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Psicologia hospitalar PRONTUÁRIO DO PACIENTE: Defina o que é prontuário do paciente: É um conjunto de documentos médicos padronizados e ordenados que se destina ao registro de informações sobre a saúde do paciente e da assistência e dos cuidados profissionais prestados a ele pelos serviços de saúde tanto público como privado. De caráter legal, sigiloso e cientifico possibilitando a comunicação entre os membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao paciente. Qual a diferença entre prontuário do paciente e prontuário psicológico? O prontuário do paciente é um documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada. Feito por uma equipe multiprofissional. No atendimento do psicólogo o registro deve ser realizado em prontuário único, mas deverão ser registradas apenas as informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Já nos casos de prestação de serviço psicológico apenas pelo profissional psicólogo, sem a participação de demais profissionais da saúde, ou seja, sem caracterizar o atendimento multidisciplinar, o profissional poderá realizar o registro documental. Este registro é de uso do psicólogo, sendo considerado material sigiloso e privativo, pois pode conter informações sigilosas, hipóteses diagnósticas, bem como impressões do psicólogo sobre o atendimento. Neste caso, o psicólogo não pode fornecer esses registros a terceiros, nem mesmo ao paciente, respeitando desta forma o previsto no Código de Ética Profissional do Psicólogo. Ambos, prontuário do paciente e prontuário psicológico são obrigatórios? Sim são obrigatórios Cite um exemplo de informações psicológicas que podem e devem ser registradas no prontuário do paciente: Devem se ser registrados apenas informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho. Como a visita ao paciente junto ao leito informando data hora nome e assinatura do profissional; Como também realizado apoio psicológico, e relato o estado de como o paciente se encontra. Informando data hora e nome e assinatura do profissional; etc. TRABALHO EM EQUIPE NO CONTEXTO DA SAÚDE Defina transdisciplinariedade e multidisciplinariedade: Multidisciplinariedade: profissionais de várias áreas do conhecimento atuam de forma independente dentro de um mesmo ambiente de trabalho utilizando de comunicações informais. Não há cooperação; Transdisciplinariedade: Trata-se de um nível bem superior e complexo de integração contínua e ininterrupta dos conhecimentos tal como conhecemos hoje. Neste caso, não há mais disciplinas segmentadas, mas o propósito da vida e do conhecimento é a relação complexa dos diversos saberes sendo que nenhum é mais importante que o outro. É um processo dialógico onde as relações disciplinares não estão mais em foco, não são mais importantes. MORTE E LUTO O que é luto? É uma transição psicossocial, com impacto em todas as áreas de influência humana: somática, social, emocional e cultural uma reação natural e esperada a uma perda significativa. Defina as fases do luto: As fases do luto compreende em 4 fases que são flutuantes mudando o tempo todo e não ocorre em uma ordem, pode variar de pessoas para pessoas, dependendo do significado dado sobre a morte. As fases são: entorpecimento (refutar o acontecimento); anseio; desorganização e desespero e reorganização. Entorpecimento: e quando a pessoa nega a entender o que aconteceu vivendo em torpor e descrença; Anseio: é o momento da busca da pessoa perdida, essa fase dura alguns meses, as vezes anos. Desespero e desorganização: essa fase surge quando a realidade e assimilada, a pessoa sente apatia e depressão como se o mundo estivesse fora do contexto deixa de procurar pela pessoa morta pós compreende que ela não vai mais voltar. E considerada a fase mais difícil. Reorganização: ocorre quando o falecido passa a ser lembrado saudosamente e o enlutado retoma suas atividades diárias. O sofrimento da perda diminui o que permite novas relcoes afetivas e a sociabilidade melhora. Defina os tipos de luto: Os tipos são 4 sendo eles: luto saudável ou normal, luto antecipatório, complicado; não reconhecido. Luto saudável ou normal: aceitação da modificação do mundo externo ligada a perda definitiva do outro. Luto antecipatório: é um processo de luto que se entra antes do fato ser consumado, ocorre geralmente na morte esperada. Luto complicado: O luto complicado não é definido por seu tempo de duração, mas pelo processo de elaboração sobre a morte da pessoa querida foco extremo na perda e lembranças da pessoa morta; intenso desejo ou anseio de encontrar a pessoa; dificuldade para aceitar a morte; dificuldade para realizar coisas do cotidiano; estado de humor permanentemente alterado; comportamento antissocial; ideação suicida etc. No luto complicado estes sintomas não mostram sinais de evolução e/ou melhora ao longo do tempo. Luto não reconhecido: Este tipo de luto se apresenta quando a sociedade ou a comunidade na qual o sujeito está inserido não valida ou ignora a perda sofrida, seja pelo fato de o relacionamento não ser legitimado, seja pela perda não reconhecida, seja pelo enlutado ou pela morte não serem aceitos. Num processo de luto não reconhecido pode não haver condições para expressar o pesar, os sentimentos e até mesmo os conflitos relacionados à perda. A perda pode ser vista como irrelevante. Quais são os determinantes do luto saudável? Os determinantes do luto saudável são 4 sendo: Vulnerabilidade pessoal; Relação com a pessoa falecida; Causas e circunstâncias da morte; Apoio social e circunstancias após a morte. No processo dual do luto volta-se hora para a voltado para a perda, hora para a voltado para a reestruturação Cada momento desse envolve atitudes como: evitacão das tarefas de restruturação, pesar constante, tarefas do cotidiano, organizar a vida, desenvolver novos papeis, evitacao do pesar. Que possíveis demandas devemos trabalhar no processo do luto: Suporte emocional; Proteção durante o período desamparo; Assistência para construir novos modelos de mundo. HOSPITAIS Qual a função básica dos hospitais e a que ou quem pode ser destinado? Proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento. É destinado também a atender pacientes portadores de doenças das várias especialidades médicas ou ter sua ação limitada a um grupo etário ou necessidade de atenção. Quais são os aspectos do trabalho do psicólogo nas Maternidades e Hospitais Infantis? Assistência psicológica, acolhimento emocional para mãe e bebê, preparo físico e psicológico para receber o bebê trabalhar as crenças sobre o momento do parto e a maternidade, na formação de vinculo através de uma visão humanizada nos cuidados com o bebê, bem como no aleitamento materno onde surge pode surgir os medos e fantasias. UTI Por que o ambiente da UTI é considerado potencialmente estressor, estranho e impessoal? A complexidade das ações e procedimentos envolvidos no ambiente de UTI, a gravidade dos outros pacientes (muitos no limite entre a vida e a morte), o isolamento da família, a iluminação constante, a quebra do ciclo sono-vigília, os ruídos sonoros provocados pelos aparelhos, a exposição do corpo, a falta de privacidade e a troca constante de profissionais são fatores geradores de estresse para o paciente, que percebe tal ambiente como sendo estressor, estranho e impessoal. Que repercussões psíquicas pode-se esperar nos pacientes e familiares em UTI? Algumas repercussões psíquicas são esperadas durante a internação, tais como: medo e impotência em função da imprevisibilidade, da insegurança quanto à recuperação e da ameaça da morte iminente; ansiedade em relação aos procedimentose à falta de autocontrole; vulnerabilidade, fragilidade, dependência e desamparo. Unem-se a estes sentimentos de confiança, esperança e recuperação, já que a UTI congrega recursos tecnológicos capazes de salvar e recuperar vidas. Quais os objetivos da atuação do psicólogo nas UTI’S? Os objetivos são de promover acolhimento; Identificar os aspectos psicossociais; Minimizar os agentes estressores e geradores de ansiedade; Avaliar a percepção do paciente sobre sua doença, gravidade e prognóstico; Orientar e/ou desmistificar sobre rotinas e questões práticas; Proporcionar expressões de sentimentos e emoções através de uma escuta empática e Favorecer a comunicação entre a tríade paciente – família – equipe. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA A necessidade da inserção do psicólogo na equipe de emergência é um passo importante rumo à adequada prática do acolhimento e na humanização preconizadas dentro das Unidades de Urgência e Emergência. Diante disso, cite alguns dos objetivos da assistência psicológica em Unidades de Urgência e Emergência: Cabe ao psicólogo a inserção rápida e adequada de intervenções psicológicas emergenciais neste novo ambiente de trabalho que se define. Reconhecer o impacto psíquico na tríade paciente, equipe e familiar na Emergência Médica. A intervenção do psicólogo pode auxiliar o tratamento médico na medida em que sensibiliza a equipe para aspectos psicossociais que dificultam a comunicação com o paciente, facilita a implicação do paciente em seu tratamento e reabilitação e oferece um acolhimento para a família. O psicólogo colabora com a equipe trabalhando na preparação do paciente ajudando-o a controlar a sua ansiedade, fornecendo informação adequada e suficiente; auxiliando na criação de um clima de confiança entre médico e paciente; permitindo ao paciente a verbalização dos medos suscitados pelas perspectivas de tratamento; pode-se falar sobre dores, incômodos, reabilitação e reestruturação de vida. CUIDADOS PALIATIVOS O que são cuidados paliativos? Cuidado Paliativo é “uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Os cuidados paliativos se centram na qualidade e não na duração da vida. Oferecem assistência humana e compassiva para as pessoas nas últimas fases de uma doença incurável para que possam viver o mais confortavelmente possível. Quais são os principais objetivos da psicologia em cuidados paliativos? O psicólogo deve estar atento em detectar os conteúdos envolvidos na queixa, no sintoma e na patologia, permitindo assim uma atenção integral e a identificação de desordens psíquicas que geram sofrimento, estresse e também aos mecanismos de defesa negativos que costumam surgir. É um facilitador no processo de integração do paciente, da família e da equipe multidisciplinar, mantendo como foco o doente (não a doença) e a melhora na qualidade de vida do paciente (não o prolongamento infrutífero do seu sofrimento). Um dos objetivos primordiais do atendimento psicológico é mostrar ao paciente que o momento vivido pode ser compartilhado, estimulando e buscando seus recursos internos, para assim atenuar sentimentos como de solidão e derrota, e trabalhar com ele o sofrimento psíquico (que inclui ansiedade, depressão, perda da dignidade e seus medos), não compartilhar de cumplicidade e favorecendo a ressignificação desta experiência que é o adoecer. A comunicação em cuidados paliativos deverá envolver: Elucidação dos aspectos como eutanásia, distánasia, e ortanásia, identificar o perfil familiar, comunicação empática, considerar o luto da família, desmitificar fantasias, comunicação sem transferências de responsabilidades e estar próximo e acolher para novas demandas MORTE ENCEFÁLICA E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS O que é morte encefálica? Perda total e irreversível das funções encefálicas de causa conhecida e constatada de modo indiscutível das funções caracterizada por coma a perceptivo, com ausência de resposta motora supra espinhal e apneia. Quais os dois desfechos possíveis após constatado o diagnóstico de morte encefálica? Doação de órgãos e tecidos e suspensão terapêutica Que repercussões psíquicas são esperadas da família frente ao diagnóstico de morte encefálica? Desgaste emocional, perda, esperança na recuperação medo da morte e tomada de decisão. Qual o papel do psicólogo hospitalar durante o acompanhamento de um família que vivencia uma perda por morte encefálica? Oferecer suporte emocional ao emocional a família, ofertar suporte profissional e institucional, humanizar o processo através de escuta especializada e acolhimento afetivo-emocional, favorecer e autorizar a expressão de sentimentos. Etc. Cite uma das causas frequentes de recusa familiar à doação de órgãos e cite uma das influências positivas para a doação: Causas frequentes de recusa familiar: negação do diagnóstico de morte, descredito no sistema de saúde, medo com relação a ideia de mutilação e deformação do corpo. Influências positivas para a doação: confiança na equipe de saúde, segurança nas informações fornecidas, consentimento livre e esclarecido.
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