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SISTEMAS DE COORDENADAS TOPOGRAFIA ENGENHARIA AMBIENTAL E CIVIL UNEOURO 02/2017 PROF: LUAN ANDREANI ZANATTA Relembrando: • Topografia: O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às operações efetuadas em campo, tem o objetivo de coletar dados para a posterior representação. Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion • Tradicionalmente o levantamento topográfico pode ser divido em duas partes: • O levantamento planimétrico, onde se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y); • Levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto. A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado levantamento planialtimétrico. Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Sistemas de Coordenadas • Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação de coordenadas relativas de pontos. Para tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de coordenadas. • São utilizados basicamente dois tipos de sistemas para definição unívoca da posição tridimensional de pontos: sistemas de coordenadas cartesianas e sistemas de coordenadas esféricas. Unívoca: que admite uma única interpretação; sem teor ambíguo. Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Sistemas de Coordenadas Cartesianas • No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas retangulares ou cartesianas. Este é um sistema de eixos ortogonais no plano, constituído de duas retas orientadas X e Y, perpendiculares entre si. A origem deste sistema é o cruzamento dos eixos X e Y. Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion • Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Uma das notações P(x, y) ou P= (x, y) é utilizada para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y. Sistemas de Coordenadas Cartesianas Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Sistemas de Coordenadas Cartesianas Abscissa de A: Ordenada de A: A (_______,_______) Abscissa de B: Ordenada de B: B (_______,_______) Abscissa de C: Ordenada de C: C (_______,_______) 10 10 10 10 15 25 15 25 20 -15 20 -15 Abscissa de O: Ordenada de O: A (_______,_______) 0 0 0 0 Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion • Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados, mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto, denominado de origem. A posição de um ponto neste sistema de coordenadas é definida pelas coordenadas cartesianas retangulares (x, y, z). Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Sistemas de Coordenadas Cartesianas Sistemas de Coordenadas Cartesianas Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Sistemas de Coordenadas Cartesianas PB (30,20,10) PB Levógiro PC (0,10,15) PC PD (20,20,20) PD X Y Sem escala Sistemas de Coordenadas Esféricas • Um ponto do espaço tridimensional pode ser determinado pelo afastamento r entre a origem do sistema e o ponto R considerado, pelo ângulo β formado entre o segmento OR e a projeção ortogonal deste sobre o plano xy e pelo ângulo α que a projeção do segmento OR sobre o plano xy forma com o semi-eixo OX. As coordenadas esféricas de um ponto R são dadas por (r, α, β). Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Transformações: Transforme as coordenadas cartesianas tridimensionais em coordenadas esféricas: • P1(X,Y,Z) = P1(r, α, β). • PA(30,20,10) • PB(10,20,30) • PC(25,20,10) • PD(20,20,20) 2º DETERMINAR α α = tan−1 𝑌 𝑋 1º DETERMINAR r r = 𝑋2𝑥 𝑌2𝑥 𝑍² 3º DETERMINAR β β =sin−1 𝑍 𝑟 Modelos de representação Superfícies de Referência •Devido às irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelos para a sua representação, mais simples, regulares e geométricos e que mais se aproximam da forma real para efetuar os cálculos. Cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais complexa a figura empregada para a representação da Terra, mais complexos serão os cálculos sobre esta superfície. Luis A. K. Veiga/Maria A. Z. Zanetti/Pedro L. Faggion Modelo Esférico • Em diversas aplicações a Terra pode ser considerada uma esfera, como no caso da Astronomia. Um ponto pode ser localizado sobre esta esfera através de sua latitude e longitude. Tratando-se de Astronomia, estas coordenadas são denominadas de latitude e longitude astronômicas. • Latitude Astronômica (Φ): é o arco de meridiano contado desde o equador até o ponto considerado, sendo, por convenção, positiva no hemisfério Norte e negativa no hemisfério Sul. • Longitude Astronômica (Λ): é o arco de equador contado desde o meridiano de origem (Greenwich) até o meridiano do ponto considerado. Por convenção a longitude varia de 0º a +180º no sentido leste de Greenwich e de 0º a -180º por oeste de Greenwich. Λ LÁMBDA Φ PHI Modelo Elipsoidal • A Geodésia adota como modelo o elipsóide de revolução. O elipsóide de revolução é a figura geométrica gerada pela rotação de uma semi- elipse (geratriz) em torno de um de seus eixos (eixo de revolução); • se este eixo for o menor tem-se um elipsóide achatado. Mais de 70 diferentes elipsóides de revolução são utilizados em trabalhos de Geodésia no mundo. • Um elipsóide de revolução fica definido por meio de dois parâmetros, os semi-eixos a (maior) e b (menor). Em Geodésia é tradicional considerar como parâmetros o semi-eixo maior a e o achatamento f, expresso pela equação: Modelo Elipsoidal • As coordenadas geodésicas elipsóidicas de um ponto sobre o elipsóide ficam assim definidas: • Latitude Geodésica (φ): ângulo que a normal forma com sua projeção no plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul. • Longitude Geodésica (λ): ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para Oeste. • A normal é uma reta ortogonal ao elipsóide que passa pelo ponto P na superfície física. Modelo Elipsoidal Modelo Geoidal • O modelo geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido teoricamente como sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. Não é uma superfície regular e é de difícil tratamento matemático. A figura abaixo representa de forma esquemática a superfície física da Terra, o elipsóide e o geóide. Modelo Plano • Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada pela Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos topográficos. Face aos erros decorrentes destas simplificações, este plano tem suas dimensões limitadas. Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de 20 a 30 km. A NRB 13133 (Execução de Levantamento Topográfico) admite um plano com até aproximadamente 80 km. • Uma vez que a Topografia busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário estabelecer um sistema de coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este sistema pode ser caracterizado da seguinte forma: • Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo); • Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira); • Eixo X: sistema dextrógiro (formando 90º na direção leste).Modelo Plano Modelo Plano Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo); Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira); Eixo X: sistema dextrógiro (formando 90º na direção leste). • Em alguns casos, o eixo Y pode ser definido por uma direção notável do terreno, como o alinhamento de uma rua, por exemplo. Modelo Plano Efeitos da Curvatura para distâncias Efeitos da curvatura na altimetria
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