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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA – IESO
HABEAS CORPUS
(104.339)
Olinda, Setembro de 2017
 Curso: Direito
 Período: 10º
 Professor: Carlos Sá
 Alunos: Flávia Rodrigues, J José Cavalcante, 
 Karen Santos,
 Renata Fernandes,
 Laís Araújo,
 Narciso Júnior
“A injustiça num lugar qualquer, é uma ameaça à justiça em todo o lugar.”
 Martin Luther King
O primeiro registro de habeas corpus na legislação brasileira remonta ao Código de Processo Criminal de 1832, no seu art. 340. Desde lá até os tempos atuais muitos foram os avanços, mas também os retrocessos na aplicação do instituto, ao ponto de ter sido previsto pelo Ato Institucional nº 5/68 e não constar na pauta da Justiça.
 A Constituição Federal de 1988, já com o fim do sombrio período de ditadura militar, trouxe no bojo do art. 5º, LXVIII, a previsão de que "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade, ou abuso de poder.
Observamos essa discursão até os tempos de hoje, onde ainda discute-se o direito de tolher a liberdade, e cogitar o instituto da prisão como REGRA e não EXCESSÃO.
Esse raciocínio foi mais uma vez debatido no STF, no julgamento do HC 104 339, onde se discutiu a conservação ou não da prisão sem pena do réu. Sendo o novo entendimento do STF que é inconstitucional a regra que impedia juízes de conceder liberdade provisória para quem responde processo do crime em questão. Com isso fica proibida qualquer prisão obrigatória por lei. Não deve o legislador estabelecer regras que ofendam a liberdade de convicção jurídica das autoridades judiciárias. Agora, a prisão preventiva poderá ser decretada ou não nos crimes de tráfico de drogas, ficando a critério da análise jurídica do julgador. Decisão essa do HC 104.339 que declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44 da Lei nº 11.343 /2006,
O Ministro Gilmar Mendes Relator do HC 104. 339, fundamentou seu voto declarando a inconstitucionalidade do caput do art. 44 da Lei de drogas, “a Lei torna a prisão uma regra e a liberdade uma exceção” indo em sentido contrario a Constituição de 88.
Diante desse choque de princípios constitucionais, considero adequada a análise da legitimidade da mencionada vedação abstrata prevista na Lei de Drogas a partir de sua conformidade ao princípio constitucional da proporcionalidade. Tenho para mim que essa vedação apriorística de concessão de liberdade provisória (Lei n. 11.343/2006, art. 44) é incompatível com o princípio constitucional da presunção de inocência, do devido processo legal, entre outros. É que a Lei de Drogas, ao afastar a concessão da liberdade provisória de forma apriorística e genérica, retira do juiz competente a oportunidade de, no caso concreto, analisar os pressupostos. Assim, entendeu e fundamentou o Relator.
O Ministro Celso Peluso fundamentou seu voto no instituto da fiança, vedado na hipótese de crimes hediondos ou equiparados, e a liberdade provisória não se confundem, nem são em absolutos. Acompanhou o voto do relator.
O Ministro Ricardo Lewandowsky também acompanhou o voto do relator e fundamentou seu voto na Constituição Federal, onde ela, a nossa Carta Magna não admite a prisão ex lege, ou seja, prisão diretamente determinada pelo Poder Legislativo, sem consideração do caso em concreto, das circunstâncias pessoais que envolvem determinadas situações.
O Ministro Dias Toffoli, declarou que a inafiancibilidade não pode constituir causa impeditiva da liberdade provisória, se considerado os princípios da presunção da inocência, da dignidade da pessoa humana, da ampla defesa e do devido processo legal, o Ministro Dias Toffoli também votou acompanhando o voto do relator.
A Ministra Rosa Weber votou acompanhando o voto do relator, e fundamentou seu voto dizendo que não pretendia ignorar o caráter danoso e monstruoso causado pelo trafego de drogas na sociedade moderna, a reclamar o ipso fator tratamento jurídico mais rigoroso , mas apenas permitir a concessão do beneficio quando circunstancialmente viável, diferenciando o pequeno traficante do grande traficante.
O presidente do STF, Ministro Ayres Brito seguiu o voto do relator e fundamentou sua decisão declarando que algum tempo atrás já chegou a defender a prisão em flagrante de crime hediondo que opera por si mesma devendo perdurar até a prolação de eventual sentença penal condenatória, mas a observar mais claramente teve seu pensamento modificado baseando-se que Não se pode perder de vista que há um regime constitucional, não só da pena, como da própria prisão, sabido que a prisão, muitas vezes, é mais drástica, é mais traumática, é mais vexatória, é mais penosa, do que a própria pena.
Votaram contra o voto do relator, o Ministro Luiz Fux, Ministro Marco Aurélio e o Ministro Joaquim Barbosa, todos defenderam a Constitucionalidade do art. 44 da Lei 11.343/2006.
O Ministro Luiz Fux diante de todos os argumentos usados pelo relator, manteve seu posicionamento contrario, defendendo a constitucionalidade do art. 44, e fundamentou seu voto na insegurança e criminalidade que vem consumindo o país, e que tem como causa principal o trafego de drogas.
O Ministro Marco Aurélio manteve-se a favor da Constitucionalidade do art. 44, mas a observar a prisão sem pena, pois o réu já vem sendo mantido preso há quase 03 anos, votou pela concessão do HC, decidindo pela liberdade provisória do réu. Defendendo que não se deve manter o individuo em cárcere sem antes uma sentença condenatória transitada em julgado.
O Ministro Joaquim Barbosa fundamentou que continua seguindo seus preceitos e defende a constitucionalidade do art.44, ou seja pauta seu entendimento na constitucionalidade da norma, mas votou pela concessão do HC.
Entendimento
Nós que formamos o grupo, compartilhamos do mesmo preceito que, ninguém poderá ser tolhido no seu direito de ir e vir, direito esse adquirido e garantido por nossa Constituição Federal, Lei máxima que rege nosso país.
Através deste julgado, o STF exerceu verdadeiramente o seu papel de guardião da nossa Constituição, decretando a inconstitucionalidade do Art. 44 da Lei 11.343/2006, ou seja, incidente tantum, a inconstitucionalidade da expressão "e liberdade provisória", resguardando o princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade que ganha sustentabilidade no art. 5º , inciso LVII da Constituição Federal, que dele podemos observar duas regras específicas. 
A primeira adverte que, o réu não poderá ser tratado como culpado, a menos que sobrevenha o trânsito em julgado da sentença ou acórdão condenatório. A segunda seria probatória, recaindo sobre a acusação o ônus de provar a materialidade e autoria do fato delituoso. Baseado nesses preceitos que norteiam nossalegislação, é inadmissível que se mantenha alguém em cárcere apenas por se tratar de inafiançabilidade do delito sendo unicamente usado como causa impeditiva de liberdade.
Reagindo desta forma desorganizamos totalmente a hierarquia de nossas leis, elevando uma norma infraconstitucional, ao patamar, ou até mesmo deixando-a superior e uma norma Constitucional.
	Existem direitos e garantias que são imutáveis de acordo com nossa Carta Magna, que garantem o bem estar e equilíbrio da sociedade, dentre esses está o direito a Liberdade, locomoção, direito de ir e vir, a liberdade do homem é um de seus maiores bens, e deve ser zelado e protegido, essa é uma das decisões mais acertadas do STF.
O grupo

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