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Aula 11 Contribuições Especiais

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CONSTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
(Artigos 149 e 195 da CF)
- Pontos em comum: são características comuns a todas as contribuições especiais:
Competência exclusiva da União: para todas as espécies, a competência exclusiva é da União.
- Exceção: em relação às sociais (previdenciárias), existe uma exceção específica: os Estados, DF e Municípios, que possuam regimes próprios de previdência para seus servidores, devem instituir contribuição, cobrada dos servidores, para custeio do regime previdenciário;
Instituição por Lei Ordinária: todas as contribuições podem ser instituídas por lei ordinária.
- Exceção (artigo 195, §4º, CF): contribuições previdenciárias residuais que devem ser criadas por Lei Complementar;
Fato gerador e base de cálculo: as contribuições podem ter fato gerador e base de cálculo próprios de impostos. O único fator que diferencia uma contribuição de um imposto é o destino da arrecadação;
Tributo de arrecadação vinculada: nas contribuições, o produto da arrecadação é sempre vinculado a um fundo, órgão, entidade ou despesas específicas;
- Espécies: são espécies de contribuições especiais:
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE (artigos 149, §2º, I, II e III e 177, §4º, I, a, b e c, da CF): essa contribuição representa instrumento de atuação da União na área econômica, de sorte a não permitir sua utilização apenas com a finalidade arrecadatória. Ela caracteriza-se por ser instrumento de intervenção no domínio econômico. A finalidade interventiva dessas contribuições, como característica essencial dessas espécie tributária, deve manifestar-se de duas formas: (a.1) na função da própria contribuição, que há de ser instrumento da intervenção estatal no domínio econômico; (a.2) na destinação dos recursos com a mesma arrecadados, que só podem ser aplicados no funcionamento da intervenção que justificou sua instituição.
Assim, podemos afirmar que são traços essenciais dessas contribuições: (i) possuem finalidade qualificada em sede constitucional; (ii) há destinação dos recursos auferidos à finalidade pela qual esse tributo foi instituído; (iii) atinge setor econômico determinado; (iv) são criadas diante da existência de um motivo.
- Exemplo 01 – Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM – Lei nº 10.893/2004): é contribuição que visa à obtenção de recursos financeiros para custear a intervenção da União nas atividades de apoio ao desenvolvimento da Marinha Mercante, bem como ao desenvolvimento de nossa indústria de construção e reparação naval. Esse adicional é cobrado mediante a incidência de alíquotas diversificadas sobre o frete, por ocasião da entrada da embarcação no porto de descarga;
- Exemplo 02 – CIDE sobre Combustíveis (Lei nº 10.336/2001): incide sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e álcool etílico combustível;
Contribuição Corporativa (ou no Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas): visa prover de recursos os órgãos fiscalizadores das profissões, no intuito de lhes permitir empreender atividades controladoras e fiscalizatórias dos profissionais a eles vinculados. Geralmente, tais parafiscos são pessoas jurídicas de Direito Público, como o CRM (Conselho Regional de Medicina), CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) e CRC (Conselho Regional de Contadoria), por exemplo.
Essas contribuições são destinadas a propiciar a organização dessas categorias, fornecendo recursos financeiros para a manutenção da entidade associativa.
Tais contribuições ostentam nítida função parafiscal. Destinam-se a suprir de recursos entidades do Poder Público com atribuições específicas.
- Exemplo 01 – Contribuição Sindical: segundo o artigo 8º da Constituição Federal, a contribuição sindical é um tributo. Já a contribuição confederativa não é tributo, não é obrigatória para os trabalhadores não filiados ao sindicato, e refere-se ao custeio da representação sindical da categoria dos empregados;
- Exemplo 02 – Contribuição-Anuidade;
Contribuição Social: são contribuições sociais:
c.1) Contribuição Social para Seguridade Social: o orçamento da seguridade social é composto de receitas oriundas de recursos dos entes públicos (financiamento indireto) – por meio dos impostos – e de receitas auferidas das contribuições específicas (financiamento direto). Nesse sentido, toda a sociedade, de forma direta ou indireta, financia a seguridade social, revelando a concretização do princípio da solidariedade. Nesse tributo, a sociedade será chamada ao custeio dos serviços de saúde, previdência social e assistência social.
- Fontes de custeio: são fontes de custeio da seguridade social:
(i) Empresa / empregador (artigos 145, §1º e 195, I e §9º, da CF): essas contribuições poderão ter alíquotas ou base de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, avocando a aplicação do princípio da capacidade contributiva.
A empresa paga as seguintes contribuições sociais:
(i.1) Contribuição social patronal sobre a folha de pagamento (artigo 195, I, a, CF e Decreto nº 3.048/1999): visa a custear o regime geral da previdência social. Tem por fato gerador a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, a pessoa física. O sujeito ativo é a União, e quem cobra o tributo é a Secretaria da Receita Federal do Brasil. O sujeito passivo é a empresa/empregador. A base de cálculo é o total da remuneração paga, devida ou creditada, ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao segurado contribuinte individual. Nos termos da lei, a alíquota é de 20%;
(i.2) Contribuição social ao PIS/PASEP (artigo 195, I, b, da CF e Lei Complementar nº 07/1970): com o advento da Constituição Federal de 1988, ficou estipulado, no artigo 239, que os recursos do PIS/PASEP iriam financiar o programa de seguro-desemprego e abono salarial (este consistente no pagamento de um salário mínimo anual aos empregados que recebem até 02 salários mínimos mensais, desde que seus empregadores contribuam para o PIS/PASEP).
- PIS: visa promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento da empresa.
- PASEP: formação do patrimônio do servidor público.
As pessoas jurídicas de direito privado são os sujeitos passivos, e o fato gerador é o faturamento mensal. Já as pessoas jurídicas de direito público interno pagam sobre a arrecadação de receitas. Suas alíquotas são 0,65% (para regime não cumulativo) e 1,65% (para regime cumulativo);
(i.3) Contribuição social ao COFINS (financiamento da seguridade social – artigo 195, I, b, da CF e Lei nº 10.833/2003): essas contribuições incidem sobre o faturamento mensal (correspondente à receita bruta). Assim, a totalidade das receitas auferidas pela empresa é fato gerador desta contribuição. São sujeitos passivos as pessoas jurídicas de direito privado e as equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista, sendo irrelevante o tipo de atividade por elas exercida. As alíquotas poderão ser de 3% (para o regime não cumulativo) ou 7,6% (para o regime cumulativo);
(i.4) Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL – artigo 195, I, c, da CF e artigo 28 da Lei nº 9.430/1996): também se destina ao financiamento da seguridade social. Essa contribuição já foi considerada por alguns como inconstitucional, por possuir base de cálculo idêntica à do Imposto de Renda da pessoa jurídica, configurando flagrante bis in idem. De fato, a incidência dupla existe, mas como o bis in idem foi criado pelo próprio constituinte originário, é válido (Ministro Moreira Alves – ADC 01). O fato gerador é o auferimento de lucro, e a base de cálculo também é o lucro. As pessoas jurídicas são sujeitos passivos e a alíquota é de 9%;
(ii) Trabalhador (artigo 195, II, da CF): a contribuição social previdenciária recolhida pelo trabalhador apresenta-se como mais uma fonte de custeio da seguridade social.O legislador constituinte achou por bem incluir a contribuição do trabalhador no rol das fontes de financiamento da seguridade social, uma vez que este mesmo trabalhador, quando em necessidade, usufrui diretamente dos benefícios previdenciários. Aqui se somam as contribuições previdenciárias do trabalhador avulso e do segurado empregado, incluindo o doméstico, calculadas mediante a aplicação de certa alíquota sobre o salário de contribuição mensal. Assim, podemos considerar como sujeito passivo o segurado empregado, o doméstico e o trabalhador avulso. A base para cálculo é o salário de contribuição e as alíquotas variam de 7,6% a 11%. A remuneração paga ou creditada pelos serviços prestados pelo segurado, independentemente do título que lhe seja dado, são fatos geradores dessa contribuição;
(iii) Concurso de prognóstico (receitas de loterias – artigo 195, III, da CF): concursos de prognósticos são os jogos autorizados pelo Poder Público. São todos e quaisquer concursos de sorteio de números, loterias, apostas (inclusive corrida de cavalos), nos âmbitos federal, estadual e municipal. Quando realizados pelo Poder Público, toda a renda líquida é destinada à Seguridade Social. Se realizada pelo particular, sobre o lucro do concurso/aposta incidirá 5% de contribuição social. O fato gerador são as receitas líquidas dos concursos de prognósticos (auferir receitas em jogos). O sujeito passivo é a entidade que realiza o concurso de prognóstico;
(iv) Importador (artigo 195, IV, da CF): a carga tributária suportada pelo importador é definida pela legislação tributária (ah vá);
c.2) Contribuição Social Geral: também são de competência da União, instituídas por Lei Ordinária e regidas pelo mesmo regime jurídico das demais contribuições do artigo 149 da CF. Visam custear a atuação do Estado em outros campos sociais, diversos da Seguridade Social. Só podem ser instituídas e incidir sobre uma única base econômica por contribuinte, para cada objetivo determinado. São contribuições sociais gerais:
(i) Salário Educação: é fonte adicional de financiamento da educação pública básica (creche, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio);
(ii) Contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos (sistema “S”): são destinadas às entidades privadas de serviços sociais autônomos e de formação profissional, vinculadas ao sistema sindical. Tais organismos – SENAI, SESC, SESI, SENAT, SEBRAE, SENAC e SEST –, pertencentes ao sistema “S”, dedicam-se ao ensino fundamental profissionalizante e à prestação de serviços nos âmbitos social e econômico;
Contribuição de Iluminação Pública: matéria que não foi passada;

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