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Aula 07 Impostos Federais

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IMPOSTOS FEDERAIS
II - IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS
(Arts. 19 a 22 do CTN; Art. 153, I, da CF/88)
- Sujeito Ativo: União.
- Sujeito Passivo: podem ser sujeitos passivos:
O importador (Art. 22, I, do CTN): assim considerada qualquer pessoa física ou jurídica que promova a entrada de mercadoria estrangeira destinada a permanecer de forma definitiva no território nacional, ou quem a lei equiparar;
O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (Art. 22, II, do CTN);
O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente (Art. 31, II, do Decreto-Lei nº 37/66);
O adquirente de mercadoria em entrepostos aduaneiros (Art. 31, III, do Decreto-Lei nº 37/66): entrepostos aduaneiros são armazéns, depósitos, onde se condicionam mercadorias, com suspensão do pagamento do tributo até que ocorra sua nacionalização. Quando o produto obtém a nacionalização (com o despacho aduaneiro), o adquirente paga o tributo;
- Fato Gerador: é a entrada do produto estrangeiro no território nacional destinado a nele permanecer de forma definitiva. Essa entrada pressupõe a apresentação de uma guia de importação. Apresentado esse documento, inicia-se um procedimento chamado “despacho aduaneiro”, pelo qual o importador, desde que satisfeitos os requisitos legais, poderá vir a ter a propriedade do bem que importou. A liberação da mercadoria denomina-se “desembaraço aduaneiro”.
- Mercadorias “de passagem” no território nacional: o fato gerador do Imposto de Importação é a entrada do produto estrangeiro no território nacional, mas há determinados casos em que não ocorre o fato gerador do referido imposto. São casos em que as mercadorias ingressam no território nacional apenas temporariamente, a exemplo do que ocorre em feiras e exposições.
- Retorno de mercadoria: quando há um retorno de mercadorias enviadas aos países importadores, considerar-se-á ocorrido o fato gerador do imposto. No entanto, existem casos em que há retorno de mercadoria que não configura o fato gerador: (i) mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; (ii) devolução por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição; (iii) retorno em face de modificações na sistemática de importação no país importador; (iv) por motivo de greve ou calamidade pública.
- Base de Cálculo: a Base de cálculo do Imposto de Importação será:
A quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida adotada pela lei tributária – quando a alíquota for específica (isto é, aquela alíquota que prevê importâncias fixas, aplicáveis em relação aos modos de apresentação do produto importado. Por exemplo, um imposto de tantos reais por tonelada, ou por comprimento – Art. 20, I, do CTN);
A expressão monetária do produto importado: trata-se do valor da mercadoria, ou seja, o preço normal que o produto alcançaria em uma condição de venda de livre concorrência. Quando a alíquota for ad valorem, isto é, aquela que incidirá sobre o valor aduaneiro do produto importado. Tal expressão monetária geralmente consta da fatura comercial no lugar da expedição da mercadoria, acrescentando-se ao custo as despesas de frete e seguro, até a entrega no porto ou local de destino no Brasil. O maior inconveniente dos direitos ad valorem reside na possibilidade de subfaturamento doloso por oportunismo do interessado;
O preço da arrematação do produto apreendido ou abandonado que é levado a leilão;
- Alíquotas: podem ser:
Específicas: valor em dinheiro que incide sobre uma unidade de medida prevista em lei, e que pode referir-se à metragem, peso etc. Ex: R$ 50,00 por metro cúbico;
Ad valorem: aplicação de alíquota sobre determinado valor de operação. É um percentual sobre o valor da mercadoria. Exemplo: 10% de R$ 15.000,00;
Mistas: combinação das duas formas acima. Ex: 10% sobre R$ 15.000,00 e R$ 5,00 por Kg;
- Alteração de alíquotas por Decreto: o Art. 153, §1º, da CF assevera que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do Imposto de Importação. Portanto, no concernente à alíquota, o imposto está excepcionado do Princípio Constitucional da Legalidade. Assim, o II (assim como o IE, o IPI e o IOF), pode ter suas alíquotas majoradas ou diminuídas por ato do Poder Executivo Federal, sem que isso configure ofensa ao Princípio da Legalidade, por tratar-se de imposto que serve para regulamentação do mercado (extrafiscal).
- Não aplicação do Princípio da Anterioridade: o §1º do artigo 150 da CF determina que a alteração das alíquotas do Imposto de Importação não se submete ao Princípio Constitucional da Anterioridade, seja a anterioridade comum, seja a anterioridade nonagesimal. Sendo assim, havendo modificação nas alíquotas, poderá ser de pronto exigido.
IE – IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO, PARA O EXTERIOR, DE PRODUTOS NACIONAIS OU NACIONALIZADOS
(Arts. 23 a 28 do CTN c.c Art. 153, II, da CF)
- Sujeito Ativo: União.
- Sujeito Passivo (Art. 27 do CTN): é o exportador – qualquer pessoa que promova a saída do produto nacional ou nacionalizado do território nacional.
- Fato Gerador: e a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
- Base De Cálculo: a Base de cálculo do Imposto de Exportação será:
A quantidade da mercadoria – quando a alíquota for específica. Por exemplo: teremos um imposto de tantos reais por tonelada ou por comprimento (art. 20 I do CTN);
Expressão monetária do produto exportado, isto é, o seu preço normal – quando a alíquota for ad valorem (aquela que incidirá sobre o valor aduaneiro do produto exportado). A base de cálculo, desse modo, é o preço normal que o produto alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional;
- Alíquotas: podem ser:
Específicas: valor em dinheiro que incide sobre uma unidade de medida prevista em lei, e que pode referir-se à metragem, peso etc. Ex: R$ 50,00 por metro cúbico;
Ad valorem: aplicação de alíquota sobre determinado valor de operação. É um percentual sobre o valor da mercadoria. Exemplo: 10% de R$ 15.000,00;
- Alteração de alíquotas por Decreto: o Art. 153, §1º, da CF assevera que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do Imposto de Exportação. Portanto, no concernente a alíquota, o imposto está excepcionado do Princípio Constitucional da Legalidade. Assim, o IE (assim como o II, o IPI e o IOF), pode ter suas alíquotas majoradas ou diminuídas por ato do Poder Executivo Federal, sem que isso configure ofensa ao Princípio da Legalidade, por tratar-se de imposto que serve para regulamentação do mercado (extrafiscal).
- Não aplicação do Princípio da Anterioridade: o §1º do artigo 150 da CF determina que a alteração das alíquotas do Imposto de Exportação não se submete ao Princípio Constitucional da Anterioridade, seja a anterioridade comum, seja a anterioridade nonagesimal. Sendo assim, havendo modificação nas alíquotas, poderá ser de pronto exigido.
IR – IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA
(Art. 153, III, da CF e Arts. 43 a 45 do CTN)
Trata-se do imposto pago tanto pelas pessoas físicas como pelas pessoas jurídicas, e relativamente ao qual o princípio da capacidade contribuinte (Art. 145, §1º da CF/88) tem inteira aplicação.
- Sujeito Ativo (Art. 153, III, da CF): União;
- Sujeito Passivo (Art. 45 do CTN): o contribuinte do Imposto de Renda é a Pessoa Física ou Jurídica, titular de renda ou provento de qualquer natureza.
- Responsabilidade Tributária – IR retido na fonte pagadora (Art. 45, Parágrafo Único, CTN): a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR, figurando o empregado como contribuinte, e o empregador como responsável.
- Princípios: além de sujeitar-se aos princípios constitucionais gerais, como o da legalidade, o da igualdade, dentre outros, o imposto de renda está submetido aprincípios específicos, previstos no Art. 153, §2º, I, da Carta Política, quais sejam, o da generalidade, da universalidade e da progressividade (GUP):
Generalidade: por este princípio, todos os que auferem renda, nos termos da lei, estarão sujeitos à tributação; ninguém será eximido de pagar o imposto em razão de critérios pessoais, não importando o caráter do sujeito, sua nacionalidade, sexo, raça, idade, etc. Registre-se que, antes do advento da CF de 1988, magistrados, militares e congressistas, por exemplo, eram dispensados do pagamento do IR;
Universalidade: por este princípio, toda renda ou provento será objeto de imposto, como regra geral, afastados quaisquer privilégios. Comporta exceção apenas no que diz respeito às desonerações tributárias, nos termos do Art. 150, VI, a, b, c, d, e, da Constituição Federal;
Progressividade: à medida que aumentar o acréscimo patrimonial, deve aumentar a tributação (Art. 153, §2º, I, da CF). Por este princípio quanto maior for a renda auferida, mais elevado será o quantum devido a título de imposto. Imposto progressivo é aquele cuja alíquota aumenta à medida que aumenta o ingresso ou a base imponível;
- Fato Gerador: é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda (decorrente do capital, do trabalho ou da conjugação de ambos) e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos todos os acréscimos não compreendidos no conceito de renda.
- Renda: para o tratadista José Luiz Bulhões Pedreira, “o sentido vulgar de renda é o produto do capital ou trabalho, e o termo é usado como sinônimo de lucros, juros, aluguéis ou receitas”.
- Proventos: a expressão proventos é empregada como sinônimo de pensão, crédito ou proveito.
- Disponibilidade econômica: é identificada pela doutrina tradicional como sendo renda já efetivamente percebida ou adquirida, renda auferida, “fruto já colhido”. É ter o fato concretamente. É a obtenção do direito de usar, gozar e dispor do dinheiro que represente efetivo acréscimo patrimonial.
- Disponibilidade jurídica: representa o “ter o direito abstratamente”. O IR só pode incidir quando há acréscimo patrimonial, salientando-se que não há a necessidade de o rendimento ser efetivamente recebido pelo sujeito passivo, sendo suficiente que este tenha adquirido o direito de crédito sobre ele, ou seja, a disponibilidade jurídica. Seria a renda produzida, mas não percebida, representativa de um crédito exigível, ou “fruto pendente e não colhido ainda”. É a obtenção de direitos de crédito não sujeitos a condição suspensiva, representados por títulos e documentos com liquidez e certeza.
- Base de Cálculo: é o montante, real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributáveis (Art. 44 do CTN), deixando à lei ordinária o cuidado de definir e precisar a aplicação dessas bases de cálculo.
- Pessoa jurídica: de acordo com a legislação ordinária, em se tratando de pessoa jurídica, a base de cálculo é o lucro.
Lucro real (montante real): cálculo e pagamento do imposto sobre o valor efetivamente auferido, descontadas as despesas legais autorizadas (lucro líquido);
Lucro arbitrado (montante arbitrado): ocorre quando não é possível calcular o imposto sobre o lucro real, uma vez que o contribuinte deixou de cumprir obrigações, de modo a impedir o conhecimento do lucro real (exemplo: ausência de escrituração contábil) ou não comprova a possibilidade de se valer do lucro presumido;
Lucro presumido (montante presumido): trata-se de opção do contribuinte, que possui receita bruta até determinado valor legalmente definido. Vale ainda ressaltar que o contribuinte que se encaixe no limite do lucro presumido poderá optar pelo lucro real;
- Pessoa física: em se tratando de pessoa física, a base de cálculo é o rendimento bruto mensal auferido, menos as deduções legalmente admitidas (ex: pensão alimentícia, encargos por dependentes, etc.).
Adota-se no Brasil, um critério de aferição de base de cálculo “pelo montante absoluto da renda ou provento”, segundo o qual as alíquotas incidem sobre o total dos rendimentos, independente da origem e da razão.
- Alíquotas: são variáveis de acordo com o nível dos rendimentos do contribuinte (para as pessoas físicas), até certo limite, e despesas operacionais para as pessoas jurídicas.
IRPF – Fato Gerador = receita líquida = total das receitas experimentadas e deduzidas das despesas e gastos autorizados por lei.
Segue abaixo Tabela Progressiva para o cálculo anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física para o exercício de 2014, ano-calendário de 2013.
	Base de cálculo anual (R$)
	Alíquota (%)
	Parcela a deduzir do imposto (R$)
	Até 20.529,36
	-
	-
	De 20.529,37 até 30.766,92
	7,5
	1.539,7
	De 30.766,93 até 41.023,08
	15,0
	3.847,22
	De 41.023,09 até 51.259,08
	22,5
	6.923,95
	Acima de 51.259,08
	27,5
	9.486,91
ITR - IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDAE TERRITORIAL RURAL
(Art. 153, VI, CF, arts. 29 a 31, CTN, Lei nº 9.393/1996 e Decreto no 4.382/2002)
- Finalidade extrafiscal: visa desestimular as propriedades improdutivas.
- Sujeito passivo (artigo 5º do Decreto no 4.382/2002): são sujeitos passivos do ITR:
Proprietário: gozo jurídico pleno de uso, fruição e disposição do bem imóvel;
Titular do domínio útil: aquele que detém um dos elementos de gozo jurídico da propriedade plena;
Possuidor: aplicado no caso de posse ad usucapionem. Tem de fato o exercício pleno ou não de algum dos poderes inerentes à propriedade;
- Sujeito ativo: segundo o artigo 153, VI, da CF/88, o ITR se inclui no rol das competências da União. Todavia, a EC 42/2003 possibilitou a transferência da capacidade tributária ativa aos municípios que fizessem a opção por arrecadar e fiscalizar o ITR, situação em que os municípios que optaram ficarão com 100% do produto da arrecadação.
O valor arrecadado será dividido entre a União e o Município em cujo território localiza a propriedade, na proporção de 50% para cada.
- Fato gerador: nos termos do artigo 29 do CTN, é a propriedade, o domínio útil e a posse. Nesse sentido, o sujeito passivo será o proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor ad usucapionem.
	Há quem defenda que a CF só autorizou a tributação da propriedade territorial rural, razão porque seria inconstitucional a incidência do ITR sobre o domínio útil ou sobre a posse. Prevalece, porém, que ao falar em propriedade a CF abrangeu todos os elementos, ou seja, o direito pleno (a propriedade propriamente dita), o domínio útil ou mesmo a posse.
- Elemento Temporal: o fato gerador se dá em 1º de janeiro de cada ano;
- Elemento Espacial: a propriedade, o domínio útil ou posse de imóvel, alvo de incidência do ITR devem estar “fora da zona urbana do município”.
	O ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade (desapropriação), exceto se houver a imissão prévia e provisória da posse (art. 2º, §1º, I, II, do Decreto 4.382/2002).
- Base de cálculo (artigos 30, CTN e 32, Decreto 4.382/02): a base de cálculo do ITR será o “valor da terra nua” (também chamado de “valor fundiário”), isto é, excluindo o valor de quaisquer benfeitorias, culturas, pastagens e florestas plantadas. Contudo, compreende as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.
- Alíquotas (artigo 34, Decreto 4.382/02): por ser o ITR um imposto real, suas alíquotas, como regra, são proporcionais. Todavia, com a EC 42/2003, que alterou o artigo 153, §4º, da CF, a Constituição passou a autorizar a progressividade das alíquotas, de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas (função extrafiscal). Assim, a progressividade varia em razão do grau de utilização da área rural, do cumprimento da função social do imóvel.
- Imunidades: são imunes ao ITR:
A pequena gleba rural, explorada pelo proprietário e seus familiares, e que não possuam outro imóvel;
Os imóveis rurais pertencentes aos entes federativos;
Os imóveis rurais pertencentes àsautarquias e fundações mantidas pelo poder público, desde que atrelados à suas finalidades;
Os imóveis rurais pertencentes às instituições de ensino e de assistência social, sem fins lucrativos, desde que relacionados às suas atividades essenciais.
- Domicílio Tributário (artigo 7º do Decreto nº 4.382/02): para fins de ITR, o domicílio do contribuinte ou do responsável será o do município de localização do imóvel rural, vedada a eleição de qualquer outro. Observa-se que se a área da propriedade se estender pelo território de mais de um município o domicílio será o município no qual se localizar a sede da propriedade e, na sua ausência, naquele em que a maior parte do imóvel rural se localizar.
IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS 
- Competência e Função Tributárias: nos termos da Constituição Federal, do Código Tributário Nacional, da Lei n. 5.143/66 e do Decreto-lei n. 1.783/80, o imposto é de competência da União, e seus recursos destinam-se à formação de reservas monetárias, aplicáveis em conformidade com a legislação específica. É da Secretaria da Receita Federal a competência para administrar o tributo – incluindo as atividades de arrecadação, tributação, fiscalização e de orientação às instituições responsáveis por sua cobrança e recolhimento – e para aplicar as penalidades cabíveis.
Espécies do Imposto sobre Movimentações Financeiras
- Espécies: há, no IOF, quatro bases de incidência:
Operações de crédito;
Operação de câmbio;
Operação de seguro;
Operação de títulos e valores mobiliários;
- Imposto sobre operações de crédito: trata-se de imposto sobre operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
- Operação de crédito: entende-se por operação de crédito o empréstimo de recursos financeiros, assim considerado o fato econômico da cessão de dinheiro, geralmente a título oneroso, restituível a prazo certo.
São modalidades do imposto sobre operações de crédito realizado por instituições financeiras os empréstimos financeiros e títulos descontados.
- Fato gerador: é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado.
- Base de cálculo: a base de cálculo é o montante da obrigação, compreendendo o crédito principal e os juros.
- Sujeito ativo: a competência é da União, mas as instituições financeiras são responsáveis pela cobrança e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional.
- Sujeito passivo: os contribuintes são as pessoas, físicas ou jurídicas, tomadoras de crédito.
- Imposto sobre operações de câmbio: entende-se por operação de câmbio a troca da moeda de um País pela moeda de outro (compra, venda e arbitragens de valor).
- Fato gerador: é a entrega – ou colocação à disposição do interessado – de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente.
- Base de cálculo: é o respectivo montante em moeda nacional, recebido e entregue, ou posto à disposição.
- Sujeito ativo: a competência tributária é da União, mas os responsáveis pela cobrança e pelo recolhimento ao Tesouro Nacional são as empresas autorizadas a operar em câmbio.
- Sujeito passivo: os contribuintes são os compradores e vendedores.
- Imposto sobre operações de seguro: entende-se por operação de seguro o contrato (apólice) entre uma empresa (seguradora) e uma pessoa física ou jurídica (segurado) pelo qual a primeira se obriga, mediante a cobrança de certa quantia (prêmio), a pagar à segunda uma determinada importância (indenização) para compensar perdas e danos decorrentes de eventualidades, tais como acidentes, incêndios, inundações, roubos (sinistros).
- Fato gerador: é o recebimento do prêmio.
- Base de cálculo: é o montante do prêmio.
- Sujeito ativo: a competência tributária é da União, mas os responsáveis pela cobrança e recolhimento ao Tesouro Nacional são as companhias seguradoras ou as instituições financeiras encarregadas da cobrança dos prêmios.
- Sujeito passivo: os contribuintes são as pessoas físicas e jurídicas seguradas.
- Imposto sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários: subdivide-se em:
Imposto sobre operações financeiras sobre títulos, valores mobiliários e aplicações financeiras de renda fixa ou variável: genericamente define-se título como sendo o documento que certifica a propriedade de um bem ou que comprova o direito de seu detentor de receber determinado valor em data preestabelecida. Quando se referem a bens ou direitos móveis, são denominados valores mobiliários, ou simplesmente títulos, ou ainda, títulos de crédito.
- Fato gerador: é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos, ou ainda, títulos de crédito.
- Base de cálculo: pode ser (i) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; (ii) na transmissão, o preço ou valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; (iii) no pagamento ou resgate, o preço.
- Sujeito ativo: a competência tributária é da União, mas os responsáveis pela cobrança e pelo recolhimento ao Tesouro Nacional são as instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central (exemplo: Bolsa de Valores, de Mercadorias, de Futuros e assemelhados, e ainda a instituição que liquidar a operação perante o beneficiário final).
- Sujeito passivo: os contribuintes são os adquirentes de títulos ou valores mobiliários e os titulares de aplicações financeiras;
Imposto sobre operações financeiras, sobre operações de pagamento para a liquidação do resgate ou da cessão de títulos, valores mobiliários e aplicações financeiras de renda fixa: genericamente define-se título como o documento que certifica a propriedade de um bem ou que comprova o direito de seu detentor de receber determinado valor em data preestabelecida. Quando se referem a bens ou direitos móveis, são denominados valores mobiliários, ou simplesmente títulos, ou, ainda, títulos de crédito.
- Fato gerador: é o pagamento para a liquidação do resgate, cessão, repactuação de títulos e valores mobiliários.
- Sujeito ativo: a competência tributária é da União, mas os responsáveis pela cobrança e seu recolhimento ao Tesouro Nacional são os próprios contribuintes.
- Sujeito passivo: os contribuintes são as instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central, que liquidarem mencionadas operações.
Imposto sobre operações com ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial: o ouro será considerado ativo financeiro ou instrumento cambial – desde a sua extração e em qualquer estado de pureza, bruto ou refinado – quando destinado ao mercado financeiro ou à execução da política cambial do País, em operações realizadas com a interveniência de instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo Banco Central (artigo 1.º da Lei n. 7.766, de 11.5.1989).
IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
(Arts. 46 a 51 do CTN e 153, IV, da CF)
- Sujeito ativo (artigo 153, IV, CF): o IPI é tributo de competência da União.
- Sujeito passivo (artigo 51, CTN): dependendo da ocorrência do FG, teremos um sujeito passivo determinado, que poderá ser:
O importador ou quem a lei a ele equiparar;
O industrial ou a quem a ele a lei equiparar;
O comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes equiparados;
O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão;
- Fato gerador (artigo 46, CTN): poderão ser fatos geradores do IPI:
Importação;
Saída de produtos industrializados de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial;
Aquisição em leilão de produto abandonado ou apreendido;
Outras hipóteses especificadas na lei;
- Base de cálculo: varia de acordo com o fato gerador, podendo ser:
O valor da operação de saída do produto do estabelecimento industrial;
O preço normal do bem importado, acrescido do Imposto de Importação, das taxas aduaneiras e dos demais encargos cambiais;
O preço de arrematação doproduto apreendido ou abandonado.
- Alíquota: por ser tributo real, as alíquotas do IPI não são progressivas, a elas se aplicando o princípio da proporcionalidade.
- Seletividade e não-cumulatividade (artigo 153, §3º, I, da CF): por expressa menção constitucional, este imposto deverá ser seletivo (alíquota variável) em razão da essencialidade dos produtos e, ainda, será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
- Exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade comum (artigos 150, §1º e 153, §1º, CF): o IPI poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo (exceção ao princípio da legalidade). Ademais, caso haja modificação deste imposto, somente haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade nonagesimal (exceção ao princípio da anterioridade comum, mas não da anterioridade nonagesimal).
- Imunidade (artigo 153, §3º, III, da CF): em relação à imunidade, é importante salientar que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
(Art. 153, VII, CF)
Apesar de estar previsto na CF, este imposto ainda não foi criado, carecendo de lei que lhe defina hipótese de incidência, base de cálculo, contribuintes e responsáveis (a União ainda não exercitou sua competência tributária para a instituição do IGF). Se vier a ser instituído, o instrumento legislativo adequado para tanto deverá ser a lei complementar, como exige a CF.
O ato legal criador do imposto deverá estabelecer o conceito daquilo que se possa entender como grande fortuna, definindo ainda quais os tipos de bens que integrarão o patrimônio do titular para efeito de cálculo do tributo.

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