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Jainne Ferreira Qual a origem, organização anatômica e como se organiza morfofuncionalmente o Sistema Nervoso? Meta 1 Meta 2 Meta 3 Meta 4 Meta 5 Integrar o ensino da anatonia, a fisiologia, a histologia e a embriologia do sistema nervoso. Associar o estudo do sistema nervoso a pratica. Apresentar a divisão anatômica do sistema nervoso. Apresentar as características histológicas do sistema nervoso. Oferecer ao aluno o ensino da fisiologia da células nervosa. Tópico 1 Tópico 2 Tópico 3 Tópico 4 Tópico 5 Introdução ao Sistema Nervoso Divisão anatômica e funcional do sistema nervoso Embriologia e Histologia do sistema nervoso Geração e propagação do potencial de ação Sinapse Sistema Nervoso O sistema nervoso recebe informações do ambiente externo através dos sentidos (visão, audição, olfato, gosto e tato) e do ambiente interno, como temperatura, estiramento e substâncias. Processa essas informações e elabora uma resposta que pode resultar em ações, como a contração muscular e a secreção de glândulas, em sensações, como dor e prazer, ou em informações cognitivas, como o pensamento e o aprendizado. 6 Funções do Sistema Nervoso Função sensorial: O sistema nervoso utiliza o seu milhões de receptores sensoriais para monitorar mudanças que ocorrem tanto no ambiente interno como externo ao corpo. Estas mudanças são os chamados estímulos, e a informação coletada é chamada de input sensorial. Função integrativa: O sistema nervoso processa e interpreta o input sensorial e toma decisões sobre o que deveria ser feito em cada momento – este processo é chamado de integração. Função motora: O sistema nervoso manda então informação aos músculos, glândulas e órgãos (este são denominados efetores), assim estes podem responder corretamente, seja com contrações musculares, seja com secreções glandulares. Input sensorial Resposta Motora Integração Input sensorial Resposta Motora Integração SISTEMA NERVOSO CENTRAL MEIO INTERIOR E EXTERIOR S. Motor SNA S. Sensorial Interação organismo-meio Adaptação ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central Divisão Eferente Divisão Aferente Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático Parassimpático Simpático Entérico DIVISÕES DO SN Divisão anatômica do Sistema Nervoso Sistema Nervoso Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Central Divisão Eferente Divisão Aferente Sistema Nervoso Autônomo Sistema Nervoso Somático Parassimpático Simpático Entérico DIVISÕES DO SN Divisão morfofuncional do Sistema Nervoso 12 Desenvolvimento do embrionário do Sistema Nervoso 13 Desenvolvimento do Sistema Nervoso Desenvolvimento do Sistema Nervoso A placa neural é formada na terceira semana de desenvolvimento embrionário como resultado do espessamento do ectoderma Formação da placa neural * Formação do sulco neural * Formação das pregas neurais * Formação do tubo neural Separação das células da crista neural do ectoderma adjacente e das células da prega neural. * * * Como tudo começa? Qual a origem? Bases moleculares da formação do Sistema Nervoso Central BMP 4 – proteína morfogênica óssea 4. FGFb – fator de crescimento derivado do fibroblasto tipo beta RA- ácido retinóico Formação da placa neural * Formação do sulco neural * Formação das pregas neurais * * * Formação do tubo neural * Formação das pregas neurais Resumo da formação do tudo neural Desenvovimento do encéfalo Divisões do SN • SNC- esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral). – Encéfalo- Dentro do crânio neural – Medula- Canal vertebral. • SNP- Fora deste do esqueleto axial. 3 4* * Ressonância magnética Tecido Nervoso Dois tipos de células: • Neurônios • Células Gliais ou neuroglia Unidade fundamental Processar/ enviar/ Conexão Ocupam espaços entre neurônios Sustentação/ revestimento / isolamento/ modulação/ defesa Oligodendrócitos: Função: revestimento dos axônios formando a bainha de mielina dos neurônios presentes no sistema nervoso central. Astrócitos: Funções: Manutenção do tecido nervos, nutrição dos neurônios e sustentação dos neurônios. Células da glia Micróglia: Função: Defesa (realizam fagocitose). Células fagocitárias, pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. Células da glia Ependimócito: Função: Revestimento do sistema nervoso central • Células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. • Pericário – Região onde se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas. É a região metabolicamente ativa da célula. • Dendritos (dendros=árvore) = Prolongamentos ramificados do neurônio, especializados na recepção de estímulos provenientes de outros neurônios ou de células sensoriais. • Axônio – Prolongamento único e alongado. Transmite os impulsos nervosos provenientes dos dendritos para outras células (nervosas, musculares, glandulares). Neurônio Neurônio • Espinhas dendriticas – processos espinhosos localizados no dendritos, recebem estímulos excitatórios dos terminais axonais de outras células nervosas. Neurônio Classificação quanto a forma: Neurônio Classificação quanto a função: • Neurônios motores ou eferentes: Conduz o impulso nervoso do sistema nervoso até o órgão efetuador (Glândulas exócrinas, endócrinas e fibras musculares). • Neurônios sensitivos ou aferentes: Recebem estímulos sensoriais do ambiente interno ou externo e conduzem o impulso nervoso do receptor até o sistema nervoso central. • Interneurônios ou associativos: Estabelecem conexões entre neurônios sensitivos e motores. Neurônio Astrócitos Micróglia Neurônio http://anatpat.unicamp.br/bineuhistogeral.html Mas como ocorre a distribuição dos neurônios e células da glia que caracterizam a formação do tecido nervoso? Substância cinzenta: Composição: corpos de neurônios, dendrito, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Localização: superfície dos cortices cerebrais e cerebelares, região central da medula. Fotomicrografia das três camadas de substância cinzenta do córtex de cerebelo. Sistema Nervoso Central Substância branca: Composição: axônios mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina, outras células da glia. Localização: regiões mais centrais do cérebro e região externa da medula espinhal. Sistema Nervoso Central Núcleos : Composição: agrupamento de neurônios Localização: substância branca. Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Central Revestimentos do tecido neural: Meninges: Dura-máter Aracnóide Pia-mater . Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Fibras nervosas Constituídas por dendritos e Axônios: São divididas em: Amielínicas: sem envoltório. Mielínicas: com envoltório de célulada glia – bainha de mielína. Os axônios encontram-se revestidos por dobras únicas ou múltiplas formadas por células envoltória, denominadas: células de Schwann nas fibras nervosas periféricas e oligodendrócitos no sistema nervoso central. A- mielínica B- amielínica Sistema Nervoso Periférico Fibra mielínica Fibra amielínica Sistema Nervoso Periférico Fibra mielínica Feixe nervoso Nervo Epineuro Endoneuro Perineuro Axônio Sistema Nervoso Periférico Sistema Nervoso Periférico Gânglios : Composição: agrupamento de neurônios Localização: diferentes localidades fora do sistema nervoso central Sistema Nervoso Periférico Gânglios : Composição: agrupamento de neurônios Localização: diferentes localidades fora do sistema nervoso central Mas, como ocorre a integração entre neurônios? O que é necessário que ocorra? Comunicação entre células formando uma rede, assim circuitos neurais responsáveis por uma dada função são formados. https://www.youtube.com/watch?v=vyNkAuX29OU Sistema Nervoso Central Neurônios são células excitáveis Células excitáveis: Células nas quais o potencial de membrana Vm mostra mudanças caracteristicamente dependentes de tempo em resposta a estimulação elétrica ou química. POSSÍVEIS ESTADOS DO NEURÔNIO: EM REPOUSO - SEM SINALIZAÇÃO DESPOLARIZADO HIPERPOLARIZADO (inibido) SINALIZANDO (potencial de ação) FACILITADO Potencial de repouso Membrana polarizada Permeabilidade Bomba de sódio e potássio (Na/K ATPase). Extracelular Intracelular Razão Extracelular/Intracelular Potencial de repouso Intracelular Extracelular Membrana Potencial de repouso Seletividade da membrana Potencial de repouso Seletividade da membrana Na+ K+ Cl- K+ Na+ Cl- Bicamada Lipídica * Canais iônicos Alguns canais iônicos • CANAL DE K+ (passivo): DETERMINA O POTENCIAL DE REPOUSO, tem ampla distribuição entre os tipos celulares e na membrana. • CANAL DE Na+ dependente de voltagem: fundamental na fase DESPOLARIZAÇÃO do potencial de ação. Tem distribuição ao longo do axônio. • Canal de K+ dependente de voltagem: Fundamental para rápida REPOLARIZAÇÃO do neurônio e volta ao potencial de repouso. • Canal de Na+ dependente de estímulo mecânico presente nas células receptoras do tato. • CANAIS DEPENDENTES DE ESTÍMULO QUÍMICO são abertos apenas na presença de uma determinada molécula = o NEUROTRANSMISSOR. Desequilíbrio do potencial de repouso - convulsão http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=261 A u m e n to d a a ti v id a d e e lé tr ic a Então, o que mantém um célula em repouso? Na/K ATPase • ELETROGÊNICA POTENCIAL DE REPOUSO INFLUÊNCIA DO K+ ESTÍMULO POTENCIAL DE AÇÃO O estímulo O potencial de ação O potencial de ação – Bases iônicas Bases iônicas do potencial de ação • Os canais sensíveis a voltagem, após se ativarem, se inativam espontaneamente e passam para um estado inativado, não responsivo a despolarização. • Alguns tipos de canais se inativam mais rapidamente que outros. Isso depende da estrutura molecular e do mecanismo molecular de inativação. • Os canais só voltam ao estado fechado responsivo a despolarização, quando o potencial membrana volta a ser negativo, ou seja, quando o potencial de membrana se repolariza ou hiperpolariza no término do potencial de ação. Propagação do potencial de ação • Uma vez que a membrana seja despolarizada em qualquer ponto do axônio ao nível limiar, em decorrência de propagação eletrotônica do sinal elétrico, o potencial de ação será gerado devido à abertura de canais para Na+ sensíveis a voltagem. • A despolarização decorrente da entrada de Na+, por propagação eletrotônica irá gerar o potencial de ação na região vizinha. E assim, sucessivamente. •Estratégias para aumentar a velocidade de propagação: • aumento do diâmetro do axônio. • redução da capacitância da membrana por meio da mielinização. A bainha de mielina aumenta a espessura da membrana em 100 x Neurônios Fibras nervosas Constituídas por dendritos e Axônios: São divididas em: Amielínicas: sem envoltório. Mielínicas: com envoltório de célula da glia – bainha de mielína. Os axônios encontram-se revestidos por dobras únicas ou múltiplas formadas por células envoltória, denominadas: células de Schwann nas fibras nervosas periféricas e oligodendrócitos no sistema nervoso central. A bainha de mielina reduz a capacitância da membrana entre um nó e outro. 1 a 2 mm 2 mm Devido à grande capacitância e à baixa rm, as correntes locais não se propagam bem. A bainha de mielina reduz a capacitância da membrana entre um nó e outro. Agora sim em rede!!!!! O EXPERIMENTO CLÁSSICO DE OTTO LOEWI, 1921 Comunicação Neural - Sinapse Comunicação entre neurônios Como os neurônios se comunicam? Sinapses pode ser classificadas quanto a sua natureza em : • Elétricas • Químicas SINAPSES ELÉTRICAS: ESTRUTURA E PADRÃO DE RESPOSTA • ETAPAS DA TRANSMISSÃO SINÁPTICA • 1) O potencial de ação, propagado ao longo do axônio, chega ao terminal sináptico que é despolarizado. • 2) A despolarização do terminal sináptico leva à abertura de canais de Ca++ dependentes de voltagem. • 3) O Ca++ entra no terminal sináptico porque sua concentração no meio extracelular é muito maior. • 4) O Ca++ dentro do citoplasma do terminal sináptico promove a fusão das vesículas sinápticas com a • membrana do terminal (membrana pré-sinaptica): EXOCITOSE DAS VESÍCULAS • 5) Com a exocitose das vesículas, as moléculas de neurotransmissores são liberadas na FENDA SINÁPTICA. • 6) O neurotransmissor atravessa a fenda sináptica e se liga a RECEPTORES da MEMBRANA PÓS- SINÁPTICA. Muitos destes receptores são Canais dependentes de estímulo químico ou seja, são canais iônicos que possuem uma comporta que só se abre ao se ligarem com a molécula neurotransmissora. • 7) A abertura do canal/receptor permite, por exemplo, a entrada de íons Na+, causando a despolarização da célula seguinte (o neurônio pós-sináptico). • 8) Se a despolarização for intensa o suficiente, os Canais de Na+ dependentes de voltagem irão se abrir, provocando um potencial de ação na célula pós-sináptica. • ATENÇÃO: • Há vários tipos diferentes de RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS. Dependendo do receptor, pode haver INIBIÇÃO do neurônio pós-sináptico. Neste caso, o efeito da ação sináptica será tornar mais difícil a deflagração do potencial de ação. • Potenciais Pós-Sinápticos Excitatórios (PPSEs) Potenciais Pós-Sinápticos Inibitórios (PPSIs) Outros Receptores Atividade Intrínseca glutamato ATP Mecanismos de finalização da sinalização pelo neurotransmissor • Recaptação • Degradação na fenda sináptica Neurotransmissores - São moléculas que exercem atividade direta na membrana pós-sináptica, desencadeando nela um potencial de ação excitatório ou inibitório. Tabela 4.1 Alguns neurotransmissores e neuromoduladores mais comuns NeurotransmissoresNeuromoduladores Aminoácidos Aminas Purinas Peptídeos Gases Ácido -amino- butírico (GABA) Acetilcolina (ACh) Adenosina Gastrinas: gastrina, colecistocinina (CCK) Óxido nítrico (NO) Glutamato (Glu) Adrenalina ou Epinefrina Trifosfato de adenosina (ATP) Hormônios da neuro-hipófise: vasopressina, ocitocina Monóxido de carbono (CO) Glicina (Gly) Dopamina (DA) Insulinas Aspartato (Asp) Histamina Opióides: encefalinas (Enk), - endorfina Noradrenalina ou Norepinefrina (NA ou NE) Secretinas: secretina, glucagon, peptídeo intestinal vasoativo (VIP) Serotonina (5- HT) Somatostatinas Taquicininas: substância P (SP), substância K (SK) Utilize as alternativas a seguir para responder às questões de 1 a 5 a) Impulso nervoso b) Neurotransmissor c) Potencial de ação d) Potencial de repouso e) Sinapse nervosa 1) Como se denomina a alteração brusca na carga elétrica das superfícies interna e externa da membrana plasmática, causada por um estímulo de natureza e de intensidade adequados? 2) Qual é o nome do espaço entre a terminação de um axônio e a membrana de uma célula vizinha, através do qual o impulso nervoso é transmitido por meio de mediadores químicos? Potencial de ação Sinapse nervosa Utilize as alternativas a seguir para responder às questões de 1 a 5 a) Impulso nervoso b) Neurotransmissor c) Potencial de ação d) Potencial de repouso e) Sinapse nervosa 3) Como é chamada a propagação de uma alteração de cargas elétricas ao longo da membrana plasmática de um neurônio? 4) Como se denomina a situação em que há diferença de cargas elétricas entre as superfícies interna e externa da membrana plasmática de um neurônio que não está sendo estimulado? 5) Qual é o nome de uma substância liberada pela extremidade de um axônio e que pode estimular uma célula nervosa ou uma célula muscular? Impulso nervoso Potencial de repouso Neurotransmissor 2) (PISM-UFJF/2002) O processo elétrico que ocorre na transmissão do impulso nervoso: a) depende da despolarização da membrana plasmática e termina com a liberação do neurotransmissor na corrente sangüínea. b) depende do disparo de potenciais de ação e termina com a liberação de neurotransmissores pelos dendritos. c) ocorre sempre no sentido dendrito para o terminal axônico e depende do transporte de íons através da membrana plasmática. d) envolve a participação de diferentes tipos de permeases e depende principalmente da interação entre moléculas de actina e miosina. e) é lento e termina com a liberação do neurotransmissor no citoplasma da célula adjacente. Resposta: C 3) Sabemos que a fibra nervosa é formada pelo axônio e dobras envoltórias de diferentes células no SNC e no SNP, que são, respectivamente: a) oligodendrócitos e astrócitos fibrosos. b) oligodendrócitos e Células de Schwann. c) astrócito protoplasmáticos e micróglia. d) astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. e) Células de Schwann e micróglia. Resposta: B Resposta: V,V,V,V 4) 5) 1) 2) 3) 4) Dendritos Corpo celular Axônio (bainha de mielina) Região terminal do axônio (botões sinápticos) 6) Resposta: a A velocidade de condução do impulso nervoso de um axônio está relacionado com: a) Presença de bainha de mielina b) A intensidade do estímulo aplicado ao neurônio c) Número de ramificações dendríticas d) Número de estímulos aplicados ao neurônio. 7) Resposta: b Na sinapse química, a propagação do impulso nervoso de um neurônio para outro é feita através: a) Da inversão de polaridade da membrana plasmática dos neurônios pelas concentrações de Na+ e K+. b) De mediadores químicos, como a acetilcolina e adrenalina. c) Da pronta intervenção de fibras musculares estriadas que se contraem, permitindo a propagação. d) Do contato estrutural direto e permanente entre axônios e dendritos de neurônios sensitivos.
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