Buscar

respostas das questoes 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Como foi resolvido o problema da mao de obra na economia cafeeira?
- Na segunda metade do século XVIII, por volta de 1760, foram registrados os primeiros relatos noticiando a formação de plantações na cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense as melhores condições de plantio foram encontradas ao longo de uma série de pântanos e brejos ali encontrados. No final desse mesmo século, as regiões cariocas da Tijuca, do Corcovado e do morro da Gávea estavam completamente tomadas pelas plantações de café.
O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava. As propriedades contavam com uma pequena roça de gêneros alimentícios destinados ao consumo interno, sendo as demais terras inteiramente voltadas para a produção do café.
Os cafeicultores paulistas deram uma outra dinâmica à produção do café incorporando diferentes parcelas da economia capitalista. A mentalidade fortemente empresarial desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira. Muitos deles investiam no mercado de ações, dedicavam-se a atividades comerciais urbanas e na indústria. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorriam a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações. 
A adoção da mão-de-obra assalariada, na principal atividade econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à nossa economia interna. Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) e o nascimento de novos setores de investimento econômico no comércio e nas indústrias. Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil. 
A predominância desse produto na economia nacional ainda apresenta resultados significativos no cenário econômico contemporâneo. Somente nas primeiras décadas do século XX que o café perdeu espaço para outros ramos da economia nacional. Mesmo assinalando um período de crescimento da nossa economia, o café concentrou um grande contingente de capitais, preservando os traços excessivamente agrários e excludentes da economia nacional.
2 explique o processo que levou ao surgimento da indústria no brasil explicando os fatores internos e externos do mesmo
Foi somente no final do século XIX que começou o desenvolvimento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a investir parte dos lucros, obtidos com a exportação do café, no estabelecimento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação mais simples. A mão-de-obra usada nestas fábricas era, na maioria das vezes, formada por imigrantes italianos.
Quando se fala em industrialização do Brasil é bom ressaltar que tal processo não ocorreu em nível nacional, uma vez que a primeira região a se desenvolver industrialmente foi a Região Sudeste.
A industrialização brasileira nesse período estava vinculada à produção cafeeira e aos capitais derivados dela. Entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, o café exerceu uma grande importância para a economia do país, até porque era praticamente o único produto brasileiro de exportação. O cultivo dessa cultura era desenvolvido especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e algumas áreas de Minas Gerais.
Após a crise que atingiu diretamente os cafeicultores, esses buscaram novas alternativas produtivas, dessa maneira, muitas das infraestruturas usadas anteriormente na produção de transporte do café passaram, a partir desse momento, a ser utilizadas para a produção industrial.
Diante desse processo, a indústria brasileira começou a diversificar, no entanto, limitava-se somente à produção de produtos que empregavam pouca tecnologia, como setor têxtil, alimentício, além de fábricas de sabão e velas.
Vários foram os fatores que contribuíram para a intensificação da indústria brasileira, entre os principais estão: crescimento acelerado dos grandes centros urbanos graças ao fenômeno do êxodo rural, promovido pela queda do café. A partir dessa migração houve um grande aumento de consumidores, apresentando a necessidade de produzir bens de consumo para a população.
Outro fator importante para a industrialização brasileira foi a utilização das ferrovias e dos portos, anteriormente usados para o transporte do café, passaram a fazer parte do setor industrial. Além desse fator, outro motivo que favoreceu o crescimento industrial foi a abundante quantidade de mão de obra estrangeira, sobretudo de italianos, que antes trabalhavam na produção do café.
Um dos fundamentais elementos para a industrialização brasileira foi a aplicação de capitais gerados na produção de café para a indústria, a contribuição dos estrangeiros nas fábricas, como alemães, italianos e espanhóis.
O Estado também exerceu grande relevância nesse sentido, pois realizou elevados investimentos nas indústrias de base e infraestrutura, como ferrovias, rodovias, portos, energia elétrica, entre outros.
Mais tarde, após a Segunda Guerra Mundial, a Europa não tinha condições de exportar produtos industrializados, pois todo o continente se encontrava totalmente devastado pelo confronto armado, então o Brasil teve que incrementar o seu parque industrial e realizar a conhecida industrialização por substituição de exportação.
Nessa mesma década aconteceu a inserção de várias empresas derivadas de países industrializados que atuavam especialmente no seguimento da indústria automobilística, química, farmacêutica e eletroeletrônica. A partir de então, o Brasil ingressou efetivamente no processo de industrialização, deixando de ser um país essencialmente produtor primário para um Estado industrial e urbano.
3 comente os aspectos macroeconômicos impactos sobre renda mercado interno da introdução do trabalhao assalariado na economia cafeeria
O fato de maior relevância ocorrido na economia brasileira do último quartel do século xix foi, sem lugar a dúvida, o
aumento da importância relativa do setor assalariado. A expansão anterior se fizera seja através do crescimento do setor
escravista, seja pela multiplicação dos núcleos de subsistência. Em um e outro casos o fluxo de renda, real ou virtual,
circunscrevia-se a unidades relativamente pequenas, cujos contatos externos assumiam caráter internacional no primeiro
caso e eram de limitadíssimo alcance no segundo. A nova expansão tem lugar no setor que se baseia no trabalho
assalariado. O mecanismo desse novo sistema, cuja importância relativa cresce rapidamente, apresenta diferenças
profundas com respeito à antiga economia exclusivamente de subsistência. Essa última, como vimos, caracteriza-se por
um elevado grau de estabilidade, mantendo-se imutável sua estrutura tanto nas etapas de crescimento como nas de
decadência. A dinâmica do novo sistema é distinta. Convém analisá-la devidamente, se pretendemos compreender as
transformações estruturais que levariam, na primeira metade do século xx, à formação no Brasil de uma economia de
mercado interno.
Observada em conjunto, a nova economia cafeeira baseada no trabalho assalariado apresenta certas similaridades
com a antiga economia escravista: está constituída por uma multiplicidade de unidades produtoras que se ligam
intimamente às correntes do comércio exterior. Todavia, se nos fixamos mais de perto no mecanismo dessas unidades,
vemos que são profundas as diferenças. Para facilidade de exposição, consideraremos o processo econômico a partir do
momento em que a produção é vendida ao exportador. O valor total dessa venda é a renda bruta da unidade produtiva,
renda essa que deverá cobrir a depreciação do capital real utilizadono processo produtivo e remunerar a totalidade dos
fatores utilizados na produção. A fim de simplificar a análise, dividiremos essa renda em dois grupos gerais: renda dos assalariados e renda dos proprietários. O
comportamento desses dois grupos, no que respeita à utilização da renda, £ sabidamente muito distinto. Os assalariados
transformam a totalidade ou quase totalidade de sua renda em gastos de consumo. A classe proprietária, cujo nível de
consumo é muito superior, retém parte de sua renda para aumentar seu capital, fonte dessa mesma renda.
Vejamos como se propaga o fluxo de renda criado pelas exportações. Os gastos de consumo – compra de alimentos,
roupas, serviços, etc. – vêm a constituir a renda dos pequenos produtores, comerciantes, etc. Estes últimos também
transformam grande parte de sua própria renda em gastos de consumo. Destarte, a soma de todos esses gastos terá
necessariamente de exceder de muito a renda monetária criada pela atividade exportadora. Suponhamos agora que ocorra
um aumento do impulso externo. Crescendo a massa de salários pagos, aumentaria automaticamente a procura de prtigos
de consumo. A produção de parte destes últimos, por seu lado, pode ser expandida com relativa facilidade, dada a
existência de mão-de-obra e terras subutilizadas, particularmente em certas regiões em que predomina a atividade de
subsistência. Desta forma o aumento do impulso externo – atuando sobre um setor da economia organizado à base de
trabalho assalariado – determina melhor utilização de fatores já existentes no país136. Demais, o aumento de produtividade
– efeito secundário do impulso externo – manifesta-se fora da unidade produtora-exportadora. A massa de salários pagos
no setor exportador vem a ser, por conseguinte, o núcleo de uma economia de mercado interno. Quando convergem
certos fatores a que nos referiremos mais adiante, o mercado interno se encontra em condições de crescer mais
intensamente que a economia de exportação, se bem que o impulso de crescimento tenha origem nesta última.
O impulso externo de crescimento se apresenta inicialmente, via de regra, sob a forma de elevação nos preços dos
produtos exportados, a qual se transforma em maiores lucros. Os empresários tratam, como é natural, de reinverter esses lucros expandindo as plantações. _ Dada a relativa elasticidade da oferta de mão-de-
obra e a abundância de terras, essa expansão pode seguir adiante sem encontrar obstáculo por parte dos salários ou da
renda da terra. Com efeito, os deslocamentos de mão-de-obra dentro do país e a imigração processaram-se
independentemente da elevação do salário real naqueles setores ou regiões que atraíram fatores. O setor cafeeiro pôde, na
verdade, manter seu salário real praticamente estável durante a longa etapa de sua expansão. Bastou que esse salário
fosse, em termos absolutos, mais elevado do que aqueles pagos nos demais setores da economia, e que a produção se
expandisse, para que a força de trabalho se deslocasse. Portanto, teve importância fundamental, no desenvolvimento do
novo sistema econômico baseado no trabalho assalariado, a existência da massa de mão-de-obra relativamente amorfa
que se fora formando no país nos séculos anteriores. Se a expansão da economia cafeeira houvesse dependido
exclusivamente da mão-de-obra européia imigrante, os salários ter-se-iam estabelecido em níveis mais altos, à
semelhança do que ocorreu na Austrália e mesmo na Argentina. A mão-de-obra de recrutamento interno -utilizada
principalmente nas obras de desflorestamento, construções e tarefas auxiliares – exerceu uma pressão permanente sobre o
nível médio dos salários.
A estabilidade do salário real médio no setor exportador não significava, entretanto, que o mesmo ocorresse no
conjunto da economia. Com a absorção de mão-de-obra pelo setor exportador, a importância relativa desse centro da
economia ia crescendo. Ao serem absorvidos fatores do setor de subsistência, elevava-se o salário real médio, e ainda
mais o salário monetário médio, pois nesse setor o fluxo monetário era relativamente muito menor. Destarte, o fato de
que o crescimento do setor exportador fosse extensivo não impedia que o salário médio do conjunto da economia se
elevasse. Em síntese, como a população crescia muito mais intensamente no setor monetário que no conjunto da
economia, a massa de salários monetários – base do mercado interno – aumentava mais rapidamente que o produto
global.
Que significação econômica tinha o fato de que o empresário se encontrasse em uma situação favorável que lhe
permitia reter a totalidade dos benefícios derivados das elevações ocasionais dos preços dos produtos xie exportação? Suponhamos por
um momento que os salários subissem ao se elevarem.os preços de exportação. A conseqüência prática seria que o
volume de inversões teria de ser menor, e também menor a expansão do setor exportador. A absorção do setor de
subsistência resultaria ser mais lenta. A mão-de-obra ocupada no setor exportador se transformaria progressivamente
num grupo privilegiado, tendendo a crescer a diferença entre os salários pagos no setor de exportação e no de
subsistência.
Os aumentos de produtividade da economia cafeeira refletiam principalmente melhoras ocasionais de preços,
ocorridas, via de regra, nas altas cíclicas, sendo mínimas as melhoras de produtividade física logradas diretamente no
processo produtivo137. Poder-se-ia argumentar, portanto, que a transferência de parte dos frutos desses aumentos
ocasionais de produtividade econômica para os assalariados teria como conseqüência imprimir à massa total de salários
acentuadas expansões e contrações cíclicas. Mas também se poderia argumentar que, como os salários oferecem maior
resistência à compressão que os lucros, a economia estaria em melhores condições para defender-se na baixa cíclica e
possivelmente a longo prazo na relação de preços de intercâmbio, caso transferisse para os assalariados parte do aumento
de produtividade econômica ganho na etapa de elevação de preços. Não se realizando essa transferência, toda a pressão
da queda cíclica se concentrava na massa de lucros. Veremos mais adiante a forma como os empresários conseguiam
transferir essa pressão para os demais setores da coletividade.
4 Mostre as principais repercussões sobre a economia brasileira nas fases de expansão do setor exportador contrastando o caso do café com os demais produtos como açúcar e ouro
Em conjunto, a economia brasileira alcançou taxa alta de crescimento no século XIX → Principal responsável = comércio exterior.
O aumento em 214% das exportações aumentou o preço dos produtos exportados em 46%, e reduziu-se o preço dos produtos importados. Porém, esse desenvolvimento não alcançou todo o pais (a economia cafeeira era a principal responsável por esse desenvolvimento, sendo a região onde se encontrava, a mais beneficiada).
Para esse período, a economia brasileira é dividida em 3:
Açúcar, algodão e subsistência a eles ligada
Subsistência do Sul
Economia Cafeeira
Formado desde o Maranhão até Sergipe, Representavam 1/3 da população do país. A região nordestina era composta por dois sistemas: litorâneo (exportador) e mediterrâneo (subsistência). Pode-se admitir que a população de ambos os sistemas cresceram com igual intensidade, e que a renda do setor de subsistência permaneceu estável. Com isso, a queda da renda per capita do sistema exportador foi substancial. Além disso, houve transferência da população litorânea para o setor de subsistência, causando uma queda na renda média da região, já que a subsistência era menos produtiva. Em síntese, para que não houvesse queda da renda per capita, era necessário aumentar a produtividade da subsistência, o que é uma hipótese inadmissível. Com isso, admite-se a queda da renda per capita da região.
A produção desubsistência do sul foi indiretamente beneficiada pela expansão das exportações. Encontrando um mercado nacional capaz de absorver seus excedentes, conseguiu expandir a faixa monetária de suas atividades produtivas. No RS, o impulso dinâmico coube à pecuária (exportação para o mercado interno do país). A região das colônias se beneficiou diretamente (colocando alguns produtos de qualidade) e indiretamente (expansão urbana do estado, possibilitada pelo aumento de produção no setor pecuário. Ao contrário da região nordestina, houve no sul um aumento da renda per capita, dada pelo aumento de produtividade da região.
A região cafeeira era constituída pelo ES, RJ, MG e SP. Houve, nessa região, grandes movimentos demográficos (transferência de mão-de-obra de regiões de mais baixa produtividade). A rápida expansão do mercado interno na economia cafeeira beneficiou a produtividade do setor de subsistência, concentrado principalmente em MG. A renda real gerada pela exportação do café cresceria a uma taxa anual de 4,5%.
Duas regiões não foram mencionadas: A Bahia e a Amazônia.
Bahia – Foi onde se iniciou a produção de cacau, para fins de exportação. Contudo, a importância desse produto, ao fim do século XIX, ainda era pequena. Porém, outro produto tradicional da exportação baiana, o fumo, tinha sua importância aumentada no mesmo período, encontrando mercado crescente na Europa. Também na Bahia o desenvolvimento foi entorpecido pela ação profunda de fatores similares aos que atuaram no Nordeste. Porém, mesmo com o fluxo imigratório, a população baiana cresceu a uma taxa superior do que ao resto da região nordestina, mostrando assim que sua renda real evoluiu menos desfavoravelmente.
Amazônia – Ao final do século XIX, a borracha teve sua importância aumentada. Grande parte da renda gerada pela borracha não era revertida à região, e a parte que era revertida, era liquidada em importações.
A grosso modo, podemos admitir que a região nordestina foi a única na qual houve uma diminuição da renda per capita. Na Bahia, devido ao equilibro, a renda per capita foi mantida, no sul e na região cafeeira aumentou, e quanto à Amazônia, é possível dizer que a renda que foi gerada alcançou o duplo da intensidade da região cafeeira.
5 comente os efeitos sobre a indústria da politica de controles seletivos sobre as importações ao l ado da valorização do cambio adotada no segundo pos guerra
6 a chamada política de valorização do café nos anos de 1930 promoveu manutenção da renda e de mercado interno muito contribuiu assimpara a indutrialixzação ...
ondições endógenas e exógenas propiciaram a expansão do café brasileiro no final do século XIX: a produção asiática perdeu grande parte de seus cafezais e internamente o programa de imigração passa para as mãos do Estado e uma grande inflação de crédito beneficiou os cafeicultores permitindo a abertura de novas terras e elevou o preço do produto em moeda nacional com a depreciação cambial. A vantagem relativa para o Brasil produzir café e mais, a tendência era de crescimento da produção dada a abundância de terras e da disponibilidade de mão-de-obra.
As condições para o país eram excepcionais e garantiram o monopólio do produto com o controle de 75% da oferta mundial naquele século. Situação essa que possibilitou vantagem no combate a crise de preços nos primeiros anos do século XX. Os estoques, então, seriam vendidos ou retidos de acordo com a demanda dos países importadores e bastavam recursos financeiros para reter essas partes da produção fora do mercado. A partir da crise de 1893, o instrumento da depreciação externa da moeda absorveu seus efeitos, mas no final daquele século a pressão dos consumidores urbanos tornou inviável o uso recorrente de desvalorizações. A superprodução agrava a situação da época.
Política de valorização do café, elaborada no Convênio de Taubaté (1906):
a)      Compra dos excedentes pelo estado para reequilibrar oferta e demanda;
b)      Financiamentos feitos com empréstimos estrangeiros;
c)      Serviço do empréstimo seria coberto com imposto em ouro sobre as sacas exportadas;
d)     Governadores dos estados deveriam desencorajar a expansão do café.
A descentralização republicana havia aumentado os poderes regionais dos estados produtores de café e as medidas adotadas pelo Convênio de Taubaté, em 1906, geraram polêmicas que refletiam as transformações na estrutura político-social. O primeiro esquema de valorização foi feito diretamente pelos estados produtores, sem apoio da União, e com ligações diretas com o capital externo. O governo se viu forçado a assumir a tarefa de executor da política de valorização e isso garantiu o poder da burguesia cafeeira até 1930, submetendo o governo aos seus interesses econômicos.
Como consequência desse plano, os lucros se mantiveram elevados e, consequentemente, os empresários do setor continuavam a elevar as inversões até o limite de fazer pressões sobre a oferta. Era preciso evitar que a capacidade produtiva continuasse a crescer, mas para isso era preciso apresentar outra alternativa rentável aos donos dos recursos. Esses estímulos artificiais que a economia cafeeira recebia a incentivava a crescer cada vez mais. A demanda, entretanto, continuava a evoluir dentro de seus parâmetros tradicionais, ou seja, o consumo de café não aumentava na mesma proporção que a renda na década de 1920. Essa situação gerava um desequilíbrio estrutural entre oferta e procura.
Furtado aponta os erros daquela política de valorização do início do século XX: segundo ele o equilíbrio entre oferta e demanda dos produtos coloniais se dava quando a procura atingia a saturação do mercado e a oferta ocupava todos os fatores produtivos possíveis. Era necessário um desestímulo aos produtores de café, mas não se apresentava, naquela época, uma alternativa de produto colonial tão rentável quanto o café e que se encaixava nos moldes de uma política de valorização como a que foi feita para o setor cafeeiro. Como não foi essa a alternativa seguida naquela época, o capital estrangeiro foi utilizado para financiar os estoques a fim de tentar reequilibrar o mercado do produto. Entretanto, com a crise de 1929 e a fuga maciça de capitais sumiu com as reservas metálicas feitas até então.

Outros materiais