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Revisão 2 português 8 GABARITO (2)

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1 
 
Revisão Unidade 06: Pesquisa da Variação Sociolinguística 
Diastrática 
 
Nesta aula, apresentamos a importância dos estudos da variação linguística diastrática que 
caracteriza diferentes formas produzidas por falantes de diferentes classes sociais. 
Complementarmente, tencionamos refletir sobre a relação variação padrão e variação não-
padrão, uma vez que esse movimento de pressão de unificação e de diversificação é típico da 
dinâmica natural e do caráter heterogêneo da língua. 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
1. Compreender e relacionar heterogeneidade linguística com heterogeneidade social; 
2. Reconhecer e identificar a variabilidade da língua como fenômeno natural, influenciada 
pelos usos sociais que os falantes fazem dela; 
 3. Refletir criticamente sobre o uso da língua como representante de diferentes subgrupos 
socioculturalmente distintos; e 
4. Constatar que os aspectos distintivos dos grupos sociais são condicionados por fatores como 
a idade, o sexo, a classe social, a profissão, o grau de escolaridade, entre outros. 
 
Responda, de acordo com a apostila: 
 
1) Como a variação diastrática pode se desdobrar? Cite exemplos. 
Pode se desdobrar no plano fonético, como em “Craudia”, no plano lexical, por exemplo, 
“presunto” para identificar “corpo de uma pessoa assassinada” e no plano sintático, como em 
“nós vai”, variante de “nós vamos”. 
 
2) O que marca identitariamente grupos sociais e que são relacionadas à variação não-padrão 
da língua? 
As variações que se manifestam na fala de indivíduos. 
 
3) Como Votre define a relação entre a variável “nível de escolarização” e a “dinâmica natural 
de expansão, adequação e mutabilidade”? 
Quanto à primeira, ele diz que a variação é resistente à mudança; e a segunda, está ligada à 
característica de continuidade e mudança típicas da língua. 
 
4) Cite um exemplo de variação diacrônica. 
Destacamos as variantes no nível fonético-fonológico “vamos” e “vamo” ou “cantar” e “cantá” 
em que a última, a princípio, era alvo de preconceito e discriminação, mas que hoje já se 
encontra praticamente disseminada em toda comunidade linguística do português do Brasil. 
Trata-se de um fenômeno muito conhecido da variação diacrônica e chamado de “apócope”, 
que designa a supressão de fonema no fim da palavra. 
 
5) Cite dois fatores extralinguísticos relacionados à variação diastrática e que são explorados 
nos estudos sociolinguísticos. 
O gênero e a faixa etária do falante. 
 
6) Qual é o plano em que as diferenças mais evidentes entre fala de homens e mulheres se 
destacam? 
O plano lexical. 
 
2 
 
7) Segundo Scherre, se o caso for de mudança, os resultados com relação à faixa etária 
mostram uma distribuição inclinada com o peso distribuído nas duas pontas. Explique. 
As formas inovadoras predominam entre os mais jovens e as formas conservadoras 
predominam entre os mais velhos, enquanto que os indivíduos da faixa etária intermediária 
podem demonstrar um comportamento linguístico mais ou menos neutro, ou seja, usam 
ambas as formas, tanto as conservadoras como as inovadoras. 
 
8) Os três fatores sociais (anos de escolarização, sexo e faixa etária), segundo Naro & Scherre, 
assinalam que a concordância de número no português do Brasil exibe um caráter sistemático. 
O que eles apontam quanto a isso? Explique. 
Apontam variantes explícitas e variante zero (Ø) de plural em elementos verbais e nominais. 
Os pesquisadores buscam correlacionar variáveis linguísticas (saliência fônica e posição) e 
sociais. A partir desse grupo de fatores, o estudo explicitou que palavras/sílabas fonicamente 
mais acentuados (salientes) favorecem as marcas explícitas de plural, assim como os não 
nucleares à esquerda do núcleo do sintagma; ao passo que aqueles não nucleares à direita 
desfavorecem-nas. De outro lado, se os núcleos estiverem na mesma linha sintagmática, 
porém à direita da cadeia sintagmática, ou seja, ocuparem a primeira posição na sentença, 
favorecem mais marcas explícitas na construção sintática. As pessoas com mais anos de 
escolarização e as do sexo feminino apresentam mais a variante explícita. A associação feita 
por eles foi a seguinte: falantes com maior nível de escolarização estão diretamente mais 
expostos à correção gramatical, já o grupo do sexo feminino, como outras pesquisas já 
atestaram e ainda atestam, tendem a não “transgredirem” as normas de prestígio; o último 
grupo, a variável faixa etária, apresenta um padrão ligeiramente curvilinear, de forma que 
quanto maior os anos de vida maior a probabilidade de produtividade profissional e, por isso, 
maior pressão para assumir as formas de prestígio. 
 
9) Qual é a outra linha de estudos geralmente relacionada à variação diastrática que é um 
desdobramento das questões sociais e da resistência à mudança? 
É a dicotomia norma-padrão e não padrão. A primeira é associada a uma prescrição muitas 
vezes retrógrada que desconsidera toda a organicidade natural da heterogeneidade linguística 
de que trata a segunda. 
 
10) Lucchesi esclarece que se faz necessário pensar na ambiguidade do termo “norma”, do 
qual derivam dois adjetivos “normativo” e “normal”. Explique. 
Do primeiro, “normativo”, vem a ideia da norma padrão como “um sistema ideal de valores 
que, não raro, é imposto dentro de uma comunidade”. Do segundo adjetivo, “normal”, temos 
a noção daquilo que é habitual, frequente, um costume para determinado grupo. 
 
11) Com relação à pergunta anterior, qual é a postura que a gramática tradicional assume? 
Assume a postura prescritiva, que busca dizer como devem ser e não como efetivamente os 
usos são; a gramática tradicional se coloca a serviço de um conceito de língua que não existe 
no uso, nem entre os grupos de falantes mais escolarizados. 
 
12) Quanto à norma-padrão e à norma culta, como Marcos Bagno explica a diferença entre 
elas? 
Explica que, apesar de serem usadas como sinônimos, são conceitos muito diferentes. A 
primeira seria uma abstração imposta, uma tentativa ideológica de prescrever e controlar a 
natureza heterogênea e constitutiva da linguagem, ao passo que a segunda daria conta dos 
usos reais e possíveis que falantes mais escolarizados e representantes de grupos sociais de 
maior prestígio fazem da língua. 
 
3 
 
13) Para Lucchesi e Rosa Virgínia Mattos, como deve ser utilizado o termo norma culta? 
O termo norma culta surge como uma possibilidade de lidar com o uso que se vê entre pessoas 
mais escolarizadas. Essa ocorrência se coloca ao lado, em termos de uso, da norma popular ou 
vernácula. A norma culta seria fruto da nossa história colonial em associação à língua herdada 
da metrópole portuguesa, conservada ao longo de séculos de formação do país pelos 
representantes da elite social brasileira em poucos centros urbanos. A vernácula, por outro 
lado, seria o português tal qual foi se forjando em contato com os índios, africanos e mestiços, 
a forma que predominava em grande parte do território brasileiro. 
 
14) Como Bagno propõe chamar os termos “norma culta” e “norma popular ou vernácula”? 
Variedades prestigiadas e variedades estigmatizadas. Essa proposta tem por fim evitar a 
pressuposição que se poderia extrair da expressão “norma culta”: se há uma norma ou normas 
cultas, haveria também normas que, por não representarem a cultural letrada e socialmente 
prestigiada, seriam desprovidas de legitimidade e representatividade cultural, o que indica 
mais um preconceito. A língua e suas variedades são avaliadas e mais ou menos estigmatizadas 
a depender da origem e da posição social de seus usuários. 
 
15) Quais são os fatores sociais que condicionam o indivíduo a uma postura preconceituosa 
diante dos usos linguísticos? 
A faixa etária, o gênero, o nível de escolaridade e a condição socioeconômica. 
 
16) Defina Gíria. Cite exemplos.”A gíria é uma linguagem particular e familiar que utilizam entre si os membros de um 
determinado grupo social. [...] pode ser difícil de entender para aqueles que não façam parte 
da dita comunidade.” Exemplos: “meu”, “tipo”, “tá ligado”, “sussa” (sossegado) e “mina” 
(garota). A fala do rapaz, já inserido no mercado de trabalho, faz escolhas lexicais mais 
próximas às da norma padrão e também típicas do universo discursivo do mundo do trabalho. 
Entre as meninas, várias marcas que são convencionalmente associadas ao falar feminino 
aparecem, tais como o uso de diminutivo e a expressão de carinho e afeto por meio de certas 
escolhas lexicais. 
 
17) Por que a fala nas áreas urbanas se mostra mais padronizada que a fala nas zonas rurais? 
A fala nas áreas urbanas se mostra mais padronizada que a fala nas zonas rurais, pois o 
isolamento geográfico e um menor grau de escolaridade tendem a propiciar um uso mais 
amplo de regionalismos lexicais que se associam às características culturais das diferentes 
regiões. 
 
18) Cite um exemplo de palatização. 
“t” e “d” depois das vogais “i”. Essa ocorrência costuma ser comum em regiões do Nordeste, 
principalmente em Salvador, Maceió e Aracaju. Em palavras como “muito” e “doido”, é 
comum que as consoantes sofram palatização, passando a [tʃ] e [dʃ], em pronúncias como 
“muntcho” e “dodjo”, quando são denominadas africadas baianas. 
 
19) Comente sobre o caso de flutuação entre “nós” e “a gente”, bem como a alternância que 
pode ser observada quanto à concordância verbal nesse mesmo contexto? 
Em um trabalho realizado por Souza e Botassini em 2009, podem-se obter mais dados 
relacionados à alternância das duas formas no português do Brasil. As autoras partem da 
explicação sobre a gramaticalização do termo “a gente”, que, de uma locução nominal plena 
passou a ser considerado um pronome de sentido indeterminador. Como tal, assumiu funções 
específicas na língua, substituindo o pronome “nós”, por exemplo, mas mantendo a mesma 
concordância gramatical de um elemento de terceira pessoa. Elas constatam que, apesar de a 
tradição gramatical ainda apresentar os seis pronomes (eu, tu, ele, nós, vós, eles), o uso 
4 
 
linguístico revela a coexistência das formas “nós” e “a gente” para a primeira pessoa do plural, 
inclusive no uso de falantes considerados mais cultos. Elas apontaram também para a mistura, 
socialmente estigmatizada, da concordância com tais variantes: “a gente vamos” e “nós vai”. 
 
 
 
Atividade 01 – p. 08 
Vamos voltar à letra do rap do pessoal do “Rap Cerva Erva & Muita Larica”. Esse grupo é 
formado por seis rapazes, do Rio de Janeiro, com idade entre 20 – 28 anos. A tarefa é buscar 
na letra da música palavras, expressões ou estruturas sintáticas que apontem variantes da fala 
dos componentes do grupo e, ao lado, indicar como essa mesma palavra, expressão ou 
estrutura é ensinada na escola. Após preencher a tabela abaixo, veja as respostas sugeridas em 
respostas comentadas. 
 
Variantes do rap Variante padrão, ou escolar 
1) Tranquilidade na nave Está tudo calmo, sob controle 
2) Tamos suave Estamos calmos e/ou normais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 02 – p. 14: 
O título da obra de Rosa Virgínia faz uma intertextualidade explícita com o poema de Carlos 
Drummond de Andrade, chamado “Aula de Português”. Leia o poema e, depois, proponha uma 
possível relação entre o texto de Drummond e a discussão sobre norma-padrão e as normas 
efetivamente usadas pelos falantes da língua. 
Aula de português 
 
A linguagem 
na ponta da língua, 
tão fácil de falar 
e de entender. 
 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que ela quer dizer? 
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
5 
 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a prima. 
 
O português são dois; o outro, mistério. 
 
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ATIVIDADE 03 – p.21 
 
Tendo em vista o uso do léxico em sua região e entre diferentes grupos de pessoas, procure 
investigar a variação possível para o conceito de “pessoa que é extremamente econômica e/ou 
não gosta de gastar dinheiro”. Tente realizar o levantamento cruzando diferentes fatores e 
observando de que forma cada qual interfere na escolha lexical dos falantes. Entre os 
condicionantes que você pode considerar estão a faixa etária, o nível de escolaridade, a origem 
social e o sexo dos informantes, por exemplo. 
 
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ATIVIDADE 04 – p. 24 
 
Nos respectivos estudos de Dias (2014) e de Santos e Mota (2008), qual foi a influência do 
fator escolaridade na variação da pronúncia da consoante lateral “r” e também na 
palatalização das consoantes dental-alveolares? 
 
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ATIVIDADE 05 – p.28 
Do ponto de vista sociolinguístico, como devemos entender as variantes lexicais, fonéticas e 
sintáticas relacionadas a fatores sociais? 
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