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Resumo estado de contrainsurgência Ruy marini

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA
Resumo: 
"El Estado de Contrainsurgencia"
 Ruy Mauro Marini
Elaborado por:
Hilder Alberca Velasco
João miguel da Silva
Livia Vale
Lucas godoi
Maria Luiza M Stiepcich
No presente artigo, Marini vai retratar a América latina no período contrarrevolucionário e quais fatores levaram a abertura desse processo, examinando seu caráter fascista e não fascista. Para o autor, as ditaduras militares são formadas através de um processo com três aspectos. 
Primeiramente as mudanças de estratégias global na geopolítica norte americana como chefe do capitalismo, enfrentando uma série de processos revolucionários em diferentes partes do mundo como Argélia, Congo, Cuba, Vietnã, todos com resultados diferentes. As mudanças de equilíbrio de poder entre os Estados unidos e União soviética, leva os nortes americanos a mudanças de sua abordagem estratégica, como as modificações no plano militar, a criação de corpos especial de treinamento contraguerrilha, sabotagem nos meios de transportes e nos meios convencionais, reforço dos exércitos nacionais e o mais significativo: formulação da doutrina da contrainsurgência, que estabelece uma linha de confronto com movimentos revolucionários desenvolvido em três planos: aniquilação, conquista das bases sociais e institucionalização. No primeiro plano a contrainsurgência é aplicação à luta política de uma abordagem militar, ou seja, uma perspectiva semelhante à do fascismo, pois tem como concepção de que "O inimigo não deve ser apenas derrotado, mas aniquilado". Em segundo plano a contra-insurgência considera o movimento revolucionário como algo estranho a sociedade, como um câncer no organismo social que deve ser eliminado, o que também se aproxima da ditadura fascista. Em terceiro lugar a contra-insurgência pretende restabelecer a saúde do organismo social infectado, ou seja, da sociedade burguesa sob a organização política parlamentar e liberal, o que propõe explicitamente a restauração da democracia burguesa após o período de exceção representado pelo período de guerra. Através das reconquistas das bases sociais, a institucionalização, a restauração completa da democracia burguesa.
O segundo grande aspecto da contrarrevolução latina americana é a transformação estrutural das burguesias criolas. A base objetiva desses fenômenos é a integração imperialista dos sistemas de produção latino-americanos ao sistema imperialista. Investimento de capital estrangeiro, subordinação tecnológica e penetração financeira. Esses fatores levaram o surgimento de uma burguesia monopolista intimamente ligada a burguesia imperialista. Essa integração imperialista corresponde a superexploração do trabalho e subordinação da pequena burguesia com suas condições de vida ligadas às iniciativas e ao dinamismo da burguesia monopolista.
O terceiro aspecto é o surgimento do movimento de massa que a burguesia enfrenta nos anos 60, que teve seu climax com a revolução cubana afetando pequenos burguese. O movimento camponês ganha força e desenvolve um novo movimento operário. Um amplo movimento de massas que rompe as brechas do sistema de dominação o que explica a reação violenta da burguesia e imperialismo, a contrarrevolução que desencadeia no continente.
Para Marini se identifica os processos contra-revolucionários quando encontramos estruturas, funcionamento e coparticipação entre as forças armadas e o capital monopolista, estamos enfrentando o "estado de contrainsurgência" que tenha ou não a forma de uma ditadura.
O carácter do estado de contrainsurgência é a hipertrofia do poder executivo, ramo militar interligado com os delegados direto do capital e orgãos do serviço de inteligência que orientam e preparam o processo de tomada de decisão. Assim o conselho de segurança nacional é a área que ambos convergem: Estado de contrainsurgência, forças armadas e o capital.
Estado com características e semelhanças formais com o estado fascista.

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