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20/09/2016 1 ORÇAMENTO PÚBLICO ►É um instrumento que os governos utilizam para organizar os seus recursos financeiros; ►É uma lei constitucionalmente prevista que estima a receita e fixa a despesa para um exercício; ►É um instrumento utilizado pelos governos para demonstrar seus planos e programas de trabalho para um período de tempo. 3 O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento legal (aprovado por lei), contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo, em um determinado exercício (geralmente correspondente a um ano). CONCEITO 4 NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO O ordenamento jurídico brasileiro trata o orçamento como lei, prevista no art. 165 da CF/88. Não obstante todas as divergências existentes na doutrina, atualmente é posição dominante, diversas vezes reiteradas pelo STF, considerar o orçamento como uma lei formal. Dessa forma, a lei orçamentária integra o conjunto de leis no país. Objetivos do Orçamento Público 3. Planejamento (implementação de plano de médio prazo); 2. Gestão de recursos (ações, produtos e metas) 1. Controle de gastos (evitar abusos) 4. Administração macroeconômica (distribuição de renda e crescimento econômico) 6 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS Evolução do Orçamento Público As Espécies de Orçamento: Orçamento Clássico ou Tradicional Orçamento de Desempenho ou de Realizações Orçamento-Programa 20/09/2016 2 7 ORÇAMENTO-PROGRAMA É a técnica orçamentária vinculada ao planejamento econômico e social que surgiu como necessidade de levar à prática, com programas anuais, os planos governamentais de desenvolvimento a longo prazo. No Brasil foi introduzido por intermédio da Lei nº 4.320/64 e do Decreto-Lei nº 200/67. Orçamento-Programa CONCEITO Plano de Trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos necessários a sua execução. ORÇAMENTO PROGRAMA Conjunto de critérios, de ação e de decisão que deve disciplinar e orientar os diversos aspectos envolvidos no Processo de Planejamento. Resultados que se pretende alcançar. Especificação e quantificação física dos objetivos estabelecidos. Ações que resultem em serviços prestados à comunidade passíveis de quantificação. 10 Conceitos Associados à Estrutura Programática 11 Dificuldade na obtenção de peças de reposição 12 20/09/2016 3 13 � Cada programa identifica as AÇÕES necessárias para atingir os seus OBJETIVOS, sob forma de PROJETOS, ATIVIDADES e OPERAÇÕES ESPECIAIS, especificando os respectivos VALORES e METAS. Programa Ações Projetos Atividades Operações Especiais Valores Metas O que é programa? Tesouro Nacional - CFC S1 Programa Instrumento de ação governamental Articula iniciativas públicas e privadas Visam à solução de problema ou demanda da sociedade Mensurado por indicadores, metas e custos estabelecidos no PPA Programa Tesouro Nacional - CFC Ações Contribuem para atender ao objetivo de um programa Operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) Operações Especiais Projetos Atividades Ações Projeto É limitado no tempo Resulta em produto que aperfeiçoa ou expande ação do governo Geralmente dá origem a atividades ou expande/aperfeiçoa as existentes Projeto Atividade Resulta em produto necessário à manutenção de ação do governo É permanente e contínua no tempo Visa à manutenção dos serviços públicos ou administrativos já existentes Atividade Slide 14 S1 Toda a ação do governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos do PPA. TODOS OS ENTES devem ter essa classificação, mas cada um com sua estrutura própria (Port. MPOG 42/99) STN; 17/03/2010 20/09/2016 4 Operações Especiais Não resulta em um produto Não contribuem para a manutenção das ações de governo operações de financiamento amortizações e encargos pagamento de sentenças judiciais Não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços Representam, basicamente, o detalhamento da função “Encargos Especiais” indenizações Operação Especial 20 DIRETRIZ: Inclusão Social e Redução das Desigualdades Sociais. OBJETIVO: Erradicar a fome e promover a segurança alimentar e nutricional. PROGRAMA: Acesso à Alimentação: R$ 3.170.000.000,00 Ação1: Construção de Cisterna para Armazenamento de Água Produto: cisterna construída Meta: 165.000 unidades (em quatro anos) Valor estimado: R$ 1.070.000.000,00 Exemplo do PPA 2008-2011 do Governo Federal: 21 Ação nº.......(tantas ações quanto forem necessárias) para realização do Programa). Ação2: Apoio à Instalação de Restaurantes e Cozinhas Populares Produto: Equipamento Instalado Meta: 220 unidades (em quatro anos) Valor estimado: R$ 160.000.000,00 Ação3: Apoio à Implantação de Bancos de Alimentos e Mercados Públicos Produto: Equipamento Instalado Meta: 85 unidades (em quatro anos) Valor estimado: R$ 23.000.000,00 22 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS O Orçamento Público surgiu para atuar como instrumento de controle das atividades financeiras do governo. Entretanto, para real eficácia desse controle, faz-se mister que a constituição orgânica do orçamento se vincule a determinadas regras ou princípios orçamentários. 23 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Um Conceito: É um conjunto de proposições orientadoras que balizam os processos e as práticas orçamentária, com vistas a dar-lhe estabilidade e consistência, sobretudo ao que se refere a sua transparência e ao controle pelo Poder Legislativo e demais instituições da sociedades. São regras fundamentais que funcionam como norteadoras da prática orçamentária � Unidade/Totalidade Princípios orçamentários � Universalidade � Anualidade/Periodicidade � Exclusividade � Equilíbrio � Legalidade � Publicidade � Especificação/Especialização � Não-afetação de receitas S2 Slide 24 S2 Definidos pela doutrina, CF88 e Lei 4.320. STN; 18/03/2010 20/09/2016 5 Princípio Orçamentário da Unidade/Totalidade Constituição Federal, art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I – o orçamento fiscal II – o orçamento de investimento das empresas III – o orçamento da seguridade social Princípios orçamentários Lei 4.320/64, Art. 2°: A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade. S3 S4 Princípio Orçamentário da Universalidade Lei 4.320/64 : Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°. Relação com o Princípio do Orçamento Bruto Lei 4.320/64: Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Princípios orçamentários S5 S6 Princípio Orçamentário da Anualidade/Periodicidade Lei 4.320/64 : Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil. Princípio Orçamentário da Exclusividade Constituição Federal, art 165: § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operaçõesde crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. Constituição Federal, art 167: § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. Princípios orçamentários S7 S8 S9 Princípio Orçamentário do Equilíbrio Princípio Orçamentário da Legalidade Constituição Federal: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. Constituição Federal (Regra de Ouro): Art. 167 É vedado: III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; Princípios orçamentários S10 S11 Princípio Orçamentário da Publicidade Princípio Orçamentário Especificação / Especialização Lei 4.320/64: Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único. Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos. § 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução dos seus fins. Constituição Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência ... Princípios orçamentários S12 S13 Princípio Orçamentário da Não-Afetação de Receitas de Impostos Constituição Federal, art. 167 IV: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Ressalvas: �FPM, FPE e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste. �Recursos para áreas da saúde e educação. �Garantias a ARO. �Prestação de garantia ou contragarantia à União para pagamento de débitos para com esta. Princípios orçamentários S14 Slide 25 S3 Os dois princípios combinados tornam o controle parlamentar mais eficaz. Os 3 orçamentos acima consolidados em um só documento pode ser relacionado com o princípio da totalidade, evolução do conceito tradicional de princípio da unidade. Princípio exigido desde a lei 4.320, porém até a década de 80 havia o problema de coexistência de 3 orçamentos: fiscal, monetário e das estatais. Os dois últimos não passavam pelo Congresso. A CF 88 fortaleceu esse princípio. STN; 09/03/2010 S4 O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária deve ser uma peça só e o texto constitucional o consagra ao dispor que a lei orçamentária anual compreenderá o orçcamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade socia. Quando a constituição trouxe a idéia de "três orçamentos", surgiu a totalidade como uma atualização da unidade. Conforme Giacomoni, pela totalidade é possível a coexistência de orçamentos variados, desde que estejam consolidados numa peça. STN; 20/01/2012 Slide 26 S5 Para instigar a turma, perguntar se existe alguma receita que não entre no orçamento. Ex: Pagamento de dívida ativa em bens (dação em pagamento). Para alguns entes, isso não é receita orçamentária. STN; 09/03/2010 S6 De Acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas devem estar na LOA pelos valores brutos, vedado deduções STN; 20/01/2012 Slide 27 S7 Para instigar a turma, qual a principal consequência desse princípio Resposta: Surgimento dos Restos a Pagar Relacionar esse princípio com o art 27 do Decreto Federal 93.872, que diz que as despesas de contratos plurianuais serão empenhadas em cada ano na parcela em que forem executadas STN; 09/03/2010 S8 Explicar que, devido à celeridade do processo legislativo na LOA, essa já foi usada como meio de aprovação de matérias que nada tinham a ver com questões financeiras. Isso ocorreu principalmente na Primeira República. Giacomoni explica que o processo de ação de desquite já foi tratado em LOA. A doutrina chamava essas matérias estranhas de caudas orçamentárias. STN; 09/03/2010 S9 O princípio da periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do orçamento público pelo poder legislativo, obrigado o poder executivo a solicitar anualmente autorização para arrecadar receitas e executar despesas públicas. STN; 20/01/2012 Slide 28 S10 Segue o mesmo princípio da legalidade imposto à Administração Pública, no art. 37 da CF88, pelo qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente o que a lei mandar. STN; 09/03/2010 S11 A CF88 não traz o princípio do equilíbrio de forma explícita, mas tenta enfrentar o déficit corrente, com a Regra de Ouro. Slide 28 (Continuado) As operações de crédito já são um déficit orçamentário embutido. A LRF também traz regras para controlar o endividamento, especialmente nos arts. 34 a 37. O equilíbrio deve ser observado em nível de ente da federação e não por órgão. Por isso que o balanço orçamentário de um órgão pode se apresentar desequilibrado. A reserva do RPPS serve para "dar uma cara" de equilíbrio para uma situação de natural desequilíbrio. Se o RPPS só arrecadar receita e não tiver benefícios a pagar, o orçamento fica desequilibrado, daí o surgimento dessa natureza de despesa. STN; 09/03/2010 Slide 29 S12 Tem relação com esse artigo. A publicidade é pressuposto para a eficácia do orçamento. STN; 09/03/2010 S13 Caso alguém lembre em sala, a Lei 4.320, no art. 20, § único, fala dos programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital. A Reserva de Contingência, com percentual estipulado na LDO, não é uma exceção, pois para se utilizar a reserva, é preciso anulá-la para executar em outro elemento. STN; 09/03/2010 Slide 30 S14 Na prática, grande parte do orçamento é vinculada. Uma tentativa de melhorar a situação, foi a criação da Desvinculação de Receitas da União- DRU, prevista para até 2011. Desvincula 20% dos impostos, contribuições sociais e CIDEs. STN; 09/03/2010 20/09/2016 6 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO Também conhecido como Ciclo Orçamentário, é um processo de caráter contínuo e simultâneo, através do qual se ELABORA, APROVA, EXECUTA, CONTROLA e AVALIA a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. 32 CICLO ORÇAMENTÁRIO CORRESPONDE AO PERÍODO DE TEMPO EM QUE SE PROCESSAM AS ATIVIDADES TÍPICAS DO ORÇAMENTO PÚBLICO, DESDE SUA CONCEPÇÃO ATÉ A APRECIAÇÃO FINAL. 33 Elaboração da Proposta Orçamentária Discussão, Votação e Aprovação da Lei Orçamentária Controle e Avaliação da Execução Orçamentária Execução Orçamentária e Financeira ETAPAS DO CICLO ORÇAMENTÁRIO 34 ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 1ª FASE Poder Executivo • Estimativa de receita • Tomada de decisão • Fixação de metas • Definição de custos 35 ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 2ª FASE Poder Legislativo • Tramitação da proposta de orçamento no Legislativo • Revisão das estimativas de receitas • Reavaliação das alternativas • Programas de Trabalho modificados através de emendas • Parâmetros de execução são estabelecidos 36 ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 3ª FASE Poder ExecutivoOs Ministérios ou órgãos executam os programas de governo contemplados na Lei Orçamentária, mediante uma série de decisões e atividades financeiras que possibilitam atingir as metas e objetivos explicitados no Orçamento-Programa anual que deverá estar em harmonia com o Plano Plurianual ( PPA ) do Governo. 20/09/2016 7 37 ETAPAS DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 4ª FASE Poder Legislativo • Comparação dos resultados obtidos e efeitos produzidos • Comparação dos resultados e efeitos obtidos com os objetivos e metas programadas • Realimentação do processo de planejamento 38 CICLO ORÇAMENTÁRIO ≠ EXERCÍCIO FINANCEIRO Período durante o qual se executa o Orçamento Corresponde a uma das fases do Ciclo Orçamentário 39 EXERCÍCIO FINANCEIRO É o período de tempo no qual são executadas as operações de ordem financeira, compreendendo todas as operações relativas às receitas e despesas autorizadas pela Lei Orçamentária ou leis sucessivas dentro do respectivo ano financeiro, assim como todas as variações que se verificam no patrimônio de Estado, em decorrência da execução dos orçamentos. 40 PERTENCE AO EXERCÍCIO FINANCEIRO • As receitas nele arrecadadas Regime de Caixa •••• As despesas nele legalmente Regime de Competência empenhadas (Art. 35 - Lei n.º 4.320/64) ANO FINANCEIRO Compreende um período de 12 meses, no decurso do qual são realizadas as operações de ordem financeira. Exercício Ano Art. 34 Financeiro ≡ Civil Lei n.º 4.320/64 41 MECANISMOS RETIFICADORES DO ORÇAMENTO O orçamento é produto de um processo de planejamento que incorpora as intenções e as prioridades da coletividade. Entretanto, é possível que durante a execução do orçamento ocorram situações, fatos novos ou mesmo problemas não previstos na fase de elaboração. Há que se criar mecanismos que venham a corrigir estas falhas de previsão e retifiquem o orçamento. Estes mecanismos são denominados de Créditos Adicionais. 42 CRÉDITOS ADICIONAIS São as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual e classificam-se em: Suplementares Especiais Extraordinários Art. 41 da Lei nº 4.320/64 20/09/2016 8 SUPLEMENTARES: DESTINADOS A REFORÇO DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ESPECIAIS: DESTINADOS A DESPESAS PARA AS QUAIS NÃO HAJA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ESPECÍFICA EXTRAORDINÁRIOS: DESTINADOS A DESPESAS URGENTES E IMPREVISTAS, EM CASO DE GUERRA, COMOÇÃO INTERNA OU CALAMIDADE PÚBLICA. CRÉDITOS ADICIONAIS CRÉDITOS ADICIONAIS - Características - Lei 4320/64 - Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei, abertos por decreto executivo e dependem de recursos disponíveis. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto executivo, com imediata comunicação ao Poder Legislativo. Os créditos suplementares vigoram no exercício financeiro em que forem abertos. Os especiais e extraordinários podem ser prorrogados. CRÉDITOS ADICIONAIS Constituição Federal - art.167 e LDO É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem autorização legislativa e sem recursos correspondentes. A autorização para abertura de crédito suplementar poderá estar contida na própria lei de orçamento, até certo valor. Os créditos extraordinários somente serão abertos para atender despesas imprevisíveis e urgentes, por meio de medida provisória. Os créditos especiais e extraordinários poderão ser prorrogados e incorporados ao orçamento do ano seguinte, caso tenham sido autorizados nos últimos quatro meses do ano. Segundo a LDO, os créditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacional serão considerados automaticamente abertos com a sanção e publicação da lei. CRÉDITOS ADICIONAIS - FONTES DE RECURSOS - • SUPERÁVIT FINANCEIRO (Lei 4.320/64) • EXCESSO DE ARRECADAÇÃO (Lei 4.320/64) • ANULAÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA OU CRÉDITOS ADICIONAIS (Lei 4.320/64) • OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Lei 4.320/64) • RESERVA DE CONTINGÊNCIA (Decreto-lei 200/67 e LDO) •RECURSOS SEM DESPESAS CRÉDITOS ADICIONAIS - FONTES DE RECURSOS - ANULAÇÃO DE DOTAÇÃO: Cancelamento parcial ou total de dotações aprovadas na lei de orçamento ou nas leis de créditos adicionais. Provoca a redução dos montantes autorizados para execução da despesa, liberando recursos financeiros estimados para outras despesas. Consiste em reduzir despesa e não em criação de fonte de receita. CRÉDITOS ADICIONAIS - FONTES DE RECURSOS - RESERVA DE CONTINGÊNCIA: Funciona como a anulação de dotação Consiste em reduzir uma dotação global não destinada especificamente a uma unidade orçamentária ou despesa, existente na lei de orçamento anual, cuja finalidade é exatamente financiar contingências. 20/09/2016 9 CRÉDITOS ADICIONAIS - FONTES DE RECURSOS - OPERAÇÕES DE CRÉDITO: Consiste em autorização para realização de empréstimos, de financiamentos, bem como a emissão de títulos do tesouro. Forma de captação de recursos financeiros a serem utilizados no atendimento de desequilíbrio orçamentário e realização de obras e serviços públicos. Provoca o crescimento da dívida pública. CRÉDITOS ADICIONAIS - EXCESSO DE ARRECADAÇÃO - SALDO POSITIVO DAS DIFERENÇAS ACUMULADAS MÊS A MÊS, ENTRE A ARRECADAÇÃO PREVISTA E A REALIZADA, CONSIDERANDO-SE A TENDÊNCIA DO EXERCÍCIO. DEVEM SER DEDUZIDOS OS CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS ABERTOS NO EXERCÍCIO, A FIM DE SE ENCONTRAR O MONTANTE DOS RECURSOS UTILIZÁVEIS A ESSE TÍTULO. CRÉDITOS ADICIONAIS - EXCESSO/INSUFICIÊNCIA DE ARRECADAÇÃO - EA = RA > RP e IA = RA < RP EA: excesso de arrecadação IA: insuficiência de arrecadação RA: montante da receita arrecadada até o mês RP: montante da receita prevista até o mês Do excesso de arrecadação deve-se reduzir o montante dos créditos extraordinários abertos (CEA) no ano, então: Recursos Utilizáveis = EA - CEA CRÉDITOS ADICIONAIS - SUPERÁVIT FINANCEIRO - DIFERENÇA POSITIVA ENTRE O ATIVO FINANCEIRO E O PASSIVO FINANCEIRO, APURADA NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ANO ANTERIOR. SF = AF > PF SE, NO BP DE 2002, CONSTA ATIVO FINANCEIRO 1.000 E PASSIVO FINANCEIRO 800, ENTÃO O SUPERÁVIT FINANCEIRO PARA 2003 É: SF = 1.000 - 800 = 200 CRÉDITOS ADICIONAIS - SUPERÁVIT FINANCEIRO - DEVEM SER CONJUGADOS OS SALDOS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS TRANSFERIDOS E AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO A ELES VINCULADAS, A FIM DE ENCONTRAR O MONTANTE DOS RECURSOS DISPONÍVEIS À CONTA DE SUPERÁVIT FINANCEIRO. CRÉDITOS ADICIONAIS RD = SF - CT + OC RD: recursos disponíveis à conta de superávit financeiro SF: superávit financeiro (AF menos PF) CT: saldo de créditos adicionais transferidos OC: saldo de operações de crédito (empréstimos) vinculadas aos créditos transferidos 20/09/2016 10 CRÉDITOS ADICIONAIS - QUADRO RESUMO - Características Crédito suplementar Crédito especial Crédito extraordinário Autorização Projeto de Lei Não requer projeto de lei(Medida Provisória) Abertura Decretos do Poder Executivo (*) Vigência Exercício financeiro Exercício financeiro. Se autorizado nos últimos quatro meses, pode ser reaberto no ano subseqüente pelo limite do saldo. Finalidade Reforço de dotação Novas despesas Guerra, Comoção Interna eCalamidade Pública Recursos Disponíveis Requer indicação de recursos disponíveis para abertura Pode dispensar a indicação de recursos OBS: (*) Atualmente, na área federal, a LDO considera um crédito adicional aberto com a sanção e publicação da lei aprovada pelo Congresso Nacional. Portanto, nesses casos não há decreto presidencial de abertura do crédito adicional. 56 Exercício Um determinado ente da Federação pretende solicitar abertura de um crédito especial.Para tanto, verificou-se o seguinte: • de uma receita prevista, até o mês, de $ 120, já tinha sido arrecadados $ 170, mas estimou-se que, no restante do exercício, deixariam de ser arrecadados $ 10; • já havia sido aberto um crédito extraordinário de $ 5; • o balanço patrimonial do exercício anterior apresenta $ 20 como superávit financeiro; • está sendo reaberto um crédito especial de $ 15, autorizado em setembro do exercício anterior; • obteve-se um empréstimo de $ 25 para fazer face às novas despesas; • $ 15, em dotações não mais utilizáveis, serão anulados. Calcule o valor que estará disponível para a abertura do crédito especial 57 Solução Excesso de arrecadação: 170 (arrec.) – 120 (prev.)............. 50 Tendência do exercício..................... (10) 40 Crédito Extraordinário aberto............. ( 5) 35 Superávit Financeiro BP .................... 20 Reabertura Crédito Especial ............ (15) 40 Operações de Crédito obtido............. 25 Anulação parcial de dotação.............. 15 Recurso disponível para abertura.............. 80
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