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teoria da adm resumo dos cap 5,6,7

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CAP 5
O Estruturalismo e a Teoria da Burocracia
A Teoria Estruturalista representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa também uma visão extremamente crítica da organização formal. Surge como um desdobramento da teoria Burocrática, com ênfase na estrutura, nas pessoas e no ambiente. A preocupação dos estruturalistas foi procurar inter-relacionar as organizações com o seu Ambiente Externo. O estruturalismo, método desenvolvido na linguística, invadiu posteriormente as demais áreas do conhecimento social, isto é, a economia, a sociologia, a teoria das organizações, a ciência política e a psicologia. Podemos afirmar que o estruturalismo é um método analítico comparativo. Pra o estruturalismo o conceito de sistema é de especial importância, pois se considera em sua análise o relacionamento das partes na constituição do todo. O conceito de organização para o estruturalismo é múltiplo, depende da teoria e do enfoque empregado, é necessário a compreensão de que cada paradigma utilizado ou cada teoria tem seus limites metodológicos e esclarecem alguns aspectos do objeto “organização”, descobrindo outros. Os quatro tipos de estruturalismo são: estruturalismo abstrato, estruturalismo concreto, estruturalismo fenomenológico e estruturalismo dialético. Em teoria crítica, vários estudos adotam uma posição mostrando as relações e a dominação do sistema social, outro exemplo de argumentação crítica é o argumento segundo o qual adoção recente do nome de “gestão de pessoas” para a antiga administração de recursos humanos é uma tentativa de ocultar relações do poder subjacentes ao sistema. Atualmente criticam outras formas de alienação na organização além da alienação marxista tradicional. Seeman diz que as consequências de alienação, analisada como insatisfação profunda em relação ao trabalho, podem levar o individuo a desenvolver desde uma frustração agressiva a uma atividade radicalmente hostil. Já os trabalhos de Robert Sevigny caracterizam o homem moderno pela teoria rugiriam da atualização do ego. A palavra estrutura é de emprego muito antigo, tanto nas ciências físicas quanto nas sociais e em termos amplos significa tudo o que a análise interna de uma totalidade revela, ou seja, elementos, suas inter-relações, disposição. O conceito de estrutura é especialmente importante para a ciência porque pode ser aplicada coisas diferentes, permitindo a comparação. Nesse sentido, podemos afirmar que o estruturalismo é um método analítico comparativo. Além disso, o estruturalismo considera os fenômenos ou elementos com referência a uma totalidade, considerando, pois, o seu valor de posição. Assim, à sua característica comparativa, podemos acrescentar seu aspecto totalizante. Disto se conclui que para o estruturalismo é de especial importância o relacionamento das partes na constituição do todo, ou seja, que estruturalismo implica em totalidade e interdependência, já que excluios conjuntos cujos elementos sejam relacionados por mera justaposição. Simplificando, os conjuntos que interessam ao estruturalista apresentam como característica básica o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes. A ênfase recente na aplicação de métodos estruturalistas no estudo das organizações pode ser entendida como uma volta às suas origens mais autênticas. De fato, o primeiro teórico significativo das organizações foi Max Weber, que as analisou de uma perspectiva estruturalista fenomenológica, numa linha muito semelhante àquela adotada por Ferdinand Tõnnies no nível macros sociológico. Weber deixou inúmeros escritos esparsos que, organizados por sua viúva e por outros cientistas sociais, têm exercido enorme influência no desenvolvimento das ciências sociais e, em particular, da teoria das organizações. Além das várias coletâneas que trazem trabalhos de Weber, como Estrutura de Classes e Estratificação Social, Sociologia da Burocracia e Sociologia Política, trabalhos como Economia e Sociedade, História Econômica Geral, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, A Cidade e Ciência e Política: Duas Vocações relacionam se com áreas de estudo que vão desde a sociologia até o urbanismo, passando pela teoria das organizações, pela ciência política, pela história e pela economia. A preocupação central da obra desse pioneiro da teoria das organizações parece ser a racionalidade, entendida em termos de equação dinâmica entre meios e fins. Seus estudos sobre poder e burocracia parecem ser tentativas de resposta a perguntas tais como: quais as condições necessárias para o aparecimento da racionalidade?; qual a natureza da racionalidade?; quais as suas consequências socioeconômicas?" Nessa linha, nos sistemas sociais altamente burocratizados, o formalismo, a impessoalidade, bem como o caráter profissional de sua administração seriam manifestações de sua racionalidade. Outros estruturalistas de grande importância na teoria das organizações são Robert K. Merton, Phillip Selznick e Alvin Gouldner, que procurando fugir ao mecanicismo na análise organizacional, tratam de adaptar o modelo weberiano da burocracia à variável comportamental introduzida na teoria pela Escola de Relações Humanas. Para Merton, a estrutura burocrática introduz transformações na personalidade dos seus participantes que levam à rigidez, a dificuldades no atendimento aos clientes e a ineficiência, transformações essas responsáveis pelo que chama disfunções ou consequências imprevistas. Responsável por diversas coletâneas, Merton tem suas ideias expostas nessas e em outras. Além disso, uma obra sua de grande significação é Teoria Social e Estrutura Social. Na mesma linha, Phillip Selznick vê, ao nível da delegação de autoridade, forcas geradoras de ineficiência na burocracia, através da criação de condições favoráveis à bifurcação de interesses. Sua obra mais conhecida é Liderança na Administração - Uma interpretação Sociológica. Sua preocupação central é a demonstração do desequilíbrio provocado no sistema pela aplicação de uma técnica de contrôle que vise a manter o equilíbrio de um subsistema e da forma pela qual tal desequilíbrio influi no subsistema inicialmente afetado. Não menos importante que os demais é Amitai Etzioni que tem causado um grande impacto na teoria das organizações. Etzioni teve, entre outros, o mérito de chamar a atenção para a importância do método estruturalista na análise organizacional. O nível de modernização da sociedade atual nos leva a pensar que das indústrias e organizações são essenciais para o indivíduo, desde seu nascimento até a sua morte. Nesse aspecto, essas organizações precisam apresentar certa flexibilidade, capacidade de adiar recompensas, desejo interminável de realização e resistência a frustração. A cooperação da organização com o indivíduo é dada pelo desejo intenso de realização e a conquista progressiva de recompensas. Essas características imprimem um novo modelo de personalidade do homem, chamado de Homem Organizacional. Nos modelos de estruturalismo, durante a administração das organizações, há três dilemas que são gerados pela racionalidade e o modelo de Homem Organizacional. O primeiro dilema é gerado pela comunicação e coordenação. Com a comunicação livre, traz as vantagens de cooperação, e o aumento de produtividade e inovação. Mas com essa comunicação, há o embate de ideias, o que leva cada decisão seja pesada com outra proposta do grupo, o que pode ter bastante desvantajoso em relação a decisões rápidas. O segundo dilema é gerado pelas divergências da disciplina burocrática e a especialização profissional. O profissional procura os interesses dos seus clientes, e a burocracia da organização. Nesse embate pode ocorrer de certas perdas e prejuízos para ambos os lados. O terceiro dilema é relacionado ao planejamento administrativo e a iniciativa. Com os avanços tecnológicos, as empresas precisam de mais inovação e iniciativa em novas ideias. Entretanto, a necessidade de planejamento e controle persiste. O dilema é que com as técnicas deplanejamento e controle, há a supressão da criatividade e iniciativa, já que com o planejamento há a comparação de ações, o que leva a organização a não arriscar, tomar iniciativa. As críticas ao modelo estruturalista são baseadas nas próprias perguntas feitas pelos estruturalistas, os três dilemas mostrados no Nó IV, e também as críticas seguintes:-A confusão de relações humanas na estrutura: Ao citar gestão de pessoas e relações humanas, têm-se a ideia que é ser gentil com as pessoas, proporcionar uma ambiente amigável para a execução do trabalho, quando na verdade é conciliar o bem-estar do empregado com os interesses da empresa. -A influência dos grupos e gestão de pessoas: Com a livre interação dos grupos, mostra que o grupo exerce uma influência local nos seus participantes, e que a gerência acaba se transformando numa liderança permissiva, em que os participantes do grupo serão influenciados pelo grupo em si. Uma sociedade moderna e industrializada é formada pela existência de um número muito grande de organizações, a ponto de se afirmar que o homem passa a depender delas para nascer, viver e morrer. É indiscutível que um grande número de pessoas participa das organizações ressinta-se do conformismo exigido. O homem organizacional é um homem que age racionalmente, visando atingir seus objetivos e interesses pessoais. Em uma organização existem conflitos inevitáveis, tanto a Escola da Administração Clássica como a de Relações Humanas colocaram de fora esta discussão. Os dilemas foram entendidos como dilema comunicação e coordenação, o segundo dilema, disciplina burocrática e especialização profissional e o terceiro dilema analisado por Blau e Scott refere-se ao planejamento administrativo e à iniciativa. Classificação das tipologias da organização burocrática, segundo Etzioni: Organizações burocráticas coercitivas, as organizações burocráticas utilitárias, as organizações burocráticas normativas e as organizações burocráticas híbridas. As críticas feitas ao estruturalismo têm sido em sua grande maioria, respostas àquelas perguntas formuladas pelos estruturalistas. Outro tipo de crítica que se considera frequente é aquela que confunde relações humanas e dinâmicas de grupo aplicadas de acordo com a pressão grupal.
Regras burocráticas:
1-Permite o controle a distância
2-Aumentam a impessoalidade na organização Restringem à arbitrariedade e legitimidade a sanção
3-Tornam possível o controle comportamental minimalista do subordinado
4-Geram espaço de negociação entre subordinado e hierarquia
OUTRA PARTE.. >> 
O estruturalismo destaca o todo, não apenas as partes. Os indivíduos estariam associados às organizações, e estas, por sua vez, estariam agregadas à sociedade – o sistema social –, sendo modificadas e influenciadas por ela. Esse conceito de organização aberta se difere da ideia defendida pela Escola Clássica, que tratava as organizações como um sistema fechado, alheias ao mundo onde estão inseridas. Para os estruturalistas, a união das partes forma mais que um todo; existe uma relação de interdependência no conjunto, em que cada parte colabora com o todo e também recebe a contribuição deste.
São quatro as correntes estruturalistas: Estruturalismo Abstrato, desenvolvido por Lévi-Strauss, que rejeita o individualismo e opta por uma postura totalizadora; Estruturalismo Concreto, tendo Radcliffe-Brown e Gurvitch como expoentes, que “considera a estrutura a própria definição do objeto” (Motta e Vasconcelos, 2006, p. 126); Estruturalismo Fenomenológico, cujo principal autor é Max Weber, que aponta para a interação dos atores sociais para a construção, em conjunto, dos “significados compartilhados que constituem a sua realidade” (Motta e Vasconcelos, 2006, p. 127);Estruturalismo Dialético, influenciada pelas ideias marxistas, que apontam para uma alienação do trabalhador quanto à sua participação e importância na organização.
Partindo do ponto de vista proposto pela corrente dialética, a própria participação dos operários nas decisões da empresa seria uma espécie de ilusão: os trabalhadores, através de votação, acatariam as decisões anteriormente tomadas pela cúpula,e o poder a eles delegado para opinar seria pequeno, em virtude da insignificância dos assuntos (em relação à cúpula) que eles teriam acesso à discussão. Os indivíduos continuariam sendo tratados como “peças” de um grande sistema, como eram na Escola Clássica, além de que os padrões culturais impostos pelas organizações modificariam os seus, em um processo de adoção de uma única cultura.
A ideia do Homem Organizacional reside na tese da racionalidade humana: o ser humano é um ser que tem como objetivo satisfazer as suas necessidades e alcançar suas metas. Para alcançar suas metas, o indivíduo pode, até mesmo, adiar uma recompensa e ter maior tolerância às frustrações em uma atitude estratégica. O homem está presente simultaneamente em várias organizações desde o seu nascimento até sua morte.
O homem organizacional é um ser que age racionalmente (o que não quer dizer conscientemente) visando atingir os seus objetivos e interesses próprios. Capaz de negociação política, desenvolve estratégias de jogo para inserir-se no sistema organizacional, que lhes fornece os meios para o atingimento de seus interesses pessoais. Sua ação não é determinada pelas regras e estruturas organizacionais. Ela apenas induz comportamentos e estrutura os jogos de poder. Há, porém sempre uma margem de manobra para a elaboração de diversas estratégias de ação. A cada opção de jogo, a cada estratégia, corresponderão os efeitos desejados ou indesejados que caberá ao homem organizacional gerir (Motta e Vasconcelos, 2006, p. 149).
Em virtude de uma sociedade cada vez mais complexa, onde as mudanças ocorrem em velocidades cada vez maiores no decorrer dos anos, existe a necessidade de um homem flexível às mudanças, que esteja apto a saber lidar com frustrações e que possa adaptar-se ao meio com maior facilidade e rapidez. Nesse sentido, os homens tenderiam a ser tornar mais “frios”, pois o constante contato e, por vezes, a interrupção desse contato (em uma 
CAP 6
A Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações
É formada pela interação e intercâmbio da organização com o ambiente, de acordo com as mudanças do ambiente externo, a organização se adapta para sobreviver mudando seus produtos, técnicas e estruturas. A interação e intercâmbio da organização com o ambiente moldam a estrutura de sistemas abertos. Quando ocorre uma mudança no ambiente externo, a organização se transforma mudando seus produtos, técnicas e estruturas param se adaptar à essas mudanças e sobreviver. As organizações, segundo a teoria dos sistemas, podem ser vistas como um sistema dinâmico e aberto, no qual o sistema é um conjunto de elementos mutuamente dependentes que interagem entre si com determinados objetivos e realizam determinadas funções. As organizações são dependentes de fluxos de recursos do ambiente externo, assim como os sistemas abertos. Essa dependência pode ocorrer de duas maneiras. Por um lado, ela precisa do ambiente externo para conseguir os recursos humanos e materiais que vão garantir seu funcionamento. Por outro lado, ela precisa do ambiente externo para comprar e vender serviços e produtos. Desse modo, para a organização sobreviver ela precisa de ajustes como ambiente externo, além de ajustes no ambiente interno. Ademais, assim como um sistema aberto, uma organização pode ser definida como uma associação de grupos de interesses, sendo esses formados por elementos distintos, onde cada um busca atingir seus objetivos no contexto do ambiente mais amplo. As ações que definem o comportamento organizacional dependem também de uma análise do ambiente em que ela se encontra e da maneira como a mesma se relaciona com o ambiente externo, respondendo à pressões, estabelecendo relações ou até evitando algumas Além disso, a teoria do sistema aberto também consiste em demonstrar o papel de um funcionário dentro de uma organização, expressandoo conceito de “Homem Funcional”, ou seja, o homem tem um papel dentro das organizações, estabelecendo relações com outros indivíduos, exatamente como prega um sistema aberto. Sobre suas ações, o próprio funcionário cria diversas expectativas, tanto para seu papel, quanto para o papel de todos os outros elementos que fazem parte da organização como um todo, e ainda transmitindo–as a todos indivíduos participantes. Apesar dessa relação ser inevitável ela pode tanto alterar, como reforçar seu papel dentro da instituição. Logo, uma organização pode ser definida então como um sistema de papéis, nos quais indivíduos (ou no caso, funcionários), agem como verdadeiros transmissores de papel e pessoa focais. Muitos tentam aplicar a teoria geral dos sistemas a seus diversos ramos pela sua flexibilidade e abrangência. Aqui entra um assunto fundamental, para o estudo da aplicação do modelo, a percepção do processo simbiótico e do funcionalismo. Esse método não nasceu na sociologia, mas foi onde ganhou força e destaque, tendo alto nível de divulgação com a obra de Talcott Parsons. Quando as escolhas são feitas fora de um padrão, ela obedece a uma orientação normativa, não podemos considerar, via de regra, que as escolhas são feitas aleatoriamente, mas como sujeita a influências de um "fator seletivo independente determinado", ou norma e situação, que são básicos para o entendimento da análise parsoniana da escolha humana. Em síntese o acionismo social afirma que há sempre outro jeito, particular, de obter ou realizar coisas em cada variável-padrão, e que os critérios gerados pela sociedade servem para guiar as escolhas do cotidiano. Outro pioneiro nessa história é Rice (1963) que se preocupa muito mais com o interno da organização e sua relação com o ambiente. Para Homans (1950) dentro de um ambiente onde existe um sistema social, cada sistema está inserido em diferentes parâmetros, o que define suas atividades e interações. Ele considera variáveis básicas as atividades, as interações e os sentimentos, onde qualquer alteração nessas variáveis mudaria todo o contexto das demais. Ao sistema interno, Homans (1950), chama a atenção aos cuidados que se deve ter com a liderança para ser eficiente e considera a situação total um complexo onde encontramos: o ambiente físico e social, os materiais, ferramentas e técnicas, o sistema externo, o sistema interno e as normas desse grupo. Lembrando que todos esses elementos são interligados e qualquer mudança dentre eles acarretará transformações nos demais. Para Likert (1961) os sistemas são interligações de grupos, onde existem grupos estratégicos estão ligados a indivíduos-chave que pertencem a dois ou mais grupos, relacionando-se por meio de influências, desempenhando elos. Kahn, Wolfe, Quinn, Snoeck e Rosenthal (1964) acrecentam a Likert (1961) que não são pessoas, no sentido literal da palavra, que estão ligadas formando elos, mas sim pessoas desempenhando determinado papel. Existem, portanto, conjunto de papéis formando novas estruturas. Para Motta (1971) o consenso entre os autores está na libertação da teoria das organizações do dilema indivíduo-estrutura, insere ainda em seu estudo, Katz e Kahn (1966) colocando que a organização não precisa necessariamente apresentar, no sentido natural da palavra, a estrutura física identificável e permanente, e que sua estrutura pode ser definida como ciclos de eventos, diferenciando dos sistemas físicos e biológicos, sendo inseparável de seu funcionamento. Bronisław Malinowski foi um etnólogo e sociólogo, polonês de nascimento, ele fez a maior parte dos seus trabalhos acadêmicos, na Inglaterra. Ele era um professor na London School of Economics and Political Science e autor de numerosos livros, incluindo “Crime e personalizado em Savage Sociedade”, “Moeurs et des coutumes Melanesiens” e especialmente “uma teoria científica da Cultura “, onde encontra-se resumido a sua” radical teoria funcionalista “. Malinowski frequentemente apelidado si “o chefe do funcionalismo.” Utilizou o termo função com dois significados diferentes como uma ligação permanente entre os elementos de uma dada realidade social, como um órgão regulador e do doador de sentido – como uma relação positiva entre as necessidades primárias dos homens e sistemas sociais.O segundo significado envolve uma certa redução da cultura para a necessidade de que só é muito prevalente no pensamento de Malinowski e tem sido amplamente criticado posteriormente. Malinowski esquerda nas suas investigações em consideração das necessidades básicas ou fundamentais da natureza humana, e estudadas as várias formas que são expressos e reuniu-se em várias culturas. De acordo com Malinowski, a vida social é o produto da urgência sentida pelas pessoas para preencher certas “necessidades básicas”, tais como a segurança alimentar, ligando, etc. A sua “análise funcional”, baseado no pressuposto de que cada hábito, cada ideia, etc, tem um papel vital para os indivíduos no que diz respeito à satisfação das suas necessidades, em particular de cada contexto cultural. Esta vida sociocultural tende a falar em “instituições sociais”.Para Malinowski, cada instituição tem o seu mapa, ligada às representações de grupos sociais e crenças.Este mapa abrange a definição, estrutura e finalidade do grupo institucionalizado, e as regras que o grupo deve obedecer. Qualquer instituição, portanto, normas, atividades, pessoal e material equipamento. Envolve, por outro lado, uma “função”, porque se destina, em última análise, para satisfazer uma necessidade. Fred Emery e Eric Trist – são teóricos da abordagem sistêmica que propuseram, após observações do ambiente organizacional, que toda empresa é constituída por um grupo de empresas interligadas, aonde caracterizaram quatro tipos de ambientes possíveis de inserção: (1) ambiente plácido – fortuito: as organizações inseridas neste tipo de ambiente estabelecem interligações frágeis e são relativamente inalteráveis; (2) ambientes tranquilos agrupados: são ambientes mais estritamente interligados, as organizações se agrupam dentro de um ambiente estável – neste tipo de ambiente as estratégias ocorrem em grande parte em resposta aos movimentos da concorrência; (3) ambientes reativos agitados – possuem interligações muito firmes, tanto quanto os agrupados tranquilos, mas uma estabilidade menor, as mudanças no ambiente influem decisivamente nas estratégias das empresas interligadas e (4) ambientes de campos turbulentos: são extremamente complexos e mutáveis, as operações das empresas se situam em múltiplos mercados, sofrem forte influencia dos externos, suas estratégias são susceptíveis as mudanças do ambiente, o que as obrigam a se manterem flexíveis e prontas para se adaptarem as mudanças impostas. A Teoria geral de sistemas baseia-se no conceito de que a organização é um sistema de papéis nos quais o homem funcional é o indivíduo que se comporta como executante de um determinado papel. A crítica apontada que a teoria geral dos sistemas pode ser responsável por uma ilusão científica. Na ênfase dada às relações entre organizações e ambiente, a maioria dos teóricos parece dar uma importância excessiva ao papel desempenhado pelo último. É evidente que as causas externas são importantes mesmo no domínio cultural. Ocorre, porém, que sua importância está relacionada com sua ação por meio das causas internas, que são primárias. Em resumo, critica-se o determinismo personiano.
CAP 7
O Sistema e a Contingência: Teoria das Organizações e Tecnologia
A Teoria contingencial surgiu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Essas pesquisas e estudos foram contingentes na medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo qual as empresas funcionavam em diferentes condições. Estas condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que as empresas escolheram como seu domínio de operações, ou seja, essas condições são ditadas de acordo com o seu ambienteexterno. Essas contingências externas podem ser consideradas como oportunidades ou como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos das organizações. Joan Woodward organizou uma pesquisa para saber se os princípios de administração propostos pelas teorias administrativas se relacionavam com o êxito do negócio quando colocados em prática. A pesquisa envolveu uma amostra de 100 firmas de vários tipos de negócios, cujo tamanho oscilava de 100 a 8.000 empregados, situados no sul da Inglaterra, essas firmas foram classificadas em três grupos de tecnologia de produção, cada uma envolvendo uma diferente maneira de produzir:
[1] Produção unitária ou oficina – a produção é feita por unidades ou pequenas quantidades, cada produto, a seu tempo, sendo modificado à medida que é feito. Os trabalhadores utilizam uma variedade de instrumentos e ferramentas. O processo produtivo é menos padronizado e menos automatizado. É o caso da produção de navios, geradores e motores de grande porte, aviões comerciais, locomotivas e confecções sob medida.[2] Produção em massa ou mecanizada – a produção é feita em grande quantidade. Os operários trabalham em linha de montagem ou operando máquinas que podem desempenhar uma ou mais operações sobre o produto. É o caso da produção que requer máquinas operadas pelo homem e linhas de produção ou montagem padronizadas, como as empresas montadoras de automóveis.[3] Produção em processo ou automatizada – produção em processamento contínuo em que um ou poucos operários monitorizam um processo total ou parcialmente automático de produção. A participação humana é mínima, é o caso do processo de produção empregado nas refinarias de petróleo, produção química ou petroquímica, siderúrgica, etc. Os três tipos de tecnologia – produção unitária, massiva e em processamento contínuo – envolvem diferentes abordagens na manufatura dos produtos. Woodward verificou que a tecnologia extrapola a produção e influencia toda a organização empresarial.Conclusões de woodward são as seguintes[1] O desenho organizacional é afetado pela tecnologia usada pela organização: as firmas de produção em massa bem-sucedidas tendiam a ser organizada em linhas clássicas, com deveres e responsabilidades claramente definidos, unidade de comando, clara distinção entre linhas e staff e estreita amplitude de controle (5 a 6 subordinados para cada executivo). Na tecnologia de produção em massa, a forma burocrática de organização mostra-se associada ao sucesso. Porém, nos outros tipos de tecnologias – produção unitária e produção contínua – a forma organizacional mais viável nada tem a ver com os princípios clássicos. 
[2] Há uma forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de produção – a previsão de resultados é alta para a produção por processamento contínuo e baixa para a produção unitária (oficina). A previsibilidade dos resultados afeta o número de níveis hierárquicos da organização, fazendo com que haja forte correlação entre ambas as variáveis: quanto menos à previsibilidade dos resultados, menor a necessidade de aumentar os níveis hierárquicos, e quanto maior a previsibilidade, maior o número de níveis hierárquicos da organização. 
[3] As empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das organizações com tecnologia mutável – Organizações estruturadas e burocráticas com um sistema mecanístico de administração são mais apropriadas para operações estáveis, enquanto a organização inovativa com tecnologia mutável requer um sistema "orgânico" e adaptativo. 
[4] Há um predomínio das funções na empresa – a importância de cada função, como vendas, produção e engenharia (ou Pesquisa e Desenvolvimento – P&D) na empresa depende da tecnologia utilizada. Essas quatro pesquisas mostram a dependência da organização em relação ao seu ambiente e à tecnologia adotada. As características da organização não dependem dela própria, mas das circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza. A Teoria da Contingência mostra que as características da organização são variáveis dependentes e contingentes em relação ao ambiente e à tecnologia, isto explica a importância do estudo do ambiente e da tecnologia. A hipótese básica da teoria de Woodward é que as empresas que mais se aproximam da estrutura adequada para suas tecnologias, deveriam ser as de maior sucesso. O sucesso é função de uma adequada adaptação tecnologia-estrutura, que pode ser conscientemente planejada para se tornar produção de grande quantidade e em massa, o que pode ocorrer de modo espontâneo em muitos casos.
Tom Burns foi um dos mais importantes homens das teorias administrativas, isso se deu por conta de seus trabalhos em relação aos sistemas hierárquicos e orgânicos, a obra de maior destaque dele é o livro The manangement of innovation, que teve colaboração do psicólogo G.M. Stalker. O seu modelo mecânico se adapta as situações do mercado tecnológico, já o orgânico, seria mais apto às turbulentas mudanças desse meio. Para Lawrence e Lorsh a organização como um todo, para conseguir trabalhar com um meio ambiente não unificado, tem de se desenvolver setores especializados em diferentes tarefas, para que a diferença entre elas se estabilize. O grupo de Aston mostra empiricamente como existe diversos tipos de burocracia, cada uma adaptada a uma configuração do ambiente. Também pretendeu demonstrar empiricamente que burocracia constitui um conceito pluridimensional, ao contrário daquilo que o tipo Ideal de Max Weber teria sugerido. O grupo entendeu que seus itens deveriam tratar do que deveria ser feito na organização e não ao que era realmente feito. Apoiaram-se na análise de documentos cinco dimensões burocráticas tendo acontecido o abandono de outra anteriormente. Essas dimensões consideradas foram formalização, centralização, especialização, padronização e configuração. O esquema conceitual do grupo de Aston utiliza como variáveis independentes para o estudo da estrutura e das atividades organizacionais aquilo chamavam variáveis de contexto, que incluem origem e história das organizações, propriedade e controle, tamanho plano (charter), tecnologia, localização, recursos e interdependência. Com referência às variáveis de contexto, o grupo concluiu que o tamanho era a principal variável de explicação e previsão de estrutura organizacional, seguido da tecnologia e da interdependência. Sete conjuntos de tipos de estrutura organizacional foram identificados, são eles a Burocracia Plena, Burocracia Plena nascente, Burocracia de fluxo de trabalho, Burocracia nascente do fluxo de trabalho, Burocracia pré-fluxo de trabalho, Burocracia de pessoal, Organização implicitamente estruturada, é importante salientar que Woodward distinguiu três modos de produção: Produção por projeto ou produto unitário, Produção de massa e Produção de fluxo contínuo.
Cusomano é um importante autor que, com base nos trabalhos de Woordward de software e modos de organização, permitiu visualizar as ligações entre modos de produção, tecnologia e modos de organização. Como nos mostra Cusomano, no seu estudo Shifting economies: From craft production to flexible systems and “software factories”, de 1992, existiam no início dos anos 1990 três modelos de produção predominantes no mercado de “software e serviços”, variando o tipo de produto oferecido: Job-shop organizations; Sistema flexivel de projeto e produção; e Fábrica convencional de projeto de produção.
Outros modelos que relacionam organização e tecnologia são os dos seguintes autores: James Thompson (1967), que propôs um método para classificar os tipos de tecnologia usados para fábricas e empresas de serviço, sendo elas Tecnologias longas e lineares, Tecnologias de medição e Tecnologia intensivas. Charles Perrow propôs em 1967 um modelo de tecnologia organizacional, ele analisa duas dimensões: a variabilidade das tarefas e o grau de formação do sistema para lidar com situações que estão previstas, podemos notar que a tecnologia e organização são mutuamente dependentes eestão interligados de modo claro.Em outra linha de análise, Henry Mintzberg elaborou sua teoria das configurações, classificando vários tipos de organização dotados de formas e modelos diferentes, cada qual visando resolver determinado problema organizacional, além de Mintzberg, outros autores desenvolvem mais tarde um modelo que leva em conta os aspectos políticos das organizações com o meio ambiente.

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