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Nutrição clínica Dietoterapia (1)

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Dietoterapia: Doenças hepáticas: Para aproveitar nutrientes administrados, favorecer ganho de peso, controlar catabolismo protéico (perda de proteina). Garantir a quantidade de aminoácidos adequados p/ manter o balançonitrogenado e a síntese de proteínas de fase aguda.(p/ normalização da função e regeneração hepática sem precipitar a encefalopatia).
Cirrose hepatica: avaliar atraves de dinanometria( aparelho que avalia força muscular), repetir rotineiramente 
Se o paciente apresentar ascite somar 10% ao GEB. Reduzir cisteina, metionina, glutamina e aaa; Aumentar argenina, ornitina e bcaas; Aaa : tirosina, fenilalanina e triptofano.
ptn; 1,2 a 1,5g dia cho: 50 á 60 % de complexos lip 30% do vet fibras de 25 a 45g.
Papel da Fibras ( prebioticos), beneficios na excreção intestinal de amonia que acelera tempo de transito intestinal, altera microbiota.
Papel dos Aminoacidos: aaa de cadeia aromática: produção de falsos neuros trasmissores; Bcaas: metabolizado pelo músculo com menor produção de amônia e serve para p/ síntese de glutamina.
Alimento contra indicado: queijos amarelos, gema de ovo e carne bovina, suína e frango.
Alimentos permitidos: azeite, molho de tomate, cebola, farinha integral e abobrinha. É necessário fazer refeições frequentes, para manter substrato energético continuo e reduzir a necessidade de gliconeogênese de AG e aaa. É preferível refeição a noite.
Lactulose: carboidratos simples que não é digerível , vai direto para o intestino e é aproveitado pelas bactérias, laxante usado para paciente com encefalopatia , doses de 30 a 60 g/dia. Lactitol: outro laxante. Efeitos colaterais: intestinais e cuidado com o uso em diabéticos.
Micronutrientes: recomenda suplementação oral de sódio, zinco (p/ desintoxicação de amônia), não recomendado suplementos c/ manganês,o ferro pode estar aumentado ou reduzido (estar atento as necessidades do paciente).
Hepatites: os medicamentos para tratar o vírus que causou a hepatite desencadeiam os efeitos colaterais, por isso é necessário estratégias para facilitar ingestão, a dieta para hepatite não difere do padrão de uma dieta saudável.
Deve-se considerar o medicamento utilizado, pois pode desencadear dificuldades na ingestão, caso não atinja 21g de LIP pode ser utilizada (óleo de canola). Reduzir fontes de ferro caso de alteração em exames.
Colestase hepática: ocorre redução de absorção de gordura e vitamina lipossoluvel, a, d, e, k e usar tcm( triglicerideos de cadeia médio). 
Doenças hepaticas gordurosas: o alvo é a resistencia a insulina e estress oxidativo. Se faz necessario mudança no estilo de vida. 1: reduzir peso: 5 A 10% 2: dieta hipocalórica: 25kcal/kg 3: exercício físico (perda de peso não pode ser rápida)
Evitar frutose e gorduras trans, aumentar consumo de gordura insaturada( omega 3), dieta hipolipídica de 20 a 25% do VET, ofertar vit E 800ul para reduzir stress oxidativo em pacientes não diabéticos, não consumir álcool e 25g dia de soja.
Doenças hepáticas alcoólicas: 1: abstinência de álcool,2: tratar a má nutrição e deficiência ( usar suplementos, balanço nitrogenado positivo e refeições regulares em intervalos freqüentes.
Estratégias para controlar doenças hepaticas: ingestão de 3 a 5 porções dia de frutas e verduras. Ingestão de carnes magras, carnes ou peixes, ingestão de pelo menos um tipo de grão ao dia, consumo de apenas 1 cálice de Vinho tinto no jantar, consumo de castanhas nozes e brócolis. Caso a dieta não controle a esteatose recomenda-se o uso de suplementos: lecitina, colina, inositol e metionina. Evitar: industrializados hipercalóricos, jejum prolongado, evitar gorduras saturadas e TRANS, evitar consumo de mais de 4 ovos por semana( incluindo ovos de preparação), consumo de álcool, doces e açúcar.
Transplante hepatico: TN promove cicratização adequada, prevenir infecção e alteração nutricional para evitar esteatose hepatica não promover sobrecarga energética( CHO e LIP – ofertar de 30 a 40% do VET na forma de LIP). Pré-operatório: 40 a 60g/dia considerando o estado nutricional; Pré – transplante: corrigir desnutrição/ dieta de fácil digestão.
Pós-transplante: hipercalórica e proteica, dieta oral 24h após cirurgia. Quando no pré operatório não atingir as necessidades nutricionais do paciente é indicado a TN imediata. Foi observado que o organismo tem boa tolerância gastrointestinal com maior ingestão calórica proteica quando a TN é iniciada após 12 horas .
Hepáticas crônicas: 1: via oral é a primeira escolha; 2: enteral, atentar se o paciente possui varizes esofágicas 3: contra-indicado ostomias( ascite).Fórmula tem que ser enriquecida com BCAA´s pobre em sódio e densidade energética alta, tratamento com fitoterapicos não é indicado.(não há estudos que comprovem a eficácia, estudos realizados in vitro).
Dietoterapia – pâncreas: Considerações nutricionais gerais: ocorre aumento da tmb pela resposta hormonal em alguns pacientes. Ocorre aumento do catabolismo proteico (20-40 g/dia): atentar para o balanço nitrogenado. Estabelecer vet usando um método mais preciso (calorimetria indireta) . O hipermetabolismo pode ser agravado se houver infecção/sepse. Aumento da gliconeogênese é uma resposta ao aumento das necessidades de substratos energético (hiperproteica)
Pancreatite aguda: Diretrizes e recomendações antigas, antigamente deveria-se ofertar nada para o paciente nas primeiras 24 horas, precisa deixá-lo em jejum para não ter estímulo endócrino e exócrino, então começava-se ofertando dieta enteral preferencialmente na posição do jejuno, e não no duodeno, por causa do estímulo. Era ofertado uma dieta elementar monomérica, por exigir menor esforço de absorção, e aí os novos estudos mostraram que: tanto faz, ofertar dieta via oral, ou nasogástrica enteral, ou nasoduodenal, não tem comprovação de essa ser a melhor, mas os desfecho final é o mesmo. Também estudos mostraram que ao invés dar uma dieta monomérica que é mais cara no ponto de vista financeiro, pode se ofertar uma dieta oligomérica, ou polimérica, elevemente hidrolizada, então parece que a dieta na pancreatite aguda não irá fugir muito do padrão de uma alimentação saudável.Mais na parte de inanição, hoje recomendá-se oferta imediata com quantidade mínima, aumentando a oferta progressivamente, entre um e dois dias, até voltar ao normal.
Crônica: Na pancreative crônica tem a fibrose, então não tem processo reverssivo, dando uma maior deficiência na função do pancreas, não produzindo insulina. Quanto maior a extensão do tecido fibroso, maior a consequencia no metabolismo e na digestão e absorção. Então as diretrizes focam exatamente nisso, na deficiência endrócrina. Com esse distúrbio a maior consequência é a diabétes. A destruíção das glândulas secretórias do pâncreas exócrino, causa deficiência nutricional ou desnutrição como um todo. Sugere-se para pancreatite crônica, que o estado nutricional ou risco de desnutrição seja avaliado por um método integrado chamado NRS 2002. Em 30 % a 50% desses pacientes, tem a taxa de tmb aumentada, então para esses pacientes o valor energico total vet, posso usar harrys benedict por que ele se aproxima muito do valor obtido pela calorimetria, mas na aguda, não usar harry benedict. Deve ser avaliado também pelas reações de sinais e sintomas, além de avaliar exames bioquímicos, com indicadores do estado nutricional. O exame mais específico para constatar a má absorção é chamado de elastase fecal, que avalia uma protease, que ajuda na digestão de proteínas, uma parte dessas proteases não é digerida, então ela é eliminada juntamente com as fezes. Também sugere-se avaliar c13, que é uma molécula, com 13 unidades de carbono que vai dar a quantidade de gordura. A lipase é a enzima que mais participa do processo de digestão da gordura. Fato não observado para carbohidratos e proteínas. O objetivo na dietoterapia na pancreatite crônica é a avaliar a desnutrição que é observada frequêntemente no paciente com essa doença. Devemos ofertar micro e macro nutrientes, na quantidade adequada, suficiente pararestabelecer o quadro nutricional ou restabelecer. Tcm é o tipo de gordura que tem que ser ofertada. Podendo ofertar tcm isolada. O tcm isolado é melhor porque garante que seja absorvido, mas o custo é muito alto. Se o paciente tiver um quadro de esteatorreia, ele precisa da oferta de tcm. Se ele não tiver esteatorreia, ainda assim pode ofertar, mas não há tanta necessidade. Dar preferência para origem vegetal porque é polinssaturada por que contribui para a diminuição da inflamação. A recomendação de vitaminas do complexo b e os demais micronutrientes devem ser suplementados em caso de deficiência diagnosticada por exames. A dieta para pacientes que está com reposição de enzimas pancreaticas deve ser uma dieta não muito ofertada, porque ela irá interferir na ação das enzimas pancreáticas, assim como a fibra reduz a absorção de gorduras e na absorção de açúcares, porque ela carrega consigo algumas moléculas, ela então interfere na ação das enzimas. A recomendação de fibras normal é de 20 a 25 gramas, então o paciente com pancreatite aguda, tem que ser ofertado menos. Menos de 20 gramas. Pacientes que não conseguem atingir os requerimentos de nutrientes, são candidatos a suplementação, seja ela via oral, ou via interal ou mista. A parenteral somente como última opção. A suplentação de enzimas deve ser ofertadas juntamente com a refeição, não deve mastigar essas enzimas, ingerir a cápsula inteira. Doses maiores devem ser utilizadas nas refeições principais, aproximadamente 50 mil unidades de lipase e menores doses ofertadas nos lanches. Onde o teor de gordura é menor. Aproximadamente 25 mil unidades de lipase. Para crianças, ofertar doses menores, conforme faixa etária. Além disso poderá ser necessário utilização de beta bloqueadores, aqueles bloqueadores ou inibidores da secreção gástrica. Pancrelipase e pancreatina são as enzimas que se devem prescrever. Recomenda-se não mais que 1000 unidades de lipase por quilograma de peso do paciente. Avaliar após 4 semanas os exames para saber se precisa alterar a quantidade de enzima ofertada. Sonda naso intérica é indicado para 5% dos pacientes e a prescrição de analgésico antes da refeição melhora a dor e consequentemente o estado nutricional do paciente, por que ele irá comer mais. A nutrição enteral está indicada para pacientes em estados mais graves, onde a terapia oral não é satisfatória. A parenteral está indicada para pacientes com obstrução gástrica, com estenose duodenal grave e em caso de fistolas pancreaticas. 
Terapia nutricional para doença crônica, controlar quantidade de gordura, combinar dosagens de enzimas pancreaticas com quantidade de gorduras ofertadas na refeição. Dieta hiper lipídica, menor teor de fibras, dependendo do estado nutricional a que vai intensificar o aporte proteico, taxa metabolica basal, o fator de injuria de pancreatite cronica é menor que para a aguda. As vezes será necessário terapia oral e avaliar frequentemente o estado nutricional.
A) Qual a melhor rota para ofertar a dieta?
B) qual a melhor composição de nutrientes?
C) quando as estratégias nutricionais são terapêuticas, ou apenas servem como suporte a terapêutica?
PULMÃO: DPOC: doença pulmonar obistrutiva crônica
Os músculos respiratórios na DPOC requerem 10 x mais energia para o processo de respiração do que em um paciente sem dpoc. O excesso de peso também dificulta a respiração e demandará maior consumo de oxigênio -> manter peso saudável. Até 40% dos pacientes apresentam IMC baixo e perda de peso involuntária -> síndrome da caquexia pulmonar( é uma tipo de desnutrição aguda que leva ao emagrecimento repentino, perda de massa muscular, fraqueza, cansaço em indivíduos que não estão fazendo nenhuma dieta,parece desnutrição mas não pode ser reposta por melhor alimentação). 
Fatores que influenciam o estado nutricional: hipóxia tecidual, atrofia desuso, alterações no metabolismo e ingestão calórica, estresse oxidativo, envelhecimento, inflamação e medicamentos (glicocorticóides). Paciente é portanto hipercatabólico e hipermetabólico.
Diagnóstico da caqueixa: perda de peso em pelo menos 5% em dose meses, livre de edema, ou IMC < 20kg/m², mais a presença de pelo menos outros 3 fatores, fadiga, diminuição da força muscular , anorexia , índice de massa magra baixo, anormalidades bioquímicas : aumento de marcadores inflamatórios . O índice de massa magra (massa magra/altura2) igual ou inferior a 15 kg/m2 para mulheres e igual ou inferior a 16 kg/m2 para homens é usado como critério para caracterizar a depleção de massa magra em pacientes com DPOC. A avaliação do estado nutricional deve incluir, ainda, a história alimentar e os marcadores bioquímicos comumente empregados na prática clínica.
Energia: calorimetria indireta ou equações preditivas. Pode-se usar harris & benedict para estabelecer TMB. 
Fator injúria: 1,49 – 1,78 ou 1,3 (estável) a 1,7 (para recuperação do estado nutricional). 
Equação DPOC: episódios de infecção: aumentar em até 30% VET. DPOC: GEB (kcal/dia) = 443,3 + [18,15 × MCM (kg)]
Macronutrientes: Recomendações nutricionais para pessoas com eutrofia: 50 a 60% de CHO, 25 a 30% de LIP, 15 a 20% de ptn, PTN: 1,5g/kg/dia
Desnutrição: adequar para ganho de peso , aumentando o valor energético em 500 a 1000 kcal dia; Obesidade: adequar para perda de peso,diminuindo o valor energético em 500kcal dia em relação ao GET
Padrão da dieta: Dieta variada. Hiperproteica e hipercalórica. Avaliar necessidade de tn. Avaliar interação com medicamentos. Avaliar parâmetros dos nutrientes corporais para estabelecer prescrição de suplementos. Refeições fracionadas em 4-8x/dia com alta densidade energética.
Recomendações: Nutrientes especiais: Bcaa: pode prevenir/recuperar perda de massa magra. Antioxidantes e suplementos contendo vitaminas e minerais: pode ser benéfico em diversos desfechos; ômega-3: não há evidências suficientes1; pode reduzir marcadores de inflamação; Bicarbonato: não é citado e não foram encontrados estudos.
Estratégias: Anorexia; saciedade precoce; dispnéia; fadiga; flatulência; constipação; problemas dentários.
Orientações aos pacientes: Descansar 30’ antes das refeições. Preferir alimentos de alta densidade energética. Planejar refeições pequenas (com pouco volume). Manter uma boa hidratação (6-8 copos/dia) de bebidas, não cafeínadas (cafeína pode interagir com medicamentos). Consumir alimentos contendo fibra (20-35 g/dia). Evitar o consumo excessivo de sódio. Preferir ervas aromáticas e evitar alimentos ricos em sódio. Usar a cânula de oferta de oxigênio ao comer (não aumentar o fluxo sem falar com médico). Se em uso de diuréticos: aumentar a oferta de eletrólitos, especialmente potássio. Escolher alimentos de fácil mastigação (dieta branda) e/ou triturados. Levar pouca quantidade de comida por vez a boca, respirando entre cada leva (descansar o talher antes do próxima leva de comida a boca). Maior fracionamento da dieta. Dar preferência para a ingestão de líquidos ao final da refeição. Comer em posição sentada. Se sentir falta de ar, incline-se apoiando os cotovelos na mesa. Tenha variedade na dieta dando preferência a alimentos fontes de proteína, gorduras e carboidratos complexos.
Dietas indicadas para DPOC: high-fat – low-carb vs. High-carb diets.
.A oxidação de carboidrato produz mais CO2 , enquanto a oxidação de gorduras e proteínas produz menos CO2 e consume mais O2. 
Quociente respiratório: glicose precisa de 6 o2 e produz 6 co2, enquanto a oxidação de gorduras e proteínas menos CO2 apesar de consumir mais O2 = 0,7 e 0,8 respectivamente) 
. Dietas high-fat low-carb 55% de LIP 25% de CHO parecem reduzir PaCO2
. Projeto diretrizes 2011: “dietas ricas em carboidratos podem aumentar a produção de co2 e do quociente respiratório em pacientes com dpc, mas, de maneira geral, causam menos desconforto respiratório do que as ricas em lipídeos, estando recomendadas.”
Pacientes com ventilação mecanica: Energia: usar calorimetria ou equações de fórmula de bolso ou harris benedict
Proteína: Estabelecer conforme IMC apresentadopelo paciente.
Se IMC < 30, ofertar 1,2 a 2g/Kg de peso/dia (peso real)
Classe I e II (30-40), ofertar > 2g/kg de peso/dia (peso ideal)
Classe III > 40, ofertar igual ou acima de 2,5g/kg de peso/dia (peso ideal)
Pacientes graves em VM com disfunção renal aguda a necessidade proteica deve ser individualizada.
Início da oferta de dieta: Enteral é a primeira escolha sempre que houver funcionamento do TGI: evitar iniciar nutrição parenteral (NP) em pacientes graves em VM até que todas as estratégias para otimizar a NE sejam esgotadas; -> iniciar a nutrição enteral precoce (dentro de 24 à 48h da admissão na UTI) desde que o paciente esteja hemodinamicamente estável; -> iniciar a dieta enteral com uma quantidade menor (20-25% da meta) e progredir o volume até alcançá-la em 48 a 72h, visando evitar o risco da síndrome da realimentação. Antes de efetuar a evolução avaliar a tolerabilidade.
Estratégias para otimizar a oferta de dieta: manter a cabeceira entre 30º – 45º, salvo contra indicação, para todos os paciente intubados recebendo a nutrição enteral; -> deve-se considerar as duas vias (gástrica e/ou pós- pilórica) para pacientes em VM, reservando o posicionamento pós-pilórico para pacientes com intolerância e/ou contra indicação gástrica; -> considerar gastrostomia ou jejunostomia para pacientes em VM requerendo nutrição enteral superior a 4 semanas; -> pode-se utilizar o método contínuo em bomba de infusão para aqueles pacientes graves em VM com intolerância à terapia nutricional enteral; -> pode-se utilizar procinéticos (preferir metoclopramida) para melhorar a tolerância, visando alcançar a meta calórica enteral
Composição da dieta: Pode-se utilizar formulações projetadas para manipular o quociente respiratório e reduzir a produção de co2 (rica em lipídeos e baixo carboidrato) em pacientes selecionados (pacientes dpoc com retenção de co2, com SARA grave e hipercapnia permissiva e ventilação protetora limítrofe, naqueles apresentando desmame difícil ou prolongado com retenção de co2); -> ( paciente tem dificuldade de eliminar co2, então manipula-se a formula com mais ptn e lip, e menos cho, porque eles produzem menos co2); -> evitar o excesso de caloria total; -> pode-se utilizar formulações enterais com perfil lipídico anti-inflamatório e com antioxidantes para pacientes em vm com SARA. Doses elevadas de ômega 3 devem ser evitadas para aqueles pacientes que apresentam distúrbios de coagulação; -> avaliar fósforo sérico e repor se houver déficit. 
CÂNCER: - CNNO – 2a edição, INCA 2015 / Consenso nacional de nutrição oncológica – volume II, INCA 2016
1) Quais ferramentas podem ser utilizadas para avaliar o estado nutricional do paciente oncológico adulto?
Muitas ferramentas vêm sendo utilizadas como métodos eficazes de triagem e avaliação nutricional para os pacientes
oncológicos, como o nutritional risk screening (NRS, 2002), a avaliação subjetiva global (ASG), a ASG-PPP e o índice de
prognóstico nutricional (IPN)
2) Descreva as recomendações de energia, proteína e água para o paciente adulto: Cirúrgico: em tratamento clínico (radio e/ou quimioterapia): submetido ao transplante de medula-óssea: em cuidados paliativos em fim de vida: em cuidados paliativos com uma expectativa de vida maior que 90 dias:
As recomendações nutricionais para os pacientes críticos variam em torno de 25 a 30 kcal/kg de peso atual/ dia e a
quantidade de proteína entre 1,5 e 2,0 g/kg de peso atual/dia. Na fase aguda da resposta ao trauma, a necessidade fica entre 20 e 25 kcal/kg de peso atual/dia. Para os pacientes obesos críticos com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 50 kg/m2, a oferta calórica deve ficar entre 11 e 14 kcal/kg de peso atual/dia. Para os obesos que apresentam IMC maior do que 50 kg/m2, a oferta calórica é de 22 a 25 kcal/kg de peso ideal/dia. A maioria dos pacientes críticos necessita de dietas hiperproteicas, nesse contexto, a oferta de proteína é aumentada, entre 1,2 e 2,0 g/kg de peso atual/dia.
Paciente oncológico obeso crítico com IMC entre 30 e 40 kg/m2, a oferta proteica deverá ser de 2,0 g/kg de peso
ideal/dia e de 2,5 g/kg de peso ideal/dia para pacientes com IMC maior ou igual a 40. Os requerimentos hídricos para os pacientes críticos baseiam-se na oferta de líquidos preconizada para indivíduos normais.Essa quantidade é estabelecida de acordo com a faixa etária: de 18 a 55 anos, 35 ml/kg de peso atual/dia; de 55 a 65 anos, 30ml/kg de peso atual/dia; mais de 65 anos, 25 ml/kg de peso atual/dia. Contudo, na presença de falência renal, hepática ou cardíaca, desidratação, edema ou anasarca, essa quantidade deve ser ajustada de acordo com a orientação da equipe multidisciplinar (CUPPARI, 2005).
3) Descreva estratégias nutricionais que devem orientadas para o controle dos seguintes sinais e sintomas:
a. Diarreia: Usar fórmula enteral hidrolisada ou suspender a TNE ou modificação da dieta oral. 
b. Náuseas e vômitos: Orientar o paciente a: - Manter a higiene oral; - Evitar jejuns prolongados; - Mastigar ou chupar gelo 40 min antes das refeições; - Evitar frituras e alimentos gordurosos; - Evitar alimentos e preparações que exalem odor forte e procurar realizar as refeições em locais arejados; - Evitar preparações e alimentos muito doces; - Evitar beber líquidos durante as refeições, utilizando-os em pequenas quantidades nos intervalos, preferencialmente
gelados (ex.: picolé); - Manter cabeceira elevada (no mínimo 45°) durante e após as refeições; - Utilizar gengibre em infusão, como tempero ou adicionado a sucos (antinauseante)
c. Xerostomia (boca seca, pouca salivação): - Ingerir menos de 70% do valor energético recomendado, usar suplementos nutricionais nesses casos; - Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da xerostomia; - Conscientizar o paciente de que a xerostomia pode ocorrer até alguns anos após o término do tratamento; - Estimular o consumo de água, no mínimo 2 l ao dia, e líquidos em geral até 3 l ao dia; - Estimular a ingestão de alimentos mais prazerosos; - Adequar a consistência dos alimentos, conforme aceitação do paciente; - Evitar o consumo de café, chá e refrigerantes que contenham cafeína; - Em caso de aporte nutricional insuficiente, associar com TNO hipercalórico e hiperproteico, de 2 a 3 vezes ao dia; - Orientar o paciente a: - Manter higiene oral e hidratação labial; - Dar preferência a alimentos umedecidos, adicionar caldos e molhos às preparações; - Utilizar gotas de limão nas saladas e bebidas; - Ingerir quantidade necessária de líquidos junto com as refeições para facilitar a mastigação e a deglutição; - Utilizar balas cítricas e mentoladas sem açúcar; - Usar ervas aromáticas como tempero nas preparações, evitando sal e condimentos em excesso; - Mastigar e chupar gelo feito de água, água de coco e suco frutas ou picolés.
d. Saciedade precoce: - Conscientizar o paciente da necessidade de comer, apesar da saciedade precoce; - Modificar as fibras da dieta por meio de cocção e/ou trituração para reduzir a saciedade; - Aumentar o fracionamento da dieta e reduzir o volume por refeição, oferecendo de 6 a 8 refeições ao dia; - Aumentar a densidade calórica e proteica das refeições; - Em caso de aporte nutricional insuficiente, associar com TNO hipercalórico e hiperproteico, palatável ao paciente,com baixo volume, de 2 a 3 vezes ao dia; - Orientar o paciente a: - Dar preferência à ingestão de legumes cozidos e frutas sem casca e bagaço; - Priorizar sucos mistos de legumes com frutas, ao invés de ingerir separadamente e na forma in natura; - Dar preferência à ingestão de grãos em geral liquidificados ou somente o caldo de sua preparação; - Adicionar cremes e molhos hipercalóricos não hiperlipídicos em legumes cozidos; - Não ingerir líquidos durante as refeições; - Utilizar carnes magras, cozidas, picadas, desfiadas ou moídas em pequenas porções; - Evitar alimentos e preparações gordurosas; - Evitar a ingestão de bebidas gaseificada.
4) Quais equações podem ser utilizadas para estabelecer as necessidades energéticas em crianças oncológicas?DRI 2006, Holliday and Segar (1957) e Aspen (2002)
5) Quais as quantidades de proteínas para crianças cirúrgicas e em tratamento clínico (quimio e /ou radioterapia)?
Cirúrgicos: - De neonatos até 2 anos: de 2,5 a 3,0 g/kg ao dia; - Crianças (de 2 a 11 anos): 2,0 g/kg ao dia
- Adolescentes (acima de 12 anos): de 1,5 a 2,0 g/kg ao dia.
Quimioterapia e radioterapia: - De neonatos até 2 anos: de 2,5 g/kg a 3,0 g/kg ao dia; - Crianças (de 2 a 11 anos): 2,0 g/kg ao dia; - Adolescentes (acima de 12 anos): de 1,5 g/kg a 2,0 g/kg ao dia.
6) Qual peso deve ser considerado para estabelecer as necessidades proteicas em crianças oncológicas?
crianças com baixo peso, utilizar o P/E no percentil 50 ou o escore Z = 0,00;- Em crianças eutróficas, utilizar peso atual.
crianças com sobrepeso ou obesas, utilizar o P/E no percentil 90 ou o escore Z = +2,00; - Esse ajuste em relação ao peso atual não deve ultrapassar 20%
7) Cite as recomendações de energia, proteínas e ingestão hídrico para o idoso oncológico.
Necessidades energéticas: Sem estresse: de 25 a 30 kcal/kg de peso atual/dia (manutenção); Estresse leve: de 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia (ganho de peso, repleção nutricional); Estresse moderado ou grave: ≥ 35 kcal/kg de peso atual/dia (hipermetabólico); Sepse: de 25 a 30 kcal/kg de peso atual/dia; Obesidade: de 21 a 25 kcal/kg de peso atual/dia
Recomendação Proteica: Sem estresse: de 1,0 a 1,2 g/kg de peso atual/dia (manutenção); Estresse leve: de 1,2 a 1,5 g/kg de peso atual/dia (doença aguda ou crônica); Estresse moderado ou grave: de 1,5 a 2,0 g/kg de peso atual/dia (doença ou lesão grave e desnutrição grave). Ingestão hídrica: 30 a 40 ml/kg de peso atual/dia.
8) Quais as recomendações de energia, macronutrientes e características da dieta para o paciente sobrevivente do câncer? Energia e proteína:A estimativa das necessidades nutricionais e a distribuição de energia e nutrientes devem ser estabelecidas,individualmente, de acordo com as DRI e a atividade física implementada. Sugere-se que a composição proteica da alimentação do indivíduo adulto esteja entre 10% e 35% do valor energético total, preferencialmente com alimentos de baixo teor de gordura saturada, como peixes, carnes magras, aves sem pele, produtos lácteos com baixo teor de gordura, nozes, sementes e leguminosas. Hábitos alimentares saudáveis, tais como:  Dar preferência a alimentos de origem vegetal: pelo menos 2/3 do prato composto por legumes, frutas, grãos integrais, leguminosas e nozes, enquanto o outro 1/3 contenha aves, peixes, carnes magras e laticínios de baixo teor de gordura e proteínas de origem vegetal; Incluir diariamente frutas, vegetais in natura e grãos integrais ao invés de refinados na alimentação • Evitar o consumo de alimentos e bebidas com alta densidade energética, tais como: fast-foods, molhos cremosos ricos em gorduras, bebidas com açúcar, refrigerantes, bebidas esportivas e sucos artificiais que promovem o ganho de peso;  Atentar para rótulos de alimentos e bebidas para setornar mais consciente das calorias presentes e do tamanho das porções que devem ser ingeridas.GORDURAS: Adultos (OMS/DRI): Gordura total: de 20% a 35% do VET; Ácidos graxos ômega-6: de 5% a 10% do VET Ácidos graxos ômega-3: de 0,6% a 1,2% do VET; Colesterol, AG trans e AG saturado: mínima ingestão possível (proveniente de alimentação adequada); Crianças e adolescentes (OMS/DRI): • De 1 a 3 anos: de 30% a 40% do VET; • De 4 a 18 anos: de 25% a 35% do VET; • De 18 a 21 anos: de 20% a 35% do VET. O consumo de gordura saturada deverá ser < 10% do VET, de gordura poli-insaturada devem corresponder a de 6% a 10% do total de energia, enquanto a gordura monoinsaturada deve completar o percentual recomendado para gorduras totais, e as gorduras trans < 1% do VET. A quantidade máxima de colesterol que pode ser consumida em uma alimentação habitual, na ausência de dislipidemia, é de 300 mg.
9) Sobre a imunonutrição, esta está indicada para que tipo depaciente oncológico? E quais são os imunonutrientes indicados? Pacientes em pré-operatório de cirurgias de grande porte do trato digestório e de cabeça e pescoço, independente do estado nutricional e pós-operatório do trato digestório e de cabeça e pescoço. Imonutrientes - Arginina, nucleotídeos e ômega-3.
10) Como os antioxidantes devem ser prescritos para o paciente oncológico? E para quem deve ser prescrito?
para pacientes oncológicos por meio de uma alimentação rica em frutas e vegetais (cinco ou mais porções por dia) e de acordo com a DRI. Todos os pacientes oncológicos se beneficiam com uma alimentação saudável, composta do consumo de 5 porções ao dia (de 400 a 600 g) de vegetais não amiláceos e frutas, fontes de antioxidantes.
11) Os fitoterápicos estão indicados para os pacientes oncológicos? Justifique sua resposta.
Ainda não, pois há falta de pesquisas com comprovação científica de efeitos benéficos do uso da fitoterapia em
pacientes oncológicos.

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