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Profª Ms Celia Santos Nos primórdios, a dor era uma consequência inevitável do ato cirúrgico. Por isso, a maioria dos cirurgiões não se preocupava em empregar técnicas que aliviassem o sofrimento relacionado ao procedimento. As primeiras tentativas de alívio da dor: métodos físicos (pressão e gelo), bem como uso de hipnose, ingestão de álcool e preparados botânicos. Séculos IX ao XII: uso da esponja soporífera para prover analgesia. Seu preparo era a base de mandrágora e outras ervas, que tinha como seus principais compostos morfina e escopolamina. Agentes Inalatórios: ◦ O éter dietílico já era um composto conhecido quando no século XVI Paracelsus observou suas propriedades anestésicas em galinhas. ◦ Horace Wells percebeu as propriedades anestésicas do óxido nitroso em 10 de dezembro de 1844, quando participou de uma exibição de um "cientista intinerante", Gardner Quincy Colton. Agentes Inalatórios: ◦ Na ocasião Wells notou que um jovem chamado Samuel Cooley não se deu conta que havia sofrido uma lesão na perna enquanto estava a inalar o óxido nitroso. Em 1845 Wells fracassou em sua tentativa de demonstrar publicamente uma extração dentária sem dor com o uso do óxido nitroso. Tal fracasso o pertubou profundamente culminando com seu suicídio em 1848 . Agentes Inalatórios: ◦ Em 16 de Outubro de 1846, a anestesiologia tem seu marco inicial com William Thomas Green Morton, realizando uma anestesia baseada em éter no paciente Edward Gilbert Abbott para que o cirurgião John Collins Warren excisasse uma lesão vascular de seu pescoço. ◦ Em 4 de Novembro de 1847, James Young Simpson, obstetra em Edinburgh, Escócia, utilizou clorofórmio para alívio da dor do parto vaginal. Agentes Inalatórios: ◦ Tal fato sucitou diversos debates médicos e religiosos acerca da dor do parto como um castigo divino. John Snow, inglês, administrou clorofórmio à Rainha Vitória para alívio das dores do parto. Tal fato serviu de endosso à analgesia de parto, minimizando as discussões religiosas. ◦ Os agentes inalatórios, de uso mais frequente no mundo e no Brasil, atualmente, estão divididos em dois grandes grupos: Agentes Inalatórios: ◦ a) Os gases (representados exclusivamente pelo óxido nitroso - histórica e popularmente conhecido como "gás hilariante”). ◦ b) Os vapores (predominío dos éteres halogenados - enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano – e o alcano, denominado halotano, que ainda é empregado em escala mundial com restrições). Anestésicos Locais: ◦ Em 1884, Sigmund Freud estudava os efeitos estimulantes da cocaína no sistema nervoso central. ◦ Carl Koller percebeu que a amostra de cocaína recebida de seu amigo Freud, ao entrar em contato com a língua, a deixava anestesiada. Percebeu, assim, a possibilidade de utilização de uma solução de cocaína para aplicação tópica em cirurgias oftalmológicas. ◦ Koller conduziu, então, juntamente com Gustav Gartner, estudos com sucesso em olhos de sapos, coelhos e cachorros. Tendo sido uma das primeiras aplicações dos anestésicos locais. Anestésicos Locais: ◦ Em Dezembro de 1884, Willian Halsted e Richard Hall realizaram bloqueios de nervos periféricos, bem como do plexo braquial. ◦ August Bier, utilizando-se da técnica descrita por Heinrich Quincke, realizou a primeira cocainização deliberada da medula espinhal. Permitiu, inclusive, que seu assistente, Hildebrandt, realizasse uma punção lombar nele mesmo. Em seguida, os papéis se inverteram e Bier realizou uma punção em Hildebrandt. Ambos apresentaram cefaléia após a experiência. Anestésicos Locais: ◦ A cefaléia inicialmente fora atribuída às comemorações pelo sucesso em obter anestesia com a técnica empregada. Mais tarde, ficou mais claro que a cefaléia pós punção da dura-máter relacionava-se à perda de líquor pelo orifício realizado. ◦ August Bier e Theodor Tuffier dividem o mérito do início da, então, chamada raquianestesia. Anestésicos Locais: No Brasil: ◦ Em 1847, Roberto Haddock Lobo e Domingos de Azevedo Marinho realizaram a primeira anestesia baseada em éter que se tem relato no Brasil. ◦ Em 1927, o Prof. Leonidio Ribeiro fez uso do óxido nitroso. ◦ O ciclopropano foi utilizado pela primeira vez em 1936 por Álvaro de Araújo Aquino Sales. ◦ Em 1948, foi fundada a Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Estágio I ◦ Representa o estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O pulso e a respiração são irregulares. Estágio II ◦ Começa com a perda da consciência e termina com o início de um padrão regular de respiração e o desaparecimento do reflexo palpebral. Também é denominado de estágio de delírio. ◦ É caracterizado por excitaçao e muitas reações indesejáveis, tais como vômito, laringoespamo e até mesmo parada cardíaca. ◦ A respiração é irregular e o pulso é irregular e rápido; as púpilas ficam dilatadas, mas contraem-se quando expostas à luz. Estágio III ◦ Também chamado de anestesia cirúrgica. Neste estágio a respiração é irregular, a pulsação tem ritmo quase normal e bom volume, a pele fica rosada ou levemente enrubescida. ◦ Com a administração adequada do anestésico, este estágio pode ser mantido por várias horas. A maior parte das cirurgias é executada neste estágio da anestesia. Estágio IV ◦ Inicia-se no momento da cessação da respiração até a insuficiência do sistema circulatório. O pulso é filiforme e fraco. Desenvolve cianose gradualmente. ◦ Quando o paciente chega a este estágio , suspende- se o anestésico imediatamente e faz-se respiração artificial. Principais objetivos: ◦ Produzir amnésia e sedação. ◦ Diminuir ou abolir dor eventualmente existente. ◦ Potencializar os agentes anestésicos. ◦ Bloquear o nervo vago. ◦ Diminuir as secreções das vias aéreas e seu metabolismo. ◦ Reduzir o volume do conteúdo gástrico e aumentar o seu PH. ◦ Reduzir as necessidades de anestésicos. Grupos de medicações Pré-Anestésicas: ◦ Anticolinérgicos: diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o coração (Atropina e Escopolamina). ◦ Tranquilizantes: possuem efeitos ansiolíticos, amnéstios, sedativo, anticonvulsivante e relaxante muscular; administração via oral ou intra-muscular; (Diazepan, Lorazepan, Midazolan). ◦ Hipnoanalgésicos: diminuem a ansiedade dolorosa com sedação (Morfina, fentanil, Meperidina). Anestesia Local: baseia-se na infiltração de anestésicos locais nas proximidades da área a ser operada, usualmente empregada em cirurgias de superfície, de porte pequeno ou médio. Podendo ser tópica ou infiltrada. ◦ Tópica – Os anestésicos são infiltrados nas superfícies, mucosas do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, esôfago e trato geniturinário para produzir anestesia tópica. A lidocaína spray usada na entubação traqueal após 15 minutos pode atingir níveis similares à administração venosa. ◦ Infiltração – consiste na injeção de uma solução que contém anestésico local nos tecidos através dos quais deve passar a incisão. Os anestésicos locais em contato com a fibra nervosa interrompem transitoriamente o influxo nervoso, quer seja neuro vegetativo, sensitivo ou motor. A anestesia local é administrada freqüentemente em combinação com epinefrina, o que aumenta consideravelmente o tempo de duração da analgesia. Normalmente se utiliza a procaína, tetracaína, lidocaína, dibucaína, bupicaína, mepivacaínae priolocaína como anestésicos locais. Razões para utilizar esta técnica: É simples, econômica e não explosiva. O equipamento é mínimo e o cuidado pós- operatório é menor. Os efeitos indesejáveis da anestesia geral são evitados. É ideal para cirurgias de curta duração e superficiais. Todos os anestésicos locais são capazes de produzir reações indesejáveis: loquacidade, agitação psicomotora, tremores e convulsões e parada cardiorrespiratória. Ocasionalmente, taquicardia discreta, cianose e metahemoglobinemia. Bloqueios regionais: É uma forma de anestesia local em que um agente anestésico é injetado nos nervos ou ao redor deles, de modo a anestesiar a área por eles inervada. ◦ Bloqueio de plexo – O anestésico é administrado na extensão de um plexo nervoso. Plexo braqueal que produz anestesia do braço ◦ Anestesia paravertebral – Produz anestesia dos nervos que suprem a parede abdominal e as vísceras. ◦ Bloqueio transacral – Produz anestesia do períneo e, ocasionalmente, do baixo abdômen. Os principais efeitos colaterais dos anestésicos regionais (marcaína e xilocaína) são: Hipotensão arterial. Bloqueio motor. Bradiarritmias. Cefaléia pós-punção. Síndrome de cauda equina (irritação das fibras nervosas, formigamento, dificuldade de fletir os membros inferiores e dor). Anestesia espinhal Raquidiana: Também chamada de raquianestesia, intra–tecal e subaracnoídea. Baseia-se na administração de anestésico local diretamente no líquor. ◦ As drogas usadas nos bloqueios subaracnóides são classificadas de acordo com a sua duração - média e longa duração. ◦ A lidocaína é indicada para procedimentos com duração de até uma hora . Seu início de ação ocorre em menos de cinco minutos . Ao adicionar adrenalina à lidocaína, prolonga a sua duração. ◦ A bupivacaína é utilizada em procedimentos com duração de até duas horas e meia. ◦ Na raquianestesia, as arteríolas se dilatam, oferecem menor resistência ao fluxo e as veias se dilatam e recebem maior volume de sangue. Portanto, o retorno venoso, o débito cardíaco e a pressão arterial caem. ◦ Podem provocar também depressão respiratória, cefaléia pós-raquianestesia (dor com localização bifrontal e occipital), distúrbios dos nervos cranianos (dificuldades oculares e auditivas), paralisia da bexiga e do reto, neuropatia periférica e síndrome de cauda equina. ◦ Suas principais vantagens: Início rápido de ação (curta latência) Boa intensidade de bloqueio sensitivo e motor. ◦ Suas possíveis desvantagens: Maior ocorrência de cefaleia. Limitada duração da anestesia, quando não há colocação de cateteres, que é o mais comum. Anestesia espinhal Epidural: Também chamada peridural, baseia-se na aplicação de anestésico em um espaço virtual entre o ligamento amarelo e a dura-máter. ◦ É administrada facilmente, pouco dispendiosa e requer equipamento mínimo. Ela é de indução rápida e há excelente relaxamento muscular. O paciente pode permanecer acordado, se for conveniente. ◦ ◦ Quando o anestésico é depositado no espaço peridural através do canal sacro, tem-se a denominada anestesia caudal. ◦ Após a administração da droga (procaína, tetracaína, dibucaína, bupivacaína, lidocaína, prilocaína), pode haver marcante queda na pressão sanguínea, provocada pela paralisia dos nervos vasomotores. Com alguma frequência ocorrem náuseas, vômitos e dor durante a cirurgia. No pós-operatório, podem haver complicações como cefaleia, paralisia ou meningite. ◦ As drogas disponíveis para uso epidural podem ser classificados de acordo com seu tempo de ação: curto, intermediário e longo. Adição de adrenalina a esses anestésicos proporciona um aumento significativo no tempo de ação. ◦ A bupivacaína e a lidocaína retardam a condução de impulso entre as fibras de Purkinje e as células musculares do ventriculo; produzem assim bloqueio de condução, cuja duração é bem maior com a bupivacaína do que a lidocaína. ◦ As principais complicações são hematoma epidural, reações tóxicas, dor lombar pós- punção, disfunção vesical. ◦ As principais vantagens: Menor incidência de cefaléia, quando comparado à raquianestesia. Menos distúrbios na pressão sanguínea. Possibilidade de realização de bloqueios mais restritos à faixas de dermátomos. Maior facilidade de realização de técnicas com utilização de cateteres (contínua). ◦ Desvantagens: Uma latência maior. Uma menor intensidade de bloqueio. Maior possibilidade de toxicidade por anestésico local já que é utilizado volumes cerca de dez vezes maiores que os utilizados na raquianestesia. Caudal: Fisiologicamente semelhante à anestesia peridural, realizada por punção do hiato sacral, podendo ser uma alternativa ao bloqueio epidural para procedimentos cirúrgicos e obstétricos das regiões perineal e anorretal. Anestesia geral: refere-se a um estado de inconsciência reversível, imobilidade, analgesia e bloqueio dos reflexos autonômicos, obtidos pela administração de fármacos específicos. Na atualidade, para realização de uma anestesia geral utiliza-se comumente: ◦ Hipnóticos: inconsciência e amnésia. ◦ Opióides: analgesia e proteção contra os reflexos autonômicos. ◦ Bloqueadores neuromusculares: imobilidade. ◦ Bloqueios regionais associados: analgesia e proteção autonômica. ◦ Fármacos adjuvantes: efeitos diversos como controle da pressão arterial, frequência cardíaca, tratamento de intercorrências, tais como alergias entre outras funções. ◦ Elementos básicos da anestesia geral incluem: ◦ Diminuição do nível de consciência ou sono, amnésia, analgesia, relaxamento muscular, resposta motora diminuída a estímulos e reversibilidade. ◦ Manter as funções vitais (exemplo: cardiovascular, respiratória e renal) em todo o curso da anestesia geral. Técnicas de anestesia geral são divididas em: ◦ Progressiva depressão do SNC causada por uma droga simples ou injeção de drogas combinadas. ◦ Depressão balanceada (também chamada anestesia balanceada), quando incluem múltiplas drogas usualmente dadas em baixas dosagens, com cada droga selecionada e dada para uma proposta específica. ◦ Depressão balanceada tem a intencão de reduzir uma indesejável depressão por mecanismos homeostáticos, induzidos por grande dose de uma droga simples. Contudo, esta técnica é complicada e necessita de experiência pessoal. A anestesia geral pode ser realizada por várias vias: ◦ Via endovenosa. ◦ Via inalatória . Estas são as preferidas, porque a relação efeito-dose e o tempo de efeito são mais previsíveis. ◦ Retais. Anestésicos Inalatórios: ◦ São caracterizados pela administração de um anestésico inalatório como agente principal. ◦ O aparelho respiratório é a via de administração do anestésico, sendo absorvido pela superfície alveolar. ◦ Sua concentração no cérebro determina a profundidade da anestesia. ◦ A anestesia geral por inalação pode ser realizada por líquidos voláteis e gases. Anestésicos Inalatórios: ◦ Halotano: agente halogenado que também pode produzir hipotensão e pequena incidência de náuseas e vômitos. As secreções respiratórias são mínimas. Portanto, na recuperação é importante o controle mais frequente do pulso, respiração e pressão arterial. Pode provocar depressão do miocárdioe, como se dissolve em gorduras, o tempo de eliminação é prolongado. ◦ Pode provocar bradicardia, hipotensão arterial, aumento da pressão intracraniana, sangramento, hipóxia, hipercarbia, náuseas, vômitos e calafrios. Anestésicos Inalatórios: ◦ Pentrane (metoxiflurano): um tipo de éter. ◦ Etrane (enfluorano): um tipo de éter halogenado. Pode provocar arritmias cardíacas e desenvolver depressão respiratória rapidamente, aumento da frequência cardíaca, hipotensão, náuseas e vômitos, diminui o fluxo renal. oForane (isoflurane): é um éter halogenado, sendo menos depressor da circulação que o halotano e o enflurano e seu efeito depressor respiratório é comparável ao do halotano. ◦ A indução e a recuperação anestésica ocorrem rapidamente. ◦ As principais complicações: hipotensão arterial, taquicardia, disritmias cardíacas, hipercapnia, hipóxia e elevação da pressão intracraniana. o Óxido Nitroso (NO): gás comercializado em balas; é um composto químico que age como agente anestésico fraco em forma de gás respiratório inorgânico e inodoro que tem efeitos analgésicos significativos e baixa solubilidade no sangue. o Causa modestos aumentos da frequência respiratória e quando administrado isoladamente pode aumentar de forma expressiva o fluxo sanguíneo cerebral e a pressão intracraniana. ◦ Sevoflurano: é um exemplo do anestésico do futuro. Trata-se de um éter cuja solubilidade sanguínea aproxima-se do óxido nitroso e cujo odor não é pungente como o do isoflurano. ◦ Não irritativo e tem rápido início de ação. Indicado para indução e manutenção de anestesia. ◦ É instável em presença de cal sodada. ◦ Possui efeitos tóxicos potenciais sobre o rim, principalmente em anestesias prolongadas como em neurocirurgia. ◦ O tempo de desperta geralmente é curto; os pacientes podem necessitar mais precocemente analgesia no pós-operatório. Drogas Indutoras de Anestesia ◦ Barbitúricos (Thiopental): tem uma certa duração e é importante na indução de anestesia geral. Também utilizado em convulsões, como calmante, ele mantém o sono superficial. É também depressor do sistema respiratório e mecanicamente utilizado para induzir o coma. ◦ Leva a inconsciência em 30 segundos. A indução da anestesia é agradável e não há os zumbidos, estrondos ou vertigens que acompanham a administração dos anestésicos por inalação. ◦ A não incidência de náusea e vômito pós-operatórios torna o método útil em cirurgias oculares. ◦ Poderoso depressor da respiração, podendo provocar espirros, tosse, sufocação, parada cardiorrespiratória, espasmos de glote e das vias aéreas inferiores. ◦ Diprivan (propofol): administrado por via venosa, produz hipotensão arterial e depressão respiratória. O importante é que seu efeito termina rapidamente, sem deixar resíduos no organismo. ◦ É um agente hipnótico de curta duração, sendo indicado para indução e manutenção de anestesia geral. Tem elevada lipossolubilidade, que contribui para o rápido início de ação. O despertar ocorre em quatro a oito minutos. Meia vida, de eliminação curta, de 34 a 64 minutos. A incidência de náuseas e vômitos na recuperação da anestesia é muito baixa. Pode provocar depressão do volume corrente, progredindo para apnéia a medida que aumenta a dose; diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e do consumo cerebral de oxigênio. Na fase de recuperação, podem ocorrer náuseas, vômitos, tremor, sensação de frio, cefaléia, euforia e desibinição sexual. ◦ Demerol ou Dolantina (meperidina): narcótico que tem duração média de 3 a 4 horas. Sua ação inicia-se após 10 minutos da aplicação intra-muscular (a aplicação também pode ser subcutânea). É um medicamente analgésico e causa sonolência, tontura, amnésia, náuseas, vômito e diminuição da frequência respiratória. ◦ Morfina: produz analgesia. Quando aplicada por via intramuscular, deprime o centro respiratório em 30 minutos. Provoca sonolência, alteração de humor e confusão mental. Quando aplicado por via endovenosa, deprime o centro respiratório em 7 minutos. Nesse caso, o cliente recobra a consciência 3 horas após a administração. ◦ Fentanil: opiáceo sintético de maior potência que a morfina (75 a 100x). Se for administrada rapidamente, provoca a broncoconstrição, rigidez dos músculos intercostais e do diafragma. Em casos de iatrogenia, administrar um antagonista (naloxana ou nalorfina). ◦ Droperidol: tem efeito alfa-adrenergético (vontade de mexer as mãos e não consegue); provoca um estado de calma aparente e uma desinclinação do corpo, quando tenta mover- se; é um protetor contra os componentes de vasoconstrição do choque; tem boa perfusão sanguínea periférica; tem efeito antiemético e protege das arritmias. Produz: contrações, nistagmo, tremores, rigidez na nuca e agitação. ◦ Inoval: neuroplético (associação de droperidol e fentanil) que tem sido associado à anestesia moderna. Produz analgesia e inconciência; reduz vômitos e náuseas no pós-operatório, tem baixa toxicidade; possibilita recuperação imediata, fazendo com que o cliente acorde da cirurgia sem problemas, de forma suave. Sua única desvantagem é ser um depressor respiratório. ◦ Ketalar (cetamina): depressor do sistema nervoso central (SNC) , bloqueador da condução da dor, é de curta duração. ◦ Leva à inconsciência e à analgesia profunda, nistagmo (olhos abertos ou concêntricos); provoca midríase (aumento das pupilas) reagente à luz. ◦ Sua absorção é inalterada e feita por via intramuscular ou venosa. ◦ No cliente idoso, pode provocar depressão respiratória, aumento da pressão arterial, taquicardia, delírio e euforia.
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