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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA – FACINTER
JOANA MARLI LANGNER
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: GESTÃO ESCOLAR
CAMPO NOVO
2008
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
DIRETORIA ACADÊMICA
PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: GESTÃO ESCOLAR
JOANA MARLI LANGNER
Profª. de Estágio: Daniele Farfus
Tutor (a): Soní Pacheco de Moura
Centro Associado: Tele-sala Campo Novo - RS
CAMPO NOVO
2008
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	03
2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA	05
2.1LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA	05
2.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA	05
2.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO	05
2.4 NÍVEIS DE ATENDIMENTO	05
3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO	06
3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO	06
3.2 CONTEXTO	07
3.3 NÚMERO DE ALUNOS	08
3.4 ESTRUTURA FÍSICA	08
3.5 PROBLEMAS QUE INFLUENCIAM NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR	09
3.6 RELAÇÃOENTRE A ESCOLA E COMUNIDADE	09
3.7 RELAÇÃO ESCOLA E MANTENEDORA	10
3.8 RELAÇÃO ESCOLA E SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO ALUNO	10
3.9 A ESCOLA E A PROFISSIONALIZAÇÃO DOS EDUCADORES	11
3.10 PROJETO PEDAGÓGICO	11
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE GESTÃO	12
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 	16
6 QUESTÃOINDIVIDUAL	18
7 REFERÊNCIAS	19
1 INTRODUÇÃO:
	Gestão Escolar é um assunto recente, porém de grande importância estratégica, para que tenhamos uma escola que atenda as modernas exigências de uma sociedade cada vez mais evoluída em termos de conhecimento, em que os avanços das telecomunicações, da informatização e descobertas científicas têm provocado mudanças rápidas e radicais, as quais a escola precisa acompanhar.
	Embora tenha havido um grande progresso nas últimas décadas, o que poderia possibilitar uma vida digna para todos, ainda hoje boa parte da população mundial está excluída do crescimento científico e tecnológico. Pois esse conhecimento geralmente está sob o domínio das grandes potências, que ao invés de proporcionar o bem estar de todos, contribui para acentuar as diferenças e para destruir grande parte da natureza, causando danos irreparáveis no equilíbrio ecológico já tão frágil do nosso do planeta.
	Ainda que o conhecimento tenha se tornado uma necessidade vital, nem todos os cidadãos estão tendo a possibilidade de acesso às informações atualizadas e nem estão conseguindo organizá-las de maneira adequada. É necessário se construir uma relação com o contexto, a partir do uso do conhecimento que o indivíduo já possui sobre o mundo.
	Tantas mudanças e avanços estão provocando revisão nos valores tanto públicos, como pessoais, gerando com isso a quebra de consensos e a diversificação de princípios. 
Em meio a todas as mudanças a família também assume novas formas de organização e identidades, ainda não aceitas totalmente pela sociedade. A escola por sua vez amarga fracassos que tem levado a exclusão, grande parcela de alunos, pela ineficácia de seus métodos e também pela distância que apresenta em relação às reais e urgentes necessidades dos mesmos.
Para novos tempos é necessária uma nova escola, inclusiva e identificada com o processo de construção de uma vida digna para todos e de uma sociedade mais justa. Uma escola onde a prática pedagógica seja vista como prática de vida, de todos e com todos e permita dar significado as suas vidas, na tarefa de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam com sua comunidade.
Necessitamos mais do que nunca de uma escola democrática e verdadeiramente comprometida com a aprendizagem significativa do educando, transformado informações em saberes necessários à vida de seus alunos. 	
Para acompanhar tantas mudanças e exigências é urgente e imprescindível que a escola se modernize e agilize seus processos burocráticos e pedagógicos.
Para isso é necessário que haja um bom planejamento de todas as atividades e uma constante pesquisa e aprimoramento, através de uma gestão democrática e com a participação de todos os segmentos da escola. 
O envolvimento e diálogo com a comunidade, professores, funcionários, pais e alunos, precisa criar espaço e condições para discussão e troca de idéias, para que as ações sejam centradas nas reais necessidades da comunidade e em um ensino de qualidade.
Os resultados positivos de uma escola só são realmente garantidos, através de um trabalho COLETIVO, coordenado pela equipe diretiva e que envolva a todos: corpo administrativo, funcionários, professores, estudantes, Conselho Escolar, Grêmio estudantil e outras instituições que mantenham relação direta ou indireta com a escola. Pois a escola exerce um importante, estratégico e fundamental papel social, pois a mesma deve ser um agente transformador, que leva em conta as necessidades e carências do meio em que estiver inserida, sendo uma fonte de conhecimentos e informações para todos que nela buscam uma melhoria na qualidade de vida e um aperfeiçoamento como indivíduo e ser humano consciente.
A Gestão Escolar compreende a Gestão Administrativa e Financeira, Gestão Pedagógica e de Recursos Humanos.
A Gestão Administrativa deve incumbir-se da parte física e burocrática da escola, que compreende o prédio, equipamentos, materiais, legislação e atividades de secretaria. E também deve dar conta do financeiro da escola.
A Gestão Pedagógica define a linha de ensino, as metas a serem atingidas, levando em conta os objetivos e o perfil de seus alunos. Deve avaliar o rendimento das práticas adotadas, para detectar e corrigir eventuais erros se necessário, juntamente com a equipe de professores envolvidos.
A Gestão de Recursos Humanos é a mais delicada e de importância fundamental. O bom andamento das atividades escolares depende de manter as pessoas trabalhando satisfeitas e motivadas para que possam render o máximo em suas atividades. 
Na verdade essa fragmentação é somente teórica, pois as ações devem ser afinadas e coerentes para que os resultados sejam os esperados.
2) IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1 LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA
NOME: Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini
ENDEREÇO: Rua Francisco Alves Teixeira, nº 571, Bairro Santo Antônio.
Cidade de Santo Augusto RS. 
Fone/Fax (55) 3781 1815 
		Email: ciepsap@yahoo.com.br
CEP 98590 000.
2.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Diretora – Formação Superior na área de Química
03 Vice-diretoras – Formação Superior e Pós-graduação
02 Orientadores – Formação Superior e Pós-graduação
04 Coordenadores Pedagógicos - Formação Superior e Pós-graduação
2.3 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Manhã: 7h 40 min às 11h 40 min
Tarde: 13h 15 min às 17h 30 min
Noite: 19h às 22h 45 min
Sábados: Manhã: 7h30 min às 11h 30 min. Tarde 13h 15 min às 17h 15 min
2.4 NÍVEIS DE ATENDIMENTO
Educação Infantil (Jardim Nível B), 
Ensino Fundamental, 
Ensino Médio, 
Educação de Jovens e Adultos, na modalidade Alfabetização
Educação de Jovens e Adultos nas modalidades Fundamental e Médio, 
Sala de Recursos para Deficientes Visuais, 
Curso Profissionalizante Técnico de Enfermagem em Saúde Pública,
Escola Aberta para Cidadania em parceria com o Governo do Estado (funciona nos finais de semana, tendo como objetivo a ocupação dos espaços escolares pela comunidade, para diminuir a violência no entorno escolar). 
3 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:
3.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
	A Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini, de Santo Augusto RS, foi inaugurada em 08 de junho de 1993, pelo então governador do estado Alceu de Deus Colares. O primeiro diretor da referida instituição foi o professor João Carlos de Lima e contava no início das atividades com aproximadamente 500 alunos matriculados de Pré-Escola à 4ª série do então 1° Grau. Sendo que a cada ano seria criada uma nova série até a 8ª série, completando o Ensino Fundamental.
	Inicialmente a escola denominava-se Escola Estadual de 1º Grau Senador Alberto Pasqualini - CIEP (Centro Integrado de Educação Pública), e tinha uma proposta inovadora para a época, atendimento integral
aos alunos.
O atendimento integral significava que a criança chegava à escola por volta da 7 horas e 40 minutos, tomava café, tinha aula até as 11 hora e 40 minutos, almoçava , tinha um intervalo para descanso e à tarde participava das oficinas de aprendizagem e/ou trabalhos manuais, às 15 horas era servido o lanche da tarde, as 16 horas e 30 minutos, tomavam banho, às 17 horas era servida janta ou frutas e após elas seguiam para suas casas.
A escola foi construída estrategicamente em meio às comunidades mais carentes e violentas da cidade, para que ali fossem atendidas as crianças dos trabalhadores e as crianças em situação de extrema pobreza e risco.
Apesar das enormes dificuldades enfrentadas inicialmente, com a inexperiência dos professores e funcionários para trabalharem com tantos problemas, tais como violência, familiar, prostituição, desemprego, desestruturação completa de muitas famílias, pobreza extrema, onde faltava tudo, higiene precária, também a falta de recursos humanos, principalmente funcionários para manutenção, merenda e limpeza. A maioria dos profissionais que trabalhavam na escola, optou por enfrentar todas as dificuldades e obstáculos, doando seu tempo, sua energia e sua boa vontade, o que muitas e muitas vezes, extrapolava o horário de trabalho e a função dos mesmos. 
Direção, professores e funcionários administrativos, pessoas voluntárias da comunidade e a maioria dos alunos, não hesitavam em limpar salas, banheiros, corredores e pátio da escola, ajudar no preparo das refeições lavar as louças, etc.
Com a troca do governo do estado, novo partido assumiu o poder com novas propostas para a educação, dentre as quais não estava a manutenção dos CIEPs do Rio Grande do Sul, tampouco a escola com atendimento integral era uma prioridade, assim sendo os CIEPs foram transformados em sua maioria em escolas comuns. Com as mudanças ocorridas a escola passou a funcionar em dois turnos, manhã e tarde, perdeu verba e alunos e houve grande corte no quadro de recursos humanos, que já era precário.
O entorno da escola continuava violento e a pobreza das famílias era desesperadora. Havia também na cidade o comentário de que o CIEP era uma escola onde só estudava marginais, que era muito perigoso estudar e trabalhar ali. Com isso os professores, funcionários e alunos sentiam-se desmotivados e estressados.
Mas novamente professores, funcionários, alunos e a comunidade uniram-se para tentar reverter este quadro negativo e perverso.
	Com a eleição de uma nova Diretora, professora Jacinta L. Bourscheid, uma nova proposta de gestão é apresentada à comunidade escolar do CIEP, baseada no respeito, colaboração e envolvimento da comunidade com a escola e da escola com a comunidade. Após consulta a todos segmentos da escola, e até mesmo da cidade, foi criado o Supletivo de 2º Grau (atualmente denomina-se Educação de Jovens e Adultos – EJA modalidade Ensino Médio), para dar conta do grande número de pessoas adultas que não haviam concluído esta modalidade de ensino.
Após a autorização para o funcionamento do novo curso, a escola obteve novo significado perante a comunidade, pois passaram a estudar ali pessoas de outras classes sociais, inclusive vereadores, funcionários públicos, comerciantes e outras pessoas, digamos importantes da sociedade local. A escola passou a funcionar também à noite, com aproximadamente 450 matrículas no novo curso.
Dois anos depois foi implantado o Ensino Médio regular e a Educação de Jovens e Adultos, Alfabetização e Ensino Fundamental, e em 2006 entrou em funcionamento o Curso Técnico de Enfermagem em Saúde Pública (este é o nome correto do curso,que consta na documentação da escola).
3.2 CONTEXTO
	A referida escola está localizada entre os 04 bairros mais pobres e violentos da cidade. Atualmente podemos perceber um significativo progresso nas imediações da escola, com a abertura de vários estabelecimentos comerciais de pequeno porte e construção de novas moradias mais confortáveis. Também é visível um aumento na renda das famílias e diminuição do desemprego.
	As alternativas de lazer e cultura são poucas, uma delas é a Escola Aberta, que funciona na Escola Estadual de Ensino Médio Senador Alberto Pasqualini.
Como não poderia deixar de ser existe na comunidade um grande número de seitas e igrejas evangélicas que procuram cada qual com sua filosofia atrair os fiéis e muitas vezes, é nessas igrejas que este povo pobre sedento de vida social se sente acolhido e tem vez e voz.
A comunidade busca o seu sustento e sobrevivência em diversas atividades tanto formais como informais, tais como: servente de pedreiro, trabalhos por dia na agricultura, colheita da maçã e da uva, quando então os trabalhadores deslocam-se temporariamente para outras cidades. As mulheres também prestam sua valiosa contribuição para a renda familiar, trabalhando como faxineiras, empregadas domésticas e também produzindo artesanato e também trabalham no despendo amento do milho nas granjas próximas. Uns poucos são mais privilegiados e trabalham com carteira assinada como motoristas, comerciários etc..
3.3 NÚMERO DE ALUNOS
A escola possui atualmente, aproximadamente 650 alunos, matriculados nos três turnos de funcionamento, 46 professores, 05 funcionários administrativos, englobando 03 secretários, 01 auxiliar administrativo e 01 monitor, e 07 funcionários de manutenção e limpeza (merendeiras e serventes).
3.4 ESTRUTURA FÍSICA
A estrutura física da escola é muito boa, possui uma área de 15.463, 46m2, uma área construída de 4.367, 59m2. As salas são amplas, com carteiras e cadeiras apropriadas, armário para guardar materiais e quadro verde. O material necessário para o andamento das aulas parece ser suficiente e adequado, a equipe diretiva procura sempre suprir as necessidades materiais da escola, Existem várias dependências para realização de atividades tais como: quadra esportiva coberta para prática de educação física. Auditório equipado, laboratório de ciências, laboratório de informática equipado com vários computadores, laboratório do curso técnico de enfermagem totalmente mobiliado e equipado, sala de artes, ampla biblioteca, sala de educadores, salas administrativas (secretaria, sala da direção, coordenação, orientação, almoxarifado, setor financeiro) amplo refeitório, cozinha com todos os equipamentos e utensílios necessários.
3.5 PROBLEMAS DA COMUNIDADE QUE INFLUENCIAM NA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
Os problemas existem e não são poucos. O principal é o entorno ainda violento, com assassinatos, brigas e prostituição infantil, juvenil e adulta no bairro da escola e nos bairros vizinhos, atingindo alunos e as famílias da comunidade. O tráfico e o consumo de drogas entre os jovens é preocupante. Também o alcoolismo atinge pessoas de várias idades e de ambos os sexos. Existem roubos e receptação de produtos roubados. Tais problemas acabam por afetar a escola, pois provocam evasão de alunos que é bastante elevada, provocam ainda desinteresse pelo estudo, dificuldades de aprendizagem e problemas de indisciplina. Agora em época de eleições municipais a pressão também é muito grande, gerando atos violentos na disputa de votos a qualquer preço.
O desemprego apesar de significativa diminuição, é também um problema sério que provoca a dependência das famílias da bolsa-escola e bolsa-família ou outras formas de assistencialismo. O desemprego é responsável ainda pela falta de perspectivas para os jovens que se formam todos os anos no ensino médio, sem esperança de conseguir um emprego ou cursar uma faculdade.
Apesar de tantos problemas que a escola não consegue resolver, por não serem de sua alçada, muita coisa já mudou. Quando a escola foi construída, não havia calçamento, hoje boa parte dos bairros conta com o mesmo,
As submoradias predominavam, hoje em torno da escola foram construídos núcleos habitacionais populares.
A saúde da população carecia de um local para atendimento, a escola emprestou três salas para funcionamento de um Posto de Saúde e do Programa Saúde da Família (PSF).
3.6 RELAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE
Funcionam na escola o Conselho Escolar e o Círculo de Pais e Mestres. Os professores funcionários em sua grande maioria são associados ao CPERS, que é a entidade de classe que congrega professores e funcionários de escola no Rio Grande do Sul. O Grêmio, apesar de possuir documentação, não funciona.
As reuniões com os pais são realizadas de acordo com a necessidade e também na entrega de boletins, trimestralmente. As comemorações do dia das mães e dos pais são realizadas todos os anos e reúnem grande número de mães e pais.
3.7 RELAÇÃO ESCOLA E MANTENEDORA
	Sendo uma escola estadual é mantida pelo governo do estado, e subordinada a 21ª Coordenadoria Regional de Educação, que é responsável por solicitar e receber a documentação escolar, promover cursos, reuniões e orientar diretores, professores e funcionários, repassar informações e instruções da Secretaria Estadual de Educação. Os repasses de verbas são efetuados diretamente na conta da escola, e administrados pelo diretor, que movimenta a conta através de um talão de cheques, chama-se autonomia financeira. As despesas devem ser aprovadas pelo Conselho Escolar, que também assina a prestação de contas que são enviadas para a 21ª Coordenadoria.
3.8 RELAÇÃO ESCOLA E ATENDIMENTO AO ALUNO:
São desenvolvidos na escola, os seguintes projetos: Projeto de Artes, Música, Recreação, Jardinagem. Participam desses projetos alunos desde a educação infantil, até ensino médio. O Serviço de Orientação escolar é oferecido manhã/tarde.
A escola conta com Sala de Recursos para Deficientes Visuais e pra alunos com defasagem de aprendizagem, com professoras especializadas. Os alunos com problemas são identificados pelos professores em sala de aula, encaminhados a coordenação da escola, que toma as providências necessárias e conduz os encaminhamentos para atendimento dos mesmos, fazendo adaptações que o aluno necessita para ter um bom aprendizado. Em casos de problemas de saúde os alunos são encaminhados ao Posto de Saúde que funciona no prédio da escola.
A Escola aberta funciona todos os sábados e domingos, com cursos de crochê, pintura em vidro e em tecido, oficina de música, teatro, dança e esportes, proporciona profissionalização, lazer e cultura, bem como entrosamento entre escola e a comunidade, atraindo as crianças, jovens e adultos todos os finais de semana. Promove também festas de Páscoa, Natal, Semana Farroupilha, passeios e piqueniques no dia da criança. No dia do estudante promove gincanas entre os alunos. Sempre que possível a escola participa de torneios com os alunos. Também são realizados bingos beneficentes e festas para angariar fundos, promovidos em conjunto com o CPM. O programa do Livro Didático é coordenado pela coordenação e biblioteca.
3.9 A ESCOLA E A PROFISSIONALIZAÇÃO DOS EDUCADORES:
Do quadro de professores somente dois não possuem Ensino Superior completo. Os professores e funcionários possuem plano de carreira, devidamente construídos pelas categorias, onde constam as mudanças de nível e classe e os salários e vantagens correspondentes. Sempre que possível a direção da escola libera professores e funcionários para cursos, palestras e jornadas pedagógicas.
3.10 O PROJETO PEDAGÓGICO:
	A Proposta Pedagógica da escola foi elaborada parcialmente em conjunto com professores, funcionários e comunidade. A proposta atual é do ano de 2006. 
A coordenadora pedagógica admitiu que esta na hora de uma revisão da proposta.
	Na concepção de educação, segundo a Proposta Pedagógica é uma interlocução de saberes da qual resultem aprendizagens entendidas como saberes outros e novos saberes, tanto por parte de alunos como de professores.
	Na concepção de homem, que se constitua em um ser social integrante de um grupo, mas ao mesmo tempo, um ser único e diverso, com direitos e deveres que lhe garantem autonomia e cidadania.
Uma sociedade de todos em que todos são participantes do processo social, integram e interagem e têm vez nesse processo e no movimento de definição das linhas políticas que determinam os rumos da sociedade.
Professores competentes, comprometidos e atentos aos desejos dos alunos, predispostos a refletir e pesquisar sobre sua prática.
A escola busca o entendimento entre todos os que dela participam, aprendizagens de trabalho, uma ressignificação de ensino-aprendizagem, e que resultem saberes capazes de possibilitar a garantia da cidadania desejada.
Uma avaliação que ajude construir, incorporando diferenças, combatendo desigualdades, discriminação, exclusão, compreendida como pesquisa e reflexão. A avaliação dos alunos, conforme o Regimento Escola, é expressa através de notas de 0 a 100, e Parecer Descritivo, pelo professor da turma ou disciplina.
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE GESTÃO
	As atividades de gestão, observadas e analisadas no presente estágio, foram muito interessantes e instrutivas, pude perceber claramente a distância entre o que está escrito na Proposta Pedagógica da escola e o que acontece na instituição no seu dia a dia. O Regimento Escolar, no que se refere à documentação, atribuições de professores e funcionários, funciona de acordo, percebe-se, que os funcionários administrativos desempenham com competência e ética suas funções, referentes a documentação e escrituração escolar, matrículas, transferências, atestados, atendimento ao público e demais atribuições. A gestão financeira a princípio é equilibrada, a equipe diretiva administra os recursos financeiros, aplicando em melhorias para a escola e em material de expediente. Busca ainda arrecadar dinheiro através de bingos e rifas realizados conjuntamente com CPM, para complementar as finanças. Pode-se dizer que a gestão administrativa funciona a contento.
Os funcionários de manutenção e limpeza demonstram esforço e boa vontade em suas funções. Fazem um grande esforço para dar conta do seu trabalho, já que o prédio da escola é muito grande e a escola funciona nos três turnos e ainda nos finais de semana e o número de funcionários é insuficiente e sempre acontecem licenças por motivos de saúde ou outros. Quanto às merendeiras, me pareceu que nem sempre desempenham suas funções a contento, pois ouvi muitas reclamações de professores e alunos, quanto à quantidade e qualidade da merenda servida.
Os professores encontram-se bastante divididos, frente à equipe diretiva da escola e suas ações. Mostram-se também muito preocupados e angustiados frente à diminuição do número de alunos matriculados na escola.
Percebi claramente a divisão dos professores durante a realização das atividades de estágio. Os professores do turno da manhã parecem ser os mais preocupados e críticos. Mas até entre eles notam-se diferenças de atitude. Enquanto alguns só criticam, acusando a direção da escola por tudo o que acontece de errado e contam os dias que faltam para terminar o ano letivo, outros se preocupam e tentam buscar alternativas e soluções para os problemas e se empenham na tarefa de educar, cientes de que essa é a profissão que exercem e independente do que está acontecendo, têm o dever de ensinar com competência e seriedade.
No turno da tarde a maioria dos professores apóiam a equipe diretiva e acusam os alunos por tudo o que acontece de ruim, tudo parece ser culpa deles. Quem não concorda com tal opinião tem poucas chances de se manifestar e parece sofrer muito com a situação.
O turno da noite, não é diferente, os professores estão preocupados com a evasão e o baixo rendimento dos alunos. Mas uma mudança crítica na maneira de ministrar as aulas, não parece ser cogitada. A gestão dos recursos humanos, pode e deve ser melhorada com urgência.
A equipe diretiva da escola, que compreende a diretora e as vice-diretoras dos três turnos, também parece estar bastante perdida, apesar fazerem um grande esforço para tentar acertar, não possuem preparo suficiente para dar conta do recado.
A diretora titular, está licenciada para concorrer a o cargo de vereadora nas eleições municipais. Sua substituta legal é a vice-diretora
da manhã, que parece despreparada para o cargo e incapaz de resolver os graves problemas que afetam a escola no momento, não consegue posicionar-se com firmeza e nem buscar soluções.
A vice-diretora da tarde, esta sempre envolvida com problemas de indisciplina dos alunos e falta constante de professores, o que a obriga a improvisar diversos arranjos para dar conta dos problemas, quando até os funcionários vão para a sala de aula substituir professores faltosos, que muitas vezes não avisam que precisam faltar e nem mandam planejamento para as aulas. Várias vezes os alunos são mandados para casa mais cedo, prejudicando muito o aprendizado.
A equipe diretiva é bastante fechada e centralizadora, poucas vezes consulta os professores e funcionários, sobre decisões importantes. É possível ver claramente, que a vice-diretora que está no comando, não possui autonomia para tomar decisões, para solução de qualquer problema, mesmo para resolver os mais corriqueiros é consultada a diretora licenciada. Isso causa transtornos e atrasos na rotina da escola, gerando mais insatisfação. Além disso, ela se envolve bastante em tramites burocráticos e de gerenciamento burocrático dos Recursos Humanos, faltando assim tempo para pensar a escola como um todo. Pude observar que a equipe se preocupa com aparência da escola tentando tornar o ambiente físico bonito e agradável, também não deixam faltar material para as atividades da escola.
A equipe pedagógica dos três turnos e do curso técnico é altamente qualificada, todas possuem Pó-graduação em Educação e uma está realizando Mestrado. Têm grande potencial para desenvolver um trabalho de ótima qualidade, são pessoas que conhecem a fundo a comunidade escolar, estão cientes dos reais problemas da escola, mas ficam na dependência das decisões da direção e da falta de comprometimento de alguns professores. Mas mesmo assim fazem o planejamento pedagógico e acompanham e orientamos professores em todo o processo de ensino-aprendizagem, conforme manda o Regimento Escolar. Fazendo o possível para que seja realizado um trabalho de ensino-aprendizagem de qualidade. 
Durante o estágio observei que muitas vezes a coordenação da escola é vista pelos professores como se tivesse obrigação de resolver todos os seus problemas, ver material e estar o tempo todo a disposição para qualquer pedido ou encaminhamento que o próprio professor poderia resolver. Quando o profissional que trabalha na coordenação está realizando leituras referentes a sua função, resolvendo problemas de documentação e planejamento, muitas vezes injustamente, falam que ele esta lá, sentado sem fazer nada. Outras vezes é escalado para substituir a equipe diretiva, quando o vice-diretor do turno precisa faltar, sendo assim desviado de suas funções que é planejar, coordenar e acompanhar o pedagógico da escola.
A escola conta com Serviço de Orientação Escolar com 02 professores formados em Psicopedagogia, no turno da manhã e tarde, eles são bastante esforçados procuram resolver os problemas sempre que possível, enquanto realizei o estágio, percebi que eram muito solicitados.
Os funcionários da escola, também estão buscando um aperfeiçoamento, a monitora já possui pós-graduação em educação, 02 secretárias possuem ensino superior completo, 01 secretário e 01 auxiliar, estão cursando pedagogia e 02 serventes também estão fazendo curso superior em pedagogia e letras, 01 cursa o técnico de enfermagem, as demais somente 01 não concluiu o ensino médio. 
Não tive a oportunidade de realizar uma atividade de gestão, até mesmo por que, não daria tempo, pois tinha muita documentação para analisar e estudar Regimento Escolar, Proposta Pedagógica. 
Também a observação e análise do cotidiano da equipe diretiva, pedagógica, e do funcionamento da escola, tomou praticamente todo o tempo do estágio. Mas ao entrevistar a vice-diretora a mesma me convidou para participar de um projeto de gestão a ser realizado na escola pela equipe diretiva e pela equipe pedagógica que tem com alvo a busca de melhor aproveitamento acadêmico dos alunos, tendo como centro de todo o processo os alunos da escola e baseado na valorização e resgate do interesse e empenho dos mesmos nas atividades escolares.
Eu deixei claro que gostaria muito de participar do referido projeto e que teria grandes contribuições a dar, pois a Unidade Temática Gestão Escolar, me proporcionou grande conhecimento e embasamento teórico do assunto. Ela não soube me dizer com exatidão quando começa o projeto, mas assim que definir a data irá me informar me dar maiores detalhes sobre o assunto.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Realizar um estágio de gestão escolar é uma oportunidade única e indispensável, para o futuro pedagogo. Nada melhor do que vivenciar o dia a dia de quem comanda uma instituição de ensino para saber o que realmente acontece, como são tomadas as decisões.
	Muitas vezes o que é planejado e discutido na teoria, na prática não funciona tão bem quanto era esperado, muitas vezes resulta em atritos e mais problemas. Quando isso acontece, as práticas devem ser reavaliadas pela equipe gestora e pedagógica com maturidade e coragem para que se possa realizar uma mudança de estratégias e corrigir o que não deu certo. 
Administrar uma escola pequena ou grande não é nada fácil. Uma escola com tantos problemas e carências em seu entorno é ainda mais complicado, porque quem ali trabalha compartilha das angustias e esperanças da comunidade. Muitas vezes ficam de mãos atadas na expectativa de que os órgãos competentes tomem as providências há muito solicitadas e que poderiam melhorar a vida das pessoas e por conseqüência ajudariam a melhorar o ambiente da escola.
Mais do que nunca é necessário que a equipe gestora seja competente, preparada, corajosa e acima de tudo, DEMOCRÁTICA, discuta os problemas com a comunidade, escute o que as pessoas têm para dizer, as sugestões e as críticas. Pois é a partir de uma avaliação que se corrigem os erros e se acerta o rumo.
O Conselho Escolar e Círculo de Pais e Mestres, quando realmente representativo e participativo é de grande importância para uma gestão de qualidade e realmente voltada para os reais interesses da comunidade.
Construir junto com toda a comunidade escolar uma Proposta Pedagógica, ouvindo todos os segmentos envolvidos, pois por mais humilde que sejam as pessoas tem o direito de ser ouvidas e muitas vezes têm contribuições importantíssimas e surpreendentes para dar. Uma gestão democrática em que todos se sintam participantes e importantes na tomada de decisões gera um comprometimento e uma responsabilidade que é divida com todos, sem sobrecarregar a equipe gestora, que então pode dividir acertos e erros, e buscar conjuntamente soluções e com isso agiliza o trabalho e a escola com certeza funciona melhor. É muito importante se dar atenção especial às críticas, ouvindo e analisando as mesmas, pois é com elas que podemos ver o que não está funcionando bem. Muito melhor que elogios que apesar de serem importantes e motivadores, muitas vezes são apenas uma ilusão, as críticas geralmente são um alerta para a equipe gestora mudar de atitude e estratégia.
Uma escola em que todos participam e são ouvidos, com certeza colherá resultados positivos e as pessoas que ali trabalham e convivem terão prazer em realizar suas funções e ver que também são responsáveis pelo sucesso da mesma.
O principal motivo de uma escola existir são seus alunos, que ali vem em busca do conhecimento e que merecem uma educação inclusiva e de qualidade, não importando a classe social a que pertencem. Se lhes falta interesse, cabe a escola, motiva-los, se têm dificuldades, cabe a escola investigar o problema e fazer os encaminhamentos necessários. Não se pode simplesmente culpa-los, ou culpar o baixo nível de escolaridade de suas famílias temos que motiva-los e despertar suas potencialidades, pois todos são capazes de aprender e percebendo que são valorizados e acompanhados com interesse, terão prazer em estar
na escola. E a escola estará então cumprindo sua função social.
As relações de poder na escola, não podem ser exercidas por pressões ou ameaças veladas ou não, tem que ser compartilhadas, abertas e humanas, pois se trata de um lugar de busca de conhecimento e igualdade de oportunidades, inclusão e relações humanas e complexas, por conta da diversidade ali existente. O poder jamais pode ser imposto simplesmente, deve ser compartilhado. Pois uma gestão centralizada e burocrática na tentativa de ser competente, não funcionará por muito tempo, pois estará sendo exercida sem alma e coração e estará esquecendo as ricas e delicadas relações humanas ali existentes.
	
6 QUESTÃO INDIVIDUAL
Joana Marli Langner
	Em termos de conhecimento e experiência, este estágio foi muito valioso. Muitas coisas eu já sabia por trabalhar a tantos anos no burocrático da escola. Conheço regimento, grade curricular, proposta pedagógica e escrituração e documentação da escola, dos alunos e professores, sei como funcionam e como devem ser conduzidos, mas nunca tinha analisado profundamente.
	Mas a partir das leituras, tele aulas, pesquisa na coordenação da escola, conversas, observações e análise da realidade, pude formar uma visão diferente e real das complexas relações de poder na escola. 
	Tudo o que eu escrevi neste relatório é fruto do que observei no estágio e também do que vivencio no dia a dia da escola. 
O conhecimento teórico adquirido me proporcionou condições de analisar profundamente o desenrolar dos acontecimentos e o cotidiano da gestão da escola. Teria muito mais a relatar, pois aprendi muito, muito mesmo, e melhor ainda, sinto que me tornei mais consciente e crítica.
Em relação à escola, eu preciso dizer que amo essa escola, que é uma escola com grande potencial, que as pessoas que ali trabalham são competentes e possuem um grande valor, mas precisam com urgência ser motivadas e chamadas a trabalhar coletivamente. É uma escola que apesar dos problemas, fez e faz a diferença na comunidade em que está inserida. Mas ainda não descobriu de todo o tesouro da educação, pode fazer melhor com mais competência e empenho, chamando todos a participar DEMOCRATICAMENTE dos objetivos e decisões.
Quando entrevistei a diretora em exercício no momento, pude perceber que ela está tomando consciência, através de cursos promovidos pela 21ª Coordenadoria de Educação, sobre Gestão Escolar, que a escola deve ser dirigida conjuntamente com todos os segmentos, e em conversa particular deixou transparecer que sente não ter sido assim até agora.
Fiquei contente e esperançosa de que as coisas mudem para melhor. Afinal ninguém consegue mudar o que não conhece e mesmo os dirigentes precisam aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a aprender, e aprender a viver juntos, para uma mudança de atitude que contemplem os anseios de todos, para que todos possam conhecer e usufruir os tesouros da educação.
7 REFERÊNCIAS
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SENADOR ALBERTO PASQUALINI. Proposta pedagógica. Santo Augusto, 2006.
______. Regimento escolar do Ensino Fundamental de 9 anos. Santo Augusto, 2008.
______. Regimento escolar do Ensino Fundamental de 8 anos. Santo Augusto, 2008.
DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. www.google.com.br. acessado em 16. set. 2008. 
FARFUS, Daniele. Gestão Escolar: teoria e prática na sociedade globalizada. Curitiba: IBPEX, 2008.
Gestão Escolar – Introdução. www.conteudodaescola.com.br. Acessado em: 21. set. 2008. 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Revista Gestão em Rede. Brasília: MEC, n. 80, set. 2007.
______. Revista Gestão em Rede. Brasília: MEC, n. 76, abr. 2007.
______. Revista Gestão em Rede. Brasília: MEC, n. 72, set. 2006.
______. Revista Gestão em Rede. Brasília: MEC, n. 74, nov. 2006.
PALMA, Márcia Silva Di. Organização do trabalho Pedagógico. Curitiba: IBPEX, 2008.

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