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Dermatoglifia no Esporte

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O desenho mais simples é o arco e os mais complicados são verticilo, S-desenho.
 Arco (A) Presilha (L) Verticílo (W)
FIGURA 01: TIPOS DE DESENHOS DIGITAIS
1) Desenho digital – é formado por um conjunto de cristas e sulcos que se encontram na polpa digital (Arco, Presilha e Verticilo);
2) Impressão Digital – é a reprodução impressa do desenho digital em qualquer superfície que receba impressões digitais. É formada por linhas brancas, deltas, pontos característicos e poros;
3) Delta 10 – é o índice deltico e esta relacionado a coordenação neuromotora. O ângulo ou triângulo formado pelas cristas papilares, formado pela bifurcação de uma linha simples ou brusca divergência de duas linhas paralelas.
4) SQTL – somatória total de linha e tem relação com a coordenação de endurance. Estas linhas são contadas do Delta até o núcleo da impressão digital.
FIGURA 02: Figura dos deltas
O delta desempenha papel importante, pois determina o tipo de impressão digital de acordo com quatro características:
1- Ausência de deltas (A);
2- Presença de delta (L);
3- Presença de dois deltas, sendo um à direita e outro à esquerda do observador (W).
Aplicação no Esporte
A evolução do esporte faz com que a interdisciplinaridade ocorra no seu mais alto grau. A especificidade da competição e o aprimoramento do treinamento fazem com que uma pequena informação seja decisiva para se estabelecer quem foi o vencedor e quem foi o perdedor. O mundo inteiro está se rendendo à genética, apesar de não ter seus princípios ainda bem definidos. Melhor do que trabalhar na intuição, no ensaio e no erro é utilizarmos informações referentes aos pais. Com certeza seu atleta possui alguma coisa deles que faz com que as informações sejam bem relevantes.
	É provável que atletas de elite sejam aqueles que: iniciam com níveis superiores as características fenotípicas necessárias para o sucesso em determinado esporte; respondam melhor ao treinamento destas características; e controlem melhor as táticas e técnicas necessárias. O emprego correto do conhecimento antecipado das possibilidades e tendências genéticas somado à contribuição do ambiente propício ao treinamento, pode contribuir, embora não de maneira única, para a determinação do talento e também para o seu desenvolviment.
Resultados esportivos importantes só serão obtidos, caso o conjunto das qualidades físicas específicas a modalidade questão, sejam associadas à sua predisposição genética. A presença das capacidades e inclinações genéticas é indispensável para o domínio do alto rendimento desportivo, que é o resultado das interações entre os fatores hereditários e o meio ambiente, influenciando a constituição fenotípica do indivíduo, contribuindo para o sucesso em modalidades desportivas. As modalidades esportivas devido as suas variáveis motoras e funcionais exigem dos atletas um desempenho acima da média da população, o que dificulta a projeção de um sujeito que não atenda às exigências da modalidade com um mínimo de desvio do seu padrão na obtenção de sucesso desportivo em nível mundial e/ou olímpico. Portanto um atleta para atingir o alto rendimento deve atender a todas as exigências da modalidade desportiva, destacando-se da maioria populacional, pois é consenso que predisposições não podem ser criadas, são inatas aos indivíduos.
O objetivo da dermatoglifia, como um processo pedagógico para seleção nos esportes, é identificar o potencial genético de um indivíduo. O conhecimento prévio do genótipo, aliado às ações fenotípicas constituem fatores determinantes não só para a determinação do talento, mas para o seu desenvolvimento. O método dermatoglífico consiste em valioso instrumento na avaliação das estratégias de detecção de talentos não só no Brasil, mas como em qualquer país do mundo, pois considera significativa a interligação entre as impressões digitais e as modalidades esportivas 3, 15, 24.
As características de imutabilidade, inalterabilidade e imitabilidade da dermatoglifia contribuíram significantemente com a sua aplicação em diversas áreas de Medicina Legal, Criminalística, Antropológica e atualmente na área desportiva, sendo alvo de estudo de inúmeros pesquisadores em diferentes amostras e populações (tabela 04 e 05).
TABELA 04: Resumo das características dermatoglíficas de atletas de modalidades coletivas.
	Ano
	Modalidade
	A+
	L+
	W+
	D10*
	SQTL*
	1996
	Basquete Sel bras
	2%
	60%
	38%
	13,60
	136,71
	1996
	Voleibol sel bras
	1%
	53%
	46%
	14,54
	133,79
	2002
	Voleibol sel bras
	1%
	65%
	34%
	13,40
	125,60
	2003
	Handebol
	2%
	70%
	28%
	12,60
	94,60
	2001
	Futsal
	0%
	65%
	35%
	13,50
	147,40
	2004
	Futsal
	0%
	46%
	54%
	15,30
	142,10
	2004
	Voleibol Sel Bras
	3%
	58%
	38%
	13,50
	132,08
	2006
	Futebol de areia seleção
	0%
	50%
	50%
	15,00
	146,00
+ = valores percentuais; * = valores médios;
TABELA 05: Resumo das características dermatoglíficas de atletas de modalidades individuais.
	Ano
	Modalidade
	A+
	L+
	W+
	D10*
	SQTL*
	1996
	Boxe
	0%
	46%
	54%
	15,40
	143,40
	1996
	Karatê
	0%
	46%
	54%
	15,43
	159,71
	2003
	Karatê
	0%
	46%
	54%
	15,40
	159,70
	2003
	Nat vel masc
	2%
	75%
	23%
	12,10
	106,70
	2004
	Esgrima masc
	2%
	40%
	58%
	15,70
	155,80
	2004
	Judo inf
	1%
	78%
	21%
	12,10
	118,60
	2004
	Judo inf dv
	0%
	78%
	24%
	12,40
	121,20
	2004
	Judo DV masc
	0%
	76%
	24%
	12,40
	121,20
	2004
	Nat fund
	0%
	43%
	56%
	15,70
	153,83
	2005
	Judo DV AR(masculinos cegos)
	1%
	67%
	32%
	13,10
	111,10
	2006
	Judo DV AR (feminino cegos)
	1%
	72%
	27%
	12,50
	114,10
A tabela 06 mostra os níveis de qualificação para esportes cíclicos (como natação, ciclismo, corridas e remo). Quanto maior a classe maior rendimento
	Classe
	Impressões Digitais
	Somático - funcional
	
	D10
	SQTL
	Mínimo
	Máximo
	I
	5,5
	26,5
	Estatura Força (absoluta)
Resistência Coordenação
	
Força (relativa)
	II
	9,0
	47,7
	Coordenação
	Força
	III
	11,6
	126,4
	Força (relativa)
	Estatura
Força (absoluta)
	IV
	13,1
	134,2
	Estatura
Força (absoluta)
	Resistência
Coordenação
	V
	17,5
	162,8
	Força (relativa)
	Coordenação
Fonte: 3, 15 
A tabela 07 mostra os níveis de qualificação para esportes acíclicos (como Futebol, futsal, basquete, futebol de areia, handebol entre outros. Quanto maior a classe maior rendimento. 
	Classe
	Impressões Digitais
	Somático - funcional
	
	D10
	SQTL
	Mínimo
	Máximo
	I
	6,0
	22,0
	Coordenação
Resistência de velocidade Agilidade e Resistência
	Força
	II
	9,1
	86,2
	Coordenação
Resistência de velocidade Resistência
	Velocidade 
Força
	III
	11,1
	119,1
	Coordenação
Resistência
	Velocidade
Força explosiva
	IV
	14,1
	139,6
	Velocidade
Força
	Coordenação
Resistência de velocidade Agilidade
	V
	16,1
	150,1
	Força
	Coordenação
Resistência de velocidade
Agilidade
Fonte: 22
No alto rendimento existe uma tendência ao desaparecimento do arco e aumento dos desenhos do tipo W (verticílo) e L Presilha, comportamento que é mais acentuado conforme se acentua a alta qualificação, observado na literatura em ���1, 2, 4-14, 16-21, 23 ADDIN EN.CITE .
1.	Abramova TF, Magaj IA, Martirosov EG, et al. (Mise en oeuvre des facteurs de la vitesse d'adaptation dans l'entrainement sportif). Teorija i praktika fiziceskoj kultury URSS 1991, n 6, pp 31-38, 8 p 11 ref. 1991.
2.	Abramova TF, Nikitina TM, Ozolin NN. De l'utilisation des dermatoglyphes digitaux dans la selection des sportifs. Teorija i praktika fiziceskoj kultury RUS 1995, n 3, pp 10-15, 6p, ill 16 ref. 1995.
3.	ABRAMOVA TF, NIKITINA TM, OZOLIN NN. Possibilidades de utilização das Impressões Dermatoglíficas na seleção desportiva. Teoria e prática da Cultura Física. 1995(3):10-15.
4.	AbramovaTV, Tsar'kov VM, Cheednovskya SM. Oveshchenie tsentral'nogo stadiona v G. Kieve. / Lighting the central stadium in Kiev. Svetotekhnika 8, 1983, 1-4. 1983.
5.	Bogdanov A. The training of the target shot. Smallbore Australia. 1992;1:21-26.
6.	Bogdanov OA, Kunarev VS, Komisova VY. COMPARATIVE ANALYSIS OF PHYSICAL DEVELOPMENT AND PHYSICAL PREPAREDNESS OF FEMALE STUDENTS, WHO ENTERED GERTSEN'S RSPU IN 1983 AND 2005. Teoria i Praktika Fiziceskoj Kul'tury. 2006(9):55-56.
7.	Bogdanov OV, Yakovleva NM, Smetankin AA, et al. Elektromigraficheskii risunok aktivnosti mycshch pri ottalkivanii i puti ego napravlennoi korrektsii u yunykh prygunov na lyzhakh z tramplina. / Electromyography of muscle movement in the take-off and flight technique (and its correction) of young ski jumpers. Teoriya i praktika fizicheskoi kultury 1, Jan 1982, 35-38. 1982.
8.	Bogdanov SN, Curbanov MM, Zukovskij JUT. (Utilisation de l'ordinateur pour l'apprentissage en education physique). Teorija i praktika fizicesnoj kultury URSS 1990, n 8, pp 32-33, 2 p. 1990.
9.	Bulgakova NJ, Afanasyvev VZ, Morozev SN, et al. Formation a des competences pedagogiques professionnelles pour l'enseignement de la natation a des etudiants sportifs de l'institut de l'enseignement superieur. Teorija i praktika fiziceskoj kultury RUS 1998, n 5, pp 56-58, 3 p 10 ref. 1998.
10.	Bulgakova NJ, Chebotaryova IV. Girls in sports swimming. Teoria i Praktika Fiziceskoj Kul'tury. 1999(6):37-38.
11.	Butova OA, Butov VS. Individual variations of the immune status in relation to the types of body-build in 15-year-old boys living in the cities of the southern part of Russia. Papers on Anthropology. 2003;12:42-50.
12.	Butova OA, Lisova IM. [Correlations of various parameters of the human constitution]. Morfologiia. 2001;119(2):63-66.
13.	de Oliveira Klein CM, Filho JF. Relacao entre a dermatoglifia, as qualidades fisicas e o nivel maturational de escolares adolescentes de ambos os sexos. Fitness & performance journal (Rio de Janeiro). 2003;2(6):321-329.
14.	de Oliveira Sampaio A, Dantas PMS, Fazolo E, et al. Perfis somatotipico, de qualidades fisicas basicas e dermatoglifico dos pilotos de caca da F.A.B. com as patentes de Tenente e Capitão. Fitness & performance journal (Rio de Janeiro). 2003;2(2):122-128.
15.	FERNANDES FILHO J. Impressões dermatoglíficas: marcas genéticas na seleção dos tipos de esporte e lutas (a exemplo de desportista do Brasil) [Doutorado]. Moscou, VNIIFK; 1997.
16.	Fernandes Filho J, Roquetti Fernandes P, Silva Dantas PM. Dermatoglifia x diagnostico. / Dermatoglyphics x diagnosis. Fitness & performance journal (Rio de Janeiro). 2003;2(2):69-69.
17.	Nikitina T, Abramova T. Bone density in top athletes of different kinds of sport. (Abstract). Medicina Sportiva Polonica. 2002;6(1):E50-E50.
18.	Nikitiuk BA, Trofimova VV. [The correlations of somatotypes and the total ridge count in Russian men of the White Sea area]. Morfologiia. Jun 1992;102(6):67-75.
19.	Nikitjuk BA. (La morphologie sportive dans les annees 80 : nouvelles conceptions et approches methodologiques). Teorija i praktica fiziceskoj kultury URSS 1981, n 5, pp 16-19, 4 p 19 ref. 1981.
20.	Nikitjuk BA. (Typologie somatique en sport). Teorija i praktika fiziceskoj kultury URSS 1982, n 5, pp 26-28, 3 p 15 ref. 1982.
21.	Silva Dantas PM. Relação entre estado e predisposição genética no futsal brasileiro [Doutorado]. Natal/RN: Programa de Pós-Graduação strictu senso em Ciências da Saúde, Universidade do Rio Grande do Norte; 2004.
22.	Silva Dantas PM, Alonso L, Fernandes Filho J. Futsal e dermatoglifia. In: Dantas EHM, Fernandes Filho J, eds. Atividade Física em Ciências da Saúde. Rio de Janeiro: Shape; 2005.
23.	Silva Dantas PM, Fernandes Filho J. Futsal: identificacao dos perfis, genetico, de aptidao fisica e somatotipico que caracterizam atletas masculinos, de alto rendimento, participantes do futsal adulto, no Brasil. Fitness & performance journal (Rio de Janeiro). 2002;1(1):28-36.
24.	SILVA DANTAS PM, FERNANDES FILHO J. Identificação dos perfis, genético, de aptidão física e somatotípico que caracterizam atletas masculinos, de alto rendimento, participantes do futsal adulto, no Brasil. Fitness & Performance Jounal. jan/fev 2002;1(1):28-36.
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