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AULA 001 EXERCÍCIOS GABARITO

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EXERCICIOS REFERENTE A AULA 1
Questões:
01. A responsabilidade primária na prevenção e detecção de fraudes e erros é:
(A) da administração.
(B) da auditoria interna.
(C) do conselho de administração.
(D) da auditoria externa.
(E) do comitê de auditoria.
Resolução:
Questões como essa são bastante “batidas” em provas concurso e exploram as responsabilidades e objetivos da auditoria independente. Vimos que, diferente do que muitos pensam, a detecção de erros e fraudes não é responsabilidade do auditor independente, mas da administração da empresa e dos responsáveis pela governança.
Logo, o gabarito é a letra “A”.
02. Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo:
(A) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
(B) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos.
(C) emitir opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis.
(D) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio.
(E) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios.
Resolução:
Item A: errado
O objetivo do auditor independente não é ajudar a administração a cumprir seus objetivos, isso é papel do auditor interno ou de um consultor. O objetivo primordial da auditoria externa é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários.
Item B: errado
O auditor independente até pode apresentar esses subsídios, mas isso não é o seu objetivo principal.
Item C: certo
As normas em vigor dispõem que o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. Fique atento: essa opinião é emitida por meio de um relatório de auditoria, as novas normas não utilizam mais o termo “parecer”.
Item D: errado
A afirmação dessa assertiva representa o papel de um advogado ou de um consultor jurídico, não do auditor independente.
Item E: errado
O auditor externo também pode e deve fazer recomendações para a administração por intermédio do chamado “relatório-comentário”, mas esse não é seu objetivo final.
03. No processo de auditoria independente, deve-se:
(A) garantir a viabilidade futura da entidade.
(B) dividir a responsabilidade entre a equipe técnica e o auditor.
(C) abolir o uso de práticas consagradas pela Profissão Contábil.
(D) certificar a continuidade da empresa pelos próximos 5 anos.
(E) emitir opinião sobre as demonstrações contábeis com assinatura de contador devidamente registrado.
Resolução:
Item A: errado
Inicialmente, só lembrando que as normas em vigor a partir de 2010 não falam mais em parecer, mas em opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis, cuja emissão se dá por intermédio de um relatório.
Tal opinião trata de determinar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
Essa opinião não assegura, por exemplo, a viabilidade futura da entidade nem a eficiência ou eficácia com a qual a administração conduziu os negócios da entidade.
Em outras palavras, a auditoria não garante que a empresa terá sucesso no futuro em seus objetivos. Seria muita pretensão do auditor ter esse objetivo.
Na realidade, ele é contratado com um único propósito: garantir, com determinado nível de segurança, que as demonstrações contábeis estão corretas.
Muito cuidado com isso!
As bancas geralmente fazem desse ponto uma “pegadinha” clássica. Portanto, um item que afirme que a auditoria atesta a eficácia ou eficiência da administração ou que representa uma garantia da viabilidade futura da empresa está errado.
Item B: errado
As normas convergidas dispõem que cabe ao sócio encarregado do trabalho (auditor) assumir a responsabilidade pela direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis. Ou seja, mudou apenas a designação do auditor, que as novas normas denominam “sócio encarregado do trabalho”, contudo, a responsabilidade continua a mesma. (obs.: se vier na questão, simplesmente, o termo “auditor”, considere correto, pois é uma designação genérica)
Item C: errado
O auditor também pode utilizar práticas profissionais formais ou informais para embasar sua opinião. Desta forma, o auditor pode vir a utilizar-se de normas que não foram emanadas pelos seus próprios órgãos de classe, como por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, o Banco Central do Brasil – Bacen, a SUSEP e outros. Nesse sentido, veja o que dispõe a NBC TA 570: “No caso do Brasil, como definido no item 7 da NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações Contábeis ‘práticas contábeis adotadas no Brasil’ compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais”. (grifos nossos)
Ou seja, continuam sendo aceitas práticas que não foram emanadas pelos próprios órgãos de classe, a novidade é a parte final do dispositivo mencionado, que determina que essas práticas estejam em consonância com as normas contábeis internacionais, objetivo das alterações promovidas pelas novas normas de auditoria.
Item D: errado
A continuidade normal das atividades da entidade deve merecer especial atenção do auditor, quando do planejamento dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser complementada quando da execução de seus exames.
De acordo com as novas regras de auditoria, a responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso, pela administração, do pressuposto de continuidade operacional na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade dessa continuidade. 
Mesmo as normas revogadas não falavam em certificação, elas dispunham que a evidência de normalidade pelo prazo de um ano após a data das Demonstrações Contábeis é suficiente para a caracterização da continuidade operacional da entidade. Atenção, as normas falam em evidência de normalidade, nunca em garantia da continuidade operacional da entidade auditada.
Item E: certo
Segundo as normas em vigor a partir de 1º/01/2010, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.
Por sua vez, as normas profissionais do Auditor Independente ainda não foram convergidas, assim, permanece em vigor a Resolução CFC nº 821/97. Segundo esta norma, o auditor independente deve ser um contador. Assim, não é todo contabilista, na sua acepção genérica, que pode assinar um relatório de auditoria, mas, apenas aqueles enquadrados na categoria de contador.
05. De acordo com a Lei no 6.404/76 e a Lei no 11.638/07, estão obrigadas à auditagem por auditores independentes, registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as sociedades anônimas
(A) e as demais sociedades.
(B) de capital aberto, somente.
(C) de capital aberto e de capital fechado, somente.
(D) de capital aberto e as sociedades de grande porte.
(E) de capital aberto, de capital fechadoe as sociedades de grande porte.
Resolução:
Acabamos de falar que as sociedades anônimas de capital aberto devem ser passar por auditoria independente, conforme dita a Lei no 6.404/76.
Além disso, vimos também que a Lei no 11.638/07 estabelece que as empresas de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações, devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM. Logo, a resposta é o item “D”
06. O proprietário de uma empresa retira temporariamente do caixa R$ 2.000,00. O contador registra um adiantamento da empresa para o proprietário. O princípio que norteou esta conduta foi:
(A) Competência do Exercício
(B) Denominador comum monetário
(C) Entidade
(D) Realização da Receita
(E) Custo Histórico
Resolução:
Bom… essa questão é bem fácil, basta saber quais são os princípios da contabilidade. No entanto, não podemos esquecer que a Resolução CFC no 750/93 foi alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10, e trouxe como principal mudança a incorporação do Princípio da Atualização Monetária pelo Princípio do Registro pelo Valor Original.
1. Prudência
2. Registro pelo Valor Original
3. Entidade
4. Continuidade
5. Oportunidade
6. Competência
Mudamos a ordem de apresentação dos princípios para formar um pequeno mnemônico: PRECOC.
Pronto, agora você não pode mais esquecer!
Veja que essa questão trata primordialmente do fato de o patrimônio da entidade não se confundir com aqueles dos seus sócios ou proprietários, ou seja, do princípio da entidade.
O gabarito é a letra “C”.
07. A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que:
(A) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis.
(B) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis.
(C) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade.
(D) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis.
(E) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade.
Resolução:
Essa é uma questão bem recente, cobrada no último concurso do ISS-RJ. Vamos ver como não é difícil respondê-la, com base no que acabamos de discutir.
De cara, já é possível ver que o item A está correto e, portanto, é o gabarito da questão (gabarito preliminar da Banca). Ora, vimos que o objetivo da auditoria interna é auxiliar a administração da entidade e o da auditoria independente é emitir uma opinião (parecer) sobre a adequação das demonstrações contábeis.
De qualquer forma, vejamos porque os outros itens estão errados.
No item B, o auditor externo na revisa os lançamentos e as demonstrações, mas emite uma opinião sobre eles.
No item C, a atuação e os objetivos da auditoria interna e externa são distintos.
No item D, a auditoria interna não se restringe aos aspectos financeiros da empresa, vimos que abarca também os aspectos operacionais.
No item E, o objetivo da auditoria interna não é apontar falhas (erros e fraudes), além disso, a auditoria externa não emite opinião sobre a “execução contábil e financeira”, mas sobre as demonstrações contábeis como um todo.
08. As auditorias internas e externas atuam em diferentes graus de profundidade e de extensão nas tarefas de auditoria. Embora exista uma conexão nos trabalhos de ambas, é função da auditoria externa
(A) prevenir erros e fraudes, sugerindo aos administradores da empresa os ajustes necessários.
(B) acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de administração da empresa, na consecução dos seus objetivos.
(C) avaliar e testar os sistemas de controles internos e contábil, em busca da razoável fidedignidade das demonstrações financeiras.
(D) desenvolver continuamente o trabalho de auditoria na empresa, concluindo as tarefas com a elaboração de relatórios.
(E) seguir as normas e procedimentos de auditoria na execução dos trabalhos, com grau de independência limitado.
Resolução:
Analisando rapidamente os itens A, B, D e E, é possível identificar o que os torna errados.
No item A, não é função do auditor externo prevenir erros e fraudes.
No item B, acompanhar o cumprimento de normas técnicas e a política de administração da empresa (=controle interno) é função da auditoria interna.
No item D, o trabalho do auditor externo é esporádico e não contínuo.
AUDITORIA E CONTROLADORIA

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