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Analise de Transitório de um Transformador Trifásico. Professor: Teresa Cristina Bessa Nogueira Assunção Aluno: Bruno de Paula O. Paiva Matrícula: 110950010 São João Del Rei, 06 de Setembro de 2013. Universidade Federal de São João del Rei 1. INTRODUÇÃO O transformador, representado esquematicamente na Figura 1.1, é um aparelho estático que transporta energia elétrica, por indução eletromagnética, do primário (entrada) para o secundário (saída). Os valores da tensão e da corrente são alterados, porém, a potência, no caso do transformador ideal, e a frequência se mantêm inalterados. Figura 1 – Representação esquemática de um transformador. O funcionamento dos transformadores é baseado no princípio da indução eletromagnética, descoberta pelo físico inglês Michael Faraday, em 1831: “Quando a corrente de uma bobina varia, seu campo magnético induz uma força eletromotriz (f.e.m.) numa bobina vizinha.” Quando nós fazemos o estudo do transitório de transformadores se deve levar em consideração basicamente dois parâmetros: a corrente transitória de magnetização (ou corrente de inrush) e a corrente de falta (ou corrente de curto-circuito). A corrente de inrush surgi no momento em que o transformador é acionado, ou seja, é a corrente de magnetização que aparece na partida do equipamento. Já a segunda corrente acontece na ocasião onde a existência de um curto-circuito na rede. Este tipo de corrente surgi quando o nosso transformador em regime permanente tem o seu secundário curto circuitado. O fato principal que nos leva a considerar este dois fenômenos está associado a grandiosa magnitude desta correntes, pois temos que a as mesma podem chegar a valores de 10 a 20 vezes o valor nominal. Nesse presente trabalho nós iremos simular por meio do Simulink as características associadas para o surgimento dessas duas correntes. Adotando parâmetros reais de um transformador para o nosso modelo e as diversas situações possíveis para os valores de tensão e fluxo. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 - CORRENTE DE MAGNETIZAÇÃO OU INRUSH. Quando se liga um transformador nota-se um fenômeno físico onde a corrente inicial é, relativamente, maior que a corrente a vazio e, até mesmo, que a corrente nominal do transformador, tal fenômeno é conhecido como corrente transitória de magnetização (inrush current). Neste último caso, pode-se ter uma falsa impressão que pode estar ocorrendo um falta ou curto-circuito no transformador. Considerando-se todo o problema e observando-se as características do transformador, a explanação correta da corrente transitória de magnetização (inrush current) torna- se clara. Tal fenômeno físico ocorre devido ao aumento do fluxo magnético, que pode chegar ao dobro do fluxo magnético em regime permanente. Este aumento depende da fase em que a tensão está quando ocorre o fechamento da chave que conecta a fonte de tensão e o transformador, e também da polaridade e magnitude do magnetismo residual. Existem seis situações possíveis: Energização com tensão em 0 Volt e sem magnetismo residual; Energização com tensão em 0 Volt e máximo magnetismo residual com polaridade oposta ao fluxo normal; Energização com tensão em 0 Volt e máximo magnetismo residual com mesma polaridade do fluxo normal; Energização com máxima tensão e sem magnetismo residual; Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com polaridade oposta ao fluxo normal; Energização com máxima tensão e máximo magnetismo residual com mesma polaridade do fluxo normal. 3. SIMULAÇÕES 3.1 – TRANSFORMADOR UTILIZADO: O transformador utilizado apresenta as seguintes características nominais: Potência: 250 MVA. Tensões: 13,8KV/220 V. Frequência: 60 Hz. Figura 3 – Montagem feita no Simulink para se obter as correntes de falta e magnetização. 3.2 – GRÁFICOS OBTIDOS ATRAVÉS DAS SIMULAÇÕES. 1° Caso – Ligação Δ- Δ. Figura 4 – Gráfico da corrente de magnetização para ligação Δ- Δ. Figura 5 – Gráfico da corrente de excitação para ligação Δ- Δ. Figura 6 – Gráfico da tensão para ligação Δ- Δ. 2° Caso – Ligação Δ- Y. Figura 7 – Gráfico da corrente de magnetização para ligação Δ- Y. Figura 8 – Gráfico da corrente de excitação para ligação Δ- Y. Figura 9 – Gráfico da tensão para ligação Δ- Y. 3° Caso – Ligação Y - Y. Figura 10 – Gráfico da corrente de magnetização para ligação Y- Y. Figura 11 – Gráfico da corrente de excitação para ligação Y- Y. Figura 12 – Gráfico da tensão para ligação Y- Y. 4° Caso – Ligação Y - Δ. Figura 13 – Gráfico da corrente de magnetização para ligação Y- Δ. Figura 14 – Gráfico da corrente de excitação para ligação Y- Δ. Figura 15 – Gráfico da tensão para ligação Y- Δ. 4 – CONCLUSÃO Após analise dos resultados das simulações para as possíveis ligações de um transformador trifásico, conclui-se que o transitório da corrente de excitação depende muito do instante em que realizamos o fechamento da chave. Logo devido ao fechamento da chave e a defasagem de 120° entre as fases teremos que as correntes de excitação apresentarão amplitudes diferentes, devido a estes fatores teremos as correntes de INRUSH com amplitudes diferentes que dependem do valor instantâneo da tensão e fluxo. 5 - REFERÊNCIAS - JORDÃO, Rubens Guedes. Transformadores. Edgard Blucher Ltda, São Paulo, 2002. - P.C.Sen. – Eletric Machines e Power Eletronics, Capítulo 9: Transient e Dynamics, 2° Edição. - Análise do Fenômeno de Inrush em transformadores monofásicos: simulador Saber versus resultados experimentais – Arnulfo Barroso de Vasconcellos, Herivelto S. Bronzeado, José Carlos de Oliveira e Roberto Apolônio. - Dissertação: Estudo dos Efeitos da Corrente de Magnetização (Inrush) de um Transformador sobre um gerador síncrono – Hugleydson Thom Proescholdt. - Notas de aula disponibilizadas por meio do Portal Didático da UFSJ: Disciplina de Transformadores Elétricos (acessado em 1 de Setembro de 2013).
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