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O que é Macroeconomia

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Macroeconomia
Macroeconomia é uma área de estudo das Ciências Econômicas, responsável por analisar fatores do sistema econômico de determinada região ou país.
A análise feita pela macroeconomia é global, desconsiderado as particularidades ou os comportamentos individuais. O prefixo grego macro é relativo a tudo o que é grande, largo e amplo.
Os principais objetivos dos estudos macroeconômicos são: o desenvolvimento do crescimento econômico, a geração de empregos, a redução da inflação, a construção de um comércio internacional vantajoso e a estabilização dos preços.
Entre os pontos que são estudados pela macroeconomia está a renda e produtos produzidos por um território (Produto Interno Bruto - PIB), assim como os níveis de preços, emprego e desemprego, a taxa de câmbio e juros, a moeda, entre outros fatores.
A estrutura macroeconômica é divida em cinco principais partes:
Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção e preços da região analisada;
Mercado de Trabalho: determina a taxa de salários e o nível de emprego;
Mercado Monetário: estuda o valor da moeda e a taxa de juros, a partir da oferta da mesma pelo Banco Central;
Mercado de Títulos: estudo dos agentes econômicos com maior e menor gasto em relação a renda final;
Mercado de Divisas: relativo ao volume de importações e a saída de capital financeiro;
O conceito da macroeconomia surgiu e começou a ser discutido a partir do começo da década de 1930. Este estudo foi se desenvolveu a partir da Grande Depressão de 1929.
O economista britânico John Maynard Keynes é considerado o primeiro grande autor sobre a macroeconomia, destacando-se pelo livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, publicado em 1936.
RENDA: é a soma das remunerações feitas aos fatores da produção empregados no processo produtivo durante um certo período de tempo, ou seja, é o total dos salários, aluguéis, juros e lucros.
PRODUTO: é a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos por um país num determinado período de tempo.
O PRINCIPAL OBJETIVO DA TEORIA MACROECONÔMICA: é obter uma visão simplificada do funcionamento da economia que, porém, permita ao mesmo tempo conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países. Ou seja, analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia. Resumindo, determinar os fatores que influenciam o nível da renda e do produto do sistema econômico.
• O problema fundamental da economia é a escassez de recursos e as necessidades ilimitadas, tendo em vista que os recursos devem ser empregados de maneira racional, adequada, para conseguir maior quantidade de produtos ou satisfação.
• Os economistas sentiram a necessidade de criar meios que lhes permitissem medir e avaliar as atividades econômicas desenvolvidas pela sociedade. Com isso surgiu a Contabilidade Social ou CNA – Contabilidade Nacional, que nos dá em termos quantitativos, o desempenho global da economia.
A contabilidade nacional:
Contabilidade nacional é a técnica que tem como objetivo principal representar e quantificar a atividade econômica de um país, durante determinado período de tempo.
Os principais agregados econômicos são, a saber:
- Valor Bruto de Produção ( VBP ) : expressão monetária da soma de todos os bens e serviços produzidos em determinado território econômico, num dado período de tempo. Incorre no chamado erro de "dupla contagem", pois soma os produtos finais com os insumos usados em sua elaboração.
- Valor Agregado Bruto ( VAB ): é o valor da "produção sem duplicações". Obtém-se descontando-se do VBP o valor dos insumos utilizados no processo de produtivo.
- Produto Bruto (PB): produção de bens e serviços finais realizados pela economia, durante um período de tempo.
- Renda Bruta (RB): somatório das remunerações brutas dos fatores de produção empregados na economia, durante um período de tempo.
- Produto Interno Bruto (PIB): expressão monetária dos bens e serviços finais produzidos dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos fatores de produção.
- Produto Nacional Bruto (PNB): expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.
- Renda Nacional (RN): é a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos proprietários nacionais de fatores de produção.
SISTEMA DE CONTAS NACIONAL (Sistema ONU).
Trata-se de um sistema baseado em quatro contas relativas à produção, apropriação (ou utilização da renda) e acumulação (ou formação de capital) dos agentes econômicos (famílias, firmas ou empresas, setor público e setor externo) criados pelo inglês Richard Stone:
Conta do produto interno bruto (produção);
Conta renda nacional disponível líquida (apropriação);
Conta transações correntes com o resto do mundo;
Conta de capital (acumulação);
Os lançamentos das transações são efetuados de acordo com o método das partidas dobradas, sem a contrapartida caixa. Apresenta-se também a conta corrente das administrações públicas. Esta conta discrimina as contas do governo, incluindo impostos diretos, contribuições previdenciárias entre outros.
Modelo Keynesiano 
O keynesianismo é uma teoria econômica do começo do século XX, baseada nas ideias do economista inglês John Maynard Keynes, que defendia a ação do estado na economia com o objetivo atingir o pleno emprego.
 
Principais características do Keynesianismo:
 
- Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a iniciativa privada não tem capacidade ou não deseja atuar.
 
- Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico.
 
- Contra o liberalismo econômico.
 
- Defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno emprego. Este seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção.
 
- O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de crise e recessão econômica.
 
- A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de uma política fiscal para que não haja crescimento e descontrole da inflação.
Keynes era contrário à estatização da economia, como havia ocorrido nos países socialistas após a Revolução Russa de 1917. Ele defendia o sistema capitalista, porém acreditava que deveria haver ações e medidas de controle por parte do Estado.
 
Principais momentos em que foi usado:
 
O keynesianismo foi usado na História, principalmente durante as crises que ocorreram no século XX. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi a doutrina econômica que deu suporte ao plano New Deal do presidente Roosevelt, voltado para tirar a economia norte-americana da profunda crise provocada pela Quebra da Bolsa de Valores de 1929 (Grande Depressão).
 
Os países europeus, cujas economias estavam estraçalhadas no final da Segunda Guerra Mundial, também recorreram aos fundamentos do keynesianismo para tirar suas economias da crise. Nesta situação era de fundamental importância à interferência do Estado, como fonte de promoção do desenvolvimento econômico e social.
 
O keynesianismo na atualidade
 
A doutrina econômica keynesiana enfraqueceu muito nas últimas décadas em função do avanço do neoliberalismo. O processo de globalização econômica mundial impôs, de certa forma, aos países a adoção de medidas voltadas para a abertura da economia e pouca interferência estatal. A maioria dos países do mundo segue o neoliberalismo, com suas especificidades, como forma de se manterem ativos neste mundo voltado para a globalização e para a economia de livre mercado.
A evolução da macroeconomia a partir da revolução keynesiana
Os modelos IS-LM e de desequilíbrio: a "neoclassização" da teoria keynesiana 
Dentro do que se denomina na literatura econômica de keynesianismo neoclássico, há duas estruturas teóricas em macroeconomia relacionadas à interpretação da revolução keynesiana: por um lado, existe uma análise interpretativada GT, conhecida como diagramas IS-LM, que está centrada na proposição de que o desemprego involuntário keynesiano se constitui em um caso particular da teoria clássica devido tão-somente à existência da armadilha tanto vertentes interpretativas quanto reações críticas, as quais, diga-se de passagem, têm contribuído para o desenvolvimento da macroeconomia.
A análise hicksiana da GT Partindo de uma situação em que as análises keynesiana e clássica podem ser representadas por uma estrutura teórica similar, Hicks, no referido artigo, objetiva comparar as ideias de Keynes com as dos clássicos. Para tanto, três modelos são formalizados como segue:
	Modelo "clássico"
	Modelo "especial de Keynes"
	Modelo da 'Teoria Geral"
	(1) M = kl
	 (1)M = L (i) 
	(1) M = L (i,l)
	(2) Ix = C (i)
	 (2) Ix = C (i)
	(2) Ix = C (i)
	(3) Ix = S (i,l)
	 (3) Ix = S (l) 
	(3) Ix = S (i)
Onde M é a quantidade de moeda, k é a constante marshalliana da equação quantitativa de Cambridge, I é o nível de renda, Ix é o investimento total, i é a taxa de juros e S é a poupança. Situação na qual a demanda por moeda é perfeitamente elástica em relação à taxa de juros. Em outras palavras, o público, face à incerteza em relação ao futuro, prefere reter moeda, quaisquer que sejam os níveis de taxa de juros da economia, em seus encaixes reais. 
A posição inicial de equilíbrio da economia está relacionada à existência de falhas de mercado, provenientes de inflexibilidades de preços e salários, que acabam impondo restrições de quantidades, sejam demandadas, sejam ofertadas.
Politica Fiscal
É o nome dado às ações do governo destinadas a ajustar seus níveis de gastos, assim monitorando e influenciando a economia de um país. Nos diversos manuais de Economia, a política fiscal está intimamente ligada à política monetária, podendo-se afirmar, em termos bastante simplistas, que as duas políticas econômicas são como irmãs, pois ambas buscam influenciar um aspecto da economia: a política monetária irá modificar o comportamento da moeda, e a política fiscal irá operar frente aos gastos estatais. Todo o governo invariavelmente irá utilizar as duas políticas sob várias combinações e graduações, num esforço para orientar as metas econômicas de um país.
Basicamente, a forma de articular uma política fiscal dá-se através da efetiva arrecadação de impostos, aplicando seus recursos da forma mais racional e eficaz possível. Isso equivale a uma interferência também no setor tributário, modificando as despesas do setor privado. Uma maior arrecadação de impostos irá influenciar diretamente a disponibilidade de moeda no mercado, provocando uma redução de recursos que particulares poderão destinar ao consumo e à poupança. Assim, quanto maior a carga de impostos ditada pela política fiscal do governo haverá menor renda disponível para a população em geral, inibindo o consumo. Esta é uma das armas disponíveis aos governos para controlarem a taxa de inflação, pois tem como objetivo atingir a demanda.
Antes da quebra da bolsa de Nova Iorque ocorrida em 1929, a política econômica dos governos seguia os ensinamentos da Economia Clássica Liberal, que estipulava a importância de deixar o mercado encontrar seu caminho, com o mínimo de intervenção possível no campo econômico.
Gradualmente, a partir da crise de 29, foi sendo reconhecida a necessidade de uma intervenção do governo no âmbito econômico, controlando possíveis excessos danosos às contas do país. Influenciados especialmente pelos estudos de John Maynard Keynes, economista britânico, as nações passam a aceitar que os entes estatais poderiam influenciar os níveis de produtividade macroeconômicos, aumentando ou diminuindo o número de tributos, bem como o gasto público. Tal política, por sua vez controlaria a inflação, aumentaria o emprego, e manteria um valor saudável do dinheiro.
Os governos passam então a regular os níveis de desemprego, inflação, desaceleração na economia, e para exercer esse controle, contando com uma combinação das políticas monetárias e fiscais que serão utilizadas de modo a controlar os fenômenos econômicos. 
É nesse momento, que além das políticas econômicas e fiscais, iremos presenciar o nascimento do "Welfare State", um conjunto de políticas econômicas e sociais promovidas pelo governo de modo a garantir não só a normalidade do setor econômico, mas também o bem-estar da população em geral.
O lado monetário da economia
Moeda: instrumento ou objeto aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamentos de bens e serviços.
Moeda Mercadoria: antigamente, as transações eram feitas através de trocas (escambo) de mercadorias por mercadorias.
Moeda Metálica: assumiram a função de moeda por serem limitados na natureza, por terem durabilidade e resistência. Para haver o controle das moedas em circulação, foi implantada a cunhagem da moeda pelos governantes.
Papel moeda: teve origem na moeda papel. Por questão de segurança, as pessoas de posse do ouro, guardavam suas moedas em casas especializadas onde ourives emitiam certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as pessoas poderiam pagar com esses certificados e o detentor desse título poderia retirar o montante de metal com o ourives. A partir do século XVII, surgiram os bancos comerciais privados. Esses bancos começaram a emitir notas ou recibos bancários que passaram a circular como moeda, dando origem ao papel-moeda.
Posteriormente, o Estado passou a monopolizar a emissão do papel moeda lastreado em ouro, pois o ouro era um recurso limitado. A partir de 1920, o padrão-ouro foi abandonado e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda passou a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária, não sendo lastreada em metais preciosos.
Moedas no Brasil De 1500 a 1834
Mil Réis - De 1834 a 1942
	
Cruzeiro - De 1942 a 1967
Cruzeiro Novo - De 1967 a 1970
Cruzeiro - De 1970 a 1986
Cruzado - De 1986 a 1989
Cruzado novo - De 1989 a 1990
 
Cruzeiro - De 1990 a 1993
	
Cruzeiro Real - De 1993 a 1994
Real – 1994
Monetização e Desmonetização da Economia 
Monetização: com a inflação baixa, as pessoas mantêm mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos financeiros (investimentos temporários). 
Desmonetização: com a inflação alta, as pessoas investem seu dinheiro em ativos financeiros e diminuem a quantidade de moeda “parada”, a fim de obter juros nas aplicações financeiras.
Criação e Destruição de Moeda
• aumento dos empréstimos ao setor privado: é criação de moeda, pois os bancos comerciais tiram-na de suas reservas e a emprestam ao setor público;
• resgate de um empréstimo no banco: é destruição de moeda, reduzem-se os meios de pagamento, já que saem do público e retornam ai caixa dos bancos;
• depositante retira depósito à vista e o coloca em depósito a prazo: destruição de moeda, pois os depósitos a prazo não são meios de pagamento, dado que não são de liquidez imediata, e rendem juros. Já com o saque de um cheque no banco não há nem criação nem destruição de meios de pagamento, pois simplesmente houve uma transferência de depósitos à vista para moeda em poder do público.
Demanda de moeda 
Enquanto meio de troca, a moeda começa a afetar o sistema econômico. Para realizar as trocas, para poder comprar, os indivíduos devem ter moeda. Neste sentido, porém, os indivíduos não demandariam, não reteriam moeda por ela mesma, mas pelos bens que ela pode adquirir. Esta é chamada de demanda de moeda por motivo transacional.
Teoria Quantitativa da Moeda: MV = PY
M = quantidade de moeda;
V = velocidade de circulação da moeda;
P = nível absoluto de preços;
Y = quantidade de produto (produto real)
A velocidade de circulação
Velocidade de circulação da moeda: número de transações liquida com a mesma unidade monetária, ou seja, é onúmero de "giros" que a moeda dá, gerando renda, num dado período. Sendo velocidade de circulação e o produto constantes a curto prazo, qualquer elevação na quantidade de moeda significativa assim elevação nos preços, isto é, quanto maior a quantidade de moeda na economia maior será o nível de preços.
A demanda de moeda para transações depende do padrão de gastos dos indivíduos e estes do nível de renda. Assim, quanto maior a renda, maior será a demanda de moeda para transações. Quando consideramos a moeda como reserva de valor, temos novos motivos para demandar moeda. Um primeiro motivo a ser considerado é a motiva precaução. Os indivíduos têm incerteza em relação ao futuro e guardam moeda para precaver-se dos infortúnios. Assim, a posse de moeda dá a seu detentor maior segurança diante das incertezas do futuro, pois tem liquidez absoluta. Este motivo é importante em momentos (ou países) com baixa inflação. O total de moeda que o individuo pode guardar para precaver-se do futuro está diretamente relacionado com sua renda.
Um terceiro motivo para demandar moeda é o motivo especulação. O indivíduo guarda moeda para esperar o melhor momento para adquirir títulos que permitam rendimento. Imagine o caso de um titulo de longo prazo com um rendimento anual fixo em reais (o que é chamado de perpetuidade).
Assim, o preço do titulo é definido pela seguinte fórmula:
Pt = R/t:
Pt = preço de titulo;
R = rendimento
T = taxa real de juros.
Suponha que na economia só existam estes dois ativo, a moeda e a perpetuidade, e que o estoque de riqueza seja fixo. Um aumento na taxa de juros significa a queda no preço dos títulos; logo, aumentará a demanda por estes. Como o estoque de riqueza é fixo, diminuirá a demanda por moeda; já uma queda na taxa de juros desembocará em movimento contrário. Percebe-se, portanto, que neste caso a demanda de moeda é inversamente relacionada à taxa de juros. A inflação corresponde à perca de poder aquisitivo da moeda, ou seja, um imposto que se paga pela retenção da moeda.
Em processos inflacionários, como no caso brasileiro, a primeira função que a moeda perde é a de ser reserva de valor, deixando de ser uma forma adequada de se guardar riqueza; a segunda que perde, com elevações na taxa de inflação, é a de unidade de conta, pois deixa de ser um parâmetro razoável de medida e, finalmente, em processo hiperinflacionários, perde inclusive a função de meio de troca.
A demanda por moeda depende tanto da renda (motivos transação e precaução) como da taxa de juros nominal (motivo especulação). É diretamente relacionada com a renda e inversamente relacionada com a taxa de juros. 
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros nominal. Quanto maior (menor) for a renda maior (menor) será a demanda por moeda. Quanto menor (maior) será a demanda por moeda.
A Economia Internacional
Política Cambial Internacional- Conjunto de ações e orientações do Estado destinadas a regular o funcionamento da economia através de alterações das taxas de câmbio e do controle das operações cambiais. É um instrumento de política de relações comerciais e financeiras entre um país e os demais países.
Podemos explicar como Política Cambial a tentativa das autoridades monetárias em controlar as entradas e saídas de moeda estrangeira de um país com o intuito de adequar a taxa de câmbio ao momento econômico da economia nacional.
Desta forma existem os chamados instrumentos de política cambial onde o BACEN adota medidas em conjunto a Política Monetária e Política Fiscal sempre que ocorre uma excessiva valorização ou desvalorização do Real perante o Dólar.
Estas medidas objetivam evitar uma grande volatilidade na taxa de câmbio uma vez que estas alterações repentinas prejudicam as pessoas físicas, pessoas jurídicas e governo devido as importações e exportações. Tudo isso sem falar da dívida nacional e de algumas empresas lastreadas em dólar. De certa forma é possível concluir que a política cambial busca amenizar a volatilidade da taxa de câmbio.
Uma das funções primordiais do BACEN é cumprir as metas de inflação determinadas pelo Conselho Monetário Nacional. Há um consenso onde se acredita que é de competência do BACEN controlar o câmbio uma vez que, vários dos produtos consumidos são importados e a taxa de câmbio elevada acaba influenciando a inflação. Porém no ano 2000 o Brasil passou a adotar o regime de política cambial Flutuante no modelo Dirty Float (onde a taxa de câmbio é livre, mas com interferência do BACEN apenas para evitar a forte volatilidade).
Politica Comercial Internacional
A geração de recursos aos países, por meio de taxas e impostos é muito influenciada pelo comércio interno. O mesmo se aplica ao comércio internacional, apenas mudando o fato gerador do imposto.
Nas transações de comércio internacional é comum que se eliminem os impostos internos de um país, ou seja, não se exportam impostos, mas, em contrapartida, cria-se o imposto alfandegário, significando que para uma mercadoria entrar no país ela será taxada de acordo com a política econômica do país que está importando.
O Livre Comércio é uma associação que possibilita a livre circulação de mercadorias com reduzidas taxas alfandegárias, resultado de acordo mútuo entre os países envolvidos, que supostamente beneficia as empresas localizadas nesses países. Ressaltando que o acordo de Livre Comércio não inclui a livre circulação de pessoas. 
Um exemplo de zona de livre-comércio é o NAFTA (North American Free Trade Agreement, ou "Acordo norte-americano de livre comércio"), que reúne Canadá, Estados Unidos e México.
Balanço de Pagamentos
Desde tempos remotos, as nações costumam realizar trocas com o exterior. No mundo moderno, com o volume imenso de compras, vendas, investimentos financeiros, faz-se necessário agrupar as transações econômicas de cada Estado, organizadas de acordo com suas respectivas categorias, reais e financeiras.
Estas atuações no cenário econômico, aliadas a fato geradores (comércio de mercadorias, prestações de serviços, transferências e movimentos de capital, apresentando-se como financiamentos e investimentos diretos) darão origem a saldos líquidos parciais, responsáveis por impactos os mais variados ante as condições internas de equilíbrio e crescimento. 
Surge então a necessidade de organizar tais transações em um levantamento de natureza contábil, que irá sistematizar todo o recebimento de riqueza por parte do agente econômico de um determinado país (famílias, empresas, governo) condicionado pelo fornecimento de produtos e fatores de produção a agentes econômicos no exterior. E ainda, tal levantamento irá sistematizar o pagamento realizado por suprimentos originários de outros países (importação). É a este tipo de aferição que é dado o nome de "balanço de pagamentos", ou seja, a sistematização da entrada e saída de riqueza em termos econômicos, da fronteira de determinado Estado.
Termo importante na Economia Internacional, balanço de pagamentos é o nome dado ao registro contábil de todas as transações econômicas e financeiras de um determinado país com seus similares no mundo todo. É composto por duas contas principais, que são:
Conta corrente ou transações correntes, que é composta pelo saldo da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais. É na conta corrente que são registrados as transferências de bens e serviços e as doações recebidas ou dadas sem existência de uma contrapartida. 
Conta capital ou financeira, que se destina a agrupar os investimentos diretos (tanto os de autoria de brasileiros no exterior como os de estrangeiros no Brasil), investimentos em carteira (são os investimentos feitos em ações, aplicações no mercado financeiro, e similares).
Quando o resultado de determinada conta é negativo, significa que houve maior saída de recursos naquela rubrica contábil em específico, sendo que resultados positivos acusam consequentemente, entrada maior de recursos.
Um resultado positivo do Balanço de Pagamentos equivale a um aumento das reservas internacionais,ou seja, um aumento dos dólares que entram em determinado país na forma de investimento direto, empréstimos, financiamentos e captações. Há a necessidade de se trocar estes dólares por reais nos bancos, para se fazer uso dos mesmos; os reais são injetados na economia e os dólares são retidos no Banco Central.
	
Uma simples estruturação do Balanço de Pagamentos pode ser apresentada assim :
BALANÇO DE PAGAMENTOS
1 - Transações Correntes
1.1 - Balança Comercial
1.1.1 - Exportações
1.1.2 - Importações
1.2 - Serviços e Rendas
1.2.1 - Fretes
1.2.2 - Viagens
1.2.3 - Seguros
1.2.4 - Financeiros
1.2.5 - Royalties e Licenças
1.2.6 - Alugueis
1.2.7 - Serviços Governamentais
1.2.8 - Outros Serviços
1.3 - Transferências Unilaterais
2 - Conta Capital e Financeira
2.1 - Investimento Direto
2.2 - Investimento em Carteira
3 - Erros e Omissões
4 - Resultado do Balanço de Pagamentos (1+2+3)
Organismos internacionais
Os organismos internacionais, além de serem vistos como instituições supranacionais, são considerados espaços de ampla disputa geopolítica e estratégica.
Entende-se por organizações ou organismos internacionais as instituições internacionais que agregam em si ações de vários países sob um objetivo ou bem comum. Elas atuam, desse modo, a partir de diversas causas ou missões, sendo essas abrangentes ou específicas, a exemplo da ONU (Organização das Nações Unidas), do FMI (Fundo Monetário Internacional) e várias outras.
Os organismos internacionais, de um modo geral, podem atuar em diversas frentes, tanto no campo econômico quanto no âmbito social, mas exercem um peso primordial no cerne das relações geopolíticas. Decisões, por exemplo, tomadas na esfera da ONU ou do Banco Mundial, para citar dois exemplos muito comuns, podem reverberar em conflitos ideológicos ou disputas de bastidores entre diferentes governos e Estados. Nesse sentido, as organizações internacionais são encaradas por muitos como centros estratégicos de disputa pelo poder.
A ONU é considerada por muitos como o principal organismo internacional da atualidade, sendo comumente chamada de “estatal mundial”. No entanto, embora essa entidade exerça uma grande influência no mundo, suas ações estão condicionadas aos termos empreendidos pelos seus países-membros, sobretudo aqueles que compõem o Conselho de Segurança, esfera máxima decisória da organização. Nesse conselho, existem apenas cinco países permanentes, os quais têm o poder de veto sobre qualquer decisão (Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia), além de dez temporários sem poder de veto.
O FMI, por sua vez, apesar de limitar suas ações no plano econômico, também possui um elevado peso político. O organismo opera por meio da concessão de crédito e empréstimos a países que sinalizam necessidade de ajuda econômica, exigindo em contrapartida uma série de medidas político-econômicas internas, geralmente relacionadas com corte de gastos, desregulação da economia e implantação de outras medidas liberais. O FMI foi criado em 1944, na Conferência de Bretton Woods, e conta atualmente com 187 países-membros.
Outra organização internacional de elevado peso político na esfera internacional é a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), criada durante a Guerra Fria como uma espécie de pacto entre os países da frente capitalista diante de um eventual ataque da frente socialista em seus territórios. Atualmente, essa organização bélica é utilizada como um instrumento militar e também um meio de pressão pelas grandes potências, com grande poder de intervenção sobre outros países, a exemplo das ações sobre o Iraque (2003), a Líbia (2011) e a Síria (2013).
A OMC (Organização Mundial do Comércio), por sua vez, atua no âmbito das relações de exportação e importação tanto entre países quanto entre blocos econômicos. Além de julgar recursos e apelações frente a atitudes que possam ser consideradas ilegais ou incorretas por parte dos países – como cartéis e outros –, a OMC objetiva a liberalização mundial do comércio internacional, com a diminuição ou eliminação das barreiras protecionistas e alfandegárias. As disputas no âmbito da OMC e as rodadas de deliberações são consideradas muito importantes e estratégicas geopoliticamente.
Além dessas, existem muitas outras organizações internacionais consideradas importantes e necessárias para uma série de questões. Nesse ínterim, cabe destaque para o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), a OEA (Organização dos Estados Americanos), a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento), a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre tantas outras entidades.
A Atual situação econômica do Brasil e suas perspectivas
A atual situação econômica do Brasil vem causando muita preocupação a toda parcela da população que depende do seu próprio trabalho para garantir seu sustento. Essa preocupação vem fazendo com que empresários adiem investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos incertos para iniciar seus projetos. 
Os números não deixam duvidas sobre a gravidade da situação econômica brasileira, muito embora o governo tente mascarar a crise com interpretações convenientes e a negação dos dados capitados peças diversas consultorias econômicas, instituições de classe e até mesmo das próprias agências e órgãos governamentais.
É claro que, como em toda situação de incerteza, principalmente em ano eleitoral, uma certa dose de pânico acaba se instalando. Esse também não é o caminho para a solução do problema, pois em momentos de histeria, decisões precipitadas podem também acabar destruindo o seu negócio. 
Os motivos que levaram a atual situação são muitos, mas alguns deles merecem um destaque especial. 
O primeiro é a total falta de investimento em infraestrutura, que tem levado o país a perder competitividade tanto no ambiente interno quanto externo. A explicação para esse caos esta na questão estratégica. 
O segundo grande motivo está na total falta de planejamento estratégico de longo prazo para nossa economia. O governo vem trabalhando com uma estratégia de reação aos fatos, uma verdadeira operação tapa buraco, onde medidas emergenciais são adotadas para tratarem problemas que seriam facilmente resolvidos se houvesse um planejamento macro. 
O terceiro e talvez mais grave problema é a submissão da politica econômica à politica partidária. Isso tem levado a uma desestruturação da máquina publica que vem prejudicando todos os setores da sociedade, como educação, saúde pública, segurança e economia. 
O quarto motivo é a falta de credibilidade. Com escândalos se acumulando e a impunidade gracejando, mesmo que estivesse bem intencionado o governo não teria credibilidade suficiente para contar com apoio dos diversos setores da economia nacional. Este é o problema que nos deixa temerosos em relação ao futuro.
Sem medidas duras e coordenadas, a situação tende a se agravar, e em meio a um quadro recessivo de maiores proporções, corremos inclusive o risco de consequências trágicas.
Uma retomada da economia brasileira dependerá exclusivamente do governo, pois segundo todas as análises, foi ele quem não fez seu papel em termos de fomento do desenvolvimento do país. Em resumo, não fez seu dever diário e muito menos o dever de casa. 	
Agora nos resta esperar. Caso a reforma seja votada e aprovada podemos ter a volta dos investidores, com alta da bolsa e queda dos juros futuros gerando, o que chamamos, de um rali no mercado nesse fim de ano. Caso não seja, voltaremos a ter mais volatilidade, que deve perdurar até a definição do cenário eleitoral.
REFERÊNCIAS:
https://www.significados.com.br/macroeconomia/
https://rampazzod.wordpress.com/2010/08/01/conceitos-de-macroeconomia/
http://www.economiabr.net/economia/1_macroeconomia.html
https://www.suapesquisa.com/economia/keynesianismo.htm
https://www.infoescola.com/economia/politica-fiscal/
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/politica-monetaria-demanda-por-moeda/64069/http://www.carlosescossia.com/2009/09/carlos-escossia-entende-se-por-politica.html . Acesso em 22/05/2011
http://consciencia-nan.blogspot.com/2009/02/o-que-e-politica-fiscal.html	
https://topinvest.com.br/politica-cambial/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/politica-comercial-internacional/43121
https://www.infoescola.com/economia/balanco-de-pagamentos/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/organismos-internacionais.htm
BARRO, R, GROSSMAN, H. (1971). A general disequilibrium model of income
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BENASSY, J. P. (1975). Neo-keynesian disequilibrium theory in monetary
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DAVIDSON, P. (1994). Post iceynesian macroeconomic theory. Aldershot,
UK: Edward Elgar.

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