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Publicidade Enganosa e Abusiva

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Introdução
O Direito do Consumidor deve ser respeitado em toda e qualquer relação consumerista, sendo este um Direito Fundamental. A vulnerabilidade em que se encontra o consumidor diante da sua relação com o fornecedor trouxe a necessidade de uma maior proteção à parte hipossuficiente, forçando o legislador a criar uma lei específica que institui o Código de Defesa do Consumidor (Lei n° 8.078/90).
A publicidade enganosa visa levar o consumidor ao erro, fazendo com que ela seja proibida pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor Brasileiro, em seu art. 37, caput e parágrafos 1 ao 3.
A publicidade abusiva viola diretamente outros valores da sociedade, como a moral e os costumes, citada também pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor Brasileiro, em seu art. 37, § 2°.
A Propaganda no Brasil
Com a chegada da família real ao Brasil, surgiu a necessidade da publicidade e propaganda pelos comerciantes, acontecendo a abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior e também a inauguração do primeiro Banco da Colônia. A propaganda neste tempo era realizada via jornais, estilo classificado.
Após a independência do Brasil, a propaganda viralizou em publicações detalhadas a respeito das 'mercadorias' que se tratavam do mercado de escravos. Com a abolição da escravatura a propaganda focou-se no mercado de produtos importados, assumindo o papel de ensinar à nação um padrão de vida europeu considerado moderno.
Conforme o tempo foi passando, a publicidade e a propaganda no País se adequaram conforme a tecnologia avançava, por exemplo: rádios, imprensa colorida (revistas), televisão e internet.
Da Publicidade
A publicidade é de ação coletiva, ou seja, a publicidade de um objeto atinge a toda sua categoria, ao contrário da propaganda que se restringe aos limites da ideologia divulgada.
A publicidade pode ser institucional, que se dá quando visa à promoção da instituição, tratando-se de publicidade mediata, que visa promover o anunciante, independentemente de qualquer produto ou serviço.
No caso da publicidade promocional, a mesma visa um objeto direto, um produto ou serviço, tratando-se de uma publicidade imediata, visando a promoção direta do objeto econômico.
“A publicidade tem um objeto comercial (‘la finalité d’um rendement économique par Le recrutement d’um public consommateurs’), enquanto a propaganda visa a um fim ideológico, religioso, filosófico político, econômico ou social”. (AUBY, apud, GRINOVER, 2007, p. 318)
Dos Princípios
	Os Direitos do consumidor são regidos por princípios básicos que devem ser respeitados em todas as relações de consumo. São estes:
Princípio da Identificação da Publicidade: Encontra-se previsto no art. 36, caput, do CDC, que dispõe “A publicidade deve ser identificada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique com tal”. Tornando-se, assim, um princípio que garante que o consumidor tenha conhecimento que está sendo alvo de um evento publicitário, anulando a possibilidade de mensagem subliminar, que se entende por ser aquela realizada sem que o interlocutor tenha conhecimento da exposição.
Princípio da publicidade veraz: É considerado um dos princípios mais antigos e está disposto no art. 37, §1º, do CDC e se equivale à vedação de quem/do que faz publicidade de veicular informações inverídicas ou que levem o consumidor a erro.
Princípio da Não-Abusividade da Publicidade: Visa impedir a publicidade abusiva que se distingue da publicidade enganosa. Enquanto a publicidade enganosa é aquela que visa levar o consumidor a erro, a publicidade abusiva é aquela que encontra fundamento no art. 37, §2º, do CDC, e que viola diretamente outros valores da sociedade, como a moral e os costumes.
Princípio da Vinculação Contratual da Publicidade: Previsto no art. 30 do CDC, cita como obrigatório o cumprimento das informações expostas na mensagem publicitária, como se fosse uma oferta, tratando-se de uma fase pré-contratual.
Princípio da Transparência da Fundamentação da Publicidade: Consiste na obrigação de o fornecedor manter todas as informações relativas às publicidades por ele realizadas em seu poder, assegurando a preservação das informações que digam respeito à publicidade. Encontra-se previsão no art. 36, parágrafo único do CDC.
Princípio da Correção do Desvio Publicitário: Visa corrigir a publicidade que veicula com abuso ou enganosidade, garantindo a correção do desvio publicitário, para que tal publicidade danosa não continue a ser veiculada, permitindo a realização da contrapropaganda.
Princípio da Boa-Fé Objetiva: Este princípio não é específico da publicidade, porém é considerado princípio norteador de todo o sistema do CDC. Expõe a obrigação de cada um de respeitar vontades, interesses e objetivos do próximo, evitando dano e desvantagem excessiva. Encontra-se, no Novo Código Civil, em seus artigos 113, 187 e 422 as funções básicas do princípio.
Da proteção ao consumidor e o dever do fornecedor de indenizar
	Se a relação de consumo causar danos ao consumidor devido à não observância de algum dos princípios básicos, ou devido à propaganda enganosa ou abusiva, fica o fornecedor obrigado a reparar o dano causado bem como indenizar o consumidor pelos danos causados. 
	A publicidade é considerada enganosa quando a informação contida no meio de comunicação ou na publicidade utilizada é inteira ou parcialmente falsa, fazendo com que o consumidor seja conduzido ao erro no momento da aquisição, conforme vemos nas imagens abaixo:
(Fonte:http://www.tudointeressante.com.br/2016/05/20-propagandas-enganosas-tao-descaradas-que-chegam-a-ser-engracadas.html)
O fornecedor tem o dever de indenizar pela publicidade feita com informações falsas, bem como o consumidor tem o direito de ser indenizado. Neste sentido são julgados os casos no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, de acordo com a jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL. PROPAGANDA ENGANOSA. PRESCRIÇÃO TRIENAL. DANOS MORAIS. I. O prazo prescricional incidente quanto à pretensão de reparação civil por vício no produto ou serviço adquirido é o previsto no art. 206, §3º, V, do CC/02, encontrando-se, assim, prescrita a pretensão relativa aos contratos encerrados previamente aos três anos que antecederam o ajuizamento da lide. II. O marco interruptivo da prescrição deve ser a data do ajuizamento da ação com litisconsórcio facultativo multitudinário, posteriormente desmembrada pelo juízo a quo. Determinação do juízo e consequente demora na citação que não deve prejudicar os demandantes. III. A condenação à compensação por dano moral pressupõe a ocorrência de ilícito, de dano e de nexo causal entre este e aquele. Exegese dos arts. 186 e 927, do Código Civil. Na hipótese, demonstrado o dano causado pela propaganda enganosa realizada pela parte ré, autorizada a condenação desta ao pagamento de indenização. Contudo, a reparação do dano deve corresponder à realidade dos fatos concretos, eis que, consabido, tem por escopo compensar os prejuízos da vítima, bem como evitar a prática reiterada dos atos lesivos. Da análise do caso concreto, deve o quantum arbitrado pelo juízo a quo ser minorado. Ainda tratando-se de dano causado à personalidade, deve sua compensação recair sobre cada um dos litigantes, e não sobre cada contrato firmado. V. A ausência de comprovação do dano material aventado impede a condenação da ré a tal título. Ônus da prova mínima do alegado que incumbia aos demandantes. VI. Honorários sucumbenciais redimensionados, com fulcro no art. 85, §§2º e 11, do NCPC. Apelos parcialmente providos. Unânime. (Apelação Cível Nº 70073290033, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em 17/05/2017)
Conclusão
	Ao longo do tempo foram sido criados diversos dispositivos com o intuito de proteger o consumidor na relação de consumo, devido sua hipossuficiência, sendo considerado a parte vulnerável e que necessita de proteção.Estes dispositivos são importantes para evitar abusos por parte dos fornecedores e, devido sua importância, são Direitos e Garantias fundamentais assegurados pela Constituição Federal.
Bibliografia
Âmbito Jurídico: Henrique de Campos Gurgel Speranza; Publicidade enganosa e abusiva; http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11909; acessado em 14/06/2017;
Normas Legais: Publicidade Enganosa e Abusiva; http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/publicidade-enganosa-abusiva-como-lidar-ela.htm; acessado em 14/06/2017;
Âmbito Jurídico: Lorena Castel Branco de Oliveira, Liana Silva do Amaral; Publicidade sublimiar: uma afronta ao direito à informação do consumidor; http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=10259&n_link=revista_artigos_leitura; acessado em 15/06/2017;
Juris Way: A Publicidade abusiva; https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=954&pagina=2; acessado em 14/06/2017;
Publica Direito: Sergio Leandro Carmo Dobarro; A vulnerabilidade do consumidor à luz do princípio da dignidade da pessoa humana; http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=c6344b0ae32e496b; acessado em 15/06/2017;
Juris Way: Claudia Regina Gaspar Dorea; Publicidade enganosa e abusiva à luz do código de defesa do consumidor; https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=9645; acessado em 15/06/2017.
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
 
DEIVID DA SILVA DEUS
VITÓRIA SINHORELI SOUZA
A PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA COMO AFRONTA AO DIREITO FUNDAMENTAL DO CONSUMIDOR
GRAVATAÍ
2017

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