Buscar

Interpretação de textos-concursos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

FGF – CURSO DE DIREITO
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Prof. João Carlos 
Aluno(a): ____________________________________________ Turma: ____________
O problema ecológico
	Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado)
1) Segundo o texto, o cientista americano está preocupado com:
(A) a vida neste planeta.
(B) a qualidade do espaço aéreo.
(C) o que pensam os extraterrestres.
(D) o seu prestígio no mundo.
(E) os seres de outro planeta.
2) Para o autor, a humanidade:
(A) demonstra ser muito inteligente.
(B) ouve as palavras do cientista.
(C) age contra sua própria existência.
(D) preserva os recursos naturais.
(E) valoriza a existência sadia.
3) Da maneira como o assunto é tratado no texto de Afrânio Primo, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.” (l. 3) quer dizer que o cientista é:
(A) inimigo.
(B) velho.
(C) estranho.
(D) famoso.
(E) desconhecido.
Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
Sobre os perigos da leitura
	Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
	A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
	Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
5. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) - De acordo com o texto, os candidatos:
(A) não tinham assimilado suas leituras.
(B) só conheciam o pensamento alheio.
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes.
(D) tinham perfeito autocontrole.
(E) ficavam em fila, esperando a vez.
6. (TJ/SP – 2010 – VUNESP)- O autor entende que os candidatos deveriam:
(A) ter opiniões próprias.
(B) ler os textos requeridos.
(C) não ter treinamento escolar.
(D) refletir sobre o vazio.
(E) ter mais equilíbrio.
7. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-se a:
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
	No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Robert Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
	O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
8. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) De acordo com o texto, os brasileiros são piores do que outros povos em:
(A) eficiência de correios e andar a pé.
(B) ajuste de relógios e andar a pé.
(C) marcar compromissos fora de hora.
(D) criar desculpas para atrasos.
(E) dar satisfações por atrasos.
9. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) - Pondo foco no processo de coesão textual do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um:
(A) jornalista.
(B) economista.
(C) cronometrista.
(D) ensaísta.
(E) psicólogo.
10. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o significado de:
(A) bebida feita com derivado de pinho.
(B) ausência de convite para dançar.
(C) longa espera para conseguir assento.
(D) ficar sentado esperando o chá.
(E) longa espera em diferentes situações.
As questões 11 e 12 têm como base a interpretação do quadrinho abaixo, de Bill Watterson, que coloca em cena os personagens Calvin e Haroldo.
11. Os elementos verbais e não verbais do quadrinho permitem afirmar que, segundo Calvin:
1. se os seres humanos fossem realmente inteligentes se preocupariam com a preservação ambiental.
2. seres inteligentes procuram fazer contato com outros seres inteligentes.
3. o desmatamento pode ser um atrativo para os extraterrestres, pois poderia facilitar o pouso de suas naves na Terra.
4. as formas de vida inteligente fora da Terra sabem que os humanos são seres perigosos.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
12. Um dos recursos mobilizados por Bill Watterson para produzir o efeito de humor é a argumentação de Calvin. Assinale a alternativa que apresenta uma argumentação análoga à do quadrinho.
(A) Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.
(B) É evidente que existem discos voadores,pois muitas pessoas já relataram ter visto tais objetos.
(C) Fantasmas existem. Prova disso é que nenhum deles apareceu para mim até agora.
(D) Um indício claro de que J.J.J. será candidato a governador é que ele declarou não ser candidato.
Leia o texto a seguir para responder às questões 13 a 19.
Por que tanta pressa?
	A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida moderna é dispersão. Existe uma competição constante pela nossa atenção entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas; há uma necessidade crescente de estarmos “ligados” com o que está acontecendo, e já não basta rádio e televisão; tem que ser pelo Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um bando de outras redes sociais. 
	Cada instante é ocupado por algo que vemos numa tela, pequena ou grande. A informação vem em torrentes incessantes. Se esquecemos nosso celular em casa, é como se tivéssemos perdido um dedo ou outra parte do corpo. Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos. Tornaram-se um vício, como verificamos assim que pousa um avião e todo mundo se precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy, como se naquele voo de 45 minutos a história do mundo tivesse se transformado de forma profunda e aquele e-mail que mudará a sua vida tivesse finalmente chegado. 
	Não nos permitimos mais espaço para a contemplação.
	Sei que isso está parecendo papo de velho, atravancado com os avanços tecnológicos. Mas não é nada disso; eu mesmo tenho todos os brinquedos tecnológicos que existem e os uso como todo mundo, com muito prazer. Portanto, essa reflexão é para mim também, mesmo se digitada em meu laptop. 
	Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais rápido. Essa é uma percepção psicológica da passagem do tempo, que nada tem a ver com a passagem física do tempo. A duração do dia muda muito lentamente, e muda no sentido inverso, aumentando e não diminuindo, devido à fricção gravitacional das marés causadas pelas atração entre Terra, Lua e Sol. 
	O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos, porque cada vez temos menos controle sobre ele. O ócio é algo que consideramos quase que pecaminoso (esquecendo os pecados capitais); qualquer brecha de tempo nós enchemos com uma leitura no Twitter, do Facebook, de e-mail, um videozinho no YouTube, ou um podcast qualquer. 
	Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão com a natureza. 
	Na ânsia pela informação, pouco desviamos os olhos das telas. Olhar para o céu é algo que raramente fazemos, especialmente nas grandes cidades. Para a maioria das pessoas a natureza é um conceito, algo que existe lá longe, nas fotos que vemos nas revistas, ou nos vídeos do YouTube e especiais de TV. 
	Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo é necessário retornarmos à natureza, criarmos espaço para a contemplação das formas de vida, das árvores, das flores e animais; é necessário olharmos para o céu noturno, longe das luzes da cidade. Assim conseguiremos desacelerar, buscando outro tipo de informação que nos liga ao que temos de mais essencial: nossa relação com os ciclos e ritmos do Cosmo.
(GLEISER, Marcelo. Folha de S. Paulo, 08 dez 2013. Adaptado.)
13. A partir do ponto de vista do autor do texto, é correto afirmar:
(A) Há efetivamente uma mudança física na duração dos dias, que se tornam mais curtos, embora em um ritmo muitíssimo mais lento do que a mudança correspondente na percepção psicológica.
(B) O fator determinante para a dispersão na vida moderna é a disponibilidade de informações e os recursos tecnológicos que permitem o acesso constante a elas.
(C) Uma das vantagens da vida moderna é o volume de informações e lazer propiciados pela tecnologia.
(D) Um caminho para melhorar a qualidade de vida é substituir o contato virtual com a natureza pelo contato real, longe das cidades, e evitar o uso de recursos tecnológicos no cotidiano.
14. Identifique se os seguintes trechos do texto são apresentados pelo autor como fatos (F) ou opiniões (O):
( ) “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos”. 
( ) “(…) como verificamos assim que pousa um avião e todo mundo se precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy (…)”. 
( ) “Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais rápido”. 
( ) “O ócio é algo que consideramos quase que pecaminoso (…)”. 
( ) “O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos, porque cada vez temos menos controle sobre ele”. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) O – O – O – F – F.
b) F – O – F – O – F.
c) F – F – O – F – O.
d) O – F – F – O – O.
15.“Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão com a natureza” . Segundo o autor, a conexão com a natureza é vítima porque:
(A) o contato real com a natureza foi substituído pelo contato virtual.
(B) o ambiente urbano não tem espaço para plantas e animais.
(C) a conexão com a natureza é incompatível com a tecnologia.
(D) desligar os equipamentos eletrônicos e contemplar a natureza seria um retrocesso.
16. Assinale a alternativa que apresenta uma resposta adequada à pergunta no título do texto.
(A) Porque precisamos tanto nos manter informados quanto garantir tempo livre para o lazer e a contemplação.
(B) Porque a comunicação com os amigos pelas redes sociais é essencial para nossa vida.
(C) Porque o contato com as pessoas e com a natureza atualmente é mediado pelas novas tecnologias.
(D) Porque a dispersão produzida pelas novas tecnologias nos fez perder o controle sobre o tempo.
17. Considere as seguintes afirmativas sobre expressões empregadas como recursos coesivos para a continuidade do texto:
1. “Como se” introduz uma afirmação que se contrapõe ao anteriormente dito.
2. “Mesmo se” introduz uma afirmação que complementa e confirma o anteriormente dito.
3. “Ou” introduz uma retificação, que coloca em evidência o conceito de tempo psicológico.
4. “Assim” equivale a “dessa forma” e introduz uma afirmação que complementa e conclui o anteriormente dito.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
(B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
18. Ao longo do texto, observa-se uma alternância entre formas (pronomes ou verbos) de primeira pessoa do singular, de primeira pessoa do plural e de terceira pessoa. Considere as seguintes afirmações sobre esse uso:
1. A primeira pessoa do plural é predominante e revela que o autor inclui a si próprio e aos leitores na maior parte de suas afirmações.
2. Em três parágrafos do texto, o autor faz afirmações específicas sobre si mesmo, o que é marcado por formas de primeira pessoa do singular.
3. A primeira pessoa do plural no texto abarca, além do autor e do leitor, uma infinidade de outras pessoas que compartilham as mesmas experiências sobre as quais Gleiser escreve.
4. O uso constante de formas na terceira pessoa do singular marca o distanciamento e objetividade com que o autor aborda o tema.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
19. “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos”.
As palavras grifadas na frase acima poderiam ser substituídas, sem alteração substancial no significado do texto, respectivamente, por:
(A) constituinte – acessório – caracteriza.
(B) complementar – item – envolve.
(C) integrante – complemento – compete.
(D) suplementar – recurso – delimita.20. O gráfico a seguir faz parte do relatório da pesquisa “Tolerância social à violência contra as mulheres”, realizada pelo IPEA, versão retificada publicada em 04/04/2014.
Assumindo o pressuposto de que o IPEA tenha analisado uma amostra significativa da população brasileira e tendo como referência as informações contidas no gráfico, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Quase todos os brasileiros têm uma opinião formada sobre o comportamento das mulheres que são agredidas e não se separam dos parceiros.
b) Aproximadamente dois terços da população consideram que a mulher agredida pelo parceiro está satisfeita com sua condição.
c) A maioria dos brasileiros tem uma postura machista e tolerante em relação à agressão doméstica contra a mulher.
d) Predominam entre os brasileiros posições moderadas, não categóricas, sobre as mulheres vítimas de agressão doméstica.
***

Outros materiais