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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Artigo 145, III, CF e 81 do CTN) - Fato Gerador: é tributo que tem por fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obra pública. Apenas é devido se a valorização decorrer de obra pública, não incidindo quando decorrer de obra feita por particular. Os beneficiários diretos da obra arcam com seu custo, total ou parcialmente. O fato gerador desse tributo é instantâneo, ocorrendo uma única vez. Quanto ao pagamento, deve-se obedecer a área de influência ou zona beneficiada. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: Publicação prévia dos seguintes elementos: (i) memorial descritivo do projeto; (ii) orçamento do custo da obra; (iii) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; (iv) delimitação da zona beneficiada; (v) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas beneficiadas; Fixação de prazo para impugnação: fixação de prazo não inferior a 30 dias, para a impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso I do artigo 82 do CTN; Regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação; - Requisito essencial: valorização do imóvel que decorre de uma obra pública. Havendo desvalorização ou mantendo-se o imóvel no mesmo valor, não há a incidência da contribuição de melhoria. O pagamento deve ser realizado após o término da obra, uma vez identificada a valorização imobiliária experimentada pelo imóvel. - Mero benefício: o critério prevalecente para este tributo é o critério da valorização e não o do benefício, devendo haver real valorização do imóvel e não mero benefício. - Limites: 1ª Corrente (Hugo de Brito Machado; Hely Lopes Meirelles; José Afonso da Silva): com base no artigo 81 do CTN, defende que cada contribuinte não pode ser obrigado a pagar quantia superior à valorização do imóvel (limite individual). O total arrecadado, por sua vez, não pode ser superior ao custo da obra (limite global) – VICO (Valorização do Imóvel e Custo da Obra); 2ª Corrente (Roque Antonio Carrazza): sustenta que a CF não prevê o limite global do custo da obra para a fixação do montante, ou seja, observado o limite individual (nenhum indivíduo pagará pela obra mais do que obteve com a valorização de seu imóvel), não há qualquer proibição quanto ao valor arrecadado; - Tributo Vinculado: a contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado, cujo fato gerador está ligado a uma atividade estatal específica. - Competência: tem competência para instituir a contribuição de melhoria a pessoa política (União, Estados, Municípios e DF) que tem atribuição para a realização dos trabalhos. A competência é comum, ou seja, competente é aquele que presta o serviço público, realizando a obra pública que implica valorização imobiliária.
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