contato com a realidade e possibilidade de reparação. Ataca e destrói, em fantasia, o objeto que ama. A ansiedade é depressiva e o objeto étotal (bom e mal no mesmo objeto). -Para Figueiredo, a Psicanálise liberta de uma forma infantil de amar (forma cindida). -Para o bebê, o bom é maravilhoso e o mau é destruidor (vê tudo muito intenso, antes do efetivo contato com a realidade). Complexo de Édipo -Ocorre com 1 ano de idade, durante o período do desmame. É uma explosão de impulsos genitais. -Sadismo: agressividade, pulsão de morte. -Melanie Klein utiliza o concreto/material para explicar questões subjetivas: sádico-oral e sádico-anal. -O superego é rígido, punitivo e infantil. Bondade e severidade excessivas. -Inserção do terceiro. -Parar de mamar não significa desmame, pois a pessoa ainda pode estar na posição esquizo-paranóide, com visão cindida. -O desmame, reforçado pelas frustrações anais e hábitos de higiene, influencia no momento de desenvolvimento. -O ego é arcaico, primitivo e não nasce preparado, então reprime conteúdo. Estabelece relações de objeto (parcial e total). -Impulso epistemofílico: curiosidade do que existe no interior da mãe. Complexo de Édipo para o menino -Mudança de posição libidinal. -Ódio das frustrações anteriores, se opõe ao amor que se inicia pela mãe (primeiro objeto de amor): ideia de ambivalência. -Quanto mais cruel o superego, mais forte a imagem do pai castrador (sexualidade do pai é transferida e vista na do filho). -Para o bebê, a mãe possui tudo e ele tem o desejo de “roubar” esse tudo. -Para o menino, o pênis do pai está dentro da mãe (fecundação, parto dentro da mãe). Teme que seu corpo seja desmembrado, mutilado (mãe pega as fezes) por ter feito algo errado: ideia de castração. -O medo da mãe é esmagador e se alia ao medo da castração pelo pai. -Quanto maior a fixação sádica, maior a competição entre o homem e a mulher (rivalidade mescla entre amor e ódio). -Complexo de feminilidade: para Melanie Klein, o homem deseja a capacidade de gerar. Se sente em desvantagem e inferior. -Concepção de saúde mental: ter um bom objeto internalizado. -O desejo de dar um filho para a mulher é sair da posição de rivalidade. -Receptivo oral para ativo genital. Complexo de Édipo para a menina -Receptivo oral para receptivo genital (mantém o objetivo). -A mãe frustra, então a menina se afasta e se aproxima do pai. -Tem inveja e ódio da mãe por ela possuir tudo do pai (pênis). A mãe possui o leite e o nega por punição (fantasia). -Desiste de se identificar com a mãe e passa a desejar o pai (homossexualidade surge nesse período). -A identificação com o pai é menos carregada de ansiedade. -O desejo insaciável de ser mãe causa frustração (pênis é visível, a gravidez vai demorar anos). -A ansiedade é, no início, persecutória e depois depressiva. O autismo pode ser uma defesa de um grau extremo de ansiedade. -Brincar: deslocar o perigo interno para o externo. Elaboração de conflitos. -A ansiedade também estimula o desenvolvimento. Resumo da aula de DTP (09/09) -Posições depressivas e esquizoparanóide: modos de funcionamentopsíquico. Não são fases. O desenvolvimento não é linear. -Primeira infância: ansiedade característica da psicose. O bebê tem pouco contato com a realidade e os objetos são cindidos, então o funcionamento é psicótico sem ser patológico. -Melanie Klein tem um olhar genético sobre o desenvolvimento: como se inicia (gênese do processo). -O ego se integra na posição depressiva (antes é cindido). -A ansiedade força o ego a despertar mecanismos de defesa. -Vida em fantasia: cisão. Se o objeto está em pedaços, o ego e o self também estão (visão parcial). -Idealização também é um mecanismo arcaico neste momento esquizoparanóide (para fortalecer o bom). -Enfraquecimento do ego: excesso de cisão (o individuo vê as causas externamente, projeta). O equilíbrio depende do nível de ansiedade. Colorimos o objeto externo com as nossas fantasias (distorcemos a realidade / quanto mais cindido, mais é fruto de projeção). -Ideia de saúde mental: manter o bom objeto bem estabelecido, fortalecendo, assim, o ego. -Desenvolvimento saudável depende do equilíbrio de projeções e introjeções, que dependem do nível de ansiedade. -Objetivo da Psicanálise: libertar dos mecanismos muito primitivos/infantis. -O amadurecimento do organismo propicia a passagem para a posição depressiva. -Ansiedade depressiva: medo de perder por ter feito mal. Danificou o objeto mau (que é o mesmo que o bom), mas pode reparar. Pode conferir a integridade do objeto bom. -Existe uma materialidade foco da projeção depressiva. -Objeto bom bem estabelecido: capacidade de amar, cuidar, olhar para o outro. -A ansiedade paranoide afeta a realidade. -Projeções e introjeções podem ser pensadas como mecanismos de defesa (projetar muito mal ou introjetar muito bom). -Uma das funções da terapia é tornar o superego mais protetor e menos rígido/sádico. -A ansiedade persecutória é preocupada com a preservação do ego. -A ansiedade depressiva é preocupada com a preservação do bom objeto (interno e externo). -O indivíduo depressivo não confia na capacidade do bom objeto. -Desejo de perfeição: efeito da idealização. Diminui a ansiedade do que foi destruído. -O suicídio pode ser uma vontade de matar o objeto mau. -Perigos oriundos do ID: ciúme e ódio acumulam, ataca em fantasia os pais, gerando mais ansiedade. -Estímulos internos e externos influenciam. -A posição depressiva é reforçada com o desmame (objeto inteiro e perda dele). -O afeto da mãe (sentir-se amado) fortalece a confiança externa, diminuindo o medo da destruição interna. A posição depressiva é central no desenvolvimento da criança. -Ciúmes: considera a relação triádica (adição de um 3º). -Inveja: relação com algo mais regredido (sem um 3º). Relação dual. -Se o objeto é bom e a pessoa não o tem dentro de si, ignora-o. Resumo da aula de DTP (16/09) Uma realidade externa favorável facilita o desenvolvimento. -Voracidade: necessidade que não satisfaz (quer esvaziar o seio da mãe). Não tem o bom objeto internalizado. É inseguro quanto a sua capacidade de amar. A segurança/estabilidade de que existe o bom objeto está sendo construída. -Inveja: desejo de posse e estragar o que as outras pessoas possuem. Quando tiver, já não serve, pois foi estragado. -Vemos o que queremos, podemos e conseguimos na realidade. -O superego se inicia no 5º, 6º mês. Não distingue impulsos do real (é rígido). -Indulgência excessiva e rigidez excessiva dos pais não são saudáveis. -Devemos ter a capacidade de olhar para o outro e ver o bom. Se não consegue a empatia, a ansiedade persecutória é grande. -Após destruir fantasiosamente, tem que construir (trabalho). -O efeito de um bom caráter na relação com o outro está na raiz de um bom desenvolvimento. -A inveja se inicia na relação do bebê com a mãe. Relação mais primitiva (bebê e mãe). -Ciúmes: relação com o bom objeto e o 3º que pode tomar esse objeto. É mais elaborado, pois tem o 3º. Resumo da aula de DTP (23/09) -Transferência para Freud: mecanismo inconsciente. Atribuição de figura boa ou má em uma relação. -Transferência para Melanie Klein: novas edições de impulsos e fantasias despertados e tornados conscientes durante a análise. A emoção é consciente, o mecanismo que rege é inconsciente. Nem sempre se tornará consciente, pode ser formação reativa (bom encobrindo o mau). -Temos elementos construtivos e destrutivos e devemos elaborar durante a vida. -A relação entre objetos internos e externos é interativa/se interferem. A relação terapêutica é importante (se o interno é mau e o externo é bom, pode introjetar). -Relação de objeto envolve emoções, fantasias e ansiedades do bebê (projeta e introjeta). -Relação de objeto: centro da vida psíquica. -Compreensão da primeira relação de objeto influenciou na técnica. O psicólogo pode representar tudo (é uma tela em branco) – irmão, pai, superego. -Projeções e idealizações modificaram a imagem interna dos pais para a criança. -Não há como estabelecer o que é real e o que é fantasia projetada. Temos que ser neutros para alcançar o mundo interno do paciente. -Analista pode ser ambos os país ao mesmo tempo, temos que tomar cuidado para não agir da mesma forma (atuar) e prejudicar o processo terapêutico (confiança). Temos que ficar abertos para a projeção e não atuar, para não alimentar o modo de agir do paciente. -A transferência positiva mantém a terapia (esperança de que pode ser ajudado), mas a transferência negativa é importante por ser o que precisa ser elaborado. -A relação transferencial representa, mas não é. Neurótico entende a representação, psicótico acredita que “é”. -Se integro amor e ódio, não preciso ficar provando que é bom. Processo de amadurecimento: ansiedade persecutória diminuir, reparar de maneira saudável o que fantasiosamente destruí, sem precisar da compulsão. -Transferência traz a ideia de movimento (mundo interno e realidade). -Situações totais: situações do passado para o presente. Tudo tem relação transferencial (situações do cotidiano). -Contratransferência: o que o paciente mobilizou no analista. Analista deve saber lidar com isso de modo a realizar uma intervenção e não uma atuação. -Se trabalhamos apenas com o verbalizado, não focamos nas relações objetais internas. Cuidado com a interpretação verbal com o verbal, pode gerar um sentimento de incompreensão. Resumo da aula de DTP (14/10) -Winnicott não tem obras completas, e sim coletâneas. -Winnicott se situa no “grupo do meio”, entre Kleineanos e Freudianos, pois não aderia a nenhuma dessas teorias completamente. -Existe uma corrente no Brasil que afirma que Winnicott rompeu com a psicanálise e a reinventou. Outra corrente afirma que ele é freudiano. São questões teóricas que não interferem na clínica. -Foi presidente da sociedade de psicanálise. -Afirmou que: “não é possível ser original fora da tradição”. As coisas se opõem, mas convivem. -Fez supervisão com Melanie Klein. -Por muito tempo as pessoas olharam para o mundo interno e esqueceram da realidade externa. O contexto importa (mãe real). Trabalhou em contexto de guerra (evacuação de crianças). A constituição psíquica não é intra, mas sim interpsíquica (relação com o outro). -Teve mãe depressiva; casou com uma mulher que, por muito tempo, viveu em um hospital psiquiátrico; casou-se novamente com uma assistente social que o ajudava na evacuação de crianças da guerra; não teve filhos; tinha facilidade de lidar com crianças (empatia); era médico, começou como pediatra e viu a importância da mãe real (o sintoma estava relacionado a uma necessidade da mãe); também trabalhou com psicóticos. -Questionou se não é possível prevenir a psicose (depende do ambiente). -O ambiente favorece ou dificulta o desenvolvimento. Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, depende da “sorte” da criança de ter um ambiente que facilite esse desenvolvimento (falso selfie, que se submete ao ambiente e não é saudável). -Mãe suficientemente boa: que não faz mais e sufoca, nem menos e deixa em falta. -A linguagem é mais direta, se diferenciando da metapsicologia(sem ficção ou abstração). -Quando brinca, a criança tem experiências com valores constitutivos. -Winnicott fala da importância do pai no apoio para a mãe. -Criou o jogo do rabisco para ter acesso à criança. -Criou a consulta terapêutica: efeito terapêutico em poucas consultas. -Experiência completa: começo, meio e fim. -Interpretação (recurso técnico para quando o paciente tem condições de absorver). -Manejo: a pessoa tem compreensão do que aconteceu. Mas não devemos agir com enunciação e sim em atos (postura, modo de lidar e fazer com o paciente). As vezes não pode sé com representação (envolve capacidade simbólica). -É importante saber em que condição psíquica o paciente está (pode estar evoluído e regredido na mesma sessão). -Despersonalização do psicótico: ele não se sente no próprio corpo. -Para chegar no Édipo passa por um desenvolvimento grande (ser eu, relação com o outro e inclusão do 3°). -Chama ansiedade depressiva de Melanie Klein de consernimento (o bebê não quer apenas reparar, ele vê o que fez e se responsabiliza, querendo retribuir). Implica alto grau de desenvolvimento (integração da agressividade). -Discorda da ideia de pulsão de morte de Freud. -O bebê é raso, sem profundidade, complexidade (vai desenvolver). Acha que Melanie Klein via o bebê como profundo. -O bebê primeiro tem que ter o ego, depois vai projetar e introjetar. Primeiramente deve ter o eu integrado. -O bebê não existe, o que existe são dois em um (mãe e bebê). -Motilidade: ir em direção a realidade, não é pulsão de morte. É um movimento em direção a vida (agressividade), exemplo: batendo o pé, mordendo. -Estabelecer limites é dar lugar ao ódio também. -Desenvolvimento emocional primitivo é fundamental. -Jogo da espátula: a criança tem o interesse, se o ambiente permite, ela o pega, põe na boca e descarta. Tem uma experiência completa com sentido terapêutico. Já compreende que tem interior e exterior. Mostra que sabe que está enriquecendo com a experiência e pode descartar. Cada detalhe pode ser perdido (regressão). Sabe que é separado da mãe e está começando a dar importância a ela (6 meses), Melanie Klein chama de posição depressiva. Resumo da aula de DTP (21/10) -Quando o bebê nasce, o cuidado é físico/concreto. Depois ele pode se sentir seguro. -Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, o ambiente é fundamental para facilitar ou dificultar. O primeiro ambiente é a mãe. -O terapeuta também é um bom ambiente e estabelece cuidados. -Saúde é maturidade. Exemplo: criança de 7 anos com maturidade de 7 anos. -A princípio é um olhar para a vida, existe uma agressividade inata que precisa dar o impulso a vida, se não, pode levar a destruição. -Tem um olhar voltado para riquezas do indivíduo (psíquicas), para os potenciais. -Não trabalha como reparação (Melanie Klein), e sim com a necessidade de produzir, criar. É do próprio desenvolvimento. -Se temos maturidade, podemos prover algo para o outro. -Ilusão de onipotência: bebê precisa do leite e a mãe dá imediatamente, então ele acha que criou. Quando a mãe começa a se afastar, a dependência se torna relativa, não mais extrema. A mãe se desadapta (suficientemente boa). A dependência extrema pode ser patológica. -Quanto mais cedo tratada a profilaxia, melhor o prognóstico. -Dupla dependência: dependência absoluta e não saber que depende. -Dependência relativa: depende, mas não tanto. -Independência relativa: não necessariamente vai acontecer. Ao que sou eu e ao que é o outro. Eu integrado que se relaciona com os outros. -Temos que nos apropriar das nossas experiências. Topo máximo do desenvolvimento: apropriação da morte. -O cuidado é extremamente importante, mas não previne tudo. -Na saúde, as dificuldades iniciais têm que ser resolvidas dentro da criança. Os país ajudam a integrar o eu. Depois, perdem o “controle” do desenvolvimento, pois é interno. A criança tem que resolver por si seus problemas internos. -Primeiro estabelece o ego/eu, depois lida com questões instintivas. -Período de latência marca o fim do período de desenvolvimento, que volta na adolescência. -O bebê tem contato com temporalização, mas não tem dimensão de tempo. Deixar o bebê chorando é mutilante em questão de desenvolvimento, pois ele chora “uma vida”. -O corpo é morada da alma. Durante o banho, no colo, a mãe dá os contornos físicos do bebê. -Na mãe, o “instinto” é uma regressão. Sabe o que o bebê precisa porque já foi um. Com sorte, a mãe vai viver esse processo de identificação com o bebê. Após um tempo, a mãe volta a ter um eu integrado. Em termos emocionais, antes existia um (bebê era parte da mãe). A depressão pós-parto é uma profunda regressão emocional. -Nem toda mãe biológica tem essa profunda identificação. -Psicanálise com objetivo de cuidar dos pais para passar para os filhos. -Se o desenvolvimento se distorceu, pode ser feita uma regressão até o ponto em que este parou, porém é mais difícil. -Se o ambiente muda muito, cria-se uma instabilidade que será da vida da pessoa (insegurança constituída). Não é representação mental, precisa da experiência/vivência. -Capacidade de criação/potencial criador é favorecido com um bom ambiente (esperança, criatividade). -Primeiro vive a fantasia, depois entra em contato com a realidade. A fantasia é um alimento para a alma. -Viver só na realidade também é doentio. -Preocupação materna primária: preocupação do início. -Primeiro a criança põe a mão na boca, depois adota um objeto. Entre os dois passos, muita coisa acontece. -Objeto transicional: primeira posse não-eu (a mão era parte dele). O objeto é da realidade. Não é apenas satisfação da zona oral. Transição entre o que era do corpo e o externo. Cria-se um intermediário. -É interessante que o bebê faça o desmame (maturidade). -Entre a realidade interna e externa, existe uma intermediária (não só fruto da realidade, nem só da fantasia). Área não questionada, não é claro o que vem do interno e do externo. A saúde habita este local. O objeto transicional é uma ponte entre a realidade interna e a externa. -Subjetivamente concebido: crio a partir do que sou. -Objetivamente concebido: ursinho é ursinho. -Pode ser uma música, um fenômeno, pode ter o objeto e não cumprir a função de objeto transicional. -Aparece também para diminuir a ansiedade da separação do não-eu (afastamento da mãe), início da capacidade simbólica (representa a mãe). 4, 6, 8 e 12 meses de idade. -Pode aparecer depois de abandonado em momentos que falta o necessário. -Criatividade primária: percepção da realidade e o que crio. -Objeto transicional não é interno, é uma posse. Também não é externo. Pode utilizar quando o objeto está vivo e é suficientemente bom, senão leva a perda do sentido e se torna persecutório. -Se a mãe falha de vez em quando, cria a realidade (desadaptação da mãe porque sabe que o bebê consegue). -A ilusão é inerente ao ser humano e nunca será solucionada. -Precisa da ilusão e gradual desilusão. Processo de desmame pode ocorrer nesse momento. -Processo de aceitação da realidade nunca acontece. Resumo da aula de DTP (21/10) -Quando o bebê nasce, o cuidado é físico/concreto. Depois ele pode se sentir seguro. -Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, o ambiente é fundamental para facilitar ou dificultar. O primeiro ambiente é a mãe. -O terapeuta também é um bom ambiente e estabelece cuidados. -Saúde é maturidade. Exemplo: criança de 7 anos com maturidade de 7 anos. -A princípio é um olhar para a vida, existe uma agressividade inata que precisa dar o impulso a vida, se não, pode levar a destruição. -Tem um olhar voltado para riquezas do indivíduo (psíquicas), para os potenciais. -Não trabalha como reparação (Melanie Klein), e sim com a necessidade de produzir, criar. É do próprio desenvolvimento. -Se temos maturidade, podemos prover algo para o outro. -Ilusão de onipotência: bebê precisa do leite e a mãe dá imediatamente, então ele acha que criou. Quando a mãe começa a se afastar, a dependência se torna relativa, não mais extrema.A mãe se desadapta (suficientemente boa). A dependência extrema pode ser patológica. -Quanto mais cedo tratada a profilaxia, melhor o prognóstico. -Dupla dependência: dependência absoluta e não saber que depende. -Dependência relativa: depende, mas não tanto. -Independência relativa: não necessariamente vai acontecer. Ao que sou eu e ao que é o outro. Eu integrado que se relaciona com os outros. -Temos que nos apropriar das nossas experiências. Topo máximo do desenvolvimento: apropriação da morte. -O cuidado é extremamente importante, mas não previne tudo. -Na saúde, as dificuldades iniciais têm que ser resolvidas dentro da criança. Os país ajudam a integrar o eu. Depois, perdem o “controle” do desenvolvimento, pois é interno. A criança tem que resolver por si seus problemas internos. -Primeiro estabelece o ego/eu, depois lida com questões instintivas. -Período de latência marca o fim do período de desenvolvimento, que volta na adolescência. -O bebê tem contato com temporalização, mas não tem dimensão de tempo. Deixar o bebê chorando é mutilante em questão de desenvolvimento, pois ele chora “uma vida”. -O corpo é morada da alma. Durante o banho, no colo, a mãe dá os contornos físicos do bebê. -Na mãe, o “instinto” é uma regressão. Sabe o que o bebê precisa porque já foi um. Com sorte, a mãe vai viver esse processo de identificação com o bebê. Após um tempo, a mãe volta a ter um eu integrado. Em termos emocionais, antes existia um (bebê era parte da mãe). A depressão pós-parto é uma profunda regressão emocional. -Nem toda mãe biológica tem essa profunda identificação. -Psicanálise com objetivo de cuidar dos pais para passar para os filhos. -Se o desenvolvimento se distorceu, pode ser feita uma regressão até o ponto em que este parou, porém é mais difícil. -Se o ambiente muda muito, cria-se uma instabilidade que será da vida da pessoa (insegurança constituída). Não é representação mental, precisa da experiência/vivência. -Capacidade de criação/potencial criador é favorecido com um bom ambiente (esperança, criatividade). -Primeiro vive a fantasia, depois entra em contato com a realidade. A fantasia é um alimento para a alma. -Viver só na realidade também é doentio. -Preocupação materna primária: preocupação do início. -Primeiro a criança põe a mão na boca, depois adota um objeto. Entre os dois passos, muita coisa acontece. -Objeto transicional: primeira posse não-eu (a mão era parte dele). O objeto é da realidade. Não é apenas satisfação da zona oral. Transição entre o que era do corpo e o externo. Cria-se um intermediário. -É interessante que o bebê faça o desmame (maturidade). -Entre a realidade interna e externa, existe uma intermediária (não só fruto da realidade, nem só da fantasia). Área não questionada, não é claro o que vem do interno e do externo. A saúde habita este local. O objeto transicional é uma ponte entre a realidade interna e a externa. -Subjetivamente concebido: crio a partir do que sou. -Objetivamente concebido: ursinho é ursinho. -Pode ser uma música, um fenômeno, pode ter o objeto e não cumprir a função de objeto transicional. -Aparece também para diminuir a ansiedade da separação do não-eu (afastamento da mãe), início da capacidade simbólica (representa a mãe). 4, 6, 8 e 12 meses de idade. -Pode aparecer depois de abandonado em momentos que falta o necessário. -Criatividade primária: percepção da realidade e o que crio. -Objeto transicional não é interno, é uma posse. Também não é externo. Pode utilizar quando o objeto está vivo e é suficientemente bom, senão leva a perda do sentido e se torna persecutório. -Se a mãe falha de vez em quando, cria a realidade (desadaptação da mãe porque sabe que o bebê consegue). -A ilusão é inerente ao ser humano e nunca será solucionada. -Precisa da ilusão e gradual desilusão. Processo de desmame pode ocorrer nesse momento. -Processo de aceitação da realidade nunca acontece. -A dimensão intermediária é fundamental, pois faz uma ponte para o mundo. -A dimensão intermediária é fundamental, pois faz uma ponte para o mundo. Resumo da aula de DTP (28/10) -Falso selfie se desenvolve para favorecer o ambiente, não é real. -Bebê não tem desejo, tem necessidades básicas que precisa para se desenvolver. -Existe uma parcela do falso selfie que é necessário para convívio social. Socialmente criamos estratégias para não ficar tão exposto. No extremo, tem um patológico (personalidade se estrutura para se adaptar ao ambiente). -O sintoma é um sinal de que o indivíduo desestruturou dessa maneira por algum motivo e esse motivo pode auxiliar na mudança. -O falso selfie é uma vida possível de existência (protege o verdadeiro). -No extremo, é uma psicose (não tem um eu verdadeiro, contato com a realidade). -Se o bebê não tem as necessidades satisfeitas, nada mais do processo de desenvolvimento vai acontecer (não é pulsão ou instinto). Primeiro precisa do eu integrado, depois lidar com pulsões ou instintos. Exemplo: dor de barriga (sem eu integrado, vem de fora e ataca; com eu integrado, ajuda a fortificar e perceber o próprio corpo). -O falso selfie é construído sobre identificações. -Temos que tomar cuidado para não sermos tragados pela doença (quando o paciente fala exatamente o que o terapeuta quer ouvir). -A mãe alimenta o bebê pela própria ansiedade de o bebê passar fome, o que impede que o bebê crie o alimento que precisa. -O verdadeiro selfie é espontâneo, coincidindo com os acontecimentos do mundo. -O verdadeiro selfie não se torna real sem a devoção suficiente da mãe. -Se houver um escoamento adequado/construtivo da agressividade, não precisa ter medo de ser destrutividade. Energia em direção à vida, ideia de motilidade. -O comportamento intencional surge com um certo desenvolvimento. O bebê que morde não é agressividade, é motilidade (não é intencional, não tem eu integrado). -O erotismo oral atrai para si comportamentos agressivos (morder). -A raiz da agressividade é a motilidade (impulso em direção à vida). -Elaboração imaginativa: funções orgânicas são elaboradas mentalmente (físico no campo psíquico). -Consernimento é o que Melanie Klein chama de posição depressiva (percepção do objeto total, não é que o bebê sente culpa por um dano fantasiosamente causado, e sim porque sabe que é o objeto de amor e que pode cuidar). -Se a agressividade não tem vasão, contamina o interno. -Por melhor que seja o ambiente, não facilita tudo porque são processos internos que precisam ser elaborados. -As agressividades se casam quando têm um ambiente agressivo e agressividade com vasão. Resumo da aula de DTP (04/11) -Existe uma diferença entre profundo e precoce em termos de desenvolvimento. Não existe profundidade/complexidade no início em termos psíquicos, somente após um eu integrado. Antes é precoce (processos básicos/iniciais que não evoluíram). -Manejo: a postura do terapeuta promove a vivência de alguma situação (representação de papeis simbólicos). Não é atuação. O psicótico acha que o papel “é”, então deixa de ser representação. É o que faz com objeto terapêutico. -A pessoa real tem a sua importância no campo do real. -A princípio é um corpo que, com sorte, será a morada da alma. O amor é concreto (abraço, colo). -Em uma fase específica, pode-se ver o jogo da espátula (experiência completa). -O psicótico não tem noção de tempo como o neurótico, então a sessão deve ser encerrada de forma diferente (necessário completar a experiência com efeito terapêutico). Cuidado com a manipulação em razão de uma contratransferência. -Toda intervenção depende de diagnóstico. Se tem eu integrado, trabalha no campo simbólico. -Precisa de uma intervenção prática. -Exemplo: se o indivíduo liga para o terapeuta, o terapeuta age (não verbaliza) pedindo para a pessoa anotar o que queria dizer e levar na próxima sessão. -Os pais e o terapeuta são facilitadores do processo de desenvolvimento. Apoiar para que os recursos da pessoa possam se desenvolver. -Trabalho de profilaxia: evitar vários problemas com os filhos,cuidando dos pais. -Cuidar do ambiente é fundamental (desenvolvimento predominantemente intrapessoal). -Profundo: mente e palavras do indivíduo envolvidas. Posição esquizoparanóide de Melanie Klein é precoce, não é profunda. Precoce: levar em consideração o ego auxiliar do ego (mãe). -Necessidade do contorno concreto para ter o simbólico. -É função terapêutica fornecer o holding. -A distorção do desenvolvimento ocorre com a falha repetida ou genética. -Ter passado por um fato não quer dizer que se apropriou da experiência (concepção de produção própria). -Todo funcionamento patológico é uma defesa. É necessário entender do que. -No início, a mãe deve espelhar o bebê para ele se constituir. Isso ocorre novamente na terapia. A mãe legitima o que o bebê é, o terapeuta também. -O que aconteceu no início está na vida adulta, mas não é tão aparente se for bem elaborado. -O latente do começo tem um processo para ser profundo. -Terapeuta deve se manter vivo e desperto, estável, confiável e neutro. -Análise padrão precisa de um eu integrado. Se não o possui, deve primeiro ser trabalhada a integração. -O terapeuta é objeto subjetivo e objetivo. -Quanto menos vier de fora e mais o paciente acreditar que ele criou, melhor. -Cooperação inconsciente: intervenção do psicólogo junto com a necessidade do paciente. Paciente faz trabalho da análise. -Não é porque não existe sintoma, que existe saúde psíquica. -Análise modificada: loucura domina o quadro, falso selfie, sem vida cultural (somente realidade psíquica interna e externa desconexas). Quanto mais lugares para entrar em contato com a realidade externa, melhor. -Saúde é maturidade. Resumo da aula de DTP (18/11) -A partir da transferência, trabalha os conflitos. -Mesmo quando o psicólogo perde o momento de dizer algo, não é um problema, pois ocorre uma repetição na relação transferencial. -Ideia de neutralidade: terapeuta não se colocar demais. -Um aspecto da transferência é a idealização (tem a ver com o olhar infantil de achar que os país tudo sabem e tudo podem). Todas as relações transferenciais aparecerão na relação com o analista. -Aumentar a maturidade: objetivo da psicanálise. -Existem defesas e dificuldades do terapeuta. Existe um limite e é interessante trocar de terapeuta após um tempo. -Ideia de multidisciplinaridade para alguns casos como o psicótico, anorexia. -Temos que manter um equilíbrio como terapeutas, que não temos na vida pessoal. -Não se cria artificialmente o setting, ele é o que o psicólogo é. -O saudável é não ser puramente subjetivo ou puramente objetivo. É função do terapeuta manter esse espaço estável para que o subjetivo possa aparecer no objetivo. -Neurose de transferência é derivada do ID. -O que estava no mundo interno passa a ser vivo. -Se o terapeuta tem muitas defesas, distorce o processo. -Entre o paciente e o analista, está uma atitude profissional. -O analista é objetivo e consistente. No início, lê a partitura, depois toca a música. Com o tempo, a atitude profissional se torna natural. -Quando o paciente não é neurótico ou borderline, uma técnica é o manejo (atitude). -Deprivação: houveram os cuidados, a integração de um eu e, por alguma razão, isso se rompeu (ambiente falhou). -Na psicose, a falta ocorreu no início (privação). -Somos socialmente o que somos individualmente. -Manejo não é o que se diz, é a postura. A pessoa tem um funcionamento regredido e precisa viver a continência. -O paciente com funcionamento regredido impele o terapeuta a sair de sua posição, temos que ter a habilidade de voltar. -Precisa de um processo de regressão para poder elaborar e dar continuidade ao processo de desenvolvimento a partir do ponto específico. -O manejo depende da situação. É um apoio de ego. -Terapeuta suficientemente bom: adaptação / paralelo de como a mãe fazia. Da ao ego individual a possibilidade de ser. Intervenção ligada ao paciente. -Falha do terapeuta pode remeter a falha da mãe. -Com manejo, o terapeuta é mais ativo, mas não diretivo. -Primeiro precisa de um eu, para depois entrar em contato com a realidade. -Repúdio ao não-eu para estabelecer um eu. -Tarefa sempre diagnóstica na teoria de Winnicott: de onde esse paciente fala, qual espaço habita / diagnóstico o tempo todo. -Manejo supre necessidades de desenvolvimento. -Desejo não é função do terapeuta suprir, necessidade sim. -Despersonalização do psicótico: ele não se sente no próprio corpo. -Para chegar no Édipo passa por um desenvolvimento grande (ser eu, relação com o outro e inclusão do 3°). -Chama ansiedade depressiva de Melanie Klein de consernimento (o bebê não quer apenas reparar, ele vê o que fez e se responsabiliza, querendo retribuir). Implica alto grau de desenvolvimento (integração da agressividade). -Discorda da ideia de pulsão de morte de Freud. -O bebê é raso, sem profundidade, complexidade (vai desenvolver). Acha que Melanie Klein via o bebê como profundo. -O bebê primeiro tem que ter o ego, depois vai projetar e introjetar. Primeiramente deve ter o eu integrado. -O bebê não existe, o que existe são dois em um (mãe e bebê). -Motilidade: ir em direção a realidade, não é pulsão de morte. É um movimento em direção a vida (agressividade), exemplo: batendo o pé, mordendo. -Estabelecer limites é dar lugar ao ódio também. -Desenvolvimento emocional primitivo é fundamental. -Jogo da espátula: a criança tem o interesse, se o ambiente permite, ela o pega, põe na boca e descarta. Tem uma experiência completa com sentido terapêutico. Já compreende que tem interior e exterior. Mostra que sabe que está enriquecendo com a experiência e pode descartar. Cada detalhe pode ser perdido (regressão). Sabe que é separado da mãe e está começando a dar importância a ela (6 meses), Melanie Klein chama de posição depressiva. -Quando o bebê nasce, o cuidado é físico/concreto. Depois ele pode se sentir seguro. -Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, o ambiente é fundamental para facilitar ou dificultar. O primeiro ambiente é a mãe. -O terapeuta também é um bom ambiente e estabelece cuidados. -Saúde é maturidade. Exemplo: criança de 7 anos com maturidade de 7 anos. -A princípio é um olhar para a vida, existe uma agressividade inata que precisa dar o impulso a vida, se não, pode levar a destruição. -Tem um olhar voltado para riquezas do indivíduo (psíquicas), para os potenciais. -Não trabalha como reparação (Melanie Klein), e sim com a necessidade de produzir, criar. É do próprio desenvolvimento. -Se temos maturidade, podemos prover algo para o outro. -Ilusão de onipotência: bebê precisa do leite e a mãe dá imediatamente, então ele acha que criou. Quando a mãe começa a se afastar, a dependência se torna relativa, não mais extrema. A mãe se desadapta (suficientemente boa). A dependência extrema pode ser patológica. -Quanto mais cedo tratada a profilaxia, melhor o prognóstico. -Dupla dependência: dependência absoluta e não saber que depende. -Dependência relativa: depende, mas não tanto. -Independência relativa: não necessariamente vai acontecer. Ao que sou eu e ao que é o outro. Eu integrado que se relaciona com os outros. -Temos que nos apropriar das nossas experiências. Topo máximo do desenvolvimento: apropriação da morte. -O cuidado é extremamente importante, mas não previne tudo. -Na saúde, as dificuldades iniciais têm que ser resolvidas dentro da criança. Os país ajudam a integrar o eu. Depois, perdem o “controle” do desenvolvimento, pois é interno. A criança tem que resolver por si seus problemas internos. -Primeiro estabelece o ego/eu, depois lida com questões instintivas. -Período de latência marca o fim do período de desenvolvimento, que volta na adolescência. -O bebê tem contato com temporalização, mas não tem dimensão de tempo. Deixar o bebê chorando é mutilante em questão de desenvolvimento, pois ele chora “uma vida”. -O corpo é morada da alma. Durante o banho, no colo, a mãe dá os contornos físicos do bebê. -Na mãe, o “instinto” é uma regressão. Sabe o que o bebê precisaporque já foi um. Com sorte, a mãe vai viver esse processo de identificação com o bebê. Após um tempo, a mãe volta a ter um eu integrado. Em termos emocionais, antes existia um (bebê era parte da mãe). A depressão pós-parto é uma profunda regressão emocional. -Nem toda mãe biológica tem essa profunda identificação. -Psicanálise com objetivo de cuidar dos pais para passar para os filhos. -Se o desenvolvimento se distorceu, pode ser feita uma regressão até o ponto em que este parou, porém é mais difícil. -Se o ambiente muda muito, cria-se uma instabilidade que será da vida da pessoa (insegurança constituída). Não é representação mental, precisa da experiência/vivência. -Capacidade de criação/potencial criador é favorecido com um bom ambiente (esperança, criatividade). -Primeiro vive a fantasia, depois entra em contato com a realidade. A fantasia é um alimento para a alma. -Viver só na realidade também é doentio. -Preocupação materna primária: preocupação do início. -Primeiro a criança põe a mão na boca, depois adota um objeto. Entre os dois passos, muita coisa acontece. -Objeto transicional: primeira posse não-eu (a mão era parte dele). O objeto é da realidade. Não é apenas satisfação da zona oral. Transição entre o que era do corpo e o externo. Cria-se um intermediário. -É interessante que o bebê faça o desmame (maturidade). -Entre a realidade interna e externa, existe uma intermediária (não só fruto da realidade, nem só da fantasia). Área não questionada, não é claro o que vem do interno e do externo. A saúde habita este local. O objeto transicional é uma ponte entre a realidade interna e a externa. -Subjetivamente concebido: crio a partir do que sou. -Objetivamente concebido: ursinho é ursinho. -Pode ser uma música, um fenômeno, pode ter o objeto e não cumprir a função de objeto transicional. -Aparece também para diminuir a ansiedade da separação do não-eu (afastamento da mãe), início da capacidade simbólica (representa a mãe). 4, 6, 8 e 12 meses de idade. -Pode aparecer depois de abandonado em momentos que falta o necessário. -Criatividade primária: percepção da realidade e o que crio. -Objeto transicional não é interno, é uma posse. Também não é externo. Pode utilizar quando o objeto está vivo e é suficientemente bom, senão leva a perda do sentido e se torna persecutório. -Se a mãe falha de vez em quando, cria a realidade (desadaptação da mãe porque sabe que o bebê consegue). -A ilusão é inerente ao ser humano e nunca será solucionada. -Precisa da ilusão e gradual desilusão. Processo de desmame pode ocorrer nesse momento. -Processo de aceitação da realidade nunca acontece. -A dimensão intermediária é fundamental, pois faz uma ponte para o mundo. -Falso selfie se desenvolve para favorecer o ambiente, não é real. -Bebê não tem desejo, tem necessidades básicas que precisa para se desenvolver. -Existe uma parcela do falso selfie que é necessário para convívio social. Socialmente criamos estratégias para não ficar tão exposto. No extremo, tem um patológico (personalidade se estrutura para se adaptar ao ambiente). -O sintoma é um sinal de que o indivíduo desestruturou dessa maneira por algum motivo e esse motivo pode auxiliar na mudança. -O falso selfie é uma vida possível de existência (protege o verdadeiro). -No extremo, é uma psicose (não tem um eu verdadeiro, contato com a realidade). -Se o bebê não tem as necessidades satisfeitas, nada mais do processo de desenvolvimento vai acontecer (não é pulsão ou instinto). Primeiro precisa do eu integrado, depois lidar com pulsões ou instintos. Exemplo: dor de barriga (sem eu integrado, vem de fora e ataca; com eu integrado, ajuda a fortificar e perceber o próprio corpo). -O falso selfie é construído sobre identificações. -Temos que tomar cuidado para não sermos tragados pela doença (quando o paciente fala exatamente o que o terapeuta quer ouvir). -A mãe alimenta o bebê pela própria ansiedade de o bebê passar fome, o que impede que o bebê crie o alimento que precisa. -O verdadeiro selfie é espontâneo, coincidindo com os acontecimentos do mundo. -O verdadeiro selfie não se torna real sem a devoção suficiente da mãe. -Se houver um escoamento adequado/construtivo da agressividade, não precisa ter medo de ser destrutividade. Energia em direção à vida, ideia de motilidade. -O comportamento intencional surge com um certo desenvolvimento. O bebê que morde não é agressividade, é motilidade (não é intencional, não tem eu integrado). -O erotismo oral atrai para si comportamentos agressivos (morder). -A raiz da agressividade é a motilidade (impulso em direção à vida). -Elaboração imaginativa: funções orgânicas são elaboradas mentalmente (físico no campo psíquico). -Consernimento é o que Melanie Klein chama de posição depressiva (percepção do objeto total, não é que o bebê sente culpa por um dano fantasiosamente causado, e sim porque sabe que é o objeto de amor e que pode cuidar). -Se a agressividade não tem vasão, contamina o interno. -Por melhor que seja o ambiente, não facilita tudo porque são processos internos que precisam ser elaborados. -As agressividades se casam quando têm um ambiente agressivo e agressividade com vasão. -Existe uma diferença entre profundo e precoce em termos de desenvolvimento. Não existe profundidade/complexidade no início em termos psíquicos, somente após um eu integrado. Antes é precoce (processos básicos/iniciais que não evoluíram). -Manejo: a postura do terapeuta promove a vivência de alguma situação (representação de papeis simbólicos). Não é atuação. O psicótico acha que o papel “é”, então deixa de ser representação. É o que faz com objeto terapêutico. -A pessoa real tem a sua importância no campo do real. -A princípio é um corpo que, com sorte, será a morada da alma. O amor é concreto (abraço, colo). -Em uma fase específica, pode-se ver o jogo da espátula (experiência completa). -O psicótico não tem noção de tempo como o neurótico, então a sessão deve ser encerrada de forma diferente (necessário completar a experiência com efeito terapêutico). Cuidado com a manipulação em razão de uma contratransferência. -Toda intervenção depende de diagnóstico. Se tem eu integrado, trabalha no campo simbólico. -Precisa de uma intervenção prática. -Exemplo: se o indivíduo liga para o terapeuta, o terapeuta age (não verbaliza) pedindo para a pessoa anotar o que queria dizer e levar na próxima sessão. -Os pais e o terapeuta são facilitadores do processo de desenvolvimento. Apoiar para que os recursos da pessoa possam se desenvolver. -Trabalho de profilaxia: evitar vários problemas com os filhos, cuidando dos pais. -Cuidar do ambiente é fundamental (desenvolvimento predominantemente intrapessoal). -Profundo: mente e palavras do indivíduo envolvidas. Posição esquizoparanóide de Melanie Klein é precoce, não é profunda. Precoce: levar em consideração o ego auxiliar do ego (mãe). -Necessidade do contorno concreto para ter o simbólico. -É função terapêutica fornecer o holding. -A distorção do desenvolvimento ocorre com a falha repetida ou genética. -Ter passado por um fato não quer dizer que se apropriou da experiência (concepção de produção própria). -Todo funcionamento patológico é uma defesa. É necessário entender do que. -No início, a mãe deve espelhar o bebê para ele se constituir. Isso ocorre novamente na terapia. A mãe legitima o que o bebê é, o terapeuta também. -O que aconteceu no início está na vida adulta, mas não é tão aparente se for bem elaborado. -O latente do começo tem um processo para ser profundo. -Terapeuta deve se manter vivo e desperto, estável, confiável e neutro. -Análise padrão precisa de um eu integrado. Se não o possui, deve primeiro ser trabalhada a integração. -O terapeuta é objeto subjetivo e objetivo. -Quanto menos vier de fora e mais o paciente acreditar que ele criou, melhor. -Cooperação inconsciente: intervenção do psicólogo junto com a necessidade do paciente. Paciente faz trabalho da análise. -Não é porque não existe sintoma, que existe saúde psíquica.-Análise modificada: loucura domina o quadro, falso selfie, sem vida cultural (somente realidade psíquica interna e externa desconexas). Quanto mais lugares para entrar em contato com a realidade externa, melhor. -Saúde é maturidade. -A partir da transferência, trabalha os conflitos. -Mesmo quando o psicólogo perde o momento de dizer algo, não é um problema, pois ocorre uma repetição na relação transferencial. -Ideia de neutralidade: terapeuta não se colocar demais. -Um aspecto da transferência é a idealização (tem a ver com o olhar infantil de achar que os país tudo sabem e tudo podem). Todas as relações transferenciais aparecerão na relação com o analista. -Aumentar a maturidade: objetivo da psicanálise. -Existem defesas e dificuldades do terapeuta. Existe um limite e é interessante trocar de terapeuta após um tempo. -Ideia de multidisciplinaridade para alguns casos como o psicótico, anorexia. -Temos que manter um equilíbrio como terapeutas, que não temos na vida pessoal. -Não se cria artificialmente o setting, ele é o que o psicólogo é. -O saudável é não ser puramente subjetivo ou puramente objetivo. É função do terapeuta manter esse espaço estável para que o subjetivo possa aparecer no objetivo. -Neurose de transferência é derivada do ID. -O que estava no mundo interno passa a ser vivo. -Se o terapeuta tem muitas defesas, distorce o processo. -Entre o paciente e o analista, está uma atitude profissional. -O analista é objetivo e consistente. No início, lê a partitura, depois toca a música. Com o tempo, a atitude profissional se torna natural. -Quando o paciente não é neurótico ou borderline, uma técnica é o manejo (atitude). -Deprivação: houveram os cuidados, a integração de um eu e, por alguma razão, isso se rompeu (ambiente falhou). -Na psicose, a falta ocorreu no início (privação). -Somos socialmente o que somos individualmente. -Manejo não é o que se diz, é a postura. A pessoa tem um funcionamento regredido e precisa viver a continência. -O paciente com funcionamento regredido impele o terapeuta a sair de sua posição, temos que ter a habilidade de voltar. -Precisa de um processo de regressão para poder elaborar e dar continuidade ao processo de desenvolvimento a partir do ponto específico. -O manejo depende da situação. É um apoio de ego. -Terapeuta suficientemente bom: adaptação / paralelo de como a mãe fazia. Da ao ego individual a possibilidade de ser. Intervenção ligada ao paciente. -Falha do terapeuta pode remeter a falha da mãe. -Com manejo, o terapeuta é mais ativo, mas não diretivo. -Primeiro precisa de um eu, para depois entrar em contato com a realidade. -Repúdio ao não-eu para estabelecer um eu. -Tarefa sempre diagnóstica na teoria de Winnicott: de onde esse paciente fala, qual espaço habita / diagnóstico o tempo todo. -Manejo supre necessidades de desenvolvimento. -Desejo não é função do terapeuta suprir, necessidade sim.
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